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Prévia do material em texto

A Prática da Educação Ambiental
Prof. Arthur Rodrigues Lourenço
Descrição
Aspectos teóricos e metodológicos da prática da educação ambiental
em diferentes ambientes.
Propósito
Proporcionar um entendimento da dimensão da educação ambiental
nas mais variadas esferas da vida humana.
Objetivos
Módulo 1
A Educação Ambiental no
Ambiente Urbano
Analisar a educação ambiental no ambiente urbano.
Módulo 2
A Educação Ambiental no
Ambiente Rural e em Populações
Tradicionais
Analisar a educação ambiental no ambiente rural e em populações
tradicionais.
Módulo 3
A Educação Ambiental em
Unidades de Conservação
Analisar a educação ambiental em Unidades de Conservação.
Módulo 4
Projetos de Educação Ambiental
Descrever a construção de projetos de educação ambiental.
1 - A Educação ambiental no Ambiente Urbano
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar a educação ambiental
no ambiente urbano.
Características e
componentes do ambiente
A prática da educação ambiental (EA) é um processo contínuo e
permanente que deverá ser realizado em conjunto com diferentes
instituições parceiras, sempre buscando a construção colaborativa
e a minimização de impactos ambientais.
Este conteúdo irá elucidar particularidades da prática da educação
ambiental em diferentes contextos, como no ambiente urbano e em
Unidades de Conservação, por exemplo. Ao final, serão pontuadas
questões importantes para a elaboração e a execução de um
projeto de educação ambiental.
Introdução
urbano
As cidades são fruto do desenvolvimento do homem em determinado
território, o que muitas vezes está relacionado às oportunidades que o
território oferece. Temos como exemplo das diferentes oportunidades
de cada localidade os seres humanos que migram de áreas rurais para
áreas urbanas em busca de melhores condições de trabalho.
Um ambiente com qualidade de vida só é possível se todas as pessoas
que vivem e contribuem para o seu desenvolvimento estiverem
satisfeitas nas várias dimensões da vida humana. A paisagem urbana
também pode refletir os vários tipos de uso do território, se considerado
o contexto histórico, cultural, social, econômico e ambiental em que o
meio urbano está inserido.
O que você imagina quando pensa em urbano?
Quando nos deparamos com a palavra urbano, seja qual for o contexto,
logo imaginamos um local com muitas pessoas, intensa movimentação
de veículos, cores acinzentadas ou enegrecidas, muitas lojas, luzes e
cartazes de propagandas.
A cidade de Mumbai, uma das mais populosas da Índia.
O fato é que a definição do que é urbano ou não vai levar em
consideração principalmente a quantidade de pessoas que existem em
determinado local, sendo assim, os ambientes considerados urbanos
são densamente populosos.
Entre os componentes do ambiente urbano, destacam-se:
Grandes e contínuas edi�cações
Prédios, avenidas, praças.
Muitas habitações
Casas, condomínios, ocupações irregulares e favelizações.
Urbanização e infraestrutura
Iluminação pública, calçadas, serviços de saúde, educação,
cultura e lazer.
Uma vez que o meio urbano é constituído pelas modificações que os
seres humanos realizam no ambiente natural, torna-se evidente que tais
modificações acarretarão algum tipo de impacto ambiental.
Os impactos ambientais, em geral negativos, são diversificados e
podem passar despercebidos devido à sua constância no cotidiano dos
habitantes. É possível ainda que esses impactos sejam agravados por
desinformação, preconceitos e ideologias.
Historicamente, a forma como as áreas urbanas foram
construídas e organizadas, na maioria dos casos, não
consideraram a degradação ambiental ocasionada para o
seu surgimento e consequente crescimento. Dessa
maneira, um futuro modo de vida saudável e em harmonia
entre os seres humanos e o meio ambiente, urbano ou
não, é diretamente afetado.
Impactos ambientais nos
ambientes urbanos
Os impactos e problemas ambientais encontrados no ambiente urbano
são inúmeros e diversos, podendo variar de acordo com a geografia
local, com a infraestrutura para sobrevivência proporcionada pelo
governo, com os níveis de escolaridade e poder aquisitivo dos
habitantes, entre muitas outras variáveis. Por isso, para se trabalhar a
educação ambiental no ambiente urbano, é preciso estar muito atento
às questões sociais que permeiam a problemática ambiental.
Deve-se destinar atenção não só para a mitigação dos impactos
ambientais, mas também para as causas dos problemas sociais, o que
pode tornar as ações com intuito de promover a conscientização
ambiental mais complexas.
Resíduos e poluição
Um dos grandes problemas ambientais relacionados às questões
sociais é a geração e o descarte inadequado de resíduos, que podem
ser classificados como:
Resíduos líquidos
Popularmente chamados esgoto ou chorume, oriundos do estilo
de vida urbano, são também chamados de efluentes. Podem ser
de origem doméstica, provenientes das casas, prédios e
moradias em geral, ou industriais, oriundos de fábricas, refinarias
e outros.
Despejo de esgoto.
Esse tipo de resíduo, na maioria das regiões urbanizadas do
Brasil, é lançado sem tratamento em rios, lagoas e outros
mananciais, ocasionando odor fétido (poluição do ar), visual
desagradável (poluição visual) e até a disseminação de doenças.
Em grandes metrópoles brasileiras, é comum encontrarmos
algum rio que se tornou tão poluído ao ponto de atualmente só
ter a função de receber e transportar os efluentes para outros
locais.
Existem também os resíduos líquidos provenientes de lixões e
aterros sanitários, que podem contaminar o lençol freático e
causar sérios problemas ambientais.
Resíduos sólidos
Popularmente chamado de lixo — também são um dos problemas
ambientais mais comuns no meio urbano. São gerados por
praticamente qualquer atividade humana e, se não forem
destinados corretamente após o uso, esses resíduos podem se
deslocar a grandes distâncias por meio do vento, da correnteza
de rios ou da movimentação das marés. É possível encontrar tais
resíduos até mesmo em locais não habitados por humanos,
como no interior de florestas, no meio do oceano, entre outros.
Eco barreira para contenção de resíduos sólidos em rio poluído por efluentes.
A presença do lixo em áreas urbanas ainda pode resultar em
problemas mais graves, por exemplo, enchentes, obstrução do
trânsito e até a disseminação de doenças como dengue e
leptospirose, entre outras.
A poluição também é um dos mais comuns problemas ambientais
presentes no ambiente urbano e pode ser de diferentes tipos e origens, a
saber:
Poluição do ar
Está entre os mais graves tipos de poluição, pois interfere diretamente
na saúde e no bem-estar da população, e ainda pode passar
despercebido, demandando ações de conscientização para aumentar a
percepção da população para esse impacto. Os gases provenientes da
queima de combustíveis fósseis, emitidos por veículos ou por indústrias
em números cada vez mais crescentes nos grandes centros urbanos,
são exemplos clássicos de poluição do ar.
O ar poluído pode gerar problemas respiratórios na população ou
ocasionar o fenômeno das chuvas ácidas, que está relacionado à
degradação de monumentos públicos (ex. estátuas e construções
históricas), além de contribuir para a formação das ilhas de calor. É
possível atenuar esse impacto por meio do uso de veículos elétricos e
bicicletas ou apenas pela escolha do transporte público em vez da
utilização de veículos particulares.
Poluição sonora
É o excesso de ruídos acima dos níveis aceitáveis para o bem-estar da
população. Esse tipo de poluição afeta a saúde mental e física das
pessoas, além de ser considerado um crime ambiental.
Áreas com tráfego intenso tem altos índices de poluição sonora.
A poluição sonora pode ser originada por construções, trânsito de
veículos, eventos (ex. casas de shows e templos religiosos),
propagandas, entre outros. É dever do poder público fiscalizar e punir os
geradores de ruídos acima dos aceitáveis, mas tambémé necessária a
conscientização das pessoas sobre os males da poluição sonora e
sobre a existência de órgãos públicos responsáveis por fiscalizar esse
impacto.
Poluição visual e luminosa
A poluição visual é ocasionada, em geral, pelo excesso de propagandas
de empresas ou pela própria população, devido à depredação e à
vandalização das áreas comuns com pichações, vandalismo, lixo, entre
outros.
Esse impacto pode influenciar a qualidade de vida nos centros urbanos,
uma vez que interfere na mobilidade urbana, na descaracterização da
arquitetura original e de patrimônios históricos, e ainda pode causar
acidentes automotivos.
Monumento vandalizado por pixação.
O caso da pan�etagem e os resíduos
sólidos
Uma prática muito comum nos centros urbanos é a panfletagem — o ato
de distribuir panfletos. Em geral, esses panfletos são utilizados para
divulgação de alguma coisa, como produtos ou serviços encontrados na
região. Essa também pode ser uma forma de informar a população
sobre algum problema ambiental que pode ser evitado.
O ato de distribuir pedaços de papel aleatoriamente, entretanto, pode
resultar em problemáticas ambientais, como o lixo nas ruas ou o manejo
inadequado de resíduos. É muito comum as pessoas pegarem os
panfletos por “educação” ou por simples comportamento condicionado,
no entanto, também é bastante comum as pessoas, em seguida,
jogarem o panfleto no chão ou mesmo no lixo, gerando resíduos sólidos.
No período de eleições, normalmente, é maior o impacto ambiental relacionado à panfletagem.
É possível reduzir os impactos provocados por
essa prática?
A prática da panfletagem deve ser realizada com muita cautela e
existem formas de atenuar os problemas ambientais gerados por ela.
Uma dessas formas é utilizar menos tinta no panfleto e produzi-lo
apenas com as informações realmente relevantes para divulgação.
Pode-se optar pelo uso de papel reciclado e carimbo com tinta
biodegradável, em vez de folhetos extremamente coloridos produzidos
em gráficas com materiais tóxicos.
Outra forma de mitigar essa problemática é destinar os folhetos apenas
aos que realmente estão interessados em receber a informação, e não
os distribuir aleatoriamente para qualquer um que passe. Esse tipo de
atitude pode ser bem-vista pelo consumidor, que irá considerar o
compromisso do anunciante, empresa ou organização com a
sustentabilidade. Isso gera valor agregado e seria uma forma de lobby
ambiental.
Panfletagem acontecendo na cidade de Salvador, Bahia.
As causas desses impactos no
ambiente urbano
São praticamente comuns a todas as regiões urbanas os resíduos e
impactos gerados pelo estilo de vida urbano e industrializado, como a
poluição do ar, da água e do solo, a ocupação irregular do solo, a
criminalidade e os acidentes.
Fatores como as elevadas taxas de densidade
demográfica, o crescimento das áreas construídas, a
pavimentação do solo e o desenvolvimento de indústrias
nas proximidades dos centros urbanos podem resultar
em alterações significativas na qualidade do clima local,
tornando, por exemplo, a temperatura do ar mais elevada
e desagradável.
Existem também a poluição sonora, a poluição visual e os problemas de
circulação relacionados ao elevado número de pessoas circulando, seja
em calçadas ou em veículos.
Comentário
Quando se trata de educação ambiental urbana, outros problemas
ambientais — ou socioambientais — não podem ficar de fora: os fatores
sociais relacionados à má gestão e à fiscalização do poder público que
ocasiona a ocupação de áreas, seja pela iniciativa privada ou pelo
domínio de criminosos e grupos paramilitares. Nessas áreas, os
impactos ambientais são agravados, já que a ausência de fiscalização
abre margem para a ocupação irregular de áreas preservadas, a
poluição de mananciais, entre outras atitudes danosas.
Objetivos da educação
ambiental nos diferentes
componentes do ambiente
urbano
O objetivo geral da educação ambiental é promover a conscientização
das diferentes partes integrantes de determinado sistema ou sociedade
(população, empresas, poder público, entre outros) sobre os malefícios
de condutas geradoras de impactos ambientais. Busca-se promover a
mudança de hábitos e comportamentos condicionados que são
considerados normais por muitos, para assim alcançar o bem-estar
geral e a garantia de um modo de vida em harmonia entre o ser humano
e o ambiente que o cerca.
Dito isso, os objetivos da educação ambiental no ambiente urbano vão
estar relacionados diretamente aos impactos e problemas ambientais
presentes e futuros. Visto que esses problemas podem ser diferentes
em função da cultura, localização geográfica e práticas locais,
trataremos aqui de algumas problemáticas ambientais mais comuns
das grandes cidades.
Nas cidades em geral, existem muitos prédios, avenidas e áreas
urbanizadas, portanto, as edificações e a infraestrutura urbana são
alguns dos componentes mais característicos do meio ambiente
urbano. A urbanização, apesar de oferecer melhores condições de vida
para os habitantes e para os que a acessam, seja por motivo de
trabalho, lazer ou comércio, pode gerar problemas como a poluição do
ar, das ruas, das águas, entre muitos outros.
Ações de educação ambiental que mobilizem as
empresas, o poder público e outras partes integrantes do
sistema podem ser uma alternativa importante para
prover informação para as pessoas sobre os problemas
ambientais existentes.
Exemplo
No âmbito da educação ambiental informal, eventos tratando da
sustentabilidade, como o Dia Mundial da Limpeza de Praias, Rios e
Mares, são uma forma de mobilizar a população para atuar diretamente
na redução dos resíduos sólidos em tais ambientes. Nesse tipo de
evento, é dada visibilidade ao problema dos resíduos sólidos e busca-se
a participação dos frequentadores e comerciantes que utilizam o
espaço, seja em busca de lazer e entretenimento, seja para obtenção de
renda. Ao tornar essas informações acessíveis em locais onde existe
um intenso trânsito de pessoas, ocorre a educação ambiental de forma
passiva.
Embora essa modalidade seja pouco custosa financeiramente, é difícil
medir a sua efetividade. Nesse sentido, a educação ambiental informal é
uma importante aliada na promoção da conscientização nos espaços
urbanos, mas se associada à educação ambiental formal poderá ser
mais efetiva e proveitosa.
No caso do Dia Mundial de Limpeza de Praias, além de promover a
retirada de resíduos das praias, também é realizada a quantificação e
classificação do que foi coletado, gerando dados que podem ser
destinados a plataformas globais de monitoramento de resíduos. Ainda,
essa data pode ser motivadora para que universidades e projetos de
pesquisa exponham material científico nesses locais ou até mesmo
palestras e aulas podem ser fundamentadas nesse evento e proferidas
para alunos nos diferentes níveis de ensino, bem como podem ser
realizadas ações sociais, culturais e comerciais.
Folheto informativo sobre o “Dia Mundial de Limpeza de Praias e Rios”, realizado na cidade de
Niterói, RJ.
Cartaz informativo sobre o impacto dos resíduos e a preservação de espécies ameaçadas.
Outra forma de conscientizar e informar é pela utilização de placas e
letreiros informativos em áreas onde ocorrem os impactos. Tais
informações são apreciadas pela população que faz uso desses
espaços e também pode atingir aqueles que não procuram ou não se
interessam por esse tipo de informação.
Uma ação de educação ambiental, formal ou não, pode ter sua
efetividade mensurada por meio da aplicação de questionários,
da avaliação por profissional qualificado e até pelo feedback
(opinião) dos participantes. A efetividade da ação em EA é uma
importante aliada na construção de ações futuras, já que
possibilita o alinhamento e a calibração de determinada prática
de conscientização ou mostra a necessidade de tratar de outros
assuntos, relacionados ou não.
Pesquisa-ação na educação
ambiental urbana
Neste vídeo, o especialista apresentaa metodologia de pesquisa-ação, e
sua relação com os trabalhos de educação ambiental realizados no
ambiente urbano, inclusive no contexto escolar.
A educação ambiental no
contexto escolar
O meio ambiente é definido pela Constituição brasileira como um bem
comum e essencial para a qualidade de vida e para a saúde. O
E como podemos medir a efetividade das ações de
educação ambiental (e.g.: palestras, oficinas, cursos,
pesquisa-ação, entre outras)?


Ministério da Educação trata o meio ambiente como um tema comum a
diversas disciplinas e reconhece a educação ambiental como essencial
e permanente em todo o processo educacional, sendo incluída pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC).
Base Nacional Comum Curricular
Documento normativo que define as competências e habilidades que
se espera dos alunos da Educação Básica no país.
Uma vez incluída como assunto transversal no currículo das escolas, a
educação ambiental pode ser tratada em todas as disciplinas, seja do
Ensino Fundamental ou do Ensino Médio. Embora a lei brasileira
determine que a educação ambiental deve ser tratada em todas as
matérias ministradas em salas de aula, na realidade escolar brasileira,
os assuntos relativos à problemática ambiental são abordados
geralmente nas disciplinas de Ciências e ou Geografia. A educação
ambiental não é uma tarefa fácil para os educadores brasileiros, que
sempre estão sobrecarregados pelo sistema educacional, e até mesmo
para os alunos que enfrentam aulas lotadas de conteúdo.
Ilustração didático-pedagógica apresentando o papel do educador ambiental no contexto
escolar.
A partir da criação da educação ambiental e de sua inclusão no
currículo das escolas, os educadores devem contribuir para a formação
de cidadãos conscientes pelo desenvolvimento de reflexões e debates
sobre questões ambientais, potencializando nos alunos a capacidade
crítica acerca de problemas socioambientais e contribuindo para a
formação de valores, o ensino e a aprendizagem.
Para o desenvolvimento desse trabalho em sala de aula, o tema deve ser
incluído em situações do dia a dia dos alunos, correlacionando-o ao
meio em que vivem, debatendo e trazendo reflexões que visam
estimular o raciocínio e a visão crítica, alcançada com base nos
conteúdos aprendidos nas disciplinas.
Assim, torna-se possível a disseminação do aprendizado em casa, na
escola e na própria vizinhança, fazendo com que mais pessoas
conheçam a importância das questões ambientais e da
sustentabilidade.
Crianças aprendem sobre plantio de árvores.
Atenção
É importante que o educador esteja atento aos problemas ambientais
da atualidade e que fazem parte do cotidiano dos alunos, buscando a
melhor forma de abordá-los. Deve-se considerar, nesse processo, a
localização da escola, os aspectos culturais dos alunos, o contexto
socioeconômico, entre outras particularidades que só podem ser
observadas pelo educador em sala de aula ou no caminho para a
escola.
Educação Física e educação
ambiental
Para muitos educadores, pode parecer uma tarefa impossível relacionar
suas disciplinas à educação ambiental, no entanto, com criatividade e
boa vontade, essa situação pode ser revertida e até contribuir para
melhorar o interesse dos alunos na aula.
Vamos imaginar agora um professor de Educação Física
que deseja trabalhar a educação ambiental e, ao mesmo
tempo, fazer com que os alunos se interessem por
atividades físicas essenciais para a manutenção da
saúde. Uma opção para utilizar o tempo destinado para
atividade física no trabalho de educação ambiental pode
ser a realização de gincanas, jogos e desafios que
envolvam os princípios de educação ambiental
aprendidos em outras disciplinas, como Ciências,
Biologia, Geografia.
Exemplo
Imagine uma atividade que relacione a reciclagem e a coleta seletiva em
uma competição de corrida, na qual o aluno é estimulado a aplicar os
conhecimentos sobre reciclagem ao retirar ou sortear um determinado
resíduo comum do seu cotidiano (ex. garrafa PET) e levá-lo em uma
curta corrida até a lixeira correta, aplicando também os conceitos de
coleta seletiva. No final, vencerá o aluno ou a equipe que não só tenha o
melhor tempo — que corra mais rápido — mas também que destine os
resíduos à lixeira correta.
Esse é um exemplo de como pode ser promovida a educação ambiental
em disciplinas que não são diretamente correlacionadas. O profissional
de educação física utiliza o conceito de reciclagem e coleta seletiva das
aulas de Ciências para realizar uma competição física e mental. Isso
mostra como a educação ambiental pode ser transversal e
interdisciplinar.
Crianças em atividade envolvendo a coleta seletiva.
As problemáticas ambientais são cada vez mais frequentes no dia a dia
das pessoas e a educação ambiental se faz necessária em todos os
níveis sociais, mas principalmente no contexto da educação escolar e
com os alunos dos anos iniciais.
É mais fácil conscientizar crianças do que adultos, e elas
são importantes transmissoras dos conhecimentos aos
adultos que, futuramente, também serão bem
informados.
Desse modo, as escolas têm papel fundamental na disseminação de
ideias e conhecimentos sobre a melhoria do relacionamento dos seres
humanos com o meio ambiente, formando pessoas com pensamento
crítico e conscientes dos impactos ambientais. Essas pessoas, quando
fora do ambiente escolar, levarão os conhecimentos aprendidos na
escola para o seu bairro, o seu prédio, a sua família e a sua casa.
Recomendação
Para que isso aconteça, é necessário que os profissionais da educação
estejam atentos à proposta pedagógica da educação ambiental formal e
informal, promovendo, mediante ações práticas ou não, a
conscientização e a reflexão ambiental, e buscando sempre a correlação
dos conceitos com as vivências dos alunos.
Podcast
Neste podcast, entenderemos o que é o lobby ambiental e como esse
pode ser um importante aliado na promoção da educação ambiental.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
“A panfletagem vem sendo uma estratégia de marketing cada vez
mais utilizada pelos empreendedores do município de Feira de
Santana para promover bens ou serviços que oferecem visando ao
lucro. Os panfletos são de diferentes modelos, tamanhos,
espessuras e gramaturas. Diversos setores do comércio utilizam
deste tipo de marketing, setor de festas e eventos, setor de
prestação de serviços, de produtos de consumo, imobiliário, setor
eleitoral, científico, dentre outros.”
(Adaptado de LAUTON, D. C. R.; NUNES, V. de J.; LIMA, D. P. de.
2020, p. 509).
Quais das opções abaixo representam formas de atenuar o impacto
ambiental da panfletagem?
Parabéns! A alternativa A está correta.
Entre as estratégias possíveis para se atenuar o impacto que a
panfletagem pode causar nas grandes cidades, pode-se utilizar
papel reciclável de rápida degradação, assim como optar pela
utilização de menos tintas ou de tinta composta de elementos
menos tóxicos para o meio ambiente. Os folhetos produzidos por
gráficas utilizam papéis duráveis com muitas cores e tintas que
A Utilizar papel reciclável e tinta biodegradável.
B
Produzir folhetos extremamente coloridos e de alta
qualidade gráfica.
C
Recolher os panfletos após o uso e destiná-los para
incineração.
D
Entregar os panfletos no horário de maior trânsito
de pessoas.
E
Utilizar panfletos de material plástico, como o PVC
ao invés de papel.
podem agredir o meio ambiente de diversas formas e agravar o
impacto ambiental que a panfletagem tem no meio urbano.
Recolher os folhetos após o uso é uma forma de reduzir os resíduos
sólidos, entretanto, após recolhidos, esses folhetos devem ser
destinados para a cadeia de reciclagem, pois a incineração desse
material é poluente para a atmosfera. A panfletagem quase sempre
ocorre nos horários de maior movimentação de pessoas, o que
agrava o impacto ambiental gerado por ela, já que mais panfletos
serãodistribuídos em menor tempo e talvez para pessoas
desinteressadas na informação. Sempre será uma opção melhor
utilizar o papel em vez de plástico, pois o papel é um resíduo
biodegradável e o plástico não.
Questão 2
O ambiente urbano é caracterizado por possuir grandes e contínuas
edificações, alta concentração de habitações e desenvolvida
infraestrutura. A educação ambiental voltada para o ambiente
urbano se faz necessária por diversos motivos, que incluem
Parabéns! A alternativa B está correta.
A
a conscientização sobre os benefícios da utilização
de automóveis particulares.
B
a conscientização sobre os malefícios da poluição
do ar e da água.
C
a conscientização sobre os malefícios da
alimentação orgânica.
D
a conscientização sobre os benefícios das extensas
áreas de cultivo de soja em substituição à
vegetação nativa.
E
a conscientização sobre os benefícios das estradas,
grandes centros comerciais e parques urbanos.
A educação ambiental voltada para o ambiente urbano se faz
necessária por motivos que incluem a conscientização sobre os
malefícios da poluição do ar e da água. O ar e a água são
diretamente impactados pelos resíduos da atividade industrial e
das atividades de subsistência da população em geral. A utilização
de transportes coletivos em vez de automóveis particulares é
preferida quando se trata de gerar menor impacto ambiental. O
consumo de alimentos orgânicos não impacta nossa saúde e não
polui os solos e corpos d'água com agrotóxicos. O cultivo de soja é
uma das grandes ameaças à vegetação nativa, quando o primeiro
tem prioridade sobre o segundo por motivações econômicas. A
construção de estradas e centros comerciais impacta o meio
ambiente por resultar em perda de habitat natural e por estar ligada
a outros tipos de poluição, como a poluição do ar, do solo e da
água, bem como as poluições sonora e visual.
2 - A Educação Ambiental no ambiente rural e em
populações tradicionais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar a educação ambiental
no ambiente rural e em comunidades tradicionais.
Características e
componentes do ambiente
rural
O ambiente rural é caracterizado principalmente em função de sua
densidade demográfica, que difere do ambiente urbano por ser uma
área menos populosa, menos construída e mais preservada
ambientalmente.
Densidade demográ�ca
Densidade populacional.
Ambiente tipicamente rural no estado de Minas Gerais, Brasil.
As características e os componentes do ambiente rural são:
Baixa densidade populacional – relação entre população e
superfície do território.
Urbanização escassa ou ausente – estradas de terra, ausência de
rede de água e esgoto, iluminação pública e outros.
Predominância de áreas destinadas à agropecuária em larga
escala – cultivo de vegetais, criação de animais, entre outras.
Pouca área construída – fazendas, sítios, chácaras e casas
esparsamente distribuídas em meio a grandes porções de terra
descampada.
Pouca infraestrutura – pequenas escolas, ausência de hospitais,
comércios e outros serviços básicos como coleta de lixo, água
encanada, sistema de esgoto e até luz elétrica.
Predomínio de atividades econômicas do setor primário de
produção – agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo.
População com baixa escolaridade – em geral, são pessoas que
vivem de serviços rurais de baixa demanda técnica, predominando
o trabalho braçal, o que é agravado pelo difícil acesso a centros
educacionais ou culturais.
Elementos naturais preservados – áreas florestadas, rios com
água limpa e ar puro.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
território brasileiro pode ser classificado de acordo com o grau de
urbanização, que demostra a proporção de áreas rurais e urbanas no
território brasileiro. Para alcançar essa classificação, é necessário
quantificar o número de habitantes para definir a densidade
populacional de cada área e se obter o percentual de áreas densamente
ocupadas, sendo definido como área densamente ocupada aquela que
apresente mais de 300 habitantes por quilômetro quadrado.
Mapa demostrando o grau de urbanização do território brasileiro.
Desse modo, foi definido pelo IBGE:

Regiões com alto grau de
urbanização
Quando mais de 75% da população resida em áreas de ocupação densa.

Regiões com moderado grau de
urbanização
Quando entre 50% e 75% da população resida em área de ocupação
densa.

Regiões com baixo grau de
urbanização
Quando 50% da população resida em área de ocupação densa.
A educação ambiental no
ambiente rural
Para trabalhar a educação ambiental, deve-se ter noção dos impactos
ambientais que as atividades humanas podem ocasionar no meio
ambiente. Diferentemente do ambiente urbano, o modo de vida rural
está mais relacionado aos elementos da natureza. Por vezes, isso torna
mais palpável o trabalho de EA nesses ambientes, pois a população
tende a ser mais dependente do meio natural para sua sobrevivência.
Tanques com água captada das chuvas para a irrigação de plantações.
Em comunidades que possuem como principal fonte de renda a
agricultura, por exemplo, seja ela com fins comerciais ou apenas de
subsistência, existe a consciência coletiva do quanto a disponibilidade
de água pode ser importante para a manutenção dos cultivos e da vida
como um todo.
Para o trabalho de educação ambiental, deve-se atentar aos problemas
ambientais na área de atuação e adaptar os projetos e seus objetivos
para a realidade das pessoas a serem conscientizadas.
A seguir, veremos alguns dos impactos ambientais no ambiente rural.
Resíduos
Como qualquer atividade humana tende a gerar algum tipo de resíduo,
no meio rural não é diferente. É comum que regiões rurais sejam
afastadas dos grandes centros urbanos e o serviço de coleta de lixo
público seja deficiente ou até ausente. Nesse sentido, uma prática
comum no ambiente rural é o despejo de resíduos sólidos em áreas
naturais ou periféricas. Tal prática tende a oferecer “alimento”
inadequado para fauna natural que por vezes adentra propriedades ou
distritos rurais em busca de alimento.
Outro agravante é a queima dos resíduos sólidos, que também é uma
prática comum nesses locais. Esse comportamento tem influência
direta na qualidade do ar local e na emissão de poluentes.
Queima de resíduos da agricultura.
Os resíduos líquidos (efluentes) também estão presentes nos vilarejos e
nas fazendas e por vezes são despejados sem tratamento prévio em
córregos nas proximidades, contribuindo para degradação de toda a
rede hidrográfica regional.
Agricultura
Entre as atividades econômicas das regiões rurais, a agricultura é a mais
predominante e é uma prática que ocasiona variados impactos
ambientais. A utilização de agrotóxicos pode contaminar o lençol
freático e ocasionar danos a toda a população do entorno.
Especialmente em locais que, em geral, não possuem abastecimento de
água por rede pública, a obtenção de água é feita de nascentes,
córregos e poços.
O uso de agroquímicos é um inimigo silencioso dos seres humanos, já
que seus danos geralmente não são observados no curto prazo. Essas
substâncias podem também contaminar o solo e influenciar os seres
vivos dos ecossistemas naturais.
O uso frequente de agrotóxicos pode contaminar o lençol freático e oferecer riscos à saúde da
população.
Outro agravante é o risco direto a que estão sujeitos os trabalhadores
que aplicam essas substâncias e a população próxima às plantações.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a intoxicação por
agrotóxicos pode ocasionar problemas cardíacos, renais, alérgicos e
doenças crônicas como Parkinson e câncer.
Dica
Uma alternativa para amenizar os efeitos da agricultura no meio
ambiente pode ser o incentivo à utilização de técnicas de cultivo com
menor impacto ambiental, como a permacultura e a agroecologia, por
exemplo.
Podcast
Neste podcast, abordaremos as técnicas de agroecologia e
permacultura e como se relacionam com o desenvolvimento de uma
agriculturasustentável e com os objetivos da educação ambiental no
ambiente rural.

Queimadas e incêndios florestais
A prática de queimadas pode causar grandes incêndios florestais.
No meio rural, é muito comum e até cultural a utilização do fogo para
preparar áreas de plantio ou para lidar com os resíduos. Apesar disso,
queimar lixo e até produzir fogo intencional em propriedade privada é
considerado crime ambiental, passível de multa e prisão.
O crime se agrava quando o fogo intencional em propriedade privada
perde o controle e atinge áreas naturais preservadas, como áreas
florestais ou com vegetação natural preservada, unidades de
conservação, reflorestamentos e até propriedades e plantações
vizinhas.
Caça, pesca e extrativismo
A população residente em áreas rurais possui o costume de obter
alimentos não convencionais de áreas naturais preservadas, sendo uma
prática comum nesses locais a caça de animais silvestres, a
domesticação, a retirada de vegetais nativos (ex. palmito, frutos,
madeira, entre outros) e a pesca, seja para alimentação ou
comercialização. Tais atividades podem resultar em sérios danos à
biodiversidade regional.
Espécies como o tatu (Euphractus sexcinctus) e a paca ( Cuniculus paca)
são alguns dos animais silvestres mais utilizados para alimentação por
populações rurais. Outros animais, como a anta (Tapirus terrestris) e a
tartaruga tracajá (Podocnemis unifilis ), são ameaçados de extinção e
também são muito apreciados por populações rurais para alimentação.
A paca (Cuniculus paca) é um animal muito utilizado para alimentação.
Existe também a caça de animais para domesticação e
comercialização. A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), por
exemplo, é um animal que atualmente se encontra ameaçado de
extinção e até extinto em alguns locais devido à captura para
comercialização com fins de domesticação. A jiboia (Boa constrictor),
apesar de não ter sido enquadrada em alto grau de ameaça para
extinção, cada vez mais é capturada e mantida em cativeiro como
animal de estimação.
Saiba mais
No caso da jiboia, apesar de ser considerada de fácil manutenção em
cativeiro, diversos problemas surgem em decorrência dessa prática, por
exemplo, a transmissão de doenças para o homem, como a
salmonelose que é causada por bactérias do gênero Salmonella. Ainda,
esses animais podem viver até 30 anos em cativeiro e alcançar alguns
metros de comprimento, sendo muitas das vezes abandonados pelos
criadores em áreas inadequadas.
Indivíduos de Callithrix jacchus vivendo livremente no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro.
Um exemplo clássico de animal selvagem capturado e mantido como
animal doméstico é o do sagui (Callithrix jacchus). Esse caso tem íntima
relação com o êxodo da população rural para grandes centros urbanos.
O sagui, nativo do Nordeste do Brasil, foi introduzido nas áreas
preservadas do Sudeste, causando danos ambientais como a predação
de aves nativas.
Uma das prováveis causas dessa introdução foi a migração da
população rural do Nordeste para o Sudeste do Brasil. As pessoas que
vinham para as cidades em busca de melhores oportunidades de vida
traziam consigo os costumes e as práticas culturais de sua região, entre
elas, a criação do sagui como animal doméstico. Por vezes, esses
animais eram acidentalmente ou até intencionalmente soltos na
natureza.
Hoje em dia, existe a consciência de que a presença desse animal
nessas áreas causa impactos ambientais, principalmente porque os
ovos de pássaro fazem parte da sua alimentação. Em algumas áreas
como o Parque Nacional da Tijuca, foi constatada a significativa
redução de aves devido à predação do sagui. Um dos trabalhos de
educação ambiental realizado pela Unidade de Conservação é
promover a conscientização das pessoas para que não alimentem
esses animais, além de realizar ações de castração de indivíduos com
objetivo de reduzir a densidade populacional deles e possibilitar a
reprodução das aves nativas.
Objetivos da educação
ambiental em áreas rurais
O meio ambiente rural possui muitas possibilidades para realização do
trabalho de educação ambiental, principalmente da educação ambiental
informal, já que existe a possibilidade de sair da sala de aula para o
ambiente natural. Esse trabalho tende a valorizar os recursos naturais e
reaproximar os seres humanos da natureza.
Desde a década de 1970, a “revolução verde” traz práticas agrícolas que
objetivam a exploração extrema dos recursos naturais e a utilização de
agroquímicos. Contudo, sabe-se hoje que esse modelo é insustentável
para o meio ambiente e para pequenos produtores que desempenham a
agricultura familiar.
Avanço de área agrícola sobre vegetação natural.
Em outro sentido, a modernização agrícola favoreceu o avanço das
áreas agrícolas sobre áreas de vegetação natural, o que resultou em
desemprego e diminuição da qualidade e da quantidade de recursos
naturais, assim como a perda de conhecimentos tradicionais sobre
modos de produção mais harmoniosos com o meio ambiente.
Em meio a tantos impactos, existem também as escolas do campo,
como são chamadas as poucas instituições formais de ensino que
estão localizadas na área rural. Nesses locais, trabalha-se mais a
educação ambiental no contexto cultural das comunidades rurais. Em
2009, o Ministério do Meio Ambiente assumiu o compromisso de iniciar
a construção de um programa de educação ambiental no contexto da
agricultura familiar. O Programa de Educação e Agricultura Familiar
(PEAAF) foi instituído em 2012 e tem entre suas diretrizes:
Articular a educação ambiental em
seu caráter formal e não formal,
incorporando o componente de
educação ambiental não formal em
projetos e políticas públicas
voltadas para o desenvolvimento
rural e inserindo os espaços formais
de educação nos processos
pedagógicos a serem propostos.
(BRASIL, 2012, p. 4)
Cada vez mais fica explícita a desconexão do ser humano com o meio
natural e isso também está presente no contexto rural. Por isso, a
educação ambiental é um instrumento para enriquecer o conhecimento,
sensibilizar a comunidade rural e promover a reconexão com a natureza.
Dica
Dentro do contexto da educação ambiental no meio rural, existe o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), que disponibiliza, em
algumas localidades, capacitação e materiais didáticos para
professores de escolas rurais.
Turismo no ambiente rural
Atividades turísticas são cada vez mais comuns no ambiente rural e
podem fornecer importantes alternativas econômicas para a população
rural. Se realizadas da maneira certa, também podem contribuir para a
preservação no espaço e para a valorização dos recursos naturais.
Ainda assim, deve-se observar que tais práticas também podem agredir
a natureza e agravar os impactos ambientais, bem como proporcionar o
surgimento de outros impactos anteriormente não observados nessas
regiões.
O turismo, quando realizado com respeito à natureza e fundamentado
nos conceitos de educação e sustentabilidade, torna-se ecoturismo
sendo, portanto, uma forma de praticar a educação ambiental em áreas
rurais e preservadas.
Ecoturismo
Atividade turística que utiliza do patrimônio natural e cultural para incentivar
a conservação de áreas preservadas.
Algumas das práticas de ecoturismo são a observação de fauna, flora,
formações geológicas, visitação de cavernas e locais de interesse
antropológico (ex. pinturas rupestres), trilhas, caminhadas e safaris
fotográficos.
Curiosidade
No Brasil, estima-se que a prática de ecoturismo fature anualmente 70
milhões de dólares, além de ser um dos segmentos do turismo que mais
cresce globalmente.
Nesse contexto, existe ainda o que tem sido denominado como turismo
rural ou agroturismo, uma modalidade turística que tem o objetivo de
proporcionar às pessoas, geralmente residentes de grandes metrópoles,
um contato direto com a natureza, a agricultura e as tradições locais.
Esse tipo de turismo é fundamentado em hospedagens domiciliares e
familiaresde áreas rurais, onde, em geral, são desenvolvidas atividades
agrícolas nas quais os visitantes se envolvem. Algumas dessas
atividades podem ser impactantes para o meio ambiente, enquanto
outras podem ser úteis como ferramenta de promoção da educação
ambiental.
Exemplo
Entre as atividades encontradas nessa modalidade de turismo, estão os
passeios a cavalos ou em veículos 4x4, a pesca esportiva, as trilhas e os
acampamentos.
Uma alternativa para algumas propriedades rurais é a transformação de
terras anteriormente utilizadas para agricultura e pecuária em locais
para a promoção da conservação ambiental, como é o caso das
Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), por exemplo. O
número de RPPNs cresce progressivamente no Brasil.
O Santuário do Caraça, em Minas Gerais é uma das grandes Reservas Particulares de patrimônio
Natural do país.
Em geral, é realizado o reflorestamento da área anteriormente
desmatada para o desenvolvimento de cultivos de espécies exóticas,
entre outras atividades, como a educação ambiental. Nesses locais,
podem ser estimulados o ecoturismo, a utilização do espaço para
realização de aulas de campo, eventos e oficinas para a população do
entorno ou para o público visitante.
Vamos conhecer um projeto
de educação ambiental na
zona rural?
Neste vídeo, visitamos um centro de educação ambiental, para ver de
perto como pode ser praticada a educação ambiental com os dados de
trabalhos de monitoramento de impactos ambientais em uma rodovia,
no ambiente rural.

A educação ambiental em
comunidades tradicionais e
aldeias indígenas
De acordo com a legislação brasileira, as comunidades tradicionais são
definidas como grupos culturalmentes diferenciados que possuem
formas próprias de organização social, sendo característica comum
dessas populações a utilização de conhecimentos, inovações e práticas
geradas e transmitidas pela tradição ancestral.
Inicialmente, eram reconhecidas como comunidades tradicionais os
povos indígenas e os quilombolas, no entanto, esse conceito foi
ampliado com a criação da Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) pelo
Ministério do Meio Ambiente. A partir daí, são compreendidas como
comunidades tradicionais, além dos indígenas e quilombolas, as
populações de matriz africana e terreiro (umbandistas e
candomblecistas), ribeirinhos e comunidades extrativistas (ex.
seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco) e pescadores
tradicionais (ex. caiçaras), entre outros.
Algumas das características das comunidades tradicionais são:
 Dependência da natureza
As moradias, os costumes e os modos de vida são
organizados de acordo com os ciclos da natureza e
a disponibilidade de recursos naturais.
O modo de vida dos povos tradicionais, quando comparado com o da
sociedade moderna que os cerca, mostra uma vivência muito mais
harmoniosa com o meio ambiente, considerando o baixo impacto
ambiental que essas comunidades provocam nas áreas naturais que as
cercam.
Utilizando imagens de satélite, fica evidente a diferença da degradação
ambiental ao comparar uma área urbana, uma área rural e uma reserva
indígena.
Área urbana.
Área rural.
 Apego territorial
Constroem e mantêm suas moradias em locais
específicos por várias gerações.
 Exploração da natureza
Principalmente para a manutenção de subsistência,
como a agricultura familiar, a coleta, a caça e a
pesca.
 Utilização de tecnologias tradicionais
para o extrativismo
Uso de equipamentos para plantio, artes de pesca e
caça, por vezes artesanais — feitos à mão nessas
comunidades, com a matéria-prima ali encontrada
— o que reduz o impacto ambiental.
Reserva indígena.
Impactos ambientais das
comunidades tradicionais e práticas
de educação ambiental
Embora possuam uma relação menos depredatória do meio ambiente
quando comparadas à sociedade urbana ou rural, as comunidades
tradicionais não são isentas de provocarem impactos ambientais
negativos. A agricultura desempenhada por essas comunidades é
realizada em uma escala bem menor do que o modelo industrial tão
presente no ambiente rural, mas também tem consequências negativas
como o desmatamento e a exclusão de espécies naturais.
Religiões de matriz africana, por exemplo, têm o costume cultivar
plantas exóticas, como espada de São Jorge, comigo-ninguém-pode e
dendezeiro, em áreas de vegetação natural. Ainda, costumam deixar os
resíduos das atividades ritualísticas em ruas, avenidas, florestas, praias
e Unidades de Conservação, que podem se tornar, entre outras coisas,
alimento inadequado para a fauna silvestre.
Para as religiões de matrizes africanas, é eminentemente necessária a
realização de trabalhos de educação ambiental que incentive o uso de
materiais biodegradáveis em vez de plásticos, cerâmicas e vidros, além
de estimular a retirada dos resíduos após a realização das suas
atividades ritualísticas.
Alguns povos tradicionais praticam o cultivo de espécies de animais (ex.
suinocultura, avicultura) dentro de suas propriedades que são
destinadas para esse fim. O problema surge da proximidade entre
muitos dos territórios reservados para as comunidades tradicionais e as
Unidades de Conservação, pois, eventualmente, esses animais podem
fugir dos cultivos e adentrar as áreas preservadas.
Outra atividade muito comum em algumas comunidades tradicionais do
Brasil é a produção de artesanato, que pode gerar alguns impactos
ambientais se não for respeitado o tempo de regeneração da natureza.
Quando realizada no contexto de manutenção dos costumes e cultura,
essa atividade utiliza matérias-primas de forma substancial, o que não
afeta o processo regenerativo de espécies das quais são extraídos
frutos e sementes, considerando também partes de animais (ex. penas,
dentes) e minerais (ex. argila, rochas, pedras preciosas).
Recomendação
Em muitas comunidades, a venda de artesanato para turistas representa
uma das principais fontes de renda e esse fato deve ser observado e
talvez trabalhado em projetos de educação ambiental, com o intuito de
amenizar alguns dos impactos, tornando a atividade de produção de
artesanato ainda mais valorizada do ponto de vista da preservação
ambiental.
As comunidades tradicionais indígenas e caiçaras utilizam atividades de
caça, pesca e coleta para obtenção de proteína em sua alimentação.
Algumas espécies caçadas e pescadas, já tão predadas pelo “homem
moderno”, encontram-se ameaçadas de extinção, como a onça, a anta e
certas espécies de pescado.
A onça-pintada é uma espécie ameaçada de extinção por conta da caça predatória.
Nesse contexto, cabe realizar ações de educação ambiental nessas
comunidades, a fim de conscientizá-las das espécies que estão em
risco de extinção ou não, buscando o direcionamento da atividade para
uma exploração menos degradante.
Compreende-se, portanto, que a educação ambiental deve
considerar não só as questões ambientais, mas também
as particularidades sociais, culturais e políticas em que
estão imersas as comunidades tradicionais do Brasil.
A metodologia aplicada ao trabalho de educação ambiental nessas
comunidades pode ser fundamentada em estudos de caso, como a
observação detalhada das práticas, dos costumes e da sua inter-relação
com os recursos naturais circundantes.
Exemplo
Entrevistas formais ou informais são meios de se atingir tal objetivo:
aplicar questionários oralmente para professores, alunos, moradores e
demais integrantes dessas comunidades é uma forma de conhecer o
pensamento das partes e identificar as problemáticas ambientais a
serem abordadas em palestras, oficinas e outras ações no âmbito da
educação ambiental.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
“Nesse trabalho, proponho uma definição integradora de paisagem
como sendo "um mosaico heterogêneo formado por unidades
interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo menos
um fator, segundo um observador e numadeterminada escala de
observação". Esse "mosaico heterogêneo" é essencialmente visto
pelos olhos do homem, na abordagem geográfica, e pelo olhar das
espécies ou comunidades estudadas na abordagem ecológica. O
conceito de paisagem proposto evidencia ainda que a paisagem
não é obrigatoriamente um amplo espaço geográfico ou um novo
nível hierárquico de estudo em ecologia, justo acima de
ecossistemas, pois a escala e o nível biológico de análise
dependem do observador e do objeto de estudo. A ecologia de
paisagens vem promovendo uma mudança de paradigma nos
estudos sobre fragmentação e conservação de espécies e
ecossistemas, pois permite a integração da heterogeneidade
espacial e do conceito de escala na análise ecológica, tornando
esses trabalhos ainda mais aplicados para resolução de problemas
ambientais” (METZGER, J. P. 2001, p. 1).
Analisando as alternativas abaixo, marque a que melhor representa
a paisagem do ambiente rural.
A
Casas construídas sobre a água, na margem de
grandes rios amazônicos, pequenas canoas
utilizadas para a pesca de subsistência e vegetação
aquática circundante.
B
Grandes construções verticais, intercaladas por
movimentadas avenidas asfaltadas com intenso
trânsito de veículos motorizados, lojas, shoppings e
comércio variado, com vegetação esparsamente
distribuída ao longo das calçadas, em geral antigas
árvores e pequenos canteiros.
C
Casas de pau-a-pique em meio a uma densa
vegetação florestal circundante, com acesso
dificultado por estradas de terra em péssimas
condições, trilhas ou caminhos só acessados com a
ajuda de guias locais.
Casas distribuídas esparsamente, circundadas de
quintais com árvores, com pequenos cultivos de
Parabéns! A alternativa D está correta.
A paisagem rural é composta por pequenas propriedades
esparsamente distribuídas ao longo de trechos de estradas de terra,
intercaladas por grandes áreas descampadas utilizadas para
agricultura ou pecuária em larga escala. As casas do ambiente rural
em geral são circundadas de quintais onde são plantadas árvores
frutíferas e na maioria deles são criados animais com fins alimentar
para subsistência familiar. Nas outras alternativas, são
caracterizadas a paisagem do ambiente urbano e de comunidades
tradicionais, como os ribeirinhos amazônicos e caiçaras.
Questão 2
Qual das alternativas abaixo melhor caracteriza uma comunidade
tradicional?
D hortaliças e criações de subsistência, próximas de
verdejantes descampados, protegidas por cerca de
arame farpado, acessadas por estradas sem
calçamento.
E
Casas rústicas de alvenaria, construídas sobre a
areia fina de praias, pequenos barcos de pesca,
criação de animais e cultivo de alguns poucos
animais para subsistência, isolados, acessados
apenas mediante barco ou trilha em meio a áreas
florestadas circundantes.
A
Uso de técnicas ancestrais de caça, pesca e
extrativismo de subsistência.
B Ausência de urbanização.
C Baixa densidade populacional.
D Predominância de áreas destinadas à agropecuária.
Parabéns! A alternativa A está correta.
As comunidades tradicionais são caracterizadas principalmente em
função dos costumes tradicionais no modo de viver, como a
utilização de técnicas ancestrais para a obtenção de alimento,
técnicas essas que são passadas entre as gerações e estão
intimamente relacionadas com a área em que a comunidade está
localizada. As demais alternativas, apesar de também poderem
caracterizar algumas comunidades tradicionais brasileiras, também
são comuns ao ambiente rural.
3 - ¨A Educação Ambiental em Unidades de
Conservação
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar a educação ambiental
em Unidade de Conservação.
O que é uma Unidade de
Conservação?
De acordo com a Constituição Federal de 1988, no Brasil:
E Pouca área construída.
Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras
gerações.
(BRASIL, art. 225, 1988)
Nesse sentido, as Unidades de Conservação (UC) são áreas naturais de
relevante interesse ecológico que merecem ser protegidas por suas
características especiais e os aspectos naturais relevantes para a
preservação da natureza e manutenção da vida, incluindo territórios
com inegável beleza cênica e recursos ambientais em abundância,
como aquíferos, espécies ameaçadas, formações geológicas, entre
outros. Existem, ainda, as unidades de conservação de uso sustentável,
que são áreas protegidas com o objetivo não só de preservar a natureza,
mas também de conciliar a presença humana e a exploração dos
recursos naturais.
Reserva Particular do Patrimônio Natural Salto Morato (PR).
As unidades de conservação são criadas pelo poder público mediante a
realização de estudos técnicos sobre a importância ecológica da área e,
em alguns casos, mediante consulta pública. Esses locais ficam sujeitos
a normas e regras especialmente criadas para cada caso, que só podem
ser alteradas ou descumpridas a partir de medidas legislativas. As
unidades de conservação são classificadas como Unidades de
Conservação de Proteção Integral e Unidades de Conservação de Uso
Sustentável. A seguir, apresentamos as principais características de
cada uma.
Unidades de Conservação de
Proteção Integral
Seu principal objetivo é preservar a natureza. As ações realizadas
preveem apenas o uso indireto do espaço e dos recursos naturais, não
sendo permitida a coleta, o dano e a extração de recursos naturais para
consumo. Nessa modalidade de UC, são desenvolvidas atividades de
recreação, turismo ecológico, práticas esportivas, pesquisa científica,
atividades de educação e interpretação ambiental, entre outras.
Alguns exemplos de UC de Proteção Integral são:
Atividades turísticas nas cachoeiras do PARNA Chapada dos Veadeiros, Goiás.
Parque Nacional (PARNA)
Objetivam preservar os ecossistemas naturais de
inquestionável relevância ecológica e beleza cênica. Entre as
atividades realizadas nessa área protegida, estão a pesquisa
científica, a recreação, o turismo e também a educação
ambiental.
Atividade recreativa com crianças no MONA Morros do Pão de Açúcar e da Urca, no
Rio de Janeiro.
Monumento Natural (MONA)
Objetivam preservar locais naturais raros, únicos e de
reconhecida beleza cênica e apego popular, como cachoeiras,
formações rochosas, arquipélagos, entre outros. A visitação
pública e a pesquisa científica são permitidas, porém, de forma
mais restrita e de acordo com as regras estabelecidas pelo
órgão administrador e seu plano de manejo.
Atividade de observação de fauna e contemplação da natureza na REBIO União, no
Rio de Janeiro.
Reserva Biológica (REBIO)
Busca a preservação integral de toda a biota da área delimitada
e outros atributos naturais existentes. Não são permitidas
interferência humana direta e modificações ambientais, com
exceção para medidas de recuperação e manejo de áreas
impactadas pela ação humana. Nessa área, ficam previstas
normas mais restritas de utilização, em geral, sendo permitida
apenas a pesquisa científica e a visitação com objetivo
educacional.
Biota
Conjunto de seres vivos de uma determinada região.
Têm como objetivo principal promover o uso sustentável dos recursos
naturais de forma compatível com as premissas da preservação
ambiental. Nessas áreas, é permitida a presença humana e atividades
como coleta de produtos florestais (ex. frutos, sementes e madeira) e
animais (ex. pesca e cultivo de organismos), sempre realizadas de
acordo com o plano de manejo e nos modelos especificados, para
manter os recursos naturais em constante renovação e não interferir em
processos ecológicos.
Alguns exemplos de UC de Uso Sustentável são:
Unidades de Conservação de Uso
Sustentável
Placa informativa sobre os regulamentos da pesca artesanal na APA Delta do
Parnaíba, no Piauí.
Área de Proteção Ambiental (APA)
Áreas onde existe grauelevado de ocupação humana, mas
ainda estão presentes atributos naturais e aspectos culturais
que merecem proteção e organização. Nesses locais, além da
proteção da diversidade biológica, existe o objetivo de
organizar o processo de ocupação humana e assegurar a
sustentabilidade no uso dos recursos naturais.
Atividade de resgate de animais agregados aos resíduos submersos no evento “Dia
Mundial de Limpeza de Praia e Rios” realizado na RESEX Marinha de Itaipu, no Rio de
Janeiro.
Reserva Extrativista (RESEX)
Locais utilizados pela população da região para o extrativismo
de subsistência, agricultura e criação de animais. Nas áreas
delimitadas, objetiva-se proteger os modos de vida e a cultura
— principalmente de populações tradicionais — além de utilizar
conscientemente os recursos naturais.
Letreiro informativo utilizado para promover a EA na RPPN Reserva Ecológica
Guapiaçu, no Rio de Janeiro.
Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN)
Áreas privadas criadas a partir da vontade do proprietário, não
havendo a desapropriação de terra. Têm como objetivo
principal a conservação da diversidade biológica e dos
recursos naturais. São permitidas pesquisas científicas e
manejo de recursos naturais, bem como atividades recreativas,
turísticas e de educação ambiental.
Você conhece uma RPPN?

Neste vídeo, iremos visitar uma RPPN para ver de perto como é
realizado o projeto conservacionista da preservação e como este se
relaciona com os objetivos da EA, com a pesquisa científica e com a
preservação da biodiversidade.
Quem são os responsáveis por
gerir a prática da educação
ambiental nas Unidades de
Conservação?
A Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, instituiu o Sistema Nacional de
Unidade de Conservação (SNUC), o qual regulamenta a criação e
manutenção das UCs por esferas governamentais (federal, estadual,
municipal) ou iniciativa privada.
Alguns dos objetivos da SNUC são:
contribuir para a conservação de espécies e recursos genéticos;
proteger espécies ameaçadas de extinção;
promover a preservação e restauração da diversidade
ecossistêmica em ambientes degradados;
promover o desenvolvimento sustentável, regulando o uso de
recursos naturais;
proteger características geomorfológicas, arqueológicas e
culturais relevantes;
incentivar e proporcionar condições para o desenvolvimento de
pesquisas científicas, estudos de monitoramento ambiental e
projetos de educação ambiental.
As unidades de conservação federais são administradas pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), já as
unidades estaduais e municipais são de responsabilidade de sistemas
estaduais ou municipais de Unidades de Conservação.
Parques Nacionais (PARNA) por exemplo, são administrados pelo
ICMBio, isto é, são de responsabilidade do poder público federal,
enquanto os Parques Estaduais são de responsabilidade do poder
público estadual. Da mesma forma, os Parques Municipais são de
responsabilidade das respectivas prefeituras e seus órgãos
subordinados.
Exemplo
No estado do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) é o
responsável pela administração dos Parques Estaduais, como o Parque
Estadual da Pedra Branca, localizado na capital. Já no município de
Niterói, existe o Parque Natural Municipal de Niterói, que é gerido pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e
Sustentabilidade (SMARHS), vinculada à prefeitura municipal.
Como são responsáveis por criar, gerir e manter a UC, essas entidades
públicas também são responsáveis por promover a educação ambiental
nesses locais.
Pedra do Ponto, localizada no ponto mais alto do Parque da Estadual da Pedra Branca, no Rio de
Janeiro.
A educação ambiental formal em
Unidade de Conservação
Mediante a educação ambiental formal, podem ser elaborados projetos
articulando gestores e técnicos da unidade de conservação, instituições
privadas, secretarias municipais de educação e seus subordinados.
A partir de um levantamento prévio das necessidades escolares nas
proximidades e até dentro da UC, torna-se possível utilizar as vivências
dos professores, diretores e gestores escolares para a construção de
ações direcionadas e adaptadas para a realidade na região. Por outro
lado, as UCs conseguem o espaço para o desenvolvimento de um
projeto fundamentado nas problemáticas ambientais enfrentadas,
sendo possível, ao final, realizar o acompanhamento da efetividade do
processo educacional por meio do relacionamento com os visitantes.
Exemplo
Se em determinada UC a problemática a ser trabalhada é a caça, devido
à constância da caça na UC, será possível observar, ao final do
processo, se a atividade de caça tem alguma diminuição após realizada
a conscientização ambiental formal.
Educação ambiental informal em
Unidades de Conservação.
A educação informal é aquela que acontece fora do contexto da sala de
aula, utilizando, em vez da escola, as praças, as ruas, as trilhas, entre
outros espaços “informais”. Nesse sentido, as unidades de conservação,
como áreas de natureza preservadas, são verdadeiros laboratórios a céu
aberto para praticar EA. A possibilidade de explorar exemplos práticos
para construção da consciência ambiental traz para perto do educando
a realidade da interferência dos seres humanos na natureza.
Pôr do sol entre as Ilhas Cagarras, Rio de Janeiro.
As UCs, por si só, já tendem a ser um instrumento de sensibilização.
Quem não gosta de sentir o ar puro? Aproveitar a sombra das árvores ou
ver um belíssimo pôr do sol? É nesse momento que uma ação
educacional pode ser ainda mais efetiva.
O visitante, no agradável ambiente de uma área preservada, torna-se
mais suscetível à conscientização dos danos que o ser humano pode
causar para o ambiente e para si próprio. Soma-se a isso o fato de que a
educação ambiental informal, quando realizada em uma UC, pode atingir
diferentes faixas etárias e estratos sociais.
Algumas ações no âmbito da educação informal nas UCs são a
utilização de placas informativas, apresentado as qualidades, expondo
processos e/ou problemáticas ambientais, visitas guiadas com intuito
recreativo e educacional ou até mesmo ações diretas na fonte da
problemática ambiental.
Podcast

Discutiremos, neste podcast, como o ecoturismo pode ser utilizado para
a educação ambiental em unidades de conservação, bem como os
impactos negativos e positivos que essa atividade pode ter no meio
ambiente.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Criado em 1937, o Parque Nacional do Itatiaia é a primeira Unidade
de Conservação do Brasil. Sobre o PARNA Itatiaia, é correto afirmar
que
Parabéns! A alternativa E está correta.
O PARNA Itatiaia é uma área administrada pelo governo federal e,
como todo parque nacional, é uma UC de proteção integral, onde
A é uma UC de Uso Sustentável.
B
nessa área é permitida a extração de minerais e
seres vivos.
C é uma instituição de ensino e pesquisa.
D é uma área destinada apenas ao trabalho de EA.
E é uma área administrada pelo governo federal.
não é permitida a exploração de recursos naturais. Essa área
destina-se principalmente à conservação da natureza e à
preservação de espécies e recursos naturais, mas também pode ser
usada para outros fins, como a pesquisa científica e a educação
ambiental. O PARNA não se configura como uma instituição de
ensino e pesquisa, contudo, muitas instituições desse tipo utilizam
a sua infraestrutura para tais fins.
Questão 2
De acordo com o texto, qual das opções abaixo é um exemplo de
UC de Proteção integral?
Parabéns! A alternativa C está correta.
Unidades de Conservação de Proteção Integral são áreas
protegidas da União, ou seja, não são particulares e possuem o
objetivo de preservação ambiental. Nessa modalidade de UC, não
são permitidas atividades extrativistas, como a coleta de produtos
vegetais, a pesca, a caça e a extração mineral. São exemplos de UC
de Proteção Integral, Parques Nacionais (PARNAs),Reservas
Biológicas (REBIOs), e Monumentos Naturais (MONAs).
A RESEX Rio Xingu.
B RPPN Fazenda Boa Esperança.
C MONA dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca.
D APA Ibirapuitã.
E RPPN Pico do Barbado.
4 - Projetos de Educação Ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever a construção de
projetos de educação ambiental.
O que é um projeto de
Educação Ambiental?
O trabalho dos educadores ambientais pode ter um caráter informal, no
qual os princípios e as práticas ligados aos fundamentos da EA são
trabalhados durante o processo de socialização — no cotidiano, no dia a
dia, no bairro, em casa, em atividades recreativas etc. E há também a
educação ambiental formal, que é o trabalho em ambiente escolar,
universidades, centros de pesquisa e outras instituições de ensino. Dito
isso, veremos resumidamente como é feito o processo de criação,
aplicação e avaliação de um projeto de educação ambiental.
Devemos deixar claro, primeiramente, que não há um modelo único, a
construção de um projeto de EA é um processo que busca atender a
alguma demanda de determinada comunidade ou grupo de pessoas.
Então, é sempre importante ter consciência das diversidades e
complexidades regionais, sociais e políticas na hora de aplicar os
conhecimentos básicos para construção de um projeto.
Em sentido amplo, quando falamos em projeto educacional, estamos
nos referindo a um plano, uma intenção, ao desejo de realizar algo no
futuro. Nesse projeto, teremos de descrever em detalhes o que motiva a
elaboração desse plano, como ele será realizado e quais resultados
queremos alcançar, entre outras coisas.
Um projeto de educação ambiental pode ser de dois tipos diferentes:
Caráter empreendedor
Com o projeto, busca-se consolidar um produto, bem de consumo ou
atividades com fins financeiros.
Caráter extensionista
O educador irá se fundamentar em experiências e ideias promissoras,
com o objetivo de encontrar soluções para a problemática ambiental.
Nesse contexto, os projetos podem ser realizados nos diversos setores
da sociedade, por exemplo, empresas podem realizar ações de
sustentabilidade que busquem a conscientização sobre os danos de
determinada prática humana e ainda agregar valor à sua marca ou ao
seu produto. Quando falamos em valor, entretanto, não nos referimos ao
valor monetário propriamente dito, mas ao valor dado pelos
consumidores que compactuam dos princípios de um modo de vida
mais harmonioso e respeitoso com o meio ambiente. Imagine que, para
o público que consome o produto, além do produto comprado, também
é adquirido o conhecimento, a contribuição ou a benfeitoria que o
consumo desse determinado produto trará para o meio ambiente em
que vive.
Exemplo
Uma empresa que decide trocar suas embalagens plásticas por
embalagens de papel pode conquistar o consumidor que, consciente
dos problemas dos resíduos, irá optar pela opção menos danosa ao
meio ambiente.
Professores podem utilizar do ambiente integrador de uma escola ou
organização local (ex. ONG, associação de moradores, cooperativas
etc.) para a criação e o desenvolvimento de um projeto de educação
ambiental que busque a resolução de problemas ambientais locais ou
regionais.
O projeto pode ser encarado como um projeto de extensão, com o objetivo de levar os alunos
para além dos muros da escola.
Projetos de extensão podem fazer parte do compromisso de
instituições, cursos ou profissionais que atuem em Ciências Ambientais.
E claro, todos os cidadãos podem desenvolver projetos extensionistas
caso sejam apreciados pela sociedade em que se enquadra. Por
exemplo, os gestores e funcionários de uma Unidade de Conservação
podem adentrar o ambiente escolar nas proximidades da UC para
trabalhar as questões ambientais que são enfrentadas na área
protegida.
Experiências em EA na
graduação
Neste vídeo, o professor Arthur Rodrigues Lourenço irá contar um pouco
da sua atuação em projetos de educação ambiental ao longo do período
de graduação. Veremos como a EA pode estar presente em diferentes
contextos, como em universidades, centros de pesquisa, trabalhos
voluntários, unidades de conservação e no dia a dia.
Por quê? Para quem? Com o
quê? Passos para a
construção de um projeto de
EA
A primeira aproximação será a sugestão das possibilidades e
prioridades do projeto em determinado contexto. Pode ser feita a

análise do contexto social interagindo com uma problemática ambiental
específica (“Por que realizar o projeto?”). É nesse momento que o
educador pode incorporar os grupos sociais envolvidos, buscando a
construção coletiva do projeto. Isso ajudará no reconhecimento das
demandas da comunidade e possibilitará compreender qual dessas
deve ser priorizada no desenvolvimento do projeto.
Existem vários métodos para o reconhecimento das demandas
trabalháveis em EA. Pode ser realizada a pesquisa bibliográfica, que irá
considerar, além da fundamentação teórica dos livros e artigos
científicos, as reportagens de jornais e os trabalhos técnicos, como
relatórios de órgãos ambientais, empresas e organizações não
governamentais. Outra forma de reconhecer as demandas é por meio da
observação do educador. Para isso, é possível utilizar protocolos e
modelos (Quadro 1) com os dados importantes.
Quadro 1. Modelo de caderno de campo preenchido com dados fictícios.
Em seguida, deve-se realizar o contato com os órgãos educacionais
possivelmente interessados no projeto. É importante respeitar
hierarquias e fazer boas articulações, obedecendo o planejamentos e as
normas institucionais. No caso das escolas, pode-se verificar, por meio
do Projeto Político Pedagógico (PPP), se já existe especificada alguma
demanda de educação ambiental.
A partir da definição dos objetivos, da equipe técnica e do público-alvo
(para quem será realizado o projeto?), pode-se iniciar a construção de
uma ação educativa. Então, elabora-se um plano de trabalho ou plano de
ação (com o que será realizado o projeto?), que poderá ter diferentes
abordagens: oficinas, cursos, visitas orientadas, pesquisas interativas,
questionários (Quadro 2), entrevistas, entre outros, sempre valorizando o
contexto, a cultura, os saberes e os valores locais.
Quadro 2. Exemplo de questionário tratando o problema dos resíduos sólidos em uma
comunidade.
Após um planejamento, é iniciada a execução da ação de educação
ambiental. Recomenda-se que o processo de execução também seja
participativo, em conformidade com as atividades planejadas e com o
cronograma de execução.
Passos para a construção de um projeto de Educação Ambiental em Unidades de Conservação.
Atenção
É importante monitorar continuamente as atividades executadas,
considerando as possibilidades de ajustes, se necessário. Esse
monitoramento deve ser realizado durante o processo de
implementação e execução do projeto; ao fim, considerando os
resultados, buscando avaliar as mudanças obtidas após as ações de
educação ambiental; e posteriormente à conclusão do projeto,
buscando qualificar e quantificar as alterações na comunidade em que o
projeto foi desenvolvido.
Comunicação e divulgação
A comunicação dos resultados obtidos com a realização do projeto irá
fortalecer a ação de educação ambiental. Essa comunicação deve
sempre levar em consideração a inclusão, a cooperação e a
longevidade; além de pensar no que deve ser comunicado, para quem
quer comunicar e a melhor forma de comunicar os dados obtidos, entre
outros aspectos que podem nortear a estratégia de comunicação.
Pode ser interessante incluir esse tópico ainda na etapa de elaboração
do projeto, tornando-o parte do plano de trabalho, dessa forma, a
comunicação e a divulgação pode ser pensada desde o início do projeto.
Essa comunicação pode ser feita:
Internamente, por exemplo, na comunidade, escola ou empresa
em que a ação foi executada.
Externamente, em reportagens de jornais, redes sociais, sites
especializados, revistas e eventos acadêmicos.
Podcast
Neste podcast, discutiremos como um projetode educação ambiental
pode articular com o setor privado, mostrando como leis e normas
ambientais podem estimular o desenvolvimento de projeto de EA e o
que é preciso levar em consideração na hora de apresentar um projeto
para empresas.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A partir do que foi visto no conteúdo, assinale a alternativa que
apresenta a maneira mais coerente de se iniciar um projeto de
educação ambiental.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Uma das estratégias mais coerentes no momento de elaboração de
um projeto de EA é analisar as problemáticas ambientais presentes
na área de atuação. Desse modo, pode-se elaborar um projeto que
atenda diretamente à comunidade e que leve em consideração as
questões sociais e culturais da região. Nesse sentido, utilizar temas
A
Pesquisar na internet temas globais e de ampla
abrangência.
B
Utilizar leis e programas governamentais para
propor um projeto.
C
Analisar as problemáticas ambientais presentes na
área em que se deseja atuar.
D Definir qual o modelo será utilizado na ação de EA.
E
Monitorar atividades anteriormente realizadas para
dar continuidade a projetos já implementados.
globais e de ampla abrangência como são os colocados em leis e
sites de internet não é a melhor forma de se iniciar um projeto. A
definição do modelo de projeto deve acontecer após a noção da
problemática que deverá ser trabalhada, entre outros fatores. O
monitoramento se faz necessário após o projeto implantado,
buscando o aprimoramento da técnica empregada.
Questão 2
Entre os objetivos disponíveis, escolha o que melhor caracteriza um
projeto de caráter empreendedor.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Um projeto de caráter empreendedor é aquele que busca promover
determinado produto ou serviço que tenha em sua concepção os
princípios do desenvolvimento sustentável. As demais alternativas
tratam de projetos extensionistas que não estejam diretamente
ligados a fins comerciais.
A
O objetivo é tratar de questões socioambientais no
ambiente escolar em parceria com UC.
B
O objetivo é coibir a caça de animais silvestres por
meio de folhetos informativos distribuídos na
comunidade rural.
C
O objetivo é treinar a população tradicional para a
prática de ecoturismo.
D
O objetivo é comercializar produtos produzidos nos
moldes da sustentabilidade.
E
O objetivo é conscientizar os banhistas sobre os
resíduos com a colaboração de alunos do ensino
médio.
Considerações �nais
A prática de educação ambiental mostra-se como uma importante
ferramenta para os profissionais que desejam atuar em ações
preservacionistas. Neste conteúdo, foram apresentadas diferentes
maneiras de se trabalhar a educação ambiental e demonstramos
também como a educação ambiental pode estar presente em diversos
grupos sociais e locais.
Destacamos ainda os princípios norteadores para elaboração de um
projeto de educação ambiental. Por fim, proporcionamos o aprendizado
de diferentes formas de atingir um modo de vida sustentável, por meio
da atuação de educadores ambientais.
Explore +
Para saber mais sobre a problemática da criação de serpentes
como animais de estimação, acesse o site da World Animal
Protection (Proteção Animal Mundial) e leia a matéria “Descubra
por que a jiboia não é um animal de estimação”.
Você encontra mais informações sobre a elaboração de avaliação
de um projeto de educação ambiental em UCs na seguinte
publicação do ICMBio: Educação ambiental em Unidades de
Conservação: ações voltadas para comunidades escolares no
contexto da gestão pública da biodiversidade.
Para conhecer projetos socioambientais realizados por entidades
não governamentais, acesse a página do Projeto UÇÁ, entre na
seção Publicações e analise os resultados dessa iniciativa.
Referências
BRANQUINHO, F. B.; FERREIRA, M. do C.; REIS, M. A. de S. Ciências
naturais na educação 2. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010. 290p.,
v. 1.
BRASIL. Portaria nº 169 de 23 de maio de 2012. Institui, no âmbito da
Política Nacional de Educação Ambiental, o Programa de Educação
Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), e dá outras providências.
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 100, p. 56, 24 maio 2012.
CAJAÍBA, R. L.; SILVA, W. B da; PIOVESAN, P. R. R. Animais silvestres
utilizados como recurso alimentar em assentamentos rurais no
município de Uruará, Pará, Brasil. Desenvolvimento e Meio Ambiente. v.
34, p. 157-168, ago. 2015.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
Coordenação de Geografia. Classificação e caracterização dos espaços
rurais e urbanos do Brasil: uma primeira aproximação. Rio de Janeiro:
IBGE, 2017. 84p. (Estudos e pesquisas. Informação geográfica, n. 11).
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.
Educação ambiental em Unidades de Conservação: ações voltadas para
comunidades escolares no contexto da gestão pública da
biodiversidade. Brasília: ICMBIO, 2016.
LAUTON, D. C. R.; NUNES, V. de J.; LIMA, D. P. de. Informação ou
resíduo? Panfletagem no Município de Feira de Santana, Bahia, Brasil.
Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 7, n. 16, p.
501-523, 2020.
LUCCA, E. J.; BRUM, A. L. Educação ambiental: como implantá-la no
meio rural? Revista de Administração IMED, v. 3, n. 1, p. 33-42, jan. 2013.
MEDEIROS, A. B. de et al. A importância da educação ambiental na
escola nas séries iniciais. Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 1, p.
1-17, set. 2011.
METZGER, J. P. O que é ecologia de paisagens? Biota Neotropica, v. 1, n.
1, 2001.
VIEIRA T. F. et al. (orgs.). Educação ambiental em comunidades
tradicionais. Mossoró: EDUERN, 2017.
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