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Importância da Ludicidade

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e-Tec Brasil
Aula 1 – O mundo do lúdico 
e o lúdico no mundo
Objetivos
Apreender o conceito de ludicidade e reconhecer sua importância 
na sociedade atual.
Conhecer um breve histórico sobre ludicidade.
Analisar a importância da ludicidade.
“Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente, o sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão [...]” 
(Música: Bola de meia, bola de gude – Milton Nascimento e Fernando Brant)
A capacidade de aprender é a característica mais marcante do ser humano, 
acompanhando-o em todas as fases de sua vida. Ele aprende coisas novas 
através da interação com o outro e pela ação no meio em que vive. Assim, 
ele descobre, modifica e apropria-se do conhecimento, integrando-se na so-
ciedade como ser ativo, reflexivo e criativo.
Naturalmente, é na infância que as atividades lúdicas estão mais presentes, pois 
brincando a criança vai aprendendo e amadurecendo para o universo adulto. 
Entretanto, como bem descrito pelo trecho acima da música de Milton Nasci-
mento e Fernando Brant (gravada também pelo grupo 14 Bis), todos nós temos 
uma criança interior que nos faz querer agir com ludicidade, ou seja, brincar, 
jogar, se divertir, sentir prazer. Quem nunca se pegou recordando a própria in-
fância, e não teve vontade de voltar a ser um menino que jogava bola o dia todo 
no campinho ou uma menina que brincava de boneca com as amigas? 
e-Tec BrasilAula 1– O mundo do lúdico e o lúdico no mundo 15
Figura 1.1: Infância
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1175961
A vida adulta tem exigências inúmeras. Entretanto, a ludicidade permanece 
como característica humana, podendo ser identificada em nossos passeios, via-
gens ou quando nos reunimos com os amigos para “batermos uma bolinha”, 
nas festas, no teatro, no cinema ou até mesmo quando assistimos à televisão. 
Algumas pessoas colecionam bonecas, bichos de pelúcia, canetas coloridas, 
adesivos ou qualquer outra coisa que remete à infância, na tentativa de suprir 
essa necessidade humana do lúdico, do jogo, da brincadeira e do prazer. 
Figura 1.2: Lúdico através de uma coleção de carros
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/806883
Ludicidade como Instrumento Pedagógicoe-Tec Brasil 16
Carl Gustav Jung comenta em seu livro “Memórias, sonhos e reflexões” que 
todo adulto tem uma criança eterna, que nunca está completa e, por isso, 
solicita atenção e educação incessantes. Ele afirma que essa “criança eter-
na” é a parte da personalidade humana que quer se desenvolver.
A rotina da vida, com suas mazelas, estresses e cobranças, muitas vezes, nos 
faz deixar de lado o lúdico, e com isso muitos perdem o prazer, deixando de 
ter uma vida plena, como assevera Luckesi (2010): “quando o ser humano 
age ludicamente, na verdade, ele está vivenciando uma experiência plena”. 
É preciso garantir espaços para atividades lúdicas em nossa sociedade, uma 
vez que a presença das brincadeiras, dos jogos e da diversão é considera 
fator de qualidade de vida. Dessa forma, o estudo da ludicidade, na sua 
formação, se torna imprescindível, pois é preciso compreender e aplicar seus 
princípios teóricos na nossa vida.
1.1 O que é ludicidade?
Como ponto de partida, tomaremos a definição dada por Luckesi (2010), 
quando ele afirma que a ludicidade, é “aquela que propicia a plenitude da 
experiência”, significando que quando estamos envolvidos em uma atividade 
lúdica, enxergamos apenas a atividade e nada mais. Segundo ele, se estiver-
mos, durante uma atividade lúdica divididos com outra coisa, esta atividade 
deixa de ser lúdica, pois não estaremos verdadeiramente participando dela.
Depois de ler o texto de Cipriano Carlos Luckesi, selecione os pontos que você 
julgar mais interessantes e elabore uma apresentação em Power Point. Poste 
sua apresentação no ambiente virtual de ensino-aprendizagem do curso.
Mas o que exatamente quer dizer “ser lúdica”? Bem, embora originalmente 
a palavra “lúdica” tenha se derivado do latim ludus e signifique jogo, sua 
evolução semântica, abrange mais do que apenas o jogar e o brincar, uma 
vez que a ludicidade acompanhou as pesquisas relacionadas ao próprio de-
senvolvimento humano.
Carl Gustav Jung (1875-1961) 
trabalhou ao lado de Sigmund 
Freud por um tempo, mas 
ideias divergentes os levaram 
a caminhos opostos. Enquanto 
Freud ficou conhecido como 
o pai da psicanálise, Jung é 
considerado o pai da psicologia 
analítica, hoje também 
conhecida como psicologia 
junguiana.
Caso tenha interesse sobre 
psicologia junguiana, visite o 
site da Sociedade Brasileira de 
Psicologia Analítica, http://www.
sbpa.org.br
Leia na íntegra o texto de 
Cipriano Carlos Luckesi sobre 
ludicidade e atividades lúdicas, 
disponível na página do autor, 
em www.luckesi.com.br/textos/
ludicidade_e_atividades_
ludicas.doc
e-Tec BrasilAula 1– O mundo do lúdico e o lúdico no mundo 17
Figura 1.3: Momento de ludicidade
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/360880
Durante a atividade lúdica, não é apenas o resultado da atividade que nos im-
porta, mas também a própria ação, o momento vivido. Esse tipo de atividade 
possibilita à pessoa que a vivencia momentos de encontro com seu “eu inte-
rior” e com o outro, o que gera também momentos de autoconhecimento e 
conhecimento alheio; momentos de cuidar de si e de olhar para o outro; além 
de momentos de fantasia, de realidade, de ressignificação e percepção. A 
Figura 1.3 representa muito bem a ludicidade, porque não são apenas as pes-
soas que jogam que têm um momento lúdico, mas as que assistem também.
A ludicidade faz parte da atividade humana e uma de suas principais carac-
terísticas é a espontaneidade. Para uma atividade ser considerada lúdica, ela 
não precisa ser necessariamente um jogo ou uma brincadeira, mas sim gerar 
prazer. Almeida (2000) destaca que, ao obter prazer com seu trabalho, as 
pessoas se educam ludicamente, pois integram a mobilização das relações 
funcionais ao prazer de interiorizar o conhecimento e a expressão de felici-
dade que se manifesta na interação com os semelhantes.
Sendo assim, podemos dizer que lúdica é toda a atividade da qual o ser hu-
mano extrai ou sente prazer. A ludicidade é uma atividade ligada a diversas 
áreas profissionais, inclusive a do lazer, que deve ser planejada e acompa-
nhada para objetivos mais específicos, pois a forma como é conduzida e 
vivenciada essa atividade é mais importante do que seu tipo.
Ressignificação 
Ressignificação é a atribuição de 
um novo significado a algo ou a 
algum acontecimento, por uma 
mudança da visão de mundo.
Ludicidade como Instrumento Pedagógicoe-Tec Brasil 18
1.2 Breve histórico da ludicidade
A ludicidade é uma necessidade intrínseca ao ser humano. Desde nossos 
momentos primitivos pudemos perceber sua existência. Algumas das ativi-
dades dos povos antigos, como a dança, a pesca, a caça, não eram apenas 
tidas como atividades de sobrevivência, mas também tinham um caráter de 
divertimento e prazer natural. 
Almeida (2000, p. 19) cita como Platão dava muito valor ao esporte, colocando-o 
em pé de igualdade com a cultura intelectual. Segundo Platão, o esporte tinha 
uma grande contribuição na formação do caráter e da personalidade do indiví-
duo. Porém, embora incentivasse os esportes, ele era contra a competição, pois 
segundo acreditava, esta causava danos à formação das crianças e dos jovens. 
Além disso, Platão acreditava também, que o ensino da matemática devia ser 
feito através de jogos, para que atraísse e despertasse os aprendizes.
Figura 1.4: Jogos olímpicos remetem à época de Platão
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/468238
Platão já afirmava, desde sua época, que atividades como o esporte contri-
buíam muito na formação da personalidade e do caráter do indivíduo.
Entre povos antigos, os jogos eram usados para que os mais velhos ensinassem 
aos mais jovens as normas da vida social bem comoseus valores e conhecimentos.
Platão foi um filósofo que viveu na 
Grécia Antiga (427 a.C. – 348 a.C.) 
e fundou a primeira instituição 
de educação superior do mundo 
ocidental de que se tem notícia.
e-Tec BrasilAula 1– O mundo do lúdico e o lúdico no mundo 19
Quando a igreja ganhou poder, e o cristianismo começou a ser mais divulga-
do, os jogos começaram a perder seu valor, uma vez que eram tidos como 
pagãos e profanos. Brougère (1998) mostra como coube a Tomás de Aquino 
introduzir no pensamento cristão a questão do jogo ou do lúdico como 
necessário, mesmo que subordinado: “Procuramos o repouso do espírito 
através dos jogos, seja em palavras, seja em ações. Portanto, é permitido 
ao homem sábio e virtuoso propiciar-se esses relaxamentos algumas vezes” 
(AQUINO apud BROUGÈRE, 1998, p. 28).
O panorama que segue do início do século XVI é bem definido por Almeida 
(2000) como o florescer da valorização dos jogos e das atividades lúdicas 
pelos humanistas. Nessa época, os jesuítas começaram a incluir em seus 
colégios novamente o lúdico, porém essas atividades foram reformuladas. A 
igreja começou a elaborar regras em latim para essas atividades, que passa-
ram a ser aplicadas nas escolas e aceitas como práticas educativas necessá-
rias à aprendizagem. Almeida (2000) mostra que ainda nesse mesmo século 
François Rabelais afirmava que até os jogos de cartas e fichas serviriam para 
o ensino da Geometria e da Aritmética.
Figura 1.5: Jogos de cartas serviriam para o ensino da Aritmética
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/801989
François Rabelais afirmava que tudo o que fosse ensinado, deveria ser feito 
por meio de jogos.
O que Almeida ainda expõe em seu livro é a opinião do educador e filósofo 
Jean-Jacques Rousseau, o qual dizia que a criança só devia aprender através 
da própria experiência, pois só assim de fato ela aprenderia. Para ele, os nos-
sos sentidos, são instrumentos da inteligência, e devemos cuidar de nosso 
corpo, para que, estando são, seja mais fácil aprender. Em uma referência à 
Tomás de Aquino (1225-1274) 
foi um padre que ficou famoso 
por sistematizar o conhecimento 
teológico e filosófico de sua 
época, unindo a fé e a razão.
François Rabelais foi um padre 
e escritor do Renascimento 
francês, cujas publicações 
inovadoras sofriam constantes 
ataques de teólogos cristãos.
Ludicidade como Instrumento Pedagógicoe-Tec Brasil 20
aprendizagem da leitura e da escrita, Rousseau afirma que são necessários 
melhores métodos para ensinar a ler e a escrever e que o melhor mesmo 
seria reforçar o desejo de aprender (ROUSSEAU apud ALMEIDA, 2000).
Figura 1.6: Método tradicional de ensino – lendo e copiando
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/676205
Almeida destaca que o epistemólogo Jean Piaget crê que os jogos sejam en-
riquecedores no que diz respeito ao desenvolvimento intelectual. Cita ainda 
que George Snyders recompôs o estudo do jogo como ferramenta pedagó-
gica desde a educação tradicional até os nossos tempos.
A ludicidade e tudo o que a permeia esteve, está e continuará presente em 
todas as épocas, povos e culturas, formando uma vasta área de conhecimen-
to que associa criação, reflexão, socialização e aprendizagem. Naturalmente, 
suas manifestações vão se modificando pelas próprias relações humanas em 
seu contexto histórico, social, cultural e psicológico.
Destaque as semelhanças entre as ideias dos diversos pensadores citados na se-
ção 1.2, escrevendo-as sob a forma de manchete. Poste seu trabalho no AVEA.
1.3 Importância da ludicidade
O mundo hoje é extremamente complexo e exige do indivíduo, no nível social, 
características como: liderança, criatividade, habilidade de solucionar problemas, 
relações intra e interpessoais, flexibilidade, etc. Se essas características não forem 
inatas, como poderão ser desenvolvidas nos ambientes sociais mais comuns?
No link http://revistaescola.
abril.com.br/historia/pratica-
pedagogica/filosofo-liberdade-
como-valor-supremo-423134.
shtml, a revista “Nova Escola” 
fala sobre a biografia de Jean-
Jacques Rousseau, este grande 
pensador do século XVIII que 
inspirou reformas políticas e 
educacionais em toda a Europa.
Inatas
Ser inata significa que vem 
desde o nascimento.
e-Tec BrasilAula 1– O mundo do lúdico e o lúdico no mundo 21
Figura 1.7: Liderança, habilidade social exigida pelo mundo moderno
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1030719
Exatamente por isso a ludicidade é extremamente importante para o ser 
humano. Ela é a chave para desenvolver tais características! É através dela 
que se aprende a conviver, a ganhar e perder, a esperar sua vez, lidar com as 
frustrações, conhecer e explorar o mundo. Ela facilita a convivência entre as 
pessoas, pois se processa em torno do grupo e das necessidades individuais.
A ludicidade é umas das possibilidades humanas de exploração do mundo, 
permitindo reelaborar emoções, ligações afetivas e domínio do seu próprio 
corpo, como descrito por Teixeira (1995). Ele afirma que situações lúdicas 
são capazes de mobilizar esquemas mentais, além de integrarem as dimen-
sões afetiva, motora e cognitiva da personalidade. Além disso, Teixeira ainda 
associa a atividade lúdica à atividade artística, reconhecendo-a como um 
elemento integrador dos vários aspectos da personalidade: “O ser que brin-
ca e joga é, também, o ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve” 
(TEIXEIRA, 1995, p. 23).
Ludicidade como Instrumento Pedagógicoe-Tec Brasil 22
Figura 1.8: Homo sapiens - Dimensão humana que se refere à capacidade de raciocínio.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1101215
A presença de atividades lúdicas espontâneas e dirigidas na sociedade em muito 
contribuíram para o desenvolvimento das habilidades e competências que se 
exige do homem na contemporaneidade. Esse fato é tão marcante que o filóso-
fo Johan Huizinga escreveu um livro em 1955, chamado “Homo ludens: o jogo 
como elemento da cultura”, no qual chama o homem de homo ludens em alu-
são a outras dimensões humanas já conceituadas como o homo sapiens (Figura 
1.8), que se refere à capacidade de raciocínio e o homo faber (Figura1.9) que se 
refere à capacidade de fabricação de objetos. O homo ludens (Figura 1.10) é o 
homem do jogo, que, para o autor, é uma categoria central para a civilização.
Figura 1.9: Homo faber
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/99561
e-Tec BrasilAula 1– O mundo do lúdico e o lúdico no mundo 23
Para finalizar esta aula, é interessante destacar um trecho que encontramos 
na Declaração Universal dos Direitos Humanos a respeito do lúdico: “Toda 
pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das horas 
de trabalho e férias periódicas remuneradas” (Artigo XXIV).
Figura 1.10: Homo ludens
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/331882
Outro texto que também merece atenção é a Declaração dos Direitos da Criança, 
adotada pela Assembleia das Nações Unidas, que reforça a necessidade do lúdico 
para a criança: “[...] A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, 
visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades 
públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito” (artigo 7º).
Assim, podemos dizer que o reconhecimento do lazer como uma necessidade 
humana é um avanço, mas que ainda é preciso garantir as possibilidades de 
práticas lúdicas que possam assegurar ao homem um desenvolvimento pleno.
Você acredita que existe um reconhecimento real do lazer como necessidade 
humana? Defenda sua opinião e construa um texto reflexivo sobre o tema; 
deposite seu texto no AVEA.
Independentemente da idade, a ludicidade é uma necessidade que transcen-
de a pura diversão, pois contribui para o desenvolvimento humano em seus 
aspectos físicos, emocionais, cognitivos, sociais e culturais.
A ludicidade contribui para a saúde mental, a socialização e a aprendizagem.
Acesse a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos completa 
em http://portal.mj.gov.br/sedh/
ct/legis_intern/ddh_bib_inter_
universal.htmPara acessar a Declaração dos 
Direitos da Criança, adotada 
pela Assembleia das Nações 
Unidas, visite o site http://
www.culturabrasil.org/zip/
direitosdacrianca.pdf
Ludicidade como Instrumento Pedagógicoe-Tec Brasil 24
Resumo
Nesta Aula você aprendeu que a capacidade de aprender é uma característi-
ca marcante do ser humano que as atividades lúdicas podem estimular. Por 
isso é interessante garantir espaços para essas atividades em nossa socie-
dade. O importante não é apenas o resultado da atividade, mas também o 
próprio momento vivido. Através da ludicidade surge o autoconhecimento 
e o conhecimento alheio, além da ressignificação do mundo vivido. Para ser 
lúdica, a atividade não precisa ser um jogo ou brincadeira, mas gerar prazer. 
É por meio desse prazer que as pessoas se educam. A ludicidade é a chave 
para desenvolver características como: liderança, criatividade, habilidade de 
solucionar problemas, relações intra e interpessoais, flexibilidade. É através 
do lúdico que se aprende a conviver. A ludicidade contribui para o desenvol-
vimento físico, emocional, cognitivo, social e cultural do ser humano.
Atividades de aprendizagem
1. Após o estudo da Aula 1 produza um texto explicando o conceito de 
ludicidade e sua abrangência. Poste seu texto no ambiente virtual de 
ensino-aprendizagem. Leia o poema de Leila Míccolis, intitulado “Segre-
do”, no livro O bom filho a casa torra, página 24, e produza um texto 
relacionando-o à importância da ludicidade na vida humana. Poste seu 
texto no ambiente virtual de ensino- aprendizagem. 
2. O filósofo Huizinga chamou o homem de homo ludens. Qual o signifi-
cado desta nomenclatura? Produza um texto explicando-a e poste-o no 
ambiente virtual de ensino-aprendizagem.
e-Tec BrasilAula 1– O mundo do lúdico e o lúdico no mundo 25

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