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Valvopatias

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Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1
Valvopatias 
- BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO
SUMÁRIO
ESTENOSE AÓRTICA
O QUE É?
EPIDEMIOLOGIA
ETIOLOGIA
DIAGNÓSTICO
TRÍADE CLÁSSICA
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARES
COMPLICAÇÕES
PRINCIPAIS
SÍNDROME DE HEYDE
CONDUTA
CIRURGIA DE TROCA VALVAR
IMPLANTE DE BIOPRÓTESE AÓRTICA TRANSCATETER (TAVI)
VALVOPLASTIA PERCUTÂNEA COM BALÃO
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
O QUE É?
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
SÍNDROME DE MARFAN
O QUE É?
ACOMETIMENTO
ACHADOS
DIAGNÓSTICO
ATIVIDADES FÍSICAS
DIAGNÓSTICO
PRINCIPAL SINTOMA
EXAME FÍSICO
PRESSÃO ARTERIAL DIVERGENTE
SINAIS CLÁSSICOS DE AUMENTO DA PRESSÃO DO PULSO
EXAMES COMPLEMENTARES
CONDUTA
CIRURGIA DE TROCA VALVAR
ESTENOSE MITRAL
O QUE É?
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
EFEITOS HEMODINÂMICOS
DIAGNÓSTICO
PRINCIPAIS SINTOMAS
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
ECOCARDIOGRAMA
CONDUTA
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
ESCORE DE WILINS-BLOCK
GESTANTES
INSUFICIÊNCIA MITRAL
O QUE É?
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
PRIMÁRIA 
SECUNDÁRIA
PROLAPSO DE VALVA MITRAL (PVM)
O QUE É?
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO
SÍNDROME DO PROLAPSO VALVAR MITRAL
DIAGNÓSTICO
EXAMES COMPLEMENTARES
CONDUTA
TRATAMENTO CLÍNICO
INDICAÇÕES DO TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
ESTENOSE TRICÚSPIDE
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
DIAGNÓSTICO
PRINCIPAL SINTOMA
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
EXAME FÍSICO
MANOBRA DE RIVERO-CARVALLO
SINAL DE KUSSMAUL
CONDUTA
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 2
ESTENOSE AÓRTICA
O QUE É?
Limitação na abertura dessa valva durante a ejeção do sangue pelo ventrículo esquerdo (sístole)
EPIDEMIOLOGIA
➔ Valvopatia mais comum em idosos
➔ Brasil: prevalência alta em jovens (etiologia bicúspide e 
reumática), e em idosos, (etiologia senil-degenerativa)
ETIOLOGIA
➔ Indivíduos jovens: doença congênita bicúspide
➔ Indivíduos adultos: doença degenerativa ou calcificada
➔ Países subdesenvolvidos: doença reumática
DIAGNÓSTICO
TRÍADE CLÁSSICA
O surgimento de cada um desses sintomas marca uma piora 
significativa de prognóstico, ou seja, o surgimento de sintomas 
é indicativo claro de troca valvar 
EXAME FÍSICO
Reflete as consequências de uma valva que limita a quantidade de sangue ejetado pelo coração
➔ Pulso parvus et tardus: atraso no pico de fluxo e amplitude 
reduzida
➔ Sopro sistólico rude, ejetivo, em crescendo-decrescendo 
(diamante), que reduz com: manobra de handgrip (apertar o dedo 
com a mão) e Valsalva, panprecordial, mais audível em foco 
aórtico, com irradiação para pescoço ou fúrcula
➔ Fenômeno de Gallavardin: irradiação do sopro para o ápice
➔ Hipofonese de B2: casos avançados
➔ Hipofonese de B1
➔ Desdobramento paradoxal de B2
EXAMES COMPLEMENTARES
➔ ECG: evidencia uma sobrecarga do ventrículo esquerdo
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE 
O QUE É?
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
PRIMÁRIAS
SECUNDÁRIAS
DIAGNÓSTICO
EXAME FÍSICO
CONGESTÃO SISTÊMICA
CONDUTA
DOENÇAS DA VALVA PULMONAR
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
SOPRO DE GRAHAM-STEEL
CONDUTA
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 3
➔ Radiografia de tórax: pode ser normal, já que a estenose aórtica não costuma aumentar o índice cardiotorácico (o coração 
cresce para dentro, fica musculoso — hipertrofia concêntrica)
➔ Ecocardiograma: avalia gravidade, complicações e etiologia
GRADUAÇÃO DA ESTENOSE AÓRTICA DISCRETA MODERADA GRAVE
Área valvar >1,5 cm² 1-1,5 cm² <1 cm²
Velocidade transvalvar máxima < 3,0 m/s 3-3,9 m/s ≥ 4,0 m/s
Gradiente médio < 25 mmHg 25-39 mmHg ≥ 40 mmHg
COMPLICAÇÕES
PRINCIPAIS
➔ Endocardite infecciosa
➔ Edema agudo de pulmão
➔ Eventos tromboembólicos
➔ Morte súbita
SÍNDROME DE HEYDE
É composta pela tríade: 
1. Estenose aórtica
2. Disfunção plaquetária 
3. Angiodisplasia colônica com sangramento gastrointestinal
CONDUTA
Não existe tratamento medicamentoso e os pacientes sintomáticos devem ser submetidos, obrigatoriamente, ao tratamento 
intervencionista
CIRURGIA DE TROCA VALVAR
➔ Procedimento mais consagrado ao longo dos anos
➔ Principais indicações: 
Sintomas (dispneia, angina e/ou síncope)
Assintomático com fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 50%
Assintomático com valvopatia crítica: 
Área valvar < 0,7 cm²
Gradiente médio > 60 mmHg
Velocidade transvalvar máxima > 5 m/s
Sintomas ou queda de pressão arterial durante o teste ergométrico
Paciente com necessidade de realizar outra cirurgia cardíaca (revascularização do miocárdio, outra valvopatia etc.) e com 
estenose aórtica moderada-grave, independentemente de sintomas
IMPLANTE DE BIOPRÓTESE AÓRTICA TRANSCATETER (TAVI)
➔ Menos invasiva
➔ Indicada para indivíduos mais idosos e/ou com risco 
perioperatório alto
➔ Principais indicações: 
Paciente inoperável, com risco proibitivo e/ou 
fragilidade
Paciente com alto risco cirúrgico calculado pelo 
EUROSCORE II e STS. Pode ser considerado também no risco 
intermediário
Pode ser considerado no paciente com baixo risco pelo 
EUROSCORE II e STS, desde que a idade seja > 70 anos
VALVOPLASTIA PERCUTÂNEA COM BALÃO
➔ Procedimento de execução simples
➔ Não resolve de fato o problema, sendo reservada apenas como um procedimento “ponte” ou paliativo
➔ Realiza-se uma simples dilatação da valva aórtica com um balão, via cateterismo
➔ Principais indicações: 
Procedimento “ponte” em pacientes instáveis que serão submetidos à troca valvar
Procedimento paliativo em pacientes com risco cirúrgico proibitivo e quando não há disponibilidade para se realizar a TAVI
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
O QUE É?
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 4
A valva não se fecha totalmente durante a diástole, dessa forma, ocorre uma regurgitação de sangue para dentro do ventrículo 
esquerdo proveniente da aorta
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
➔ Brasil: a principal causa dessa valvopatia é a febre reumática
➔ Causas comuns: doenças degenerativas ou calcíficas e a valvopatia bicúspide
➔ Causas de insuficiência aórtica por dilatação da aorta ascendente: aneurismas luéticos (sífilis), a síndrome de Marfan, os 
aneurismas secundários à hipertensão, a espondilite anquilosante etc
➔ Causas de insuficiência aórtica aguda: endocardite infecciosa e na dissecção aguda de aorta (veja no livro de aortopatias
SÍNDROME DE MARFAN
O QUE É?
Condição autossômica dominante, com um amplo espectro de gravidade clínica
ACOMETIMENTO
Principalmente, o sistema musculoesquelético, ocular e cardiovascular
ACHADOS
➔ Grande estatura
➔ Ossos longos
➔ Articulações flexíveis
➔ Pectus carinatum
➔ Aracnodactilia 
➔ Predisposição à luxação do cristalino
DIAGNÓSTICO
➔ Ecocardiograma deve ser realizado para monitorar essas alterações esperadas
➔ Testes genéticos confirmarão o diagnóstico
ATIVIDADES FÍSICAS
➔ A maioria dos pacientes com síndrome de Marfan pode realizar atividades de baixa intensidade (aeróbicas) e de baixo impacto, 
após terem realizado ecocardiograma
➔ Esportes competitivos e de contato podem expor esses pacientes a um maior risco de dissecção de aorta, especialmente 
relacionado ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, não sendo, portanto, indicadas
DIAGNÓSTICO
A maioria dos pacientes são assintomáticos
PRINCIPAL SINTOMA
O principal sintoma da insuficiência aórtica é a dispneia
EXAME FÍSICO
➔ Sopro protodiastólico, aspirativo, decrescendo, mais audível 
no 2º EIC esquerdo com o paciente inclinado para frente
➔ Sopro de Austin Flint: ruflar diastólico devido a uma 
estenose funcional da mitral, gerada pelo jato regurgitante 
aórtico, que impede a abertura do folheto anterior da mitral
➔ B2 hipofonética ou ausente
➔ Presença de B3
➔ Pulso de Corrigan ou em martelo d’água ou pulso magno e 
célere (amplo e rápido): A sístole faz uma grande onda, que se 
reduz profundamente no diástole
➔ Pulso bisferiens (dois picos sistólicos)
➔ Pressão arterial divergente/pressão de pulso aumentada
➔ Ictus cordis aumentado e desviado para a esquerda
PRESSÃO ARTERIAL DIVERGENTE
➔ Também chamada de pressão de pulso aumentada, ou seja,grande diferença entre a pressão sistólica e a diastólica
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 5
➔ Com a evolução da doença, a pressão sistólica tende a 
diminuir devido à disfunção do ventrículo esquerdo que essa 
valvopatia causa
➔ A pressão arterial diastólica, que nas fases iniciais é 
muito baixa pela regurgitação valvar, tende a subir à medida 
que a pressão no VE aumenta
➔ A pressão arterial divergente pode não existir em fases 
terminais da doença
SINAIS CLÁSSICOS DE AUMENTO DA PRESSÃO DO PULSO
➔ Sinal de Musset: oscilações discretas da cabeça para baixo e para cima
➔ Sinal de Quincke: pulsação no leito ungueal
➔ Sinal de Minervini: pulsação da base da língua
➔ Sinal de Muller: pulsação da úvula
➔ Sinal de Landolfi: pulsação das pupilas
➔ Sinal de Duroziez: aumento do sopro quando se comprime a artéria femoral
➔ Sinal de Traube: também conhecido como pistol shot, é um som forte audível em algumas artérias
➔ Sinal de Rosenback: pulsação do fígado
➔ Sinal de Gerhard: pulsação do baço
➔ Sinal de Hill: pressão sistólica da artéria poplítea que excede a pressão da artéria braquial em mais de 20 mmHg com o 
paciente em decúbito dorsal
EXAMES COMPLEMENTARES
➔ ECG: pode não ser muito útil para o diagnóstico, mas pode evidenciar sinais de sobrecarga ventricular esquerda e sinais de 
sobrecarga de átrio esquerdo (onda P em DII com duração > 120 ms – 3 quadradinhos)
➔ Radiografia de tórax: pode evidenciar aumento de área cardíaca
➔ Ecocardiograma: capaz de suspeitar da etiologia, verificar dilatações aneurismáticas na aorta, estimar gravidade e indicar 
cirurgia em alguns casos
Quanto maior o volume do jato regurgitante e o orifício regurgitante, mais grave será a insuficiência aórtica
CONDUTA
CIRURGIA DE TROCA VALVAR
➔ Indicado na insuficiência aórtica aguda grave
➔ Principais indicações:
Se houver sintomas (principalmente dispneia) 
Se houver indicação de outra cirurgia cardíaca concomitante (nesses casos, pode-se abordar inclusive insuficiências 
aórticas moderadas) 
Se o paciente for assintomático, mas com disfunção ventricular (fração de ejeção do VE<50%) 
Se assintomático, mas com dilatação do VE importante (diâmetro diastólico >70 mm e diâmetro sistólico > 50 mm), desde que a 
etiologia não seja reumática 
Se assintomático, mas de etiologia reumática desde que haja grande dilatação do VE (diâmetro diastólico >75 mm e diâmetro 
sistólico > 55 mm)
ESTENOSE MITRAL
O QUE É?
Trata-se de um transtorno da valva em que, durante a diástole, sua abertura se encontra limitada
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
➔ Valvopatia mais comum em gestantes
➔ Brasil: 95% dos casos de estenose mitral têm origem reumática
➔ Outras causas: 
Degenerativa
Congênita
Lúpus e artrite reumatoide
Doença de Fabry
Síndrome cacinoide
Drogas
Mucopoli sacaridose
EFEITOS HEMODINÂMICOS
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 6
Nessa valvopatia, o fluxo de sangue proveniente do átrio 
esquerdo tem dificuldade de atingir o ventrículo esquerdo 
durante a diástole. Sendo assim, o átrio fica MUITO 
sobrecarregado, enquanto o ventrículo fica protegido. Portanto, 
ocorre uma sobrecarga atrial esquerda isolada. Como ocorre 
grande sobrecarga do átrio esquerdo, retrogradamente, há 
aumento da pressão venocapilar pulmonar, manifestando sintomas 
pela congestão pulmonar e, posteriormente, hipertensão 
pulmonar.
➔ Os pacientes com quadro de hipertensão pulmonar entram em um 
ciclo vicioso, em que a pressão aumentada no capilar pulmonar 
provoca um remodelamento da camada muscular dos vasos 
pulmonares, com vasoconstrição reflexa, e isso aumenta ainda 
mais a pressão pulmonar
➔ O edema pulmonar provocado pela sobrecarga pressórica também 
contribui para elevação da pressão pulmonar
DIAGNÓSTICO
PRINCIPAIS SINTOMAS
➔ Dispneia: pode vir associada a sintomas clássicos de insuficiência cardíaca, como ortopneia e dispneia paroxística noturna
➔ Hemoptise: ocorre por ingurgitamento e ruptura das veias brônquicas devido à intensa sobrecarga venocapilar pulmonar
➔ Disfagia: por compressão esofágica pelo átrio esquerdo
➔ Rouquidão: por compressão do nervo laríngeo recorrente - síndrome de Ortner
EXAME FÍSICO
➔ B1 hiperfonética
➔ Estalido de abertura da mitral (etiologia reumática)
➔ Sopro diastólico em ruflar com reforço pré-sistólico (melhor 
audível com a campânula) em foco mitral
➔ B2 hiperfonética (em casos de hipertensão pulmonar)
➔ Fáscies mitralis
➔ Sinais de congestão pulmonar e insufici~encia cardíaca 
direita
➔ Insuficiência tricúspide
➔ Onda V do pulso venoso irá se elevar
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG
Achados:
1. Sobrecarga de átrio esquerdo
2. Sobrecarga de câmaras direitas (por sobrecarga retrógrada)
3. Fibrilação atrial
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
➔ Sinal do duplo contorno: a câmara cardíaca que em geral 
vemos na silhueta cardíaca à direita é o átrio direito, quando 
surge um contorno duplo nessa região é sinal de que o átrio 
esquerdo está muito aumentado
➔ Sinal da bailarina: o átrio esquerdo sobrecarregado eleva o 
brônquio fonte esquerdo, como uma bailarina eleva sua perna
➔ Sinal do 4º arco: na silhueta cardíaca à esquerda, 
habitualmente, observamos 3 arcos: o botão aórtico, o tronco da 
artéria pulmonar e o ventrículo esquerdo (VE). Quando surge um 
quarto arco, entre o tronco da a. pulmonar e o VE, é sinal de 
que o átrio esquerdo está aumentado
ECOCARDIOGRAMA
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 7
GRADUAÇÃO LEVE MODERADA GRAVE
Área valvar 1,6-2,5 cm² 1,1-1,5 cm² <1 cm²
Gradiente médio AE-VE <5 mmHg 5-9 mmHg ≥ 10 mmHg
PSAP <30 mmHg 30-49 mmHg ≥ 50 mmHg
CONDUTA
TRATAMENTO CLÍNICO
➔ Controle de FC: betabloqueadores ou bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridínicos
➔ Controle de volemia: uso de diuréticos com cautela
➔ Fibrilação atrial: varfarina
TRATAMENTO CIRÚRGICO
➔ Valvoplastia percutânea com cateter balão (VMCB): tratamento cirúrgico preferencial, sendo indicado a partir do escore 
ecocardiográfico de Wilkins-Block
➔ Comissurotomia cirúrgica: menos indicada
➔ Troca valvar: substituição da valva nativa por uma prótese e é necessário o uso de circulação extracorpórea
ESCORE DE WILINS-BLOCK
➔ Utiliza 4 parâmetros:
Mobilidade dos folhetos
Espessamento dos folhetos
Calcificação valvar
Aparato subvalvar comprometido
➔ A aplicação prática desse escore é a seguinte:
Escore < 9 pontos = indicar VMCB
Escore 9-11 = individualizar a conduta
Escore > 11 pontos = indicar cirurgia de troca valvar
GESTANTES
➔ Procedimento a ser escolhido: valvoplastia mitral com cateter balão
➔ Quando realizar: melhor momento para realizá-lo é no segundo trimestre
➔ O escore de Wilkins-Block: considerado para indicar a VMCB é ≤ 10 pontos
INSUFICIÊNCIA MITRAL
O QUE É?
Incapacidade de que, durante a sístole ventricular, a valva mitral se feche totalmente
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
➔ Brasil: a principal causa de insuficiência mitral é a febre reumática
➔ Podemos classificar a insuficiência mitral como primária ou secundária
PRIMÁRIA 
Quando ligada a uma doença própria dos folhetos valvares ou da cordoalha tendínea, ou seja, o 
problema está diretamente relacionado à estrutura da valva
➔ Febre reumática
➔ Prolapso
➔ Endocardite
➔ Rotura de cordoalha
SECUNDÁRIA
Perda de coaptação da valva devido a uma dilatação do anel mitral ou por insuficiência dos músculos papilares
➔ Cardiomiopatia dilatada
➔ Cardiopatia isquêmica
➔ Cardiomiopatia hipertrófica
PROLAPSO DE VALVA MITRAL (PVM)
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 8
O QUE É?
Patologia caracterizada por um deslocamento sistólico de um ou de ambos os 
folhetos da valva mitral em direção ao átrio esquerdo, como se esses folhetos 
valvares tivessem um excesso de tecido
EPIDEMIOLOGIA
➔ Prevalência próxima a 2%
➔ Folheto mais acometido: posterior
MECANISMO
➔ Deposição de mucopolissacarídeos no aparato valvar, aumentando sua elasticidade
➔ Pode haver uma degeneração da valva, chamada degeneração mixomatosa – síndrome de Barlow
SÍNDROME DO PROLAPSO VALVAR MITRAL
➔ Síndromehiperadrenérgica
➔ Acomete principalmente mulheres jovens que se queixam de palpitações, desconforto torácico, síncope, fadiga ao exercício e 
arritmias sintomáticas
➔ Pode-se usar betabloqueadores
DIAGNÓSTICO
➔ Sopro holossistólico regurgitativo, em foco mitral, melhor audível em decúbito lateral esquerdo, irradiando para axila
➔ A intensidade do sopro não tem correlação com a gravidade
➔ B1 pode ser hipofonética e pode haver presença de B3
➔ B2 hiperfonética – em casos de hipertensão pulmonar
➔ Ictus aumentado e desviado para a esquerda e para baixo
➔ Prolapso valvar mitral: sopro mesotelessistólico, clique mesossistólico e B1 normo ou hiperfonética
EXAMES COMPLEMENTARES
➔ ECG: sobrecarga atrial esquerda, sinais de sobrecarga ventricular esquerda e fibrilação atrial
➔ Radiografia de tórax: sinais de sobrecarga atrial e ventricular esquerda, como 4º arco, duplo contorno, bailarina e índice 
cardiotorácico aumentado
➔ Ecocardiograma: capaz de diagnosticar a doença, avaliar a provável etiologia, a gravidade e ainda decidir sobre qual é a 
melhor estratégia terapêutica
CONDUTA
TRATAMENTO CLÍNICO
➔ Indicado para pacientes com insuficiência mitral grave, sintomática, porém secundária (causada por dilatação do anel mitral ou 
por insuficiência de músculos papilares
➔ Vasodilatadores: 
Reduzem a pré e pós-carga do VE, assim facilitam o escoamento de sangue e diminuem a congestão
Exemplo: inibidores da ECA (IECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA)
➔ Betabloqueadores: 
São drogas que reduzem a frequência cardíaca
Podem até piorar o quadro de congestão por diminuírem o débito cardíaco
Em situações de alta resposta ventricular, como na fibrilação atrial, são úteis, além de promoverem remodelamento cardíaco, 
diminuindo a dilatação do anel mitral e, por conseguinte, a regurgitação valvar
➔ Diuréticos: 
Atuam diminuindo os sintomas relacionados a congestão pulmonar
INDICAÇÕES DO TRATAMENTO CIRÚRGICO
➔ IM aguda importante e sintomática (rotura de cordoalha tendínea ou músculo papilar, endocardite com rompimento de folhetos) 
➔ IM crônica grave primária em paciente sintomático, se fração de ejeção do VE>30% 
➔ IM crônica grave primária em paciente assintomático, se fração de ejeção do VE 30-60% e diâmetro sistólico do ventrículo 
esquerdo ≥ 40 mm 
➔ IM crônica grave primária em assintomáticos, com função do VE preservada e novo episódio de fibrilação atrial (últimos 6 
meses) ou hipertensão pulmonar (pressão sistólica de artéria pulmonar >50 mmHg no repouso ou 60 mmHg no exercício) 
➔ IM grave secundária de etiologia isquêmica, se o paciente for submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio
TRATAMENTO CIRÚRGICO
➔ Plastia valvar: melhor procedimento cirúrgico, especialmente nos casos de prolapso valvar mitral
➔ Cirurgia de troca valvar: indicada para casos em que a anatomia é desfavorável
➔ Clipagem percutânea: procedimento menos invasivo, realizado por meio de punção percutânea, porém o resultado inferior aos 
demais e não pode ser realizada se a etiologia for reumática
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 9
ESTENOSE TRICÚSPIDE
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
➔ Valvopatia rara
➔ Principal etiologia: febre reumática
DIAGNÓSTICO
PRINCIPAL SINTOMA
➔ Fadiga
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
➔ A apresentação clínica é de uma insuficiência cardíaca direita, com turgência jugular, hepatomegalia, edema de membros 
inferiores, refluxo hepatojugular
EXAME FÍSICO
➔ Sopro em ruflar diastólico com reforço pré-sistólico
➔ B1 hiperfonética
➔ estalido de abertura
MANOBRA DE RIVERO-CARVALLO
Inspiração profunda, que aumenta os sopros tricúspides e não aumenta os mitrais
SINAL DE KUSSMAUL
Observa-se um ingurgitamento do pulso venoso jugular na inspiração
CONDUTA
➔ Caso haja sintomas ou complicadores dessa doença, como fibrilação atrial e comprometimento hepático (pela congestão hepática 
crônica), há indicação de intervenção cirúrgica
➔ O procedimento de escolha é a valvoplastia por cateter balão
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE 
O QUE É?
Presença de um refluxo de sangue do ventrículo direito para o átrio direito durante a sístole
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
PRIMÁRIAS
➔ Febre reumática
➔ Prolapso valvar tricúspide
➔ Lesão por radiação/trauma
➔ Endocardite infecciosa
➔ Síndrome carcinoide
➔ Lesão por eletrodos de marcapasso ou CDI
SECUNDÁRIAS
➔ Dilatação do anel - dilatação do VD
➔ Doença do lado esquerdo do coração, que sobrecarregue o lado direito
➔ Fibrilação atrial
➔ Hipertensão pulmonar
➔ Miocardiopatias
DIAGNÓSTICO
EXAME FÍSICO
➔ Sopro sistólico regurgitativo mais audível em borda esternal baixa (pode ser à direita ou à esquerda), geralmente, sem 
irradiação para axila, que piora com manobra de Rivero-Carvallo
➔ Refluxo hepatojugular
➔ Hepatomegalia
➔ Onda V gigante no pulso venoso jugular
➔ B3 de ventrículo direito (foco tricúspide)
➔ Hiperfonese de B2 – casos de hipertensão pulmonar
CONGESTÃO SISTÊMICA
➔ Hepatopatia congestiva
Valvopatias  BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 10
➔ Cirrose hepática
➔ Sinais de colestase
CONDUTA
➔ Minimizar sintomas congestivos: diuréticos e de restrição salina
➔ Anuloplastia tricúspide: Quando houver uma insuficiência tricúspide moderada-grave secundária (por dilatação do anel valvar) e 
outra valvopatia for receber abordagem cirúrgica
➔ Implante de prótese ou a plastia: indicados apenas para casos de insuficiência tricúspide primária grave e sintomática e 
refratária ao tratamento clínico
DOENÇAS DA VALVA PULMONAR
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA
➔ Iatrogenia: quando se usa balão para dilatar a valva
➔ Endocardite
➔ Síndrome carcinoide
➔ Secundária à dilatação da artéria pulmonar em casos de hipertensão pulmonar
SOPRO DE GRAHAM-STEEL
Sopro de insuficiência pulmonar secundária à dilatação da artéria pulmonar em casos de hipertensão pulmonar
CONDUTA
O tratamento dessa valvopatia será feito com implante de prótese valvar quando a insuficiência valvar pulmonar for grave e 
sintomática ou quando houver sinais de disfunção do ventrículo direito

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