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Ventilação Mecânica Parte II

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1 VENTILAÇÃO MECÂNICA PARTE I I 
MODOS VENTILATÓRIOS: 
➔ Refere-se ao perfil de liberação de volume, fluxo e 
pressão do aparelho e determina se o paciente pode 
aumentar o volume corrente ou a frequência 
respiratória por meio do drive/esforço individual. 
➔ CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DO FORNECIMENTO DE 
GÁS: O ventilador fornece gás de maneira ordenada, 
assim, existem duas programações básicas que o 
aparelho pode seguir: ventilação determinada a volume 
e ventilação determinada a pressão. 
VENTILAÇÃO DETERMINADA A VOLUME: 
➔ Os valores de pressão das vias aéreas e alveolares 
variam conforme a impedância do sistema respiratório 
e o volume corrente fornecido será determinado pelo 
aparelho. 
➔ Parâmetros ajustados (fixos): volume corrente, fluxo, 
FR, FIO2, PEEP, pausa inspiratória, sensibilidade. 
➔ Parâmetros variáveis: pressão e FR. 
➔ Vantagens: garantir o volume corrente, bom controle 
do volume-minuto e da PaCO2. 
➔ Desvantagens: maior frequência de assincronias, devido 
as mudanças de pressões de acordo com o fluxo 
VENTILAÇÃO DETERMINADA A PRESSÃO: 
➔ O ventilador aplica uma pressão constante 
predeterminada nas vias aéreas, durante determinado 
tempo, assim o volume corrente e o fluxo inspiratório 
resultantes, depende da impedância do sistema 
respiratório e do esforço do paciente. 
➔ Parâmetros ajustados (fixos): pressão, TI, FIO2, PEEP, 
FR, sensibilidade. 
➔ Parâmetros variáveis: volume corrente, fluxo e FR. 
➔ Vantagens: menor risco de complicações, fluxo livre 
decrescente, mais próximo do fisiológico, e assim 
menos assincronia. 
➔ Desvantagens: não garante volume, que pode variar 
conforme a complacência 
MODOS DE DISPARO: 
➔ VENTILAÇÃO CONTROLADA: 
➢ Modo em que há menor interação entre paciente e 
ventilador 
➢ FR, VC, relação I:E e fluxo são definidos inteiramente 
pelo aparelho. 
➔ VENTILAÇÃO ASSISTO-CONTROLADA: Nesse modo, 
esforços inspiratórios podem ser detectados e deflagrar 
disparos do ventilador. 
➢ Pode ocorrer de duas maneiras: controlada por 
volume ou por pressão. 
➢ O ventilador fornece respirações se ocorrer apneia 
➔ VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA COM PRESSÃO DE 
SUPORTE: 
➢ Mantém a pressão constante na via aérea durante a 
fase inspiratória de ciclos espontâneos e diferente da 
PCV, não tem tempo determinado pelo operador. 
➢ Parâmetros ajustados: PS, %ciclagem, FIO2, PEEP, 
sensibilidade. 
➢ Parâmetros medidos: volume, fluxo/TI, FR. 
➢ Vantagens: fluxo e frequência livre, portanto mais 
confortável para o paciente e menos assincronia. 
➢ Desvantagens: não garante volume corrente, nem 
frequência. 
➢ Só pode ser usado para pacientes em desmame 
ventilatório, acordados, com drive respiratório!!! 
➔ VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE 
SINCRONIZADA (SIMV): 
➢ É caracterizada pela associação entre um número de 
ventilações controladas mandatórias e ventilações 
espontâneas intermitentes (assistidas ou não pelo 
aparelho). 
➢ Ciclos mandatórios em A/C de VCV ou PCV são 
intercalados com ciclos espontâneos de PSV. 
➢ Parâmetros ajustados: os mesmos que VCV ou PCV, 
%ciclagem, FIO2, PEEP, sensibilidade. 
➢ Parâmetros medidos: depende do ajuste do A/C. 
➢ Vantagens: garante uma FR mínima em pacientes 
bradipneicos ou com períodos de apneia 
➢ Desvantagens: VM há atraso no desmame. Segue em 
desuso 
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA: 
➔ Ventilação com pressão positiva fornecida por meios 
não invasivos, como máscaras nasais, orofaciais (full 
face), faciais totais (total face), capacetes (helmet) e 
prongs nasais. 
➔ São capazes de aumentar a ventilação alveolar, através 
do uso de uma pressão contínua durante todo o ciclo 
respiratório, como o pressão positiva contínua nas vias 
aéreas (CPAP) ou em pressões inspiratória e 
expiratórias diferentes, como a pressão positiva da via 
respiratória em dois níveis (BIPAP). 
➔ Os pacientes precisam estar lúcidos, cooperativos e 
estáveis hemodinamicamente. 
 
2 VENTILAÇÃO MECÂNICA PARTE I I 
➔ Vantagens: 
➢ Correção da hipoxemia; 
➢ Redução do trabalho respiratório; 
➢ Melhora do conforto respiratório; 
➢ Evita complicações associadas a intubação; 
➢ Reduz a necessidade de sedação; 
➢ É mais confortável para o paciente; 
➢ Redução da infecções; 
➢ Menor inflamação pulmonar. 
➔ Efeitos colaterais: 
➢ Dor e hiperemia na região de apoio da máscara, 
podendo chegar à necrose e infecção; 
➢ Ressecamento ocular; 
➢ Aerofagia com distensão abdominal; 
➢ Aspiração pulmonar (vômitos); 
➔ Contraindicações: 
➢ Incapacidade de proteger as vias aéreas, como 
encefalopatia grave 
➢ Alto risco de aspiração, como na presença de vômitos 
ou sangramento gastrintestinal superior grave 
➢ Dificuldade de eliminação das secreções respiratórias 
➢ Trauma ou cirurgia facial 
➢ Obstrução ou comprometimento das vias aéreas 
superiores 
➢ Instabilidade hemodinâmica significativa

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