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Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1 Questões Sobre Asma - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1. Sobre a definição de asma, é correto afirmar que: a. é uma doença de base exclusivamente genética, caracterizada por espessamento brônquico. b. a inflamação das vias aéreas está presente apenas no momento da exacerbação, quando há produção de muco espesso, como consequência. c. é definida pela história de sintomas respiratórios, tais como produção crônica de muco, tosse isolada, dispneia associada à tontura e dor torácica. d. a limitação variável do fluxo aéreo está ausente nos quadros de asma intermitente. e. os sintomas variam em tempo e intensidade, podendo o paciente permanecer assintomático por longos períodos. 2. Dentre as condições abaixo, qual não é fator de risco para asma? a. Obesidade. b. Predisposição genética. c. Atopia. d. Ar frio. 3. São relativamente refratários ao tratamento com corticoides os indivíduos com: a. Asma de início tardio b. Asma não alérgica c. Asma com limitação fixa do fluxo aéreo d. Asma com obesidade 4. A asma é uma doença inflamatória crônica e intermitente das vias aéreas, com prevalência estimada no Brasil de 4,5 a 8,5%. No que diz respeito à fisiopatologia da asma, julgue o item a seguir. A inflamação do tipo Th1 é predominante na asma alérgica. a. CERTO b. ERRADO 5. A asma é uma doença inflamatória crônica e intermitente das vias aéreas, com prevalência estimada no Brasil de 4,5 a 8,5%. No que diz respeito à fisiopatologia da asma, julgue o item a seguir. A exposição a alérgenos e microrganismos pode precipitar a inflamação da submucosa e a hiperirritabilidade da musculatura lisa das vias aéreas. a. CERTO b. ERRADO 6. A asma é uma doença inflamatória crônica e intermitente das vias aéreas, com prevalência estimada no Brasil de 4,5 a 8,5%. No que diz respeito à fisiopatologia da asma, julgue o item a seguir. Nos pacientes com asma, os níveis séricos de IgE estão frequentemente aumentados, sugerindo ativação crônica da imunidade humoral. a. Certo b. Errado 7. Paciente do sexo feminino, de 33 anos, refere que há cerca de seis meses vem apresentando dispneia aos moderados e grandes esforços associado com chiado no peito e tosse seca. Os sintomas são desencadeados com a mudança do tempo e contato com poeira. Refere que os sintomas ocorrem pela manhã e à noite e melhoram espontaneamente. Alega piora dos sintomas há um mês com tosse com escarro claro diário, dispneia, aperto no peito e chiado. Refere epigastralgia com alimentos gordurosos. Nega febre, nega perda de peso. Tabagista com 10 anos/maços. Na infância, teve "bronquite". Exame físico: SPO2 98%, FR: 18 IRM, FC 88 BPM, PA: 120x80 mmHg. Ausculta pulmonar com sibilos difusos. Nesse caso, qual é o diagnóstico da paciente? a. Asma. b. DPOC. c. Rinossinusopatia crônica. d. Pneumonia adquirida na comunidade. As asmas de início tardio são, em sua maioria, neutrofílicas, por isso tendem a ter menor corticorresponsividade e, em alguns casos, refratariedade Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 2 8. Mulher, 32 anos, com queixa de tosse, dispneia, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã. Relata que os sintomas são relacionados a odores fortes, exercício físico e ocorrem duas vezes na semana. Apresentou sintomas semelhantes durante a primeira gestação há quatro anos. Considerando esse caso clínico, a alternativa que contém o exame complementar a ser solicitado é a. Espirometria. b. Polissonografia. c. Eletrocardiograma. d. Tomografia de tórax. e. Endoscopia digestiva alta. 9. A asma caracteriza-se pelos seguintes achados à espirometria: a. Redução do VEF1 (volume expiratório forçado em um segundo), redução da relação VEF1/CVF (capacidade vital forçada) e redução do FEP (fluxo expiratório de pico). b. Redução do VEF1, aumento da relação VEF1/CVF e redução do FEP. c. Aumento do VEF1, aumento da relação VEF1/CVF e aumento do FEP. d. Aumento do VEF1, redução da relação VEF1/CVF e redução do FEP. 10. São compatíveis com o diagnóstico funcional da asma: a. Relação VEF1/CVF aumentada e aumento do VEF1 após uso de broncodilatador b. Redução do pico de fluxo expiratório e aumento do VEF1 após uso de broncodilatador c. Relação VEF1/CVF normal e redução do VEF1 após uso de broncodilatador d. Aumento do pico de fluxo expiratório e redução do VEF1 após uso de broncodilatador 11. Assinale a alternativa incorreta sobre os achados que sugerem fortemente o diagnóstico de asma: a. Mais de um sintoma (sibilos, respiração encurtada, tosse e aperto no peito). b. Produção crônica de escarro. c. Sintomas que, frequentemente, pioram à noite e de manhã cedo. d. Sintomas que variam em frequência e intensidade. 12. São sintomas característicos da asma todos os abaixo, exceto: a. Tosse b. Aperto no peito c. Rouquidão d. Falta de ar 13. Paciente de 28 anos, asmático, procura o estabelecimento de saúde referindo que, no último mês, teve restrição de atividade física devido a cansaço e teve sintomas diurnos, tendo sido necessário tratamento pelo menos duas vezes por semana. No momento, sem medicação. Sobre este caso, é correto afirmar: a. O tratamento de refluxo gastroesofageano melhora os sintomas da asma. b. O uso de inibidores seletivos da COX-2 tem se mostrado promissor na prevenção de recorrências. c. Hemoptise e regurgitação de material (plugs acastanhados) podem sugerir coinfecção por Aspergillus fumigatus. d. Este paciente apresenta risco mais baixo em relação à população em geral de desenvolver catarata. 14. Mulher de 56 anos de idade, no 4º dia de pós-operatório de neoplasia maligna de colo uterino, durante esforço para tossir apresentou dor súbita em hemitórax direito, dispneia, chiado e escarro hemoptoico. Qual a hipótese diagnóstica mais provável? a. Edema agudo de pulmão. b. Crise de broncoespasmo. c. Broncopneumonia. d. Metástase pulmonar de neoplasia. e. Tromboembolismo pulmonar. 15. Mulher de 22 anos de idade trabalha como auxiliar de limpeza em um grande hospital há 2 anos. Hoje procura ambulatório de clínica médica pois há 6 meses apresenta episódios de tosse e, às vezes, falta de ar durante o dia, que costumam melhorar à noite. Estes episódios estão se tornando mais A asma caracteriza-se como uma doença obstrutiva, que pode ou não apresentar resposta ao broncodilatador, com redução do pico de fluxo expiratório. Aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) é uma complexa reação de hipersensibilidade em resposta à colonização das vias aéreas pelo Aspergillus fumigatus que ocorre quase de maneira exclusiva em pacientes asmáticos ou portadores de fibrose cística Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 3 frequentes. Não costuma apresentar tais sintomas aos finais de semana. Não sabe referir se teve febre. Nega antecedentes mórbidos relevantes e nunca fumou. Ao exame clínico presença de discretos sibilos expiratórios à ausculta pulmonar, sem outras alterações relevantes. A radiografia de tórax realizada há 15 dias é apresentada. Qual é a conduta, considerando a principal hipótese diagnóstica? a. Solicitar que faça a medida de Pico de Fluxo no trabalho e em casa. b. Afastamento das atividades laborais por 1 semana e prednisona oral por 5 dias. c. Solicitar tomografia de tórax e iniciar broncodilatador de longa duração. d. Prescrever salbutamol para sintomas e orientar para mudança da área de atuação. 16. Homem, 48a, relata dispneia aos grandes esforços há dois anos e chiado no peito há seis meses. Nega episódios semelhantes anteriormente. Atualmente faz móveis por encomenda na garagem de sua residência, local pouco ventilado. Trabalhou como carpinteiro em uma fábrica de móveis por 12 anos. O DIAGNÓSTICO É: a. Asma brônquica. b. Asma relacionada ao trabalho. c. Asma ocupacional. d. Pneumonite alérgica.17. A gravidade da asma durante a gestação é classificada de maneira dinâmica, de acordo com o grau de controle. Considera-se asma controlada aquela que preenche todos os critérios de controle; asma parcialmente controlada é aquela com um ou dois critérios alterados; e, quando houver três ou mais critérios alterados, considera-se asma não controlada. São critérios atuais de controle: a. despertar noturno; leve limitação das atividades físicas; sintomas respiratórios menos de uma vez por semana; necessidade de uso de medicação de resgate menos de quatro vezes por semana; e VEF1 menor que 80%. b. ausência de despertares noturnos; ausência de limitação das atividades físicas; sintomas respiratórios menos de uma vez por semana; necessidade de uso de medicação de resgate menos de uma vez por semana; e VEF1 normal. c. ausência de despertares noturnos; ausência de limitação das atividades físicas; sintomas respiratórios menos de duas vezes por semana; necessidade de uso de medicação de resgate menos de duas vezes por semana; e VEF1 normal. d. três despertares noturnos; leve limitação das atividades físicas; sintomas respiratórios menos de quatro vezes por semana; necessidade de uso de medicação de resgate menos de quatro vezes por semana; e VEF1 menor que 60%. e. dois despertares noturnos; leve limitação das atividades físicas; sintomas respiratórios menos de três vezes por semana; necessidade de uso de medicação de resgate menos de três vezes por semana; e VEF1 menor que 80%. 18. A alternativa que contém os critérios recomendados pelas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para classificar o controle da asma em acompanhamento ambulatorial é a. número de sintomas mensais e frequência do uso de corticosteroide sistêmico. b. número de sintomas semanais e frequência do uso de broncodilatador de resgate semanal. c. pico de fluxo expiratório maior que 70% e presença de sintomas durante as atividades físicas. d. frequência de procura a serviço de pronto atendimento e quantidade de corticosteroide inalatório usado para manutenção. e. faltas escolares semanais e necessidade de corticosteroides inalatórios associados a broncodilatador de longa duração. 19. Paciente de 20 anos, portador de asma brônquica, vem à consulta médica referindo tosse seca diurna e despertares noturnos frequentes por falta de ar, caracterizando uma doença não controlada. Dos fatores abaixo, qual seria o motivo mais comum para o descontrole da doença? a. Exposição a alérgenos domiciliares. b. Rinossinusite não controlada. Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 4 c. Uso de medicamentos que pioram a asma. d. Não adesão ou baixa adesão ao tratamento para asma. 20. Paciente do sexo feminino, de 32 anos, com diagnóstico de asma desde a infância. Faz uso de medicação inalatória de forma contínua e regular. Há cerca de quatro semanas, apresentou piora dos sintomas, com dispneia, chiado no peito e tosse seca cerca de duas vezes por semana, necessitando de uso de medicações de resgate inalatório também duas vezes por semana. Alega ter acordado à noite apenas uma vez nesse período por dispneia. E mantém sem alterações suas atividades diárias em casa e no trabalho. Conforme avaliação do controle da GINA 2019, como avaliar essa paciente? a. Asma não controlada. b. Asma bem controlada. c. Asma parcialmente controlada. d. Asma intermitente. 21. Homem de 39 anos, com histórico de atopia e asma brônquica, apresenta tosse seca associada com broncoespasmo e episódios de dispneia há vários meses. Foi medicado com drogas via inalatória, tendo boa resposta. Recentemente, as crises têm ocorrido de duas a três vezes por semana. Algumas vezes, ele acorda durante a madrugada com acesso de tosse e dispneia. O paciente nega febre, emagrecimento e não percebe relação dos sintomas com o ambiente. Nesse caso, a melhor conduta deve ser uso inalatório de: a. ipratrópio com corticoide b. formoterol com corticoide c. formoterol e cromoglicato de sódio d. salbutamol e ipratrópio, quando tiver manifestações clínicas 22. Homem, 37a, procura atendimento na Unidade Básica de Saúde com queixa de tosse seca e chiado no peito. Estes episódios ocorrem de quatro a cinco vezes por semana, nos últimos três meses, não relacionados aos exercícios. Durante as crises, tem melhora com o uso de salbutamol. Antecedentes pessoais: asma, em uso de budesonida inalatória diariamente. Exame físico: T=36,4ºC; FR=16irpm; oximetria de pulso=96% (ar ambiente). Pulmões: murmúrio vesicular presente bilateralmente com sibilos expiratórios. A CONDUTA É: a. Associar formoterol. b. Prescrever azitromicina por 5 dias. c. Substituir budesonida por prednisona. d. Associar tiotrópio. 23. José Vitor, 26 anos, com diagnóstico de Asma, em uso de Budesonida 400 μg ao dia, refere episódios de broncoespasmo 3 vezes na semana com necessidade de uso de salbutamol de resgate. Queixa-se também de acordar durante ao menos uma vez na semana com tosse e dispneia. Após confirmar boa aderência e uso correto dos dispositivos, a estratégia mais adequada para esse paciente, segundo as recomendações atuais da Global Initiative for Asthma (GINA 2019), é a. associar Tiotrópio ao tratamento. b. associar Prednisona por via oral na dose de 20 mg. c. trocar Budesonida por Fluticasona 100 μg ao dia. d. associar Formoterol ao tratamento. e. aumentar a dose de Budesonida para 800 a 1.600 μg ao dia. 24. Qual a principal classe de medicamento utilizado para o tratamento em longo prazo de Asma Persistente? a. Corticoide inalatório (ICS) b. Beta-2-agonista de Longa Duração – inalatório (LABA) c. Beta-2-agonista de Curta Duração – inalatório (SABA) d. Metilxantinas 25. Em relação a tratamento de controle da asma, pode-se afirmar que: a. A teofilina é recomendada para quaisquer pacientes que tenham asma leve a moderada que receberam medicações de controle tais como esteroides inalatórios e leucotrienos com controle adequado, podendo ser considerada terapia coadjuvante para minimizar exacerbações. b. Em paciente com asma alérgica moderada a grave com níveis elevados de IgE sérica e que estão recebendo corticosteroides inalatórios, o tratamento com omalizumabe melhora o controle da asma mesmo quando as doses de esteroides inalados são diminuídas. Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 5 c. Agentes com propriedade de estimular a síntese de leucotrienos, como montelucaste e o zafirlucaste entre outros, são medicações efetivas para o controle do paciente com asma persistente leve ou moderada, podendo ser associado a esteroides inalados para asma mais grave. d. Corticosteroides inalados têm mesmo impacto sistêmico que os esteroides sistêmicos para um dado nível de efeito terapêutico e são tratamentos eficazes de controle para melhora da função pulmonar e prevenção das exacerbações asmáticas em pacientes com asma leve. 26. Sobre o tratamento da asma assinale a alternativa verdadeira: a. Os corticoides inalatórios e os inibidores de leucotrienos são classes consideradas como tratamento de controle e prevenção de exacerbações. b. Montelucaste assim como budesonida, beclometasona e fluticasona são corticoides inalatórios. c. Formoterol é um broncodilatador beta-agonista de longa duração, assim como o fenoterol. d. Montelucaste é um inibidor da ação de leucotrienos e é considerado tratamento modificador da história natural da asma. e. Uso de fenoterol e ipratrópio diários são terapias modificadoras de doença. 27. Mulher de 28 anos de idade vem à unidade básica de saúde para acompanhamento por asma brônquica, diagnosticada aos 10 anos de idade. Há 2 meses tem crises de falta de ar e tosse seca que melhoram com uso de salbutamol inalatório. Há 45 dias, teve uma crise mais intensa de dispneia associada a chiado, para a qual precisou de atendimento de emergência em Pronto-Socorro.Após a alta, persiste com sintomas diurnos três vezes na semana, com limitação para atividades diárias e sintomas noturnos esporádicos. Fez uso somente de prednisona 40 mg/dia por uma semana após a alta hospitalar. Nega outros sintomas. No exame clínico, está em bom estado geral, corada, hidratada, FC: 80 bpm, FR: 16 ipm, PA: 122x86 mmHg. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes e sibilos expiratórios. O restante do exame clínico é normal. Trouxe espirometria feita há 1 semana, com os seguintes resultados após o uso de broncodilatador: VEF1/ CVF: 0,68, VEF1: 70% do predito, com variação pré para pós-broncodilatador de 290 mL (14%). Considerando o atual estágio de controle da asma da paciente, qual é o tratamento de primeira linha para o caso, de acordo com o Global Initiative for Asthma Treatment? a. MANUTENÇÃO/Formoterol + budesonida RESGATE/Formoterol + budesonida b. MANUTENÇÃO/Montelucaste RESGATE/Fenoterol c. MANUTENÇÃO/Formoterol + budesonida RESGATE/Fenoterol d. MANUTENÇÃO/Montelucaste RESGATE/Formoterol + budesonida 28. Mulher, 44 anos, asmática, não apresenta sintomas respiratórios ou limitação para as suas atividades do dia a dia há, pelo menos, 4 meses. Nega despertar noturno por sintomas de asma. Encontra-se em uso de formoterol 12 μg, associado à budesonida 800 μg a cada 12 horas. A conduta, nesse momento, deve ser: a. associar tiotrópio 2,5 μg, 2 puffs uma vez ao dia. b. reduzir a budesonida para 400 μg, a cada 12 horas, e manter a dose do formoterol. c. suspender o formoterol. d. reduzir a budesonida para 200 μg, a cada 12 h, e o formoterol também, pela metade da dose. e. manter a dose da budesonida e reduzir o formoterol pela metade da dose. 29. Mulher, 19 anos de idade, procura a UBS por quadro de "chiado no peito" desde a infância, com piora nos últimos meses. Refere tosse seca e "chiado" cerca de 2 a 3 vezes por semana, precisando fazer uso de salbutamol. Acorda à noite com dispneia, cerca de uma vez por semana. Nega outras comorbidades e uso de outras medicações. Exame físico sem alterações no momento da consulta. Traz espirometria de 2 anos atrás, com diagnóstico de asma brônquica. Indique o tratamento mais adequado para o paciente nesse momento. a. Usar, apenas durante as exacerbações, fenoterol e ipratrópio inalatórios. b. Tratamento diário com budesonida inalatória em baixa dose. c. Fazer uso diário de budesonida inalatória em dose moderada, associada a formoterol. d. Usar diariamente fluticasona inalatória em dose elevada, associada a formoterol e montelucaste. Observe que nossa paciente apresenta controle de doença há mais de três meses, portanto devemos fazer o “step-down”. Primeiro passo: identificar em qual etapa do tratamento a paciente está – dose alta de CI + formoterol (etapa V). Segundo passo: lembrar- se do tratamento na etapa anterior – CI dose média (budesonida 400-800 μg/dia) + formoterol manutenção e resgate com CI dose baixa + formoterol (etapa IV). Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 6 30. Sobre a asma brônquica, assinale a alternativa INCORRETA. a. A espirometria é o método para a avaliação do grau de obstrução ao fluxo aéreo e a resposta ao uso de broncodilatador de curta duração. b. Os corticoides inalados permanecem como os mais efetivos anti- inflamatórios para o tratamento da asma, demonstrando melhora da função pulmonar, redução da hiperresponsividade brônquica, redução dos sintomas e da gravidade das crises. c. As crises de asma são episódicas e estão associadas à obstrução das vias aéreas, porém o processo inflamatório é persistente mesmo fora do período das exacerbações. d. Os antileucotrienos são medicamentos antagonistas dos receptores cisteínicos dos leucotrienos e que promovem melhora da função pulmonar e apresentam efeito broncodilatador. São úteis principalmente em menores de 6 meses de idade. 31. O tratamento da asma alérgica moderada a grave o anticorpo monoclonal a ser utilizado é a. infliximabe. b. omalizumabe. c. adalimumabe. d. natalizumabe. e. cetuximabe. 32. A asma é uma doença crônica que acomete em torno de 10% da população de mulheres jovens e, consequentemente, pode complicar a gestação. Sobre o manejo da asma na gestação, é correto afirmar que: a. os inibidores de leucotrieno podem ser administrados para controle da crise aguda b. o uso de derivados da ergotamina é contraindicado em virtude do risco de broncoespasmo c. o uso de β2 agonistas deve ser evitado em virtude do aumento de risco de taquicardia fetal sustentada d. a corticoterapia antenatal para maturação pulmonar fetal pode ser dispensada nas pacientes com uso crônico de corticosteroides 33. Com referência à asma, é correto afirmar: a. os corticosteroides inalatórios são contraindicados para tratar asma crônica sintomática, seja em adultos ou crianças. b. dificilmente o ambiente de trabalho pode desencadear ou agravar asma preexistente. c. na gestante com asma, é preconizado o uso de corticosteroides sistêmicos. d. um dos fatores precipitantes da exacerbação da asma é o exercício físico. e. a asma na gestante não deve ser tratada, pois os medicamentos disponíveis trazem efeitos colaterais graves. 34. MJ, sexo masculino, 18 anos foi levado pela mãe ao pronto-socorro devido a falta de ar e dor torácica. Refere crises de tosse e falta de ar com piora progressiva, desde quando voltou da praia, há 10 dias. Lá jogou vôlei com os amigos e dormiu na casa da família que estava fechada há mais ou menos um ano. Apresentou quadro gripal a 15 dias atrás. Mãe refere que MJ apresentava alergia a pó e mofo na infância e episódios semelhantes ao atual que melhoravam com inalação com fenoterol, o que não ocorreu desta vez. A última crise que ambos se lembram foi quando MJ tinha 9 anos. O exame físico revela paciente com IMC: 18 kg/m2, agitado, taquidispneico (FR: 28 ipm), FC: 130 bpm, com presença de pulso paradoxal, murmúrio vesicular difusamente diminuído sem ruídos adventícios, mantendo decúbito elevado. Ausculta cardíaca com bulhas rítmicas, normofonéticas sem sopros. Dentre as opções, a principal hipótese diagnóstica para este paciente é a. pneumotórax. b. pericardite. c. miocardite. d. crise de asma. 35. O Global Initiative for Asthma (GINA) atualiza periodicamente as estratégias em relação ao tratamento da asma. As últimas recomendações indicam que a. o sulfato de magnésio, anteriormente utilizado para casos refratários, está contraindicado nas crises de asma. Questões Sobre Asma BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 7 b. os agentes antileucotrienos devem ser usados para controle das crises, na refratariedade aos beta-2-agonistas. c. a radiografia de tórax deve ser realizada em todos os pacientes com crise de asma que necessitem procurar o pronto-socorro. d. o uso de corticoide inalatório na primeira hora de crise em pacientes que não fazem uso de corticoide oral, diminui o risco de internação. e. pico de fluxo expiratório entre 60 e 80%, após medidas iniciais na crise de asma, indica internação hospitalar. 36. Com relação à crise aguda de asma, na emergência, a. os corticoides inalados são indicados em doses elevadas e associados ao beta-2-agonistas de longa duração. b. a adrenalina subcutânea é uma boa opção broncodilatadora. c. mucolíticos associados à tapotagem podem acelerar o processo de recuperação da crise. d. o uso de sulfato de magnésio IV pode reduzir a necessidade de internação nos pacientes que não respondem aos broncodilatadores e ao uso de corticoide sistêmico. 37. Um paciente de 22 anos de idade, pedreiro, com antecedentes de rinite e eczema desde a infância, referiu episódios transitórios de dor torácica, associados à dispneia e a chiado cerca de três vezes ao mês, com melhora significativa após uso de salbutamol, em repetidas doses. Porém, referiu piora progressiva nas últimas semanas, desdeque iniciou tratamento para dorsalgia. Há dois dias, teve dificuldade para falar palavras, sendo então encaminhado ao pronto-socorro. Ao exame físico, apresentou sibilos inspiratórios e expiratórios, FR de 32 irm, FC de 122 bpm e SO₂ de 88% em ar ambiente. Com relação a esse caso hipotético, assinale a alternativa correta. a. O paciente apresenta exacerbação aguda moderada de asma. b. É esperado um pico de fluxo expiratório entre 50 e 70% do predito diante do quadro clínico descrito. c. O alvo da saturação de oxigênio para alta hospitalar após medidas terapêuticas é de 90%. d. Deve ser indicada prednisolona 1 mg/kg via oral por um período de cinco a sete dias, após exacerbação aguda. e. O sulfato de magnésio deve ser instituído inicialmente, em conjunto com corticoide sistêmico e beta-agonista de curta duração. 38. Dentre as vasculites pulmonares a seguir, qual tem importante relação com a asma? a. Arterite de Takayasu b. Granulomatose de Wegener c. Granulomatose eosinofílica com poliangeíte d. Poliarterite nodosa 39. Qual a primeira alteração patológica que ocorre na asma grave? a. Alcalose respiratória b. Acidose metabólica c. Acidose respiratória d. Retenção de CO2 40. Em relação às crises de asma, tem-se que: a. Na fase inicial de uma crise ocorre obstrução em todos os níveis da via aérea. b. O grau de dispneia na crise se correlaciona com a intensidade da obstrução das vias aéreas. c. Numa crise de asma com sibilância seguida por silêncio respiratório é sinal de regressão do quadro. d. Todas estão incorretas. 41. Em relação a asma quais afirmativas estão corretas ? a. I-Obesidade é fator protetor na asma; b. II- A prevalência de DRGE é alta entre os pacientes asmáticos, estando o tratamento desta condição associado ao melhor controle da asma; c. III- Rinite alérgica e dermatite atópica não tem correlação com asma; d. IV- Existe um fator genético para predisposição a asma. A granulomatose eosinofílica com poliangeíte (antiga Churg-Strauss) é a vasculite que tem como principal manifestação os sintomas asmatiformes, que podem surgir antes ou depois das manifestações sistêmicas da vasculite. Devido à hiperventilação decorrente da dispneia, a gasometria revelará inicialmente alcalose respiratória com hipocapnia e pH alto. E m casos mais graves, observamos a hipoxemia e em casos gravíssimos a acidose respiratória com hipercapnia e pH baixo.