ESTADO LAICO NÃO É LAICISTA

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Dílson Moreira dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
TRADIÇÕES RELIGIOSAS: 
Estado laico não é estado laicista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA - GO 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dílson Moreira dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE BACHARELADO EM 
TEOLOGIA. ATIVIDADE ESTRUTURADA 
sob a orientação da Prof. Thauana Gomes. 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia - GO 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04 
1 - A religiosidade inerente à condição humana ........................................................06 
2 - Estado laico não é estado laicista ..........................................................................08 
3 - As diversas manifestações religiosas na história da humanidade .........................10 
Entrevistas ........... .......................................................................................................11 
Conclusão ....................................................................................................................13 
Bibliografia ..................................................................................................................14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
 
 Ao aprofundar nos estudos e pesquisas sobre a religiosidade, a fé e a prática da religião, 
têm sido uma parte importante da sociedade, preocupando-se em oferecer uma explicação 
ao desconhecido, buscando entender a relação do homem consigo com a criação como o 
todo e com a força criadora. 
 
O religioso é algo inerente ao ser humano como indivíduo, mas é uma manifestação deste 
homem na relação com os outros homens, portanto é uma manifestação cultural que se 
mostra na transcendência. A religião permite conhecer o local onde as pessoas vivem seus 
valores em uma cultura. 
 
Todas as grandes civilizações se estruturaram ao redor de sofisticados elementos religiosos a 
religiosidade e uma cultura onde religião provoca transformações na ordem social, sejam 
elas na esfera da economia, da política ou da cultura em geral. 
 
O estado é e deve ser laico, mas nunca deve ser laicista. Há uma confusão muito grande 
entre essas duas palavras. O Estado laico não professa uma religião em detrimento das 
demais, mas deve proteger a liberdade religiosa, deve incentivar o valor religioso, porque faz 
parte da dignidade da pessoa humana. 
 
 
 
 
 
 
 
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Porém, carece a distinção e verdadeira compreensão da expressão laicidade em 
confronto com a expressão laicismo, que se refere à antireligião. 
 
Já no laicismo há uma postura de intolerância religiosa, na qual a religião é vista de forma 
negativa. Visa a um Estado totalitário ateu, que quer eliminar Deus e a religião, investindo 
fortemente contra a liberdade religiosa, banindo do meio público qualquer expressão ou 
simbolismo de religião 
 
O Brasil é um país que possui uma rica diversidade religiosa, consequência de uma grande 
miscigenação cultural, que ocorreu ao longo dos vários processos imigratórios que o país 
sofreu na sua história. 
 
Este trabalho tem por finalidade constatar que a manifestação religiosa é inerente à condição 
humana e que o estado é laico e não laicista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 - A RELIGIOSIDADE INERENTE À CONDIÇÃO HUMANA. 
 
Ao pesquisar a religiosidade e seus fundamentos descobrimos que não há sociedade sem 
religiosidade. 
 
Os conceitos de todos os tipos de sociedades atuais têm suas raízes baseadas nas suas 
religiões. 
 
Muitas regras e ''culturas'' saíram dessas crenças e cresceram em cima delas. 
 
Desde o princípio da humanidade, o homem demonstra a necessidade de conviver em 
sociedade, construindo assim, grupos sociais, com o objetivo de facilitar a sua sobrevivência 
seus instintos de sobrevivência, juntava -se a outros para se aquecer, caçar e se proteger. 
Desta forma, a sociedade nascia de forma rudimentar e, ainda, em evolução. 
 
Desde os princípios da humanidade, o homem demonstra a necessidade de 
conviver em sociedade, construindo assim, grupos sociais, com o objetivo de facilitar a sua 
sobrevivência. 
 
Bernardi e Castilho, no texto, A Religiosidade como Elemento do Desenvolvimento Humano, 
afirmam que, “o desenvolvimento local é um processo que envolve as mais diferentes 
dimensões do ser humano e da sociedade onde ele está inserido. Essas dimensões podem 
ser: sociais, econômicas, culturais, artísticas, religiosas, etc.” 
 
 
 
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Antes mesmo de haver uma sociedade secularizada, a religião determinava 
completamente a cadência de todas as atribuições do ser humano. A elaboração das leis é 
um exemplo claro disso, pois na tentativa de compreendê-las, muitas vezes é necessário 
recorrer à conceitos religiosos. 
 
A religiosidade é a manifestação do sagrado que é a presença de uma potência sobrenatural 
em que se mostra o poder por meio de algum símbolo como uma força 
sobrenatural (CHAUÍ, 1995) 
 
A religiosidade é fundamental para se caracterizar os valores que formam o homem e a 
sociedade dentro de um espaço territorial. Entender um espaço territorial é entender a 
cultura em que vive a sociedade de tal espaço e, junto com isso, está a religiosidade. 
 
A Bíblia afirma que “a pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, é um ser ao 
mesmo tempo corporal e espiritual” (Gênesis 1:26-28). Sendo o homem um ser também 
espiritual, ele, naturalmente, é impelido ao transcendente, isto é, para aquilo que é superior a 
ele mesmo. Isto acontece, em particular, por meio da religião. 
A religiosidade tem contribuído muito para o crescimento humano, o que seria da sociedade 
sem a religiosidade na questão de ética moral caráter. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 – ESTADO LAICO NÃO É ESTADO LAICISTA 
 
 
Um estado é considerado laico quando promove oficialmente a separação entre Estado e 
religião. A partir da ideia de laicidade, o Estado não permitiria a interferência de correntes 
religiosas em assuntos estatais, nem privilegiaria uma ou algumas religiões sobre as demais. 
 
O Estado laico trata todos os seus cidadãos igualmente, independentemente de sua escolha 
religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. 
 
O Estado também deve garantir e proteger a liberdade religiosa de cada cidadão, evitando 
que grupos religiosos exerçam interferência em questões políticas. Por outro lado, isso não 
significa dizer que o Estado é ateu, ou agnóstico. A descrença religiosa é tratada da mesma 
forma que os diversostipos de crença. 
 
O Brasil é o maior país católico do mundo, com uma estimativa de 127 milhões de fiéis, o 
que equivale a 65% da população do país e aproximadamente 12% dos católicos no mundo 
(dados de 2013 do IBGE). Mesmo com maioria católica, o país é oficialmente um Estado laico, 
ou seja, adota uma posição neutra no campo religioso, busca a imparcialidade nesses 
assuntos e não apoiando, nem discrimina nenhuma religião. 
 
O Brasil é oficialmente um Estado laico, pois a Constituição Brasileira e outras legislações 
preveem a liberdade de crença religiosa aos cidadãos, além de proteção e respeito às 
manifestações religiosas com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Estado 
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Brasileiro 
 
 
 
 
 
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passou a ser considerado laico, deixando de ser, assim, confessional. 
No artigo 5º da Constituição Brasileira (1988) está escrito: 
 
“VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício 
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas 
liturgias;” 
 
Contudo, a laicidade do Estado pressupõe a não intervenção da Igreja no Estado, e um 
aspecto que contraria essa postura é o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. 
Ao oposto, o Estado laicista nos países que não são laicos (teocráticos), a religião exerce o 
seu controle político na definição das ações governativas. Nos países teocráticos, o sistema 
de governo está sujeito a uma religião oficial. Alguns exemplos de nações teocráticas são: 
Vaticano (Igreja Católica), Irã (República Islâmica) e Israel (Estado Judeu). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 – AS DIVERSAS MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE. 
 
 
A religião é praticada pelo ser humano desde tempos antigos e era utilizada, muitas vezes, 
para explicar os fenômenos da natureza. 
 
A religião é uma manifestação humana, não se percebendo fenômenos religiosos em outros 
seres, permeando todas as sociedades existentes independente de espaço, tempo, situação 
geográfica, e grau de complexidade. 
 
Cada religião possui suas particularidades: suas histórias sagradas, seus símbolos, contos e 
seu próprio código de conduta. Apesar disso, os estudiosos da área conseguem identificar 
aproximações em diferentes religiões, como acontece no caso das maiores religiões 
monoteístas do mundo, que são o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. 
 
A religião pode ser definida como um conjunto de crenças e práticas sociais relacionadas 
com a noção de sagrado. 
 
O Brasil, em virtude da colonização portuguesa, é predominantemente cristão católico. 
 
Entretanto, o número de cristãos protestantes vem crescendo bastante no país. Além disso, 
há outras variantes religiosas, como o Espiritismo, a Umbanda (que nasceu do sincretismo 
entre o catolicismo popular e o Candomblé) e o próprio Candomblé, herdado da África. 
 
 
 
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Atualmente, existem diversas religiões no mundo, as quais podem ser classificadas em três 
diferentes grupos: politeístas, que corresponde ao sistema religioso que possibilita a crença 
em mais de um deus; monoteístas, que representa o sistema religioso que possibilita a 
crença em uma única divindade; panteístas, que refere-se ao sistema religioso que afirma 
que a força da natureza é a manifestação de uma divindade em si, baseando-se, portanto, na 
crença em espíritos da natureza. 
 
Além desses três tipos citados, é importante mencionar os ateístas ou seja pessoas que não 
acreditam em nenhum tipo de religião e não acreditam na existência de uma entidade ou ser 
superior aos humanos. 
 
O princípio básico do ateísmo é o ceticismo, isto é, o questionamento do princípio básico de 
toda religião: a crença no divino. 
 
 
 
ENTREVISTA 
 
Essa entrevista foi realizada com um irmão Milton Alves de Souza, diácono, da igreja 
assembleia de Deus campo de Campinas, Goiânia (Go) sobre a importância do Ecumenismo e 
do Diálogo Religioso para o Bem Comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Qual a importância do Ecumenismo para você? 
 
A ideia de ecumenismo é exatamente reunir o mundo cristão. Na prática, porém, o 
movimento compreende diversas religiões inclusive aquela não cristã. O ecumenismo 
procura estabelecer boas relações de amizade entre pessoas e igrejas diferentes. 
 
O termo ecumenismo teve origem no grego “”oikoumene” que significava “o mundo 
civilizado”. Na Bíblia a palavra oikoumene é traduzida como “todo” e “universal”. 
O próprio Jesus nos incentivou ao ecumenismo, mostrando que a possibilidade de união, 
basta respeitarmos o credo a fé de cada indivíduo. 
 
Os apóstolos com preconceito indagaram a Jesus no livro de Marcos 9:38-41 
 
38 - Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós 
lho proibimos, porque não nos segue. 
39 - Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu 
nome e possa logo falar mal de mim. 
40 - Porque quem não é contra nós, é por nós. 
41 - Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois 
discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão. 
 
Mas para isso e preciso inserir o ecumenismo em uma educação religiosa preparando 
obreiros pastores líderes religiosos para tirar dúvidas e mostrar que é para um bem comum. 
 
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 CONCLUSÃO 
 
 
 A criação desse trabalho foi de grande importância para mim passei a entender melhor 
sobre o assunto contribuio muito para minha formação trazendo clareza para minhas 
dúvidas. O objetivo desse trabalho foi de aprofundar nas pesquisas sobre religiosidade 
entender suas adversidades, observar a importância da religiosidade na vida do ser humano. 
De maneira geral, a religiosidade mostra o sentido que uma pessoa possui ao refletir sobre 
questões ligadas à religião e as crenças religiosas pessoais que mostram o poder da fé. 
 
Do ponto de vista psicológico, a religiosidade exerce influência nos valores e no modo de 
agir de uma pessoa ao refletir sobre o que é e o que não é correto para ela. 
 
Passamos entender o que é estado laico é considerado laico quando promove oficialmente a 
separação entre Estado e religião. 
 
Há uma adversidade de religião suas formas culturas suas simbologias seus dogmas éticos. 
tem de ser respeitado, porque faz parte daquela cultura e tem contribuído para o 
crescimento daquela sociedade. 
 
A religião pode ser definida como um conjunto de crenças e práticas sociais relacionadas 
com a noção de sagrado. 
 
Por fim entendemos que é um dever do estado proteger a liberdade religiosa e a liberdade 
de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, 
 
 
 
 
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as liturgias. 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
https://www.conjur.com.br/2012-mar-21/estado-laico-nao-sinonimo-estado-antirreligioso-
ou-laicista 
 
https://www.scielo.br/j/inter/a/5D44rZBWRJ5d8YCpX4GP83H/?lang=pt#:~:text=O%20religioso%20%C3%A9%20algo%20inerente,seus%20valores%20em%20uma%20cultura. 
 
https://www.significados.com.br/estado-laico/ 
 
https://www.campograndenews.com.br/artigos/a-influencia-da-religiao-na-sociedade 
 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Laicismo 
https://www.conjur.com.br/2012-mar-21/estado-laico-nao-sinonimo-estado-antirreligioso-ou-laicista
https://www.conjur.com.br/2012-mar-21/estado-laico-nao-sinonimo-estado-antirreligioso-ou-laicista
https://www.conjur.com.br/2012-mar-21/estado-laico-nao-sinonimo-estado-antirreligioso-ou-laicista
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https://www.scielo.br/j/inter/a/5D44rZBWRJ5d8YCpX4GP83H/?lang=pt#:~:text=O%20religioso%20%C3%A9%20algo%20inerente,seus%20valores%20em%20uma%20cultura
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