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A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SANTA FÉ O município de Santa Fé possui nos dias atuais 26 Unidades de Atenção Primária à Saúde - UAPS, destas 09 são Unidades Básicas Tradicionais - UBS e 17 são Unidades da Estratégia de Saúde da Família – ESF. As equipes de Saúde da Família são compostas por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico em enfermagem, 6 Agentes Comunitários de Saúde - ACS, 1 recepcionista e 1 profissional da assepsia. As equipes não têm profissionais de saúde bucal. Cada ESF possui uma área de referência adstrita com em média 4.362 pessoas. A cobertura total da ESF no município, tendo em vista população cadastrada, é de 74.113 pessoas, que corresponde aproximadamente 19.504 famílias, perfazendo um total aproximado de 70% da população do município, sendo os outros 30% de referência das Unidades Básicas Tradicionais. Quanto à acessibilidade às UAPS, evidenciam-se algumas barreiras, tais como a distância dos pontos de ônibus, bem como a localização em áreas de alta periculosidade e vulnerabilidade para violência. A estrutura física dessas UAP’s não estão adequadas às normas sanitárias padronizadas para o funcionamento de Unidades de Saúde, o que limita muito o desenvolvimento de algumas ações e serviços de referência para a APS. A APS deste município realiza cerca de 276.813 consultas/ano, ou seja, 2.6 consultas básicas/habitante/ano. O agendamento de consultas nas UBS’s e ESF’s é realizado apenas em alguns dias da semana, geralmente no início dos turnos de atendimento, por ordem de chegada e não existe um processo padronizado de identificação do problema apresentado pelo usuário e a avaliação da gravidade do caso. Os atendimentos nas ESF’s e UBS’s ainda é focado prioritariamente na população materna e infantil. As ESF’s realizam ações de pré-natal e de puericultura. As ações de prevenção são voltadas para as mulheres (prevenção de câncer de colo uterino e mama) e crianças (vacinação). Os adultos e idosos com patologias crônicas têm dificuldade de acesso e de continuidade do cuidado nas UBS. Estas dificuldades podem ser evidenciadas pelas baixas coberturas de hipertensos e diabéticos acompanhados nas UBS. Sobre as informações de saúde disponibilizadas aos usuários, a SMS padronizou o passaporte da criança com as informações referentes ao pré-natal, nascimento, vacinação, desenvolvimento pondero-estatural. Também padronizou o cartão da gestante, com as informações referentes ao pré-natal. No entanto, o passaporte da criança e o cartão da gestante não são preenchidos adequadamente pelos profissionais. Os profissionais das UAPS’s enviam os dados para o nível central da SMS para digitação e para alimentação dos bancos de dados do Ministério da Saúde. Por problema na digitação dos dados, os sistemas de informação encontram-se defasados. Os relatórios do SISAB, eSUS, SISPRÉNATAL, SISVAN, entre outros, não retornam aos profissionais das UAPS, sendo assim, estas Unidades de Saúde têm dificuldade para realizarem o planejamento local de saúde baseado nas necessidades de saúde da população. Os profissionais não dispõem de protocolos clínicos padronizados para atendimento aos usuários. Quanto à Educação Permanente, neste ano iniciou-se o PEPD (Programa de Educação Permanente à Distância), o qual acontece semanalmente nas UAP’s, sendo este transmitido por Tele satélite instalados pela Secretaria Estadual de Saúde, porém, poucas Unidades estão participando do PEPD por dificuldades relacionadas ao equipamento de transmissão. Para a comunidade, as equipes de saúde dispõem de materiais educativos, porém em suas agendas não programam ações educativas frequentes, sendo estas esporádicas e em sua maioria nas escolas. As equipes das UAP’s têm muita dificuldade em viabilizar a integralidade do cuidado aos usuários, coordenar os fluxos e a atenção prestada em outros pontos de atenção, viabilizar o acesso, a continuidade do cuidado e o vínculo com as famílias residentes em suas áreas de responsabilidade. Algumas UAPS contam com Conselhos Locais de Saúde, mas estes não participam do planejamento e do monitoramento das ações desenvolvidas pelas equipes de saúde. A atuação dos conselheiros é de reivindicação e de reclamação quanto ao atendimento, sendo este focado na atuação exclusiva dos médicos. Os conselheiros não realizaram treinamentos para serem representantes da comunidade e os mesmos em alguns casos não são nem mesmos identificados pela comunidade como seus legítimos representantes. Avalie o cenário do município de Santa Fé e aponte os fatores que influenciam no PROCESSO DE SAÚDE x DOENÇA da população. PASSOS-MG
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