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08/11/2016 1 Prof.ª Esp. Jéssica Sousa � A anestesia local é um método bastante eficaz, possibilitando um tratamento que não provocará trauma nas crianças. � O profissional deve seguir normas semelhantes às de uma anestesia local para adultos, lembrando-se das diferenças anatômicas e metabólicas que as crianças apresentam. � Um bom anestésico de apresentar um potencial suficiente para proporcionar: - Anestesia completa; - Baixa toxicidade sistêmica; - Sua ação deve ser reversível; - Não deve causar lesão permanente às estruturas nervosas; - Deve ter rápido efeito e suficiente duração para a realização do procedimento; - Deve ser estável e estéril ou de fácil esterilização. � Exemplos de anéstesicos locais, classificados conforme o tipo de cadeia. Ésteres Amidas Cocaína Articaína Procaína Bupivacaína Propoxicaína Mepivacaína Tetracaína Lidocaína Benzocaína Prilocaína � Os anestésicos locais não devem ser administrados em casos de alergia aos componentes, embora isso seja muito raro, e nos distúrbios de coagulação não controlados, devido ao risco de hematomas e possíveis quadros hemorrágicos. � É minimizada pela associação com vasoconstritores que impedem a passagem rápida. � Tópicos (pomadas, “sprays”). � Infiltrativo terminal. � Bloqueio regional – insensibilização de um ramo nervoso. � Bloqueio troncular – insensibilização de um tronco nervoso (as diversas áreas por ele servidas serão insensibilizadas). � Anestesia do ligamento periodontal. 08/11/2016 2 � Tem como indicação o preparo da mucosa do pequeno paciente para a anestesia. Podemos utilizar gel benzocaína a 20% por 2 min. � A puntura inicial se dá na região de fundo de saco mais próxima ao ápice do elemento dentário. � É importante injetar lentamente a solução anestésica, exercendo pouca pressão sob o êmbolo da seringa carpule. � Em procedimentos de exodontia, completa-se o ato anestésico por palatino, com anestesia interpapilar por transpasse, ou seja, de vestibular para lingual, até se obter uma área de isquemia na região palatina. � O mais utilizado é a anestesia pterigomandibular, ou seja, o bloqueio do nervo dentário inferior no nível do forame mandibular. � O nervo dentário inferior inerva os dentes inferiores decíduos e permanentes. � A localização do forame muda por remodelação, em sentido mais superior que o plano oclusal, conforme a criança cresce, até a idade adulta. 08/11/2016 3 � A agulha deve ser introduzida lateralmente à fossa pterigomandibular, até a proximidade do nervo dentário inferior, na região da língula da mandíbula, no seu ponto mais profundo, sem qualquer resistência. � O posicionamento da seringa carpule será perpendicular, entre o canino e o primeiro molar decíduo do lado oposto , e a puntura se dará ligeiramente abaixo do plano oclusal. � Uma agulha fina é introduzida no ligamento periodontal até o contato com o osso. É importante injetar vagarosamente. � As mordidas do lábio ocorrem, frequentemente entre os pequenos pacientes. � A SUPERDOSE de anestésicos locais e a absorção sistêmica rápida podem provocar reações sistêmicas, afetando principalmente o SNC com os seguintes sintomas: Vômito, náuseas, euforia, tontura e, na pior das hipóteses, convulsões, coma, parada cardíaca ou respiratória. Anestésico Lidocaína a 2% Dose Máxima 4,4 mg/kg Peso (kg) Números de Tubetes 10 15 20 25 30 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 08/11/2016 4 � Não se deve dizer à criança que um procedimento é doloroso ou desconfortável e que ela não sentirá nada. � É importante contar a verdade. Não há necessidade de mostrar seringas e agulhas, mas há casos em que crianças com 6 a 7 anos de idade, já sabem que existe a agulha e se o profissional ignorar esse fato, passará por mentiroso. � Modelar o comportamento é uma combinação de falar-mostrar-fazer e reforço positivo (encorajamento), com o objetivo de desenvolver segurança e obter aceitação positiva ao tratamento dentário. Prof.ª Jéssica Sousa � A administração pediátrica de qualquer medicamento deve obedecer à dose estabelecida conforme o peso corpóreo do paciente. � ÁS CRIANÇAS COM PESO IGUAL OU SUPERIOR A 30 Kg SÃO ADMINISTRADAS DOSES DE ADULTO. REGRA DE CLARK ( < 30 KG) DP= DOSE DO ADULTO X PESO DA CRIANÇA _______________________________ 70 DP = Y / 24 Prescrição Clara NOME E IDADE DO PACIENTE VIA DE ADMINISTRAÇÃO NOME E APRESENTAÇÃO DA DROGA DOSE HORÁRIO TEMPO DE USO DATA IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL 08/11/2016 5 Paracetamol � O paracetamol apresenta potência analgésica. Essa substância é encontrada na forma de gotas contendo 200 mg da droga por ml. do medicamento (Tylenol), e outras apresentações. � A dose adequada é de 10 a 15 mg por peso (em kg) da criança, administrada a cada 6 horas. � Sobredoses da droga podem causar hepatotoxicidade. Paracetamol � O paracetamol é considerado o analgésico de eleição nas dores leves e moderadas devido sua grande segurança na infância. Dipirona � Em crianças com menos de 6 anos de idade a dose comumente recomendada é de 6 a 15 mg/kg a cada 6 horas. � Ao uso infantil, temos na marca comercial a Novalgina na forma de solução oral/gotas contendo 500mg do fármaco em cada mililitro. Ibuprofeno � O ibuprofeno é um dos AINES menos tóxicos, produz sintomas gastrointestinais em menos de 3% dos pacientes. É uma alternativa eficaz, tendo sido estudado inclusive em modelos da dor de dente. Ibuprofeno � Sua ação analgésica inicia-se cerca de 30 minutos após a administração e atinge o pico em 1 a 2 horas. � A dose recomendada para crianças é 5 a 10 mg/kg administrada a cada 6 ou 8 horas. Marca comercial em solução oral gotas (Alivium 100mg/ml) Naproxeno � O naproxeno tem inicio 60 minutos após a administração. A presença de alimento no estômago influencia a velocidade da absorção. � As formas farmacêuticas encontradas são comprimidos de: - 250 e 500 mg (Naprosyn) - 100, 275 e 550mg (Flanax – naproxeno sódico) 08/11/2016 6 Naproxeno � Suspensão oral – 1 ml corresponde a 25 mg. � Em crianças, deve ser utilizado na dose de 5 a 7 mg/kg, em intervalos de 8 ou 12 horas. � Antibióticos são substância produzidas por microrganismo, ou drogas semissintéticas, que causam a morte de bactérias (bactericidas) ou inibem seu crescimento para posterior eliminação pelo sistema imunológico do hospedeiro (bacteriostáticos). � Em Odontopediatria, os antibióticos são indicados em casos de: - Infecção local com manifestações sistêmicas (febre, calafrios, mal-estar, fadiga); - Abscessos de evolução aguda; - Traumatismo com luxação severa; - Lesão considerável de partes moles; - Profilaticamente; Penicilina V � Seu espectro de ação inclui a maioria dos patógenos comuns nas infecções bucodentais. Sua principal vantagem é ser estável no pH gástrico. � A dose diária para criança é de 25.000 a 90.000 U.I./kg, fracionada em intervalos de 6 horas. Ampicilina e Amoxicilina � A ampicilina cobre mais microrganismo gram- negativos que a Penicilina V, porém, é menos eficaz contra alguns gram-positivos. A dose pediátrica é 50 a 100 mg/kg/dia, em 4 frações. � A Amoxicilina apresenta espectro de ação igual ao da ampicilina, mas é melhor absorvida e causa menos efeitos adversos. Ampicilina e Amoxicilina � A amoxicilina representa o antibiótico de escolha na profilaxia da endocardite bacteriana. � A dose recomendada para crianças é de 20 a 50 mg/kg/dia, em intervalos de 8 horas. � Amoxicilina, administrada em apenas duas doses elevadas, após o manejo operatório de abscesso em dentes decíduos, mostrou maior redução do edema. 08/11/2016 7 Cefalexina � A cefalexina é eficaz contra grande número de bactérias gram-positivas e gram-negativas e, em geral, dotadas de baixa toxicidade. � Reações adversas não são comuns em crianças, mas pode haver em 3% a 7% dos casos. � Uso eletivo nas infecções pós-trauma e nas infecções pós-operatórios. Cefalexina� A cefalalexina ainda constitui droga oral de primeira linha em nosso meio. � A dose recomendada é de 30 a 50 mg/kg/dia, a cada 6 horas. Eritromicina � A eritromicina apresenta espectro de ação similar ao da penicilina. É clinicamente eficaz contra os patógenos bucais. O que faz uma alternativa em pacientes alérgicos à penicilina. � A eritromicina deve ser administrada em crianças, por via oral, na dose de 30 a 50 mg/kg/dia, fracionada em 4 vezes. � Pacientes com história de endocardite; � História de febre reumática; � Cardiopatias congênitas; � Mecanismo de defesa comprometidos; � Antifúngicos de uso local - Nistatina solução 100.000 U – 4 x ao dia. - Miconazol (Darktarin gel oral) – 4 x ao dia
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