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APS – PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS GUILHERME FERNANDES OLIVEIRA R.A: 3189857 Profº. CAUE HAGIO NOGUEIRA DE LIMA Durante o período inicial da revolução francesa em 1789 um certo indivíduo ganhou muita fama ao relacionar meio que sem querer o nome da sua família com a pena de morte o seu nome era JOSEPH-IGNACE GUILLOTIN um renomado médico francês que fazia parte da assembleia nacional constituinte, durante um debate sobre a pena de morte esse médico propôs que o ideal era utilizar um mecanismo mais eficiente que não provocasse qualquer dor, até então a coisa meio que funcionava de acordo com a classe em que o condenado pertencia, Nobres normalmente eram decapitados com espadas, enquanto os mais pobres normalmente eram enforcados ou coisa até pior Para torrar tudo mais democrático digamos assim, e também diminuir o sofrimento, ele imaginou que uma única máquina para executar todas as pessoas seria a melhor alternativa, pensar em outros mecanismos que já existiam na Europa anteriormente. O médico Guillotin e um outro colega seu planeja uma máquina que mais tarde acabou recebendo o nome de guillotina, a questão é que junto com essa nova forma de execução surge também um grande evento onde a multidão se reunia ansiosa para ver um preço CD captado É certo que isso sempre existiu desde a idade média, por exemplo temos aquelas imagens das bruxas na fogueira com várias pessoas assistindo só que na França daqueles anos a coisa quase que se tornou um comércio, havia inclusive estabelecimentos que lucravam com isso. Esse verdadeiro show de horrores foi algo que anos depois impactou muito e até moldou parte do pensamento do famoso escritor francês Victor Hugo Depois de presenciar essa situação várias vezes o Vitor Hugo acabou se tornando um grande opositor da pena de morte , em 1829 ele publica um trabalho que mostra todos o seu sentimento com relação a isso um livro conhecido como o último dia de um condenado No livro acompanhamos todas as angústias de um homem condenado à morte na guillotina mostrando os pensamentos que uma pessoa pode ter ao saber que a morte está cada vez mais perto. Não foi apenas com relação a pena de morte que o Victor Hugo se posicionou ao longo da vida esse escritor foi um dos mais engajados do século 19 utilizando a literatura como forma de criticar as injustiças sociais há quem diga que esse livro o último dia de um condenado foi a base para que anos depois o Victor Hugo escrevesse o seu principal trabalho a sua obra-prima um livro conhecido como Les Misérables. O último dia de um condenado começa exatamente com a condenação de um homem que não sabemos nem o nome e nem o crime apenas temos conhecimento de que ele realmente é culpado e muito provavelmente assassinou alguém, ou seja, a ideia do autor não é debater se um indivíduo é inocente ou não mas sim criticar a punição em si o fato de que o estado pode tirar a vida de alguém. O livro funciona como uma espécie de diário onde o personagem principal escreve às pressas tudo o que ocorreu com ele após a prisão numa manhã de agosto, esse homem já preso é levado para um tribunal onde é condenado à morte mesmo depois de alimentar bastante a ideia de que isso não ia ocorrer. O livro fala muito daquele sentimento horrível de Esperança frustrada de achar que existe uma possibilidade, mas depois perceber que tudo não passava de uma ilusão, foi no exato instante em que o procurador-geral anunciou a sentença que esse homem percebeu se deu conta de que ele não tinha mais o menor controle do próprio destino enquanto aguardava a morte ele foi privado não apenas da Liberdade física de circular pelo mundo, mas também da sua própria paz de espírito. Angustia de saber o dia da própria morte faz com que o condenado tenha muita dificuldade de pensar em outra coisa além do fato de que vai ser decapitado. Tem um trecho que mostra isso muito bem “ eu podia pensar no que queria era livre agora sou cativo meu corpo está grilado num cárcere, meu espírito aprisionado numa ideia uma horrível sangrenta implacável ideia, A morte como um espetáculo como algo extremamente banal” também é uma parte muito importante desse livro o protagonista mostra por exemplo em vários momentos o seu desprezo profundo pelas pessoas que gostavam de ficar assistindo a desgraça alheia, Saber agora que ele próprio seria uma vítima dessa mesma multidão, era algo extremamente humilhante algo que parece uma das principais preocupações do Vitor Hugo, é expor toda a tortura psicológica, por trás da tela capital Uma coisa é você saber que vai morrer porque a vida tem um fim, outra coisa é você saber antecipadamente o momento exato da sua própria morte. Sendo assim o autor tenta mostrar os leitores as diferentes posturas que uma pessoa pode ter ao lidar com uma circunstância dessas Existe no início uma tentativa por parte do protagonista em entender que a vida nem era tão boa assim, então nem tem porque ele ficar se lamentando em outras fases, ele resolve ironizar as coisas principalmente a burocracia e a hipocrisia do sistema de justiça francês. Só que obviamente essas formas de pensar não duram quase nada ao se lembrar que ele foi afastado da filha da família da natureza do Sol das árvores, ele entra em desespero quase que de imediato, em muitos momentos ele lembra da sua família da sua infância do seu primeiro amor, mas nada disso diminui a sua angústia, as boas lembranças não causavam conforto muito pelo contrário elas provocavam uma verdadeira dor de saber que outras coisas boas não teriam a possibilidade de se repetir de acontecer novamente. Vários dos medos que podemos ter com relação à morte e também o mistério do que vem depois dela são trabalhados nesse livro é bem difícil não se identificar não sentir um pouco das emoções do protagonista dá para dizer que esse é um livro que te deixa desconfortável, que te tira da zona de conforto com muita facilidade já que ele fala sobre angústia que são quase universais. O último dia de um condenado é também um livro extremamente influente ele influenciou por exemplo grandes escritores como Charles Dickens e Dostoievski coisa que não é muito difícil de perceber ao ler alguns trabalhos desses autores além disso seu livro muito importante não apenas para a literatura Mas também para outras áreas do conhecimento como por exemplo a psicologia e principalmente o direito por fim nesse livro o último dia de um condenado temos um convite do autor para refletir sobre os impactos que apenas de morte pode provocar.