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A complexidade atual dos problemas de embalagem faz do planejamento uma necessidade básica para qualquer desen volvimento. A grande variedade de materiais e f onna flsica das em balagens, os vários tipos e graus de funções e os contínuos desenvolvimentos de técnicas de fabricação exigem que as decisões sobre embalagem não sejam baseadas mais em pn·nc{pios arbitrários, ditados pela experiência do técnico, simplesmente, e entrem no campo da análise prévia e do planejamento. Aos conhecimentos técnicos e qufmicos do profissional de embalagem devem, atualmente, ser adicionados conhecimen tos de pesquisa de mercado, estudo do comportamento do consumidor, dos vários fatores do marketing, psicologia, so ciologia, estudo de cores etc. A pericia do projetista de embalagem consiste em equilibrar as exigências, freqüentemente conflitantes, da adequ�ão técnica, aspecto atraente e econ"mico. 9 êxito, neste campo, exige habilidade para conciliar os departamentos técnicos e comer ciais, aliados a um talento especial. Critérios para o Planejamento de uma Embalagem A fonna final de uma embalagem é influenciada por vários fatores. Porém, wn desenvolvime11to lógico de wna embalagem pode ser estabelecido considerando-se alguns critérios pre dominantes em cada caso especifico. 'Pftlf ( 6' [RfNT' Vo 'n'-<i�Clo) CAPfTULO 3 PI..ANEJAMENTO DA EMBALAGEM Basicamente, existem cinco critérios: 1-Função 2-Proleção 3-Aparbu:ia 4-0uto 5- Disponibilidade Para desenvolver uma embalagem, geralmente existe uma consideraçlJo essencial. A ênfase dada depende do produto e de seus requisitos de marketing. Damos alguns exemplos a seguir. 1-Laquê em aerosol - o critério mais importante é a FIUl{IJo. pela necessidade de nebulilizar o prodl-lto para sua apli cação. 2- Medicamento injetável - o critério mais importante é a Proleç4o e a inocuidade total. 3- Cosméticos - o critério mais importante é a Aparlncia. 4- Leite em saco plástico -baixo auto e Disponibüidade, por ser produto de consumo em larga escala e de primeira neces sidade. Silo inúmeros os aspectos e variáveis a serem levados em consideraçao para o desenvolvimento de uma embalagem. Cada produto apresenta aspectos especfficos inerentes, que exigem um estudo isolado. A embalagem de consumo, além dos requisitos de proteç4o à qualidade do produto durante a vida de prateleira, deve apresentar caracterlsticas estéticas. Tanto para a embalagem de consumo quanto para a de 53 54 transporte, é essencial levar em consideração, além das ca racterísticas de proteção, os fatores que se associam à pro dução, distribuição e movimentação, como: condições de manuseio, de armaunagem e de transporte. O custo, para todas as embalagens, deve ser mantido ao mínimo, após satisfeitos outros requisitos essenciais. A tftulo de exemplo, é apresentado um "check-list" no fim deste capítulo para desenvolvimento de uma embalagem, no qual todos os fatores pet1inentes a uma nova embalagem são relacionados, nwna seqüência lógica. Evidentemente, o "check list" deve ser adaptado a cada caso especifico, servindo apenas como orientação. O desenvolvimento de uma nova embalagem, para um pro duto novo ou já existente, é uma das principais funções de um depat1amento de embalagem. Para empresas pequenas, que geralmente possuem apenas uma pessoa responsável por esta atividade, o desenvolvimento de embalagens corresponde à maior parcela do trabalho. O desenvolvimento da embalagem pode ser definido como sendo um projeto que tem como objetivo processar uma mudança ou uma emissão de uma nova especificação de embalagem. Em outras palavras, implantação de uma mu dança de embalagem que melhorará o desempenho em re laçdo a: funç1o, proteção, aparincia, custo e disponibilidade. Os projetos de desenvolvimento podem variar desde uma pequena mudança na especificação (mudança de peso do produto), até um produto completamente novo, envolvendo novos componentes da embalagem. Um planejamento eficiente no desenvolvimento de embalagem pode eliminar muitos problemas em potencial que podem aparecer. Isto se aplica tanto a problemas técnicos quanto a dificuldades de comunicação com outros departamentos. Um projeto inadequado de uma embalagem pode tomar-se antieconômico de várias f omias. Uma embalagem superdi mensionada onera o transporte e uma subdimensionada sofre excessivos danos durante a movimentação, armazenagem e transporte. A maior pane dos prejufzos causados por danos durante o transpot1e pode ser atribui da a falhas no projeto. Infelizmente, muitas empresas não levam em consideração as perdas, por acharem que elas s<1ocobet1as pelo seguro. Porém, mesmo neste caso, que não ocorre sempre, pode-se fechar as portas da expot1ação, onde a garantia de fornecimento e respeito aos prazos de entrega sll() imprescindíveis. A proteçdo das mercadorias assume impot1lincia especial na conquista de novos mercados, onde, mais do que nunca, deve-se procu rar o melhor desempenho do trinômio preço/qualidade/ prazo. O projeto da embalagem deve ser realizado enquanto o produto está ainda em fase inicial de desenvolvimento, para se obter uma maior adequação do binômio produto/embalagem. Muitas vezes, a embalagem é projetada posteriormente ao produto, o que restringe o seu desempenho e pode prejudicar a rentabilidade final do conjunto. A busca de uma embalagem otimizada se apóia, geralmente, na experiência dos responsáveis. Porém, uma quantidade considerável de tempo e dinheiro pode ser economizada se forem tiradas conclusões das experiências de outros. Projeto de uma Nova Embalagem ou Reprojeto O projeto da embalagem deve ser considerado como um enfoque sistêmico. Os passos a seguir são recomendados sempre que se considerar qualquer projeto ou reprojeto impor tante, de modo que nenhum aspecto do problema global seja desprezado. 1. Conhecer cientificamente o produto. 2. Definir o ambiente de distribuição. 3. Escolher os materiais da embalagem primária e do contene- dor. 4. Projetar e fabricar protótipos de embalagem. 5. Testar os protótipos das embalagens. 6. Emitir especificações e critérios de qualidade. Ao definir o sistema total, precisa-se levar em consideração a movimentaçdo e a armazenagem na fábrica, o método de expediçtlo, a movimentação envolvida no final da recepção e qualquer estocagem no cliente ou nos armazéns em campo. Cada aspecto deste sistema total precisa ter fatores ambientais designados a ele, tais como: para a amiazenagem, precisa-se detenninar o tipo e grau das cargas de compressão que possam ser aplicadas. Conhecer o produto significa não apenas definir os volumes e dimensôes da produção, mas, também, conhecer sua fragili dade em termos de choque e vibração, suas características de superfície, em termos de susceptibi/idade à coffosão, descarga eletroestática, etc. Escolher o material adequado do contenedor dependerá do conhecimento do projetista e escôpo de materiais dispon{veis. O esc{)po deve ser estreitado, uma vez que se conhece o ambiente ( a paltir do passo 2) e as características do produto ( a partir do passo 1 ). No quarto passo, projeta-se e fabrica-se os protótipos de embalagens para as diversas alternativas consideradas. Estes protótipos devem atuar o mais próximo possível da configu raçdo do produto, e um.a amostra de pelo menos três de cada protótipo deve ser fabricada. No penúltimo passo, testar os diversos protótipos de em balagens para determinar o grau de proteção f omecido em cada uma. Seguindo. todos os testes de laboratório, antes de iniciar o ciclo de produção, deve-se também, sempre, realizar testes reais de expedição, através da modalidade de expediçdo pretendida, para determinar a aceitabilidade final de qualquer projeto de embalagem. Os projetistas devem sempre ter em mente que as embalagens ndo s4o apenas parte do sistema total de distribuição, e precisam adequar-se a todos os fatores envolvidos, co1.no métodos de movimentação, equipamentode estocagem, veículos de transporte e instalações do cliente. Devido à grande variedade de opçôes com relação aos mate riais e às próprias embalagens, nas diversas funções e objeti vos, as decisões sobre estas últimas nt'Jo podem ser baseadas em princfpios empíricos e ditados apenas pela experiência e bom senso do técnico. Devem estar fundamentadas nas tecnolo gias e nos princípios científicos, além de exigirem um trabalho sistemático, com análise prévia e planejamento. Muita criatividade, imaginaçdo e conhecimento são impor tantes para o desenvolvimento de uma embalagem. Mas, o ponto de partida de qualquer projeto deve ser o planejamento. Somente através de um processo lógico é possível uma visão global dos aspectos técnicos, mercadológicos e econômicos que envolvem a conceituação de uma embalagem. A técnica de planejamento diminui riscos e diverge11cias'de opiniôes entre os que definem uma embalagem, aumentando as chances de êxito. Além disto, evita perda de tempo, reduz erros e custos, aumenta o desempenho técnico, estabelece critérios para tomada de decisões, favorece a criatividade e adoção de alternativas, proporciona uma visão de conjunto, oferece base para o controle dos resultados e reduz as tare/ as burocráticas. O fluxograma a seguir pode constituir uma boa base para o planejamento adequado de uma embalagem. 55 Projeto de uma nova embalagem ou reprojeto 56 1.1 Conhecimento do produto 1.2 Conhecimento dos meterlala 1 de embalegem LeV8ntamento de dldOI 1.3 2 Conhecimento dn condições logísticas 1.4 Conhecimento Oeaenvolvlmento da embalagem das condlçõea formais 3 ConstruçJo do ProtóUpo Dimensões Peso Resistência Umidade Velor cn10R O1do1 de fornecimento EnSIIOI pr6prlo1 Movimentação Armazenagem T11n1pone Legal1 Aduaneiras SecurlUri,s Tarllárlu Contratua Is Teste da embalagem ANura de quede ANurH dt empilhamento Choquea e vlb<açõea EnNlos ea1,11co1 Cu1to de campo de campo 111l1tldo de laboratório de empilhamento de laboratório material operação prazo de obtenção Figura 3.1 - Esquema <le desenvolvimento de uma embalagem 5 Revisar ou apertelçoar a embalagem 6 Especlllcaçõea 1. Levantamento de Dados O sucesso do desenvolvimento de uma embalagem depende, absolutamente, de uma informação precisa e relevante. Se este passo inicial não for co"etamente executado, o projeto estará propenso a folhar no início ou, na melhor das hipóteses, não atingirá o nfvel de sucesso desejado. O desenvolvimento de uma embalagem deverá começar rece bendo dados de todas as partes interessadas e afetadas. Aqui estão algumas sugestões para melhor gerenciamento da informação coletada. . Estabelecer, formalmente, as linhas de comunicaçdo entre a Junção da embalagem e as outras nas empresas, que estão relacionadas com ela. Isto envolve um acordo entre respon sabilidades e expectativas. Tal responsabilidade, por exem plo, poderia ser: "a distribuição flsica ( ou administração de materiais, log(stica) é responsável por passar a informaçdo necessária para desenvolver a embalagem compatível e efi ciente com a movimentaçdo de materiais da empresa, trans porte e métodos de armazenagem". . Desenvolver "check-lists" compreensivos, para permitir que a estrutura da organização obtenha as informações. Isto minimiza as chances de inadvertência. Um "check-list" com informações relacionadas à movimentação de materiais deve detalhar métodos e equipamentos de recebimento para os suprimentos de embalagem, condições de estocagem dos suprimentos, como eles são transferidos para a linha de produção, como as embalagens silo enchidas, fechadas e unitizadas, estocagem interna do produto embalado, número e tipo de movimentações encontradas durante a distribuiçdo e os métodos de movimentação do destinatário do produto embalado. . Inicie o processo de coleta de informações para o desen volvimemo da embalagem em JXJralelo com o desenvolvimento de produto (engenharia simultânea). Tal enfoque permite que sejam feitas mudanças no produto, tornando-o mais fácil e mais barato de embalar, sem prejudicar a sua função básica e características. Também, quanto maior o tempo dedicado ao desenvolvimento, menor a probabilidade de voltar a uma situação de co"eria, em conjunto com e"os que,freqüentemente, acompanham decisões de última hora. 1.1.Conhecimento do produto Para o projeto da embalagem, as características do produto mais importantes são a forma, o volume e o peso. Estes três elementos têm uma influência determinante no acondicionamento e na embalagem, sendo o ideal obter um volume paralelepipeda/ de fácil movimentação manual, se necessária, e estiva, embora isto nem sempre seja possível. De uma forma geral, as indústrias procuram economia em áreas de vendas, mercado ou produçdo, enquanto que as Junçôes da embalagem e movimentaçdo de materiais têm seu potencial de reduçdo de custos largamente ignorado, além de permitirem um aumento de produtividade. Dimensões do produto O estudo de dimensões do produto a ser embalado envolve diversos aspectos. - Dimensões principais. É importante conhecer as dimensões externas máximas e suas tolerdncias. -Pos�t>es de transporte. Há muitos produtos que só podem ser transportados ou colocados em uma única posiçdo, assim como QUúQs em que detemrinadas posições devem ser evitadas. S7 S8 - Possibilidades de desmontagem. Certas desmontagens per mitem reduções significativas no volume da embalagem. Às vezes, a desmontagem é feita para dar proteção especial a algum componente do produto, mesmo que se tenha um volume maior da embalagem. Possibilidade de�- A possibilidade de colocar partes do produto dentro de outras, ou de realizar penetrações entre unidades de produtos, pode reduzir muito o volume do conjunto. Dimensões limitadas por condições de transporte De f onna geral, quanto mais se conseguir reduzir o volume da embalagem, para detenninado produto, menores serão os custos de transporte, de armazenagem e da própria em balagem. Dimensões moduladas ou padronizadas dos produtos Esta consideraçdo é importante quando se pensa em padro nizar as embalagens de uma linha de produtos. Peso e posição do centro de gravidade É óbvia a import4ncia de se conhecer o peso do produto. Em alguns casos, em que este peso é muito excêntrico, é impor tante também a localização do centro de gravidade. Resistência mednlca dos pontos de apoio e fixação O produto deverá ser impedido de se deslocar dentro da embalagem, seja pela f,xaçtlo de seus pontos de apoio, seja pelo seu contato com partes da embalagem, acolchoamento ou calços. Esses pontos de contato e fo:açdo devem estar estTuturalmente ligados ao conjunto do produto, de forma a transmitirem esforços sem tensôes elevadas. Sõüdo Liquido Ga,o10 Peça iodividual � ltan embalado DU 160 @ � em recipiente :� .. � �f§ Gnnel . /� ":':;, ft . .-.;_�}r.e Figura 3.2 - Classificação dos Materiais Tamanho � • Compnmc.n10, larauu, ahun Pe,o � Peso por unidade ou por volume ck unidada ou Densidade ;J Forma � Ach111do, compndo, quadrado. compacto. 1rrc1ul1r ( Manuseie J � Friail. uplos1vo, 1óuco. contaminivel RiKo de Oan01 com, cuidado G /� Cond,çõeo c-J'/i;/:·· ·. lnsli�cl, pcg1jo1,o. IUJO. pulvcriudo. qucnt� 1upcr-congcl1do Figura 33 - Fatores que afetam a classificação dos materiais j Figura 3.4 - Diferentes formas dos produtos Resistência do produto à compressão Dada à f reqüenle necessidade de empilhamento das em balagens, é importante conhecer se o produto pode ou não suportar esforços de compressão vertical. No caso de não suportar, ou admitir apenas uma compressão limitada a valores baixos, a embalagem é que deve ter estrutura que permita determinar a altura de empilhamento. Quando cargas elevadas de compressão são suportadas pelo produto, ou por sua embalagem primáriaou de venda (como no caso de latas e garrafas de vidro com tampas resistentes), é importante que se conheça qual o limite que pode ser aplicado. Resistência ao impacto O produto pode ficar sujeito a impactos de dois tipos: gene ralizados e localizados. Impactos generalizados são os aplica dos ao produto como um todo, como ocorre nas quedas e em certas condições de transporte. Impactos localizados são aplicados contra partes do produto, podendo ocorrer nas operações de movimentaçdo e estiva de carga. O compor tamento do produto em relaçdo a choques ou impactos generalizados depende de sua fragilidade. Fragilidade Para que um objeto se quebre, por e/ eito de uma queda, é necessário que o choque possua, simultaneameme, certa energia e certa intensidade. A intensidade do choque é medida pela máxima aceleração, ou deceleração, sofrida pelo objeto. Resistência à vibração A análise do comportamento do produto, quando submetido às vibrações que ocorrem no transporte, é importante para o projeto dos acolchoamentos da embalagem. Em alguns casos, como para equipamentos eletrônicos a serem utilizados em veículos, esta análise orientará o projeto de coxins de suspen são. O comportamento do produto a vibrações pode assumir formas variadas e complexas. Diversas stJo as fom1as de danos devidos à vibraçdo: impactos entre componentes do produto, fadiga de componentes em oscilação próxima à ressondncia, abrasão em pontos de contato entre diferentes partes do produto ou entre estas e a embalagem, afrouxamento de parafusos, separação de componentes de uma mistura de granéis sólidos ou de uma emulsilo, de/ ormaçtJo ou deslo camento de componentes de sistemas de acolchoamento, 59 60 amassamentos por esforços dinâmicos de compressão ( espe cialmente em embalagens empilhadas no transporte) etc. O conhecimento do produto, porlanto, envolve a conside ração de todos estes aspectos ( os dois últimos dizem mais respeito à embalagem). Uma caracteristica notável, porém, a ser detenninada, é a freqüência de vibração que, se mantida durante cerlo tempo com certa intensidade, ocasiona danos ao produto (por impactos entre componentes ou por fadiga, principalmente). Esta freqüência é, normalmente, a de res sonância de algum componente. É chamada de freqüência critica. Um produto pode ter diversas freqüências criticas: o conheci mento destas é muito importante para o projeto do acol choamento. Sensibilidade a temperaturas elevadas ou baixas e a suas variações O comporlamento do produto, neste caso, é determinado por testes em câmara climática. Em geral, este comportamento é previamente conhecido pelos engenheiros do produto. Sensibilidade à umidade A umidade pode provocar diversos tipos de danos: co"osão, mofo, deterioração de produtos higroscópicos, variação de dimensões de peças de madeira ( com rachaduras quando a umidade varia), deslocamento de peças etc. A sensibilidade do produto à umidade é, também, deter minada por testes em câmara climática ou câmara úmida. No caso de corrosão, é importante salientar que outros fatores influem, além da umidade, relacionados ao próprio projeto do produto. Periculosidade Para efeito de transporte maritimo, as substâncias perigosas são classificadas pelo IMCO - (Inter-governamental M aritime Consultative Organization ), em nove grupos: 1- Explosivos. 2- Gases comprimidos ou liquefeitos. 3- Uquidos inflamáveis. 4- Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontdnea ou que emitem gases inflamáveis. 5- Agentes oxidantes. 6- Substâncias venenosas, tóxicas ou infecciosas. 7- Substâncias radioativas. 8- Substâncias con-osivas. 9- Outras substâncias perigosas. Para o transporte aéreo, são considerados perigosos também os materiais magnéticos, por afetarem os instrumentos de navegação. O conhecimento das propriedades do produto perigoso é importante para o projeto da embalagem e a orientação das condições de armaunagem, estiva e transporle. Deve haver um conhecimento detalhado, para infonnações técnicas pre cisas. Por exemplo, devem ser conhecidos o ponto de fulgor de combustfveis, o tipo de ação no organismo, causada por venenos e tóxicos, com a indicação de antidotas e tratamentos de emergência, a pressão de gases em cilindros e as tempera turas a que não devem ser expostos, os eventuais danos causados por vazamentos e os procedimentos de emergência, a propagabilidade de explosão e suas f onnas de diferentes tipos de explosivos, a intensidade e os tipos de radiação de materiais radioativos etc. O cuidado rigoroso a ser tomado com a embalagem, annaze nagem, movimentação e transporte de produtos perigosos de ve começar, portanto, no levantamento de suas características. 1.2.Conhecimento dos Materiais de Embalagem Existe grande número de materiais de embalagem, enquanto que desenvolvimentos recentes em plásticos e outras tecnolo gias deram origem a uma significante expansão na gama de materiais disponíveis para o projetista de embalagem. Cada material, ou sua combinação, tem suas próprias propriedades e características, e estes atributos detenninam a adequação de um material ou outro a detenninada aplicação. Os materiais de embalagem nonnalmente encontrados in cluem papel4o e madeira, metais, como f olha-de-flandres e alumínio, vidro e uma enonne gama de plásticos, como nylon, poliestireno etc. Vários materiais compostos também são usados e I0minados colados. As propriedades do material que detenninam a adequação de seu uso na embalagem incluem resistência, flexibilidade, resistlncia ao cisalhamento, impermeabilidade, isolamento ténnico e elétrico e resistência d graxa, solventes, produtos químicos e bactérias. Os materiais empregados para embalagem são: -Alumínio - Madeira - Papel - Papel4o -Metal - Vidro - Fibras Têxteis - Plásticos Estes materiais ser4o apresentados em detalhes no capitulo 4. 1.3.Conhecimento das Condições Logísticas A logfstica consiste em uma seqüência de operações de movimentaç4o, am1azenagem e transporte. A embalagem, ou a operação de embalagem, pode ser considerada como um aspecto da log(stica, ou uma interface entre o produto e sua distribuição flsica. Na própria operação de embalagem ou acondicionamento, o produto e sua embalagem podem ficar sujeitos a condições flsicas severas. Por exemplo, quedas de certa altura em máqui nas de embalagem ou paletização, a embalagem pode receber o produto em temperatura elevada etc. Mas, é durante a distribuição flsica que as condiçôes slJo mais severas. C , r CO r n 'I. ! NP 4 "' Movimentação de materiais A movimentação do produto embalado pode ser feita por diversos meios. A movimentação manual apresenta limi taçôes de peso e dimensões. Existem restrições legais ao peso máximo que uma pessoa pode carregar. A OrganizaçlJo Internacional do Trabalho fixa em um máximo de 50 kg o peso que um homem pode can-egar, sem levantamento, e em 40 kg o máximo esforço de levan tamento, em condiçôes isoladas. Oulras /imitaçôes imp0f1antes para o manuseio são a dist!Jncia a ser percorrida e as alturas a serem vencidas. O manuseio pode ser feito por uma, duas ou mais pessoas. Existe, em alguns casos, a possibilidade de manuseio por um conjunto de pessoas em fila, com os objetos sendo passados de mão em mão. Isto é possível quando há grande número de pessoas e os objetos s4o relativamente leves, como gan-af as, munição militar etc. A utilização de equipamentos relativamente simples, não motorizados, pode facilitar muito a movimentaçao, em substi tuição ao manuseio, além de se aplicar a casos em que este é inviável. Simples alavancas; alavancas com rodas; carrinhos de duas rodas, que possuam uma pequena plataforma intro duzfrel sob a embalagem e a elevam por efeito de alavanca; 61 62 carrinltos mais sofisticados, inclusive rebocáveis; carrinhos com elevação hidráulica (paleteiras ); talhas manuais fixas ou em monovias etc, são exemplos de tais equipamentos não motorizados.Deve ser lembrado, enfim, que nem sempre é necessária uma empilhadeira ou equipamento mais sofisticado para a movi mentação de cargas de um certo peso ( até aproximadamente 2000 kg}, como as paletizadas, contenedores flexíveis e emba lagens de transporte ou acondicionamentos. Utiliza-se, freqüentemente, uma combinação entre o manuseio e a movimentaçllo por equipamento motorizado, como estei ras rolantes. A movimentação mecanizada, para efeito do projeto da embalagem, pode ser feita das seguintes f onnas: a- Por garfos de paieteiros, empilhadeiras ru ga,fos de u;amento. (fig. 3.5). b- Por barras lingadas (ou "trapézios") (fig. 3.6), queconsti tuem uma forma de içamento pela parte inferior da em balagem ou acondicionamento ( assim como os garfos de içamento); c- Por lingas. Diferentemente da movimentaçllo por barras lingadas, cabos são inseridos sob a carga, f onnando as lingas. Para pennitir a movimentação por qualquer destas três for mas, a embalagem ou o acondicionamento devem ser pro vidos de calços. O tipo de acondicionamento mais comum, que utiliza calços de forma especial, é a paletização. Para a movimentação por /ingas ou barras lingadas, tfpica do transporle marftimo, a embala� ou o acondicionamento ( o palete, inclusive) devem ter os calços afastados das ex tremidades em aproximadamente 70 mm. (fig. 3. 7) Figura 3.5 - Garfo para içamento Figura 3.6 - Trapézios para içamento Figura 3.7 - Calços nas embalagens Figura 3.8 - Suspensão de cargas d- Movimentação por içamento superior. Oco"e quando a carga é pendurada a um cabo ( ou sistema de cabos), que a fu:a pela parte superior. (fig. 3.8) e- Movimentação por rolamento. É típica no transporte aéreo. Exige que as embalagens ou acondicionamentos tenham uma base plana contínua, que se apoia nos roletes ou rodízios das esteiras de transporte. f-Levantamento por ga"as e dispositivos especiais de fu:ação. Existem diversos dispositivos adaptáveis a empilhadeiras ou equipamentos de içamento que f aci/itam ou possibilitam a movimentação de cargas sem paletes. Algumas vezes, a movimentação não é feita pela embalagem ou acondicionamento, mas por olhais ou pontos de içamento fu:ados ao próprio produto. É o caso de máquinas pesadas, por exemplo. É importante, para o projeto da embalagem, a consideração Figura 3.9 - Acessórios para empilhadeiras dos esforços que a mesma vai suportar durante a movimen tação. Estes esforços podem ser aplicados por cabos ou lingas de içamento, por exemplo, pelo levantamento por garfos ou por impactos acidentais ou operacionais da movimentação. Os impactos podem ser devidos a quedas ou a choques horizontais, causados pela movimentação severa ou pelas acelerações encontradas no transporte. Os impactos horizon tais podem ser generalizados ou localizados, perfurantes. Um choque contra uma ponta do palete ou do garfo de empi lhadeira é localizado ou perfurante, dependendo do material que o suporta. A intensidade dos impactos a ser avaliada no projeto depende de estimativas baseadas na experiência e nos riscos previstos. A experiência pode ditar nomias que sirvam de referência, por exemplo, para as alturas de queda de projeto ou as intensi dades de choques perfurantes. 63 64 Devem ser conhecidas as limitações de peso máximo e de momento máximo dos equipamentos de movimentação pre vistos. Devem ser considerados não apenas os equipamentos disponiveis na expedição da carga, mas também os previstos no destino e nas operações de interface - portuárias, princi palmente. Isto é especialmente imponante em exportação para paises pouco equipados. Armazenagem As diferentes técnicas de armazenagem afetam profunda mente o projeto da embalagem. Dois aspectos são os mais importantes: as condições climáticas e as de empilhamento. Além disso, devem ser considerados também o tempo de estocagem, as possibilidades de ataques biológicos ( espe cialmente por insetos e roedores), a facilidade de identificação e controle, os riscos de incêndio, de roubo etc. Quanto às condições climáticas, deve ser previsto se a em balagem será estocada ao tempo, ou mesmo exposta a in tempéries durante o transporte e transferências, como nos portos. Se a embalagem vai ser estocada sob uma cobertura de lona ou plástico, a falta de ventilação poderá provocar sérios danos por condensação de umidade, quando ocorrer abaixamento de temperatura (f omração de orvalho sob a cobertura, sobre a embalagem e até dentro desta). A ventilação é também importante na armazenagem de pro dutos voláteis ou gases, sempre que houver algum risco de vazamento. Se a embalagem vai ficar em armazém ou depósito fechado, também podem ser importantes as condições de umidade. Para produtos muito sensfveis à umidade, a armazenagem deverá ser feita em ambientes climatizados. Isto é muito importante quando o tempo de annazenagem previsto / or longo. Quanto às condições de empilhamento, no caso de os esforços devidos ao peso serem suportados pela embalagem, irão determinara resistência desta à compressão vertical. É impor tante distinguir as condições de empilhamento na armaze nagem das encontradas no transporte. O empilhamento no transporte implica, geralmente, em condições mais severas, em vista dos esforços dintJmicos. Figura 3.10 - Condições instáveis e estáveis de empilhamento. A carga de empilhamento sobre a embalagem inf erior da pilha é igual a e= P (n-1) onde: Pé o peso bruto de cada embalagem e n o número de embalagens empilhadas. A limitação do número de embalagens empilhadas, portanto, permite que as mesmas nao necessitem de uma resistência à compressão elevada, que implicaria em altos custos. A limitação de altura é necessária, também, quando a carga de compressão é suportada pelo produto. Deve ser analisada a distribuição dos esforços, quando suportados simultaneamente pela embalagem externa e pela intema e/ou o produto emba lado. Algumas vezes, a embalagem que suporta as cargas de com pressão pode sofrer uma de/ armação lenta e, após algum tempo, o produto embalado (ou embalagens internas) passa a ser comprimido. Alguns produtos podem suportar o empilhamento durante algum tempo, mas sofrem de/ armação ou escoamento lento por efeito da carga, e as embalagens passam a suportar maiores esforços. Isto acontece, por exemplo, com açúcar em sacos: a desagre gação lenta dos blocos de açúcar que suportam o peso provoca um aumento das pressões internas sobre as paredes do saco. Para que se tenha uma limitação da altura de empilhamento, e ao mesmo tempo um aproveitamento da altura dos espaços de armazenagem, são utilizadas estmturas que suportam os esforços devidos ao peso. Há diversos tipos de estmturas de estocagem, desde as mais simples, como prateleiras, até às mais complexas, como estruturas porta-paletes tipo "drive-in" e dindmicas etc. As estruturas de estocagem impõem certas condições ao projeto da embalagem ou acondicionamento. As alturas e vãos livres, e os sistemas de apoio, devem ser considerados. O projeto da estmtura de estocagem depende, geralmente, da padroniz�ão dos sistemas de embalagem e acondicionamento. O sistema mais usual de acondicionamento, que é a pa/eti zação, leva a certa padronização dimensional das estmturas porta-paletes. Quanto aos apoios na estrutura de estocagem, o projeto da embalagem ou acondicionamento deve levá-los em consi deraçdo. Num porta-paletes, o palete ficará apoiado apenas sob duas extremidades opostas, o que implica em esforços elevados de flexlio. Numa estrutura de estocagem din.imica, as embalagens ou paletes ficarão apoiados sobre ro/etes ou rodfzios, devendo ter bases planas que pennitam o rolamento. Neste tipo de estocagem oco"em choques horizontais de certa intensidade, que deverdo ser suportados pela embalagem ou acondi cionamento. O outro aspecto importante para o projeto da embalagem, em relaçdo à am1azenagem, é a visibilidade das marcações de identificação. Transporte<.. l "' .. � 1 � As dimensões das embalagens e dos acondicionadores, para que possam caber e/ou aproveitar ao máximo o espaço dos equipamentos de transporte, deverão ser projetadas em função das limitações destes equipamentos. Estas constituem referências externas para o dimensionamento geométrico da embalagem. A nonnalização das dimensôes de espaços da carga de equi pamentos de transporte rodoviário é, ainda, muito insufi ciente. Existem normas quanto às larguras externas máximas de vefcuJos rodoviários - 2, 60 m no Brasil e 2,50 m nos demais pafses /atino-americanos - que constituem a restrição dimen sional mais importante. É comum, porém, a utilização de caminhões com largura menor, especialmente nos transportes de ponta. Uma largura útil interna bastante comum é a de 2,40m. As larguras internas de \lagões fechados variam entre 2,50 e 2,80 m, para bitola de 1,60m, e em tomo de 2,30m, para bitola de 1 m. Para vagões abertos (gôndolas), pode ser admitida a largura de 2,40 m. As alturas livres podem ser limitadas pelo equipamento ou por condições das estradas (pontes, túneis). O equipamento pode 65 66 ter espaço fechado, com altura limitada, por questões de estabilidade. Uma altura de 2,4 m é, em gera4 uma limitação adequada para as embalagens ou acondicionadores que terão transporte rodoviário. Vagões fechados podem ter altura livre um pouco menor- cerca 2,20 a 2,30 m. As limitações de comprimento ntJo stJo, em geral, ttJo restriti vas. Para embalagens com dimensôes relativamente reduzidas, o aproveitamento do comprimento fica facilitado. De f onna geral, sempre que possível, o projetista da em balagem deve obter antecipadamente - junto à empresa trans portadora, por exemplo - as dimensões úteis do equipamento a ser utilizado. No transporte marítimo, as restrições dimensionais são bas tante amplas, ndo constituindo nonnalmente um problema ao projeto da embalagem. O que pode oco"er é uma sobretaxa no frete, quando as dimensões da embalagem ou acondicionamento ultrapassarem certos limites. As Conferências de Frete, ou as empresas de navegação, podem dar a inf onnaçtJo necessária, quando houver caixas e produtos com dimensões especiais. No transporte aéreo também é cobrado um adicional no frete para cargas com dimensões que ultrapassam certos limites. As limitações flsicas da geometria do avido são relativamente estreitas. São usuais, no transporte aéreo, embalagens ou contenedores que seguem normas da IA TA. Os contenedores mais simples sdo painéis, onde a carga é fixada por meio de redes, que medem 2240x2180 mm (para os Boeing 707C, 727C, 737C e 747, por exemplo), ou 2240x2740 mm. Um tipo de contenedor, talvez o mais importante, que impõe restrições dimensionais bastante precisas é o conteiner. O conteiner de carga geral, do qual se tratará em maior detalhe no capitulo Conteinerizaçdo, tem dimensões internas mini mas nonnalizadas pela ISO. A mfnima largura interna deve ser de 2330 mm. O comprimento interno mínimo para um conteiner de 6 m é de 5867 mm e para um de 12 m é de 11998 mm. Quanto às alturas internas mínimas, existem diversos tipos de co11tei11eres, com diferentes alturas. Os dois principais tipos apresentam alturas mfnimas internas de 2197 e de 2350mm. Limitações de peso As limitações de peso mais importantes oco"em em relaçdo aos equipamentos de movimentaçdo. Os equipamentos de transporte também apresentam limites de carga máxima trans portável, que podem, em casos especiais, influir no projeto da embalagem ou acondicionamento. No transporte aéreo, a limitação depende, naturalmente, do tipo de aeronave, mas, de forma geral, é, até certo ponto, econômica, visto que a tarifa de frete é bastante elevada para cargas pesadas. No transporte rodoviário, também a limitaçtio dependerá do tipo e da tara do veículo. É função, ainda, dos regulamentos de carga máxima por eixo para cada tipo de veiculo, regu lamentos esses que variam consideravelmente de pais para pais. O transporte ferroviário é adequado para cargas pesadas. No transporte marítimo, a limitação de peso é, como foi visto, detemúnada pelos equipamentos de movimentação. É possfve4 nos portos, a utilização de guindastes especiais ou conjugados, o que eleva a capacidade de movimentaçdo, porém a um custo adicional que incide sobre as tarifas de frete. Cargas excepcionalmente pesadas, sobre rodas, são transpor tadas por embarcações dotadas de rampas de acesso "Ro/1- on/Ro/l-off'. Quando for possível dimensionar o peso da carga - por Configuração Peso por eixo (t) 1 4� 6+10 2 o� 6+17 3 º·--� 6+10+17 4 l!-� 6+10+10+10 5 ti-.� 6+17+17 6 ªE-� 6+17+101-10 7 Q � 6+10+25,5 8 �� 6+10+10+10+10 9 li 11 llll fUJ� \ ... . ... 6+17+25.5 10 f1. -��Ull-�" 6+ 17+ 10+10+ 10 11 �llllllJI�1 .... .. __ ... 6+10+10+10 12 r.J�1� 6+10t10+17 13 ri�� 61-17+10+10 14 r:�� 6+17+10+17 15 tl�IFfl'.'J� 6+17 t-10+10+10t-10 16 tl- l'��'ll!Il'!IIIII.. -_..,.,.- .. .. 6t-17+17+17+17 Figura 3.11 • Tipos de veículos e carga admissível por eixo. exemplo, numa embalagem ou acondicionamento que reúna diversos itens, cujo número possa variar, o que acontece geralmente na unitização • convém que este peso seja próximo do máximo admissível, em função da movimentação e trans porte. No Brasil, e para as condições regulamentares das estradas brasileiras, os caminhões têm, aproximadamente, as seguintes capacidades de carga útil: Condições dinâmicas Ou>qua. O projeto da embalagem, especialmente do acol• choamento, está ligado ao conhecimento ou avaliação das intensidades de acelerações admissfveü encontradas nos trat1s portes. As principais acelerações são as verticais, devidas a i"egulari dades nas estradas, no transporte rodoviário, ao choque do avião 110 aterrisagem ou ao impacto do navio com as ondas ( culapagem ), e as acelerações horizontais, freqüentes no trans porte fe"oviário, nas operações de engate. O choque horizontal entre vagôes pode atingir acelerações muito elevadas, dependendo da velocidade e do dispositivo de engate. Acelerações de 4 ou 5 G stio bastante prováveis, sendo talvez admissíveis intensidades de até 10 G. É interessante notar que estas acelerações provocam a com presslio horizontal da carga, condição esta só encontrável, neste nfvel de severidade, 110 transporte f e"oviário. Aqui também é necessária uma boa estiva da carga e sua fixação ( ou liberdade de cerlo deslocamento horizontal sem choques, com o atrito absorvendo a energia de impacto, o que é conhecido como "carga flutuante"). O conhecimento das condições reais, objetivas, se faz de forma experimental, limitada pela estatística. O julgamento do caráter admissível ou acidental ( ou inadmissível para efeito de projeto) de determinada condiçtlo, como certa inten sidade de aceleração no transporte, dependerá da experiência. Yib� O estudo das vibrações ou oscilações encontradas nos transportes é essencialmente estatístico. Existem fom1as 67 Nos contratos FOB ou CIF, os preços se referem ao produto com sua embalagem, inclusive a de transporte. Certos contra tos estipulam a remessa, ao comprador, de um conhecimento sem reserva. Isto significa que o transportador deve reconhecer que as mercadorias foram entregues em boas condições. O exportador que deseja cobrar as embalagens separadamente deve ter o cuidado de mencioná-las explicitamente, quando enviar a cotação ou confinnação. Nos tennos dos contratos FOB e CIF, a mercadoria deve ser embalada de modo a chegar em boas condições, ou seja, a embalagem deve garantir a proteção mecdnica e fisico-qufmica dos produtos e evitar todo risco de contaminação. Além disto, quando o comprador avisar o vendedor a respeito de um propósito ou condição particular detenninando a sua compra, os bens devem atender a este requisito, mesmo se não for usual. Por exemplo, cargas unitizadas que devem ser vendidas na sua embalagem original requerem uma proteção completa da embalagemunitária. Ou entdo, se o comprador mencionar certas caracteristicas de transporte, como a possfvel armaze nagem prolongada no cais, as mesmas devem ser levadas em consideração para a elaboração de uma embalagem ade quada. Como a maioria� contratos são fechados por correspondência, a carta de oferta deve ser redigida com muito cuidado para ndo dar margem a confusões. Os termos dos contratos devem ser exaustivos e precisos. As embalagens de transporte e de venda são {tens que devem sempre ser mencionados e especificados, mesmo na oferta inicial do exportador. Para a embalagem de venda, é necessário indicar o tipo de embalagem, material, dimensões, peso, cores, dizeres básicos, idioma utilizado, número de unidades por embalagem e outros pormenores que possam interessar. Para a embalagem de transporte, o material utilizado, dimen- sões, peso, número de embalagens de consumo contidas, número por remessa e outros dados solicitados pelo importa dor devem constar da proposta de venda. As formas gerais - como "embalagem inclufda" ou "em balagem adequada" - podem custar caro ao exportador, pois o comprador pode escolher e indicar, na carta de crédito, a embalagem que desejar. Por outro lado, a especificação da embalagem protege o próprio exportador. Quando o exportador recebe uma encomenda, deve verificar se a embalagem mencionada corresponde à sua oferta. Se o comprador exigir uma embalagem diferente, o exportador deverá indicar-lhe o acréscimo necessário para o cumpri mento desta exigência, e obter o seu de acordo. Uma cláusula no contrato definitivo indicará o tipo de embalagem adotado e o custo, se este não for inclufdo no do produto. Antigamente, as exportações brasileiras eram, em grande parte, realizadas FOB (Livre a Bordo). Hoje, a conscienti zaçdo das vantagens ocasionadas pelas vendas CJF ( Custo + Seguro + Frete) obriga os exportadores a otimizarem suas embalagens de exportação, para reduzir o valor do frete (redução de peso e volume) e obter taxas de seguro preferen ciais (maior proteção). A maioria dos exportadores ignora o valor e os motivos das perdas ocorridas com suas mercadorias. Esta atitude com promete seu poder de competitividade diante dos exportadores estrangeiros, mais responsáveis, que aproveitam estes dados para melhorar suas embalagens e garantir a entrega de suas mercadorias em boas condiçôes. A tarefa mais dificil na exportação é manter-se informado sobre as exigências do mercado. A complexidade destas, suas variações de um pais para outro e as freqüentes modificações complicam muito esta tarefa, a ponto de representarem ver- 69 dadeiras ba"eiras. Fontes de infonnação, como normas e especificações, testes realizados por laboratórios brasileiros e estrangeiros, publi cações, palestras, cursos e seminários, devem ser consultados. Além disto, fomedores e transportadores, bem como clientes, devem também ser consultados. É necessário estabelecer na empresa um processo cíclico sistematizado para a reava/i zação permanente das embalagens para o mercado interno e externo, buscando aprimorar as técnicas e procedimentos, para buscar a otimização da embalagem como imagem do produto. De modo geral, as empresas também costumam utilizar os representantes locais, que são enca"egados de acompanhar a evolução do mercado, de modo a informarem os fabricantes com bastante antecedência, para permitir um planejamento adequado. 2.Desenvolvimento da Embalagem 70 O desenvolvimento de embalagem é uma estrntura de procedi mentos onde ela é criada. É um "processo de nascimento" de uma embalagem. Algumas empresas desenvolvem uma embalagem ao acaso, onde os resultados também serão ao acaso. Outras abordam o desenvolvimento de embalagem como um processo sistemático e disciplinado, para ter uma incidência maior de sucessos e satisfação com a embalagem final. A escolha e o projeto do sistema usado é baseado, princi palmente, na f onna do material manuseado (por exemplo, liquidos ou sólidos), suas propriedades (por exemplo: ácidos, inflamáveis), as quantidades movimentadas e a proteção que o produto exige para trânsito e movimentação. Os problemas no futuro ( e provavelmente os maiores aperfeiçoamentos) neste campo aparecerão na movimentação de lotes relativa mente pequenos, onde a automação é inválida, e, em segundo lugar, na distribuição de pequenos pedidos, aleatoriamente situados. Não há embalagem perfeita, todas são suscetíveis de estragos. A embalagem precisa ser entendida como um material de sacrifício; mesmo que chegue deteriorada ao seu destino, o essencial é que o produto esteja intacto. A embalagem ideal é aquela que encontra o ponto de equilíbrio entre o percentual de perdas e o seu custo. Mas, para se chegar a isso, é preciso desenvolvê-la experimentalmente, pe,guntand<>-se, a cada teste: para tal estrntura e tal preço, tenho tal percentual de perda. Com freqüência, a embalagem, cuja importância reside em minimizar perdas, preservar e tomar possível a distribuição raciona� é sempre responsabilizada pelo encarecimento dos produtos industrializados. Do ponto de vista econômico, a embalagem deve propiciar a distribuiçdo sob as condições mais adequadas, para apresentar o menor custo geral. A necessidade mais óbvia da embalagem é que deve f omecer uma medida de proteção aos agentes físicos incorridos na movimentação e trânsito. A proteção pode também ser ne cessária aos danos provocados por água, contaminação de odor e temperaturas extremas. Uma ampla variedade de materiais de embalagem encontra-se disponlve� e os estudos de engenharia f omecem dados sobre tais características, como resistência à tensão e compressão, à umidade e ao calor. Estas informações são úteis na seleção e avaliação de projetos alternativos de embalagem. A fim de avaliar o projeto de uma embalagem, é também necessário saber a probabilidade de dano na medida em que o produto se movimenta da linha de produção ao consumidor. O analista de logística poderá determinar esta exposição por meio do envio de testes de expedição, através do sistema de distribuiçao, ou simular a exposiçdo, por meio da utilização de equipamentos mecdnicos. O projeto da embalagem precisa providenciar proteção aos danos. Para conseguir isto, o projetista precisa compreender as causas do dano na distribuição flsica e se tomar familiarizado com as forças mecdnicas e condiçôes ambientais que o provocam. Na estocagem, o projetista precisa estar a par da compressdo da caixa de pape/tio, que acontece no empi lhamento da mercadoria. Quando uma pilha cai em um armazém, a causa do colapso deve ser estudada. Em muitas áreas geogr6ficas, a umidade é o problema ambiental mais sério, pois muitas embalagens se enfraquecem devido à alta absorçdo de umidade. O projetista de embalagem precisa, também, levar em consi deração os riscos de operaçdo de seu produto por todo o sistema de distribuição. Ele precisa saber o que acontece com a embalagem e o produto quando ele é violado. Por exemplo, wn fabricante de eletrodomésticos descobriu que uma máquina de lavar embalada em caixa de papelão poderia cair de uma altura de 4 m; se ela "atenizasse" em prumo no chão, a embalagem ndo apresentaria nenhuma evidência de dano, ainda que, dentro dela, o produto estivesse totalmente perdido. A responsabilidade pelo dano ocultado (tal como o caso descrito) usualmente não pode ser determinada. Freqüente mente, o dano não é descoberto até que o produto chegue ao consumidor. Algumas vezes, não é descoberto até que o produto seja realmente colocado em uso. Uma embalagem ideal é aquela projetada para revelar todos os danos, elimi nando, dessa forma, o problema de desig,,ar a responsabili dade por aquele ocultado. Um determinado montante de deterioração, em todas as embalagens, é inevitáve� uma vez que algumas são manipula das muitas vezes durante o processo de distribuição. Os riscos do transporte normal precisam também ser considerados.Os usu6rios do transporte fe"ovi6rio devem estar cientes do efeito do deslocamento da locomotiva, que provoca, em diversas velocidades, impactos que têm efeito sobre os produtos. 3.Construção do Protótipo Até este ponto, as infom1ações coletadas foram usadas para desenvolver as necessidades da embalagem. A escolha dos materiais e o projeto da embalagem para atender a estas necessidades é o próximo passo lógico. Às vezes, a escolha do material ou contenedor é autom6tica, talvez em conseqüência das normas, tradição ou economia. Freqüentemente, aquele que desenvolve a embalagem deve escolher as alternativas de materiais e contenedores. A perfeição com que este passo é exec1itado está seguramente ama"ada à consciência do dispon{vel ou possível de usar como material ou contenedor. Tenta permanecer lado a lado na constante apresentação de novos materiais, projetos e processos de embalagem pode ser uma tarefa para tempo integral. Ainda, a não ser que a escolha do material, contenedor e sistemas relacionados seja informada, este passo não ser6 totalmente executado. Lembre-se destes pontos: -A embalagem final é um compromisso de algumas diferentes (e, freqüentemente, conflitantes) necessidades. Não se pode agradar a todos, ou melhor, não se pode agradar a todos por igual. Escolha a embalagem que melhor atenda a um con junto de necessidades prioritizadas. 71 - Projetar voltado à simplicidade. Quando os materiais ou projeto de uma embalagem sdo complexos, tempo e esforço são gastos desnecessariamente. A concomncia de forne cedores é reduzida, o controle de qualidade é mais difici� as operações de set-up, enchimento e fechamento são mais lentas etc, além de haver aumento do custo. - Esteja ciente das possíveis annadilhas da inovaçilo. Analise a inovação da embalagem sobre critérios específicos, e não sobre caprichos inovativos. Se o produto vem aceitando bem um certo tipo de embalagem, mudar para um contenedor radicalmente diferente pode causar problemas no seu reco nhecimento e aceitação. Seria aconselhável, sob tais circuns tâncias, pennanecer dentro de uma categoria tradicional de embalagens e contenedores, mas distinguir, por exemplo, o produto através de desenhos inovativos ou caracterlsticas de utilidade. 4.Teste da Embalagem 72 Como o projetista de embalagem sabe se a escolhida atende às necessidades? Através das infonnações colhidas? Não, mas por testes. A finalidade do teste é determinar o desempenho da em balagem sob condições específicas, que devem manter fortes con-elações com as condições de "campo". O teste vem ganhando uma importtJncia, em conseqüência do aumento das regulamentações governamentais, preocupações do consumidor com a segurança do produto e custos asso ciados à perda ou dano ao produto, devido a uma embalagem inadequada. Mas o teste da embalagem está distante da ciência exata - um ímpeto que tem causado frustração, e pior para aqueles que tomaram decisões sem questionar os resul tados do teste, cujos dados sempre devem ser vistos através de visores anaUticos de bom senso e experiência. Deverão ser considerados os seguintes pontos ao projetar-se testes para uma embalagem: - as necessidades mais importantes sempre devertlo ser tes tadas. Os testes de laboratório podem determinar a in teração embalagem/produto e seu comportamento diante de umidade, gases etc. O teste de percepção do consumidor entra na embalagem como uma fen-amenta de marketing. Os testes de distribuição medem as capacidades protetoras no transporte, estocagem e movimentação; - os testes deveriio ser executados de acordo com um procedi mento escrito. Para ter total validade, os resultados deverão ser reproduzidos. Isto apenas é possível se o teste for repeti damente executado sob o mesmo procedimento; - abandonar ou revisar um procedimento de teste tão logo se observe que ele não é profético; - pennanecer senslvel aos custos. O teste deverá ser mais barato, em tempo e investimento, tkJ que a obtenç4o da informação por outros meios. Investigar também as opor tunidades de substituir os serviços de teste por terceiros e certificação de f omecedores, em lugar de testes internos. O passo final de qualquer projeto deve ser um teste para detenninar a adequação do projeto. Esta prática oferece uma variedade de seqüências de teste de desempenho, dependendo do ambiente de distribuição par ticularmente encontrado. Por exemplo, para embarque de pequenas embalagens de até 50 kg, a seqüência típica exige: 1. um teste de queda, para simular movimentação manual; 2. um teste de compressão, para simular empilhamento por veículo; 3. um teste de vibração em carga solta, para simular uma viagem rotkJviária; 4. um teste de vibração de veículo, para simular a embalagem em transporte; 5. outro teste de queda, para simular movimentação manual no local de recepçao; Existe um axioma - "um teste vale mais do que 1000 opiniões de especialistas". Isto tem sido provado, muitas vezes, pelos especialistas que projetam sistemas de contenedores de expe diç4o ou embalagens "à prova de falhas". Passando-os por procedimentos padronizados de testes, acabam descobrindo que f a/ham. Um teste deve ser o último passo para qualquer projeto de sistema de proteção. 5. Revisar ou Aperfeiçoar a Embalagem O penúltimo passo é aperfeiçoar a embalagem, em resposta às mudanças na inf ormaçdo, necessidades, materiais, processos, regulamentos, pref erênda do consumidor, canais de distribuição ou qualquer outro fator. A imagem de qualquer empresa é, em grande parte, sua habilidade em desenvolver, com sucesso, bem como comer cializar, novos produtos e ampliar a vida útil dos existentes. A embalagem tem um notável valor no lançamento de novos produtos, alimentaçao das vendas dos produtos atuais e reduçdo de custos, proporcionando margens de lucro e am pliando os limites de distribuiçdo. Mantenha estas sugestôes em mente: -faça o aperfeiçoamento da embalagem de maneira contínua e organizada; - ndo imagine o aperfeiçoamento da embalagem como sendo sin6nimo de reduçdo de seu custo. Uma embalagem mais atrativa, mais resistente ou aperfeiçoada de qualquer outra forma pode compensar o aumento de seu custo, através de benefícios e economias em outras áreas; - desenvolva um processo de auditoria para descobrir áreas de PLANILHA PARA EMBALAGEM UNITIZAOA , __ - , ...__ _ MAT[R-�-L-_--------< ,_, .. ,.� .... \ -------�--- - ---··-- -- -------t 1---------__;_•• •- O··--D•.:_��..,.·-----�• EMBALAGEM DE CONSUMO CMI.C.1UiSTIC&S D ....... , O •--- D ..... C1 uu D 1••- O .... O-.. hu,o1, • 0 c•�""'-{ □-•A □�•trC• (7•0H•c-{0(•_.. ... Q-.,ãa □•'""e. □,-... ",UM>1tios ,,. ... ,11oucio Qc.-•.. □-·• u.u O•••u.t o-,u o .. -,. a ... , .. , ,ttHAM(NtO o- º"u- a .. , ... □-• Qc••• CtilOoUII 0A fMtAlAltM Cº-"''"'_....,, e,,,....._, -., .... ·-""'º""' - .... ,, .. ,\ �� :·::�.:�. o .. -·· •• __ .. -··· n-J�:-;· ... _ do - ,._,. ·- ,-..... _,.,... \;; .. - º �-("H. □-•·-- a..-----,·- 0••-11 Q-.c••···-·· o ...... -r. a ... _.. □--••u Figura 3.12 - Planilha para especificação da embalagem 73 Figura 3.13 - Especificação de uma embalagem 74 aperfeiçoamento das embalagens. Certifique-se de que ela cubra as principais áreas de desempenho da embalagem, como distribuiçdo, marketing e manufatura. A finalidade desta auditoria é encontrar oportunidades de tomar a em balagem mais eficiente e atender às necessidades e condições da empresa. 6.Especificações As informações coletados nas etapas anteriores sdo usados paro formular os necessidades de embalagem, que informam o que ela deve proteger. Conforme explicamos, a embalagem pode exercer quatro funções apenas: conter, proteger, comuni car e utilidode:As necessidades de embalagem Jormuladas em tomo destas quatro funções eliminam a possibilidade de atribuir-lhe uma tarefo que ndo esteja preparada para exercer. Considere estas sugestões: -expressar as necessidades da embalagem na forma de especi ficaçõese normas por escrito, mantendo-as revisadas e atu alizadas; - colocar as necessidades de embalagem em termos men suráveis, quando possível. Por exemplo, em vez de afirmar que a embalagem deve proteger seu conteúdo, através do sistema de distribuição, colocar as necessidades de proteção em termos de métodos de teste estabelecidos, que simulam as condições de distribuição esperadas; - até onde for prático, divulgar as informaçc'Jes sobre as quais as necessidades sao baseadas e solicitar aprovaçôes destas necessidades. Às vezes, aquele que desenvolve a embalagem interpreta mal a inf ormaçllo passada, ou nllo a entende totalmente. Necessidades nao levantadas poderão prejudi car, a ndo ser que exista um mecanismo para detectar a falta de comunic�do. "Chek-List" para o Desenvolvimento de Embalagens l .Por que uma Nova Emba1agon '! Para um produto novo? Para um produto existente? 1.Para melhorar as funções protetivas, que irdo: •prolongar a vida de prateleira,· - proteger o produto, de modo que a embalagem será: a) à prova de ar (hennética); b) resistente à água/vapor d'água; c) impermeável a gases e vapores org/inicos; d) à prova de vazamento (crivação); e) permeável (pennitindo respiração); f) à prova de insetos e poeira; g) à prova de luz. - proteger dos danos no manuseio e de roubos: - proteger a embalagem do produto; - resistência à graxa, óleos e agentes afins; - à prova de adesividade. 2.Para fortalecer o aspecto de venda, através de: - novos projetos; - visibilidade global; - cores atraentes; • conveniência de uso melhorada; - matérias-primas utilizadas; • identificação de família ou marca; - legível, vis(vel e atrativa; • originalidade e inovação; - bom layout gráfico; • características atrativas em prateleira; • simplicidade; • reconhecimento rápido; - bom aproveitamento de espaço; • facilidade de manuseio; • fom1a; • tamanho; - tampas; - reuso da tampa; - tamanho da boca ou abertura; - aceitaçdo do vendedor e consumidor 3.Para atender às mudanças nos métodos de revenda. 4.Para reduzir custos (custo unitário e quantidade de merca dorias retomadas). 5.Para aumentar a produção - de acordo com a demanda. 6.Para aproveitar os novos desenvolvimentos das técnicas de embalagem e materiais de embalagem. 7.Para disputar com conco"entes. 8.Para atender às mudanças, como exigências e hábitos dos consumidores. ll.FOrúes de Jdiias para Novas Embalagens ou Alterações de Embalagens. Explorar completamente todas essas fontes de idéias /.Pessoal de pesquisa e desenvolvimento, ativo, dinâmico, espírito inovador e vontade de criar. 2.Pessoal de engenharia, produção e operação envolvido na 7S 76 idéia de novas conquistas e novas oportunidades de me lhorias. 3.Pessoal de vendas,propaganda e comercialização (inclusive serviço ao consumidor, agência de propaganda e opiniões de atacadistas, varejistas e consumidores). 4.Departamento de compras envolvido na busca de forne cedores altamente qualificados. 5. Caixa de sugestões é uma boa fonte para buscar novas idéias junto aos funcionários. 6.Fabricantes de materiais de embalagem e equipamentos, com tecnologia atualizada neste campo. 7.Consultores de projetos e embalagem que possuem larga experiência e vivência atualizada a nível doméstico e inter nacional. 8.Congressos de embalagens e exposições, visitas a outras empresas. 9.Literaturas técnicas e comerciais (nacional e internacional). ]O.Embalagem de concorrentes (nacionais e estrangeiros). 11.Emba/agens de fabricantes estrangeiros, f onna, tipo, processo de fabricação. 12.Patentes (locais/internacionais). fil.Avaliação de Idéias para Novas Embalagens 1.Há alguma razão para que essas novas embalagens não possam ser consideradas do ponto de vista da produção? A embalagem deve ser projetada para adequar-se ao atual sistema operacional? Qual é o programa de produção? 2.Há alguma razão para que essas novas embalagens ntlo possam ser consideradas sob o ponto de vista de vendas, gerência ou da empresa? 3A embalagem proposta possui provas de viabilidade? Caso contrário, há alguma outra embalagem a ser considerada? 4.Qual é a vida de prateleira máxima planejada? 5.Onde a embalagem será vendida? (regionalmente e tipo de distribuiçdo ). 6.Qual pesquisa de embalagem será necessária? Custo? 7.Que desenvolvimento prospectivo será necessário? Custo? 8Algum problema incomum de produção será envolvido? 9Algum problema incomum, sob o aspecto legal ou de patente, está envolvido? 10.Os equipamentos e materiais de embalagem necessários estão disponfveis no mercado? A que preço? 1 J. Quais as estimativas preliminares do custo da embalagem? Custo de distribuição? Margens de lucro? 12A embalagem permitirá uma eficiente movimentaç4o (paletizaç4o, unitizaçdo de carga)? W .Pesquisa e Duenvolvimenlo Laboratório Quais os requisitos de proteç4o do produto? 1. Testes de produto embalado Umidade e temperatura; Retenção de sabor e odor; Qualidade abrasiva; Quimicamente inerte; Propriedades de livre fluxo; Propriedades de crivaçdo. 2. Testes de propriedades j(sicas dos materiais de embalagem Grau de flexibilidade e rigidez; Resistência à traçdo; Estouro; Resistência à umidade; Resistência ao rasgamento; Espessura; Dobramento; Lisura; Resistência ao atrito/desgaste; Características de bloqueamento Resistência à graxa; Transmissilo água-vapor (higroscopicidade); Penneabilidade a gás; Absorçdo de água e óleo; Opacidade; Brilho do papel; Resistência ao ácido-alcali; Resistência à luz; Desempenho sob temperaturas extremas ( enchimento a quente, congelamento) Inflamabilidade; Tintas e adesivos; Livre de odores estranhos; Imprimibilidade do material. 3.Fabricação de amostras de embalagens 4. Testes de desempenho Testes de estocagem, embarque e distribuição; Testes de estocagem em laboratório, sob condições acelera das; Simulaçdo das condições de annazenagem, distribuição e comercializaçdo; Teste real de campo (transporte e annazenagem). 5. Teste de sabor do produto embalado ( avaliação organolética) Sensação; Mastigação; Textura; Cor; Aroma; Após-saborear Odor; Gosto; Aparência geral. V À�ão da embalagem à linha de �ão Que velocidade de produção ser/J necess/Jria ( considerando um mínimo de parada)? O equipamento existente poderá manipular adequadamente a nova embalagem. Serdo ne cessárias alterações no processo para adequá-lo ao novo produto? Caso positivo, como a linha existente poderá ser simplesmente convertida? A operaçdo poderá ser simplificada sem prejudi car as características protetivas? Caso contrário, os equipamentos serão Jeitos comercialmente para executar o trabalho? Os engenheiros do departamento de engenharia da empresa poderão const1Uir o equipamento necessário? Quantas m/Jquinas serdo necessárias? Qual o espaço flsico necessário? A linha é tão automática e continua quanto possfvel, e livre de ''gargalos"? O equipamento poderá ser adaptado a embalagens similares, 77 78 e também a embalagens de diferentes tamanhos? As tolerdncias de produção e embalagem sdo compatíveis? Requisitos de mão-de-obra e custos? O tempo de set-up da máquina é demorado? Implica na produtividade, e conseqüentemente, nos custos? YI.Tuta tk fJfOdu9Jo A fábrica ou a planta-piloto funciona sob condições reais de operação? As quantidades adequadas servem para determinar custos e, também, que não haverá erro nas operações. Que a embalagem da linha de produção atende às especifi caçôes de laboratório. Aceitação do consumidor e vendedor. Caracteristicas de vendas e comercializaçdo. Requisitos legais (variações da quantidade de enchimento, por exemplo). Teste de campo (embarque e distribuição). Testes em amostras embaladas mecanicamente ( comparaçdo com teste de laboratório). VIl.�e Marketing Vendas e Propaganda l.Projeto e facilidades de manuseio Tamanho certo (unidade adequada da compra tanto para o consumidor comopara efeito de concorrência)? A embalagem, tamanho e forma pemtitem fácil manuseio (para atacadistas, varejistas e consumidor final)? Quais serdo os canais de comercializaçdo? Onde e como a embalagem deverá ser comercializada? A embalagem tem boa aparência na prateleira? É facilmente transportável por qualquer pessoa? A embalagem será introduzida em "momento psicológico" para estimular vendas? A embalagem é vendável? O projeto pemtite código de barras? Que projetos são utilizados pelos concorrentes? O projeto é original, imaginativo, caracteristico, utilitário e de bom gosto? A embalagem tem aparência de limpeza, alvura e higiêne? A marca oufamma é rapidamente identificável? O espaço de venda da embalagem é bem utilizado? É simples e conveniente? As receitas e instruções práticas estão contidas? Esta embalagem será relacionada a outra no seu programa de propaganda? Será adaptável aos métodos planejados de comercialização? Se o projeto toma as alterações dispendiosas em maquinário, tais alterações irão atender aos novos hábitos de compra do consumidor, de forma que os custos sejam compensadores? O projeto está de acordo com as especificações de labo ratório? 2Aceitação do consumidor e vendedor É desejável um teste prévio suficiente para detemtinaro desejo do consumidor e do vendedor? A embalagem manterá a vontade e confiança do consumidor? A embalagem estará de acordo com as mudanças de hábito de compra e necessidades do consumidor? A embalagem é inteiramente conveniente para a dona-de casa? (facilidades de abrir e fechar, dispositivos para despejar, aplicar etc) A embalagem terá impacto de venda na prateleira do varejista? É projewcla para 111orrnçiio l'/11 Crídigo de Barras? Tem l'Cllor de re11.w? A embalagem contém oril•111arlio prâtica para mo 011 pre paraçiio do prod1110 ·> A e111bala�e111 cf,,.H n•1·e acleq1wda111ente o seu co11teúdo? O rótulo de\crt•1·e 0.1 ingredientes conforme exigido por lei? A marca, o 11m11e do pmd11w e o da empresa süo escritos com adt•q11,ula Pnjú.11'? VIII. Aspecto Legal O 111í111em do CNPJ (Cadastro N(lcionol de Pessoa Jurídica) 1•.1·1â impresso? Os 111meriC1is d1• e111halag<'111 estiio soh controle go1•enw111e11- llll? A e.\pre.uüo "/11d1i\tria Brasileirn ·· e.\llÍ impressa? A emhala�em esta dl' acordo com regulomentos municipais. eswduw., 011 .fedem is'! A e.,pre.1scio "Madt• /11 Bra-;,i/" es/<Í impres.1a para pmdwos desti11ado.1 à l'\/Wrtaçtio? A emhalagem e1ta de acordo com as exigt•ncias quanto à mwlage111 de ali111c11to.1 (1111111icipal, e1tad11al e federal)? Hm11e wliciwrcio de 1mte11t,, para co11strução da embala gem? Rt•gi\'tm ele marca, direitos a11torai.1? A t•111halage111 ll/c11de o Câdi.�o de Defesa do Co11su111idor? IX.Compm As e111pre,1a.1 fornecedoras de materiais de embalagem e eq1111u1111ento1 jiJm/11 contatadas? /1011,·e solicitaçüo de (111/0S/ras e orçamentos? Como o ('lllhalagem se a.1.rncia ao controle de estoque? Qual e o m(ni1110 l'.ltoque para 11111a produção econômica? As e1pecificaç<jes de 1110/l'riais l' produçiio jára111 estabele cidos, para atender às neceuidades dos chqwrtamentos téc nicos. dt• produçcio l' comenwl" O departamento de co11111ra.1,foi mte1rnme11te informado de todas as espedficaçéies nece.\st11w.1 para reali::ar compra com exmidiio? Os supri111e11to.1· e equipmnentm .1eriio emwdo.1· para aten der ao programa de pmduçci"? IX. Avaliação Final - Forma Co11ciliatória A embalagem aumt'llflll'Ú 0.1 c111w1? E111 caso posith·o, serâ justificado? Se ().\' custos de1·e111 ser redu,.idos, o q1111 .wrlÍ sacrificado? Ou a produtll'idacle irâ co111pcn1·t11··> J.No projeto. Exi.1tt' 0111m pn�iet" 111ais .1i111ple1 e que dê 01· resultados desejados? 2. Na linha de produçüo. A l'll1halage111 pode l"N adaptada a 11111a linha 11wis J7ex,-1·el, c111to11uítica l' co1111111w '! 3.Nas características de proteçcio. !Ili t•tce.1.10 de l'/11/wla gem? No final da.\ conta\", todos 1•1·tfio .1atisf'eito.1· com a emhala gem "conci/iatâria "? 79 VirarCapítulo 3_Página_01 VirarCapítulo 3_Página_02 VirarCapítulo 3_Página_03 VirarCapítulo 3_Página_04 VirarCapítulo 3_Página_05 VirarCapítulo 3_Página_06 VirarCapítulo 3_Página_07 VirarCapítulo 3_Página_08 VirarCapítulo 3_Página_09 VirarCapítulo 3_Página_10 VirarCapítulo 3_Página_11 VirarCapítulo 3_Página_12 VirarCapítulo 3_Página_13 VirarCapítulo 3_Página_14 VirarCapítulo 3_Página_15 VirarCapítulo 3_Página_16 VirarCapítulo 3_Página_17 VirarCapítulo 3_Página_18 VirarCapítulo 3_Página_19 VirarCapítulo 3_Página_20 VirarCapítulo 3_Página_21 VirarCapítulo 3_Página_22 VirarCapítulo 3_Página_23 VirarCapítulo 3_Página_24 VirarCapítulo 3_Página_25 VirarCapítulo 3_Página_26