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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Ruy Manuel Sousa de Barros Prof.°: RIO DE JANEIRO – RJ CULTURA E CONTEMPORANEIDADE AVA 2 Roseli Gabriel ABRIL DE 2024 https://uva.instructure.com/courses/29164 Professora: Roseli Gabriel Trabalho apresentado ao curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação, na disciplina de Cultura e Contemporaneidade na UVA - Universidade Veiga de Almeida A Cultura Tradicional na Contemporaneidade no Brasil Enunciado: Como se sabe, entender as culturas na contemporaneidade é fundamental não apenas para o crescimento pessoal, uma vez que vivemos em uma sociedade na qual a diversidade cultural está cada vez mais presente, mas também para o crescimento profissional. Deste modo, podemos reconhecer o quanto da dimensão humana se encontra presente em nossa cultura, assim como os elementos que a compõem. Tais fatos nos permitem perceber que muitas de suas características são comuns a outros grupos sociais e a outras manifestações culturais. Tal mecanismo evidencia as dimensões de poder, com seus conflitos e suas negociações presentes naquelas mesmas manifestações culturais e nos grupos sociais. Como vimos ao longo desta disciplina, as identidades culturais com a aceleração da globalização têm passado por um processo de reconstrução cada vez mais intenso. Desta forma, alguns conceitos como interculturalidade e hibridismo cultural são importantíssimos para analisá-las. No Brasil, o processo descrito também ocorre fazendo com que não apenas a identidade e a própria cultura nacional sejam revistas, mas também as suas identidades e culturas particulares como por exemplo as culturas e identidades das etnias indígenas e dos afro-brasileiros. Desenvolvimento: A cada dia mais vivemos em uma sociedade caracterizada pela diversidade. É importante que a sociedade não-índia compreenda as características e costumes diferentes. Crenças, culturas e línguas distintas de uma população tão tradicional, que no Brasil participou ativamente do processo de colonização e hoje em dia tem grande parte de sua população devastada. Hoje, o povo indígena luta em defesa da demarcação de suas terras, adaptando-se à evolução da sociedade. A Tribo dos Guarani-Kaiowá, localizada no Mato Grosso do Sul, são o segundo maior povo indígena do Brasil e mantém viva a memória de antigas tradições. O nome “Kaiowá” tem origem do termo KA’A O GUA, (Pertencentes à floresta densa.) O Guarani é um conjunto de povos de mesma origem, idioma, tradições e planejamentos. Ocupavam parte da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, entretanto hoje, ocupam apenas pequenas ilhas. Durante o período colonial, os jesuítas e viajantes foram os primeiros a relatarem sobre o povo Guarani. Esses povos suportaram a invasão e destruição de suas terras, ameaças, expulsão, discriminação e desprezo com a chegada dos colonos e fazendeiros. Após a Guerra do Paraguai, a situação dos Guarani-Kaiowá sofreu muitas alterações, pela ocupação e exploração econômica de seus territórios. A erva-mate foi a primeira riqueza extraída de suas terras, e posteriormente houve a implantação dos projetos agropecuários (Soja e Cana de Açúcar). Além da transformação de suas terras, os Guarani-Kaiowá foram incorporados como reserva de mão-de-obra, expulsos, assassinados, ou mortos por epidemias. Nos dias atuais, os problemas mais habituais são: alcoolismo, desnutrição, suicídio, violência interna, sobreposição de lideranças nas aldeias, comprometendo a organização social do grupo. Uma curiosidade é que na tribo Guarani-Kaiowá, as danças e músicas típicas se ressignificaram. Quatro “filhos legítimos” da etnia formaram o grupo Brô Mc’s, que, através das rimas, canta sobre demarcação de terras e preservação da cultura, dentre outros temas ligados à sua realidade. A escolha do Rap vem da sua característica: Letras expressivas com manifestações, apelos, exposição de situações do cenário atual, com sua originalidade, gírias, linguagem própria. Através da música os índios podem manifestar suas vontades, reivindicar diretos, expor seus ideais e se comunicar atualmente. Importante ressaltar que o grupo preservou a linguagem guarani e o som dos instrumentos indígenas, para não perder a identidade, acrescentando o português e as batidas do hip-hop que da atualidade. A grande mudança na tribo Guarani-Kaiowá, foi que caciques passaram a ocupar uma posição secundária, perdendo assim a autonomia e a voz “principal” em questões políticas, sociais, entre outras. Isso foi fruto da ocupação do território indígena pelos colonizadores e posteriormente a globalização e atualidades que nos cercam. Esse fato fez com que cada dia mais os índios dessa tribo saíam de suas aldeias em busca de melhores condições de vida. Referências: FUNAI reforça ações para garantir direitos sociais dos indígenas. - Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2022/retrospectiva-2021-funai-reforca-acoes- para-garantir-direitos-sociais-dos-indigenas - Acesso 05/04/2024 História e Cultura Guarani – Disponível em: https://historiaeculturaguarani.org/ - Acesso em 05/04/2024 Cultura Indígena Contemporânea - Disponível em: http://www.ung.br/noticias/cultura-indigena-contemporanea-tradicao-ressignificada-que- extrapola-os-limites-da-aldeia. Acesso em: 05/04/2024. Conhecendo os povos indígenas no Brasil Contemporâneo. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2471141. Acesso em: 05/04/2024.