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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA 
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES 
CURSO DE JORNALISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jornal Segmentado 
Jornais Especializados para Profissionais do Rádio 
 
 
Guilherme de Freitas Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos 
2006 
 
JORNAL SEGMENTADO 
JORNAIS ESPECIALIZADOS PARA PROFISSIONAIS DO RÁDIO 
 
 
 
 
 
Guilherme de Freitas Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Profª. MSc. Vânia Braz de Oliveira 
 
 
 
São José dos Campos 
2006
Monografia apresentada como 
exigência da Faculdade de 
Comunicação e Artes, para o Curso 
de Jornalismo da Universidade do 
Vale do Paraíba – UNIVAP. 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... - 1 - 
CAPÍTULO 1 – O JORNAL ..................................................................................... - 2 - 
1.1 História do Jornal no Brasil .................................................................................. - 2 - 
1.2 Tipos de Jornal ...................................................................................................... - 7 - 
1.3 Jornal Segmentado no Brasil ................................................................................. - 9 - 
1.3.1 Jornal Segmentado On-line .............................................................................. - 11 - 
CAPÍTULO 2 – O RÁDIO ...................................................................................... - 12 - 
2.1 História do Rádio ................................................................................................. - 12 - 
2.2 O Rádio Hoje ...................................................................................................... - 13 - 
CAPÍTULO 3 – PRODUÇÃO GRÁFICA ............................................................. - 17 - 
3.1 Como produzir um jornal .................................................................................... - 17 - 
3.2 Publicação segmentada ....................................................................................... - 19 - 
3.2.1 Tipos de publicação.......................................................................................... - 20 - 
3.3.2 Radio World ..................................................................................................... - 20 - 
3.3 Editorias .............................................................................................................. - 21 - 
3.3.1 Guia sobre Produtos ......................................................................................... - 21 - 
3.3.2 Serviço de Valor Adicionado ........................................................................... - 22 - 
3.3.3 Manutenção e Tecnologia ................................................................................ - 22 - 
3.3.4 Publicidade ....................................................................................................... - 22 - 
3.3.5 Eventos ............................................................................................................. - 23 - 
3.3.6 Personalidades .................................................................................................. - 23 - 
3.3.7 Avanços Tecnológicos ..................................................................................... - 23 - 
3.3.8 Curiosidades .................................................................................................... - 24 - 
3.3.9 Play List ........................................................................................................... - 24 - 
3.4 Linguagem........................................................................................................... - 24 - 
3.5 Gráfica .................................................................................................................. - 25 - 
CAPÍTULO 4 – JORNAL SEGMENTADO PARA RADIODIFUSÃO .. ........... - 29 - 
4.1 Características do Jornal ..................................................................................... - 29 - 
4.2 Página 1 ............................................................................................................... - 30 - 
4.3 Página 2 ............................................................................................................... - 31 - 
4.4 Página 3 ............................................................................................................... - 32 - 
4.5 Página 4 ............................................................................................................... - 33 - 
4.6 Página 5 ............................................................................................................... - 34 - 
4.7 Página 6 ............................................................................................................... - 35 - 
4.8 Página 7 ............................................................................................................... - 36 - 
4.9 Página 8 ............................................................................................................... - 37 - 
4.10 Página 9 ............................................................................................................. - 38 - 
4.11 Página 10 ........................................................................................................... - 39 - 
4.12 Página 11 ........................................................................................................... - 40 - 
4.13 Página 12 ........................................................................................................... - 41 - 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. - 42 - 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... - 43 - 
 - 1 -
INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como tema, Jornal Segmentado: Jornais Especializados para 
Profissionais do Rádio e seu objetivo é fornecer informações teórico-práticas sobre o 
jornal segmentado, de modo a permitir a ampliação de conhecimentos, habilidades e 
atitudes capacitadores para a diagramação de um jornal direcionado a profissionais do 
Rádio. Assim, aprimoram-se competências de literatura, leitura, análise, investigação, 
comparação, caracterização, metodologia científica, entre outras. 
Parte-se do seguinte questionamento: O estudante de jornalismo está preparado em 
termos teórico-práticos para fazer a diagramação de um jornal segmentado, 
considerando todas as especificidades relativas a um jornal direcionado a profissionais 
do Rádio, buscando suprir a deficiência do mercado editorial para esse público e 
explorando um nicho de mercado promissor? 
Justifica-se o tema já que hoje, com a grande diversidade de públicos na mídia, 
faz-se necessário trabalhar de forma segmentada, isto é, criar veículos de comunicação 
que atendam determinados públicos, definidos a partir de necessidades específicas: 
comércio, agricultura, radiodifusão, entre outros. Especificamente, considerando o 
público da radiodifusão, um segmento importante no Brasil, há a necessidade de jornais 
técnicos para informar, orientar, esclarecer pessoas com poder de decisão sobre compra 
de produtos e serviços. 
A metodologia de trabalho inclui pesquisa bibliográfica, investigação na Internet 
e jornais segmentados existentes e, no final do trabalho, apresenta-se a diagramação de 
um jornal segmentado para a radiodifusão. 
A organização se dá em quatro capítulos: Capítulo I – O Jornal (Histórico do 
Jornal no Brasil, Tipos de Jornal e Jornal segmentado no Brasil); Capítulo II – A 
História do Rádio; Capítulo III – Produção Gráfica (Como produzir um jornal, editorias, 
linguagem, produção gráfica); CapDiagramação de um jornal para o segmento da 
radiodifusão (títulos, imagens, colunas, seções, classificados, entre outros).A pesquisa é uma iniciativa que visa ir ao encontro das exigências para 
capacitação em pesquisa científica, resolução de problemas, interação com o meio e 
busca de autonomia para o mundo da profissão, da interação e da transformação. 
 - 2 -
CAPÍTULO 1 – O JORNAL 
 
1.1 História do Jornal no Brasil 
 
"Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a 
liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir 
informações e idéias por quaisquer meios e independente de fronteiras." (Art. XIX da 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948). 
No Brasil, segundo Lustosa (2004), a Imprensa surgiu no ano de 1808, quando 
circulou o "Correio Braziliense", editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira 
Furtado de Mendonça. O jornal "Gazeta do Rio de Janeiro", primeiro a ser editado no 
Brasil, também passou a circular em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil. 
Na mesma época, D. João VI criou um jornal oficial da Corte. Após passar por 
várias direções e denominações, sempre com caráter oficial, a “Gazeta do Rio de 
Janeiro” tornou-se, em 1º de janeiro de 1892, o “Diário Oficial”, existente até hoje. 
Segue reflexão sobre o papel social do jornal: 
 
O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil a seus membros. Cada 
um deve servi-la com suas melhores forças físicas e morais, mas aqueles que 
espalham as luzes são os membros mais distintos da sociedade porque tiram 
das trevas ou da ilusão aqueles que a ignorância precipitou no labirinto da 
apatia, da inépcia e do engano. Ninguém é mais útil do que aquele que sabe 
evidenciar os acontecimentos do presente e desenvolver as sombras do 
futuro. (CORREIO BRAZILIENSE, 1808, vol. 1 p. 2.) 
 
Lustosa, complementando, coloca que em 1808, ainda eram proibidas a 
impressão e a circulação de qualquer tipo de jornal ou livro no Brasil. O "Correio 
Braziliense" chegava no país, clandestinamente, nos porões dos navios negreiros e 
comerciais. A Coroa Portuguesa temia a propagação de ideais de liberdade, igualdade e 
fraternidade, com os quais Hipólito mantinha uma certa identidade. 
O "Correio Braziliense" e a “Gazeta do Rio de Janeiro” tinham posições 
ideológicas antagônicas. O primeiro pregava a libertação do Brasil dos domínios de 
Portugal; enquanto o segundo, funcionava como um diário oficial da Corte. 
 - 3 -
Quando nasceu, a Imprensa brasileira já era cerceada, fato marcado em vários 
períodos históricos, culminando com a Lei da Mordaça (a ser abordada mais 
profundamente no final deste subtítulo). 
Entre os anos de 1821-1822, vários periódicos surgiram no Rio de Janeiro, dos 
quais um dos mais importantes foi o “Diário do Rio de Janeiro”, apresentando algumas 
características de um jornal moderno, com anúncios e noticias sobre furtos, assassínios, 
espetáculos, compra, venda, achados, aluguéis, entre outros. 
Em 1827, surgiram o “Aurora Fluminense”, o “Jornal do Comércio”, que circula 
até hoje, e o Farol Paulistano, primeiro jornal impresso em São Paulo. 
Lustosa (2004) coloca a questão do alcance do jornal em termos de relevância 
social, política e econômica, na época da Proclamação da Independência. 
 
[...] depois à convocação de nossa primeira Assembléia Constituinte, em 
junho de 1822 e, depois, à proclamação da Independência, em setembro do 
mesmo ano, eram muito pouco numerosos. Os jornais eram vendidos a partir 
de subscrição, sua tiragem ficando em torno de 200 exemplares, chegando, 
os muitíssimos bem-sucedidos, no máximo, a 500 exemplares. Muitos 
jornais eram lidos nas tabernas e nas praças. Mesmo assim o público do 
jornal não era certamente essa população de excluídos que os próprios 
jornalistas preferiam não ver envolvida na luta que travavam pelos interesses 
do Brasil. (LUSTOSA, 2004, p. 14) 
 
Segundo Toledo (2006), nos anos de 1820, os jornais defendiam suas causas, 
seus interesses ou as personalidades que lhes davam sustentação. A imprensa da época 
da independência foi radical e caótica, tendo vida curta, tais como, “O Tamoio”, 
“Revérbero Constitucional Fluminense”, “A Malagueta”. Porém, nem por isso foi 
diminuída a luta por direitos. 
A vida dos jornalistas e seus jornais era o desejo de mostrar a realidade: 
“[...] a imprensa apenas acompanha a história política do País, caracterizada pela 
alternância entre períodos de ditadura e de democracia, de censura, direta ou indireta, e 
de liberdade de expressão.” (TOLEDO, 2006, p.1). 
No ano de 1891, no Brasil republicano, iniciou-se um período de perturbações 
políticas, tendo de um lado, os republicanos, do outro, os resistentes monarquistas, e, no 
Rio de Janeiro, neste contexto, surge o “Jornal do Brasil”, pois era necessário um novo 
diário que veiculasse críticas ao governo. 
 - 4 -
O “Jornal do Brasil”, trazia inovações importantes, ou seja, grande número de 
correspondentes estrangeiros e o sistema de distribuição em carroças. O “Jornal do 
Brasil” tem inovado sempre e seu parque gráfico, hoje, é o maior da Imprensa brasileira. 
Segundo Weguelin (2006), o Rio de Janeiro, como Capital da República, foi 
palco da criação de muitos jornais, entre eles: O Baluarte, A Batalha, Boa Noite, O 
Brasil, O Carbonário, Cidade do Rio, O Combate, A Crítica, Correio da Manha, Correio 
da Noite, Correio da Tarde, Correio do Povo, O Democrata, O Dia, O Diário, Diário 
Carioca, Diário da Noite, Diário de Notícias I e II, Diário do Commércio, Diário do 
Povo, Diário do Rio, A Esquerda, Folha Carioca, Folha da Tarde, Folha do Dia, Gazeta 
da Tarde, Gazeta de Notícias, O Globo, O Imparcial, A Imprensa, O Imprensa Popular, 
O Jornal, Jornal do Brasil, Jornal do Commércio, Jornal dos Sports, Luta Democrática, 
A Manhã, A Marcha, A Nação I e II, A Noite, A Notícia, Novidades, O Paiz, O Pátria, 
A Radical, A Razão, A República, República Brasileira, Rio Jornal, Resistência, A Rua, 
Rua do Ouvidor, O Século, O Tempo, A Tribuna, Tribuna da Imprensa e o Última Hora. 
Considerando os primeiros anos do Século XX, segundo Negreiros (1979): 
Início do século - Poucos jornais foram tão importantes no Brasil quanto o 
carioca “Correio da Manhã”. O jornal era um bastião da liberdade, da luta contra a 
mentira e a corrupção. O "Correio da Manhã" enquanto existiu foi o maior jornal do Rio 
de Janeiro. O País inteiro lia. Depois, começou a decair a partir da época de Juscelino. 
De qualquer maneira foi o grande líder, em primeiro lugar. Era um jornal notável. O 
Correio da Manhã deixou de circular em 1974, mas pode-se datar sua morte de alguns 
anos antes: à noite de 13 de dezembro de 1968, quando, mal terminara a comunicação 
do AI-5 ao País pela televisão, agentes do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) 
atravessaram a rua e invadiram a sede do jornal. 
Anos 20 - Como tentativa de sufocar a onda de inconformismo, surge a primeira 
lei de imprensa no Brasil, projeto original do senador paulista Adolfo Gordo. Mais 
conhecida como "lei infame", invocava o lema da liberdade com responsabilidade para 
encobrir um dos seus propósitos, isto é, acabar com a chamada imprensa proletária 
mantida pelos trabalhadores. A lei se destinava a reprimir o movimento operário. Não 
atingia, ou pelo menos não pretendia, a imprensa não-operária, atingia sim, a imprensa 
liberal. 
 - 5 -
Anos 20 - Havia os jornais que viviam dos subsídios oficiais, subsídios do 
governo federal, por exemplo. O modelo desses jornais era "O País", “A Gazeta de 
Notícias", "A Notícia" do Rio de Janeiro. Em São Paulo, o "Correio Paulistano" era 
órgão do PRP (Partido Republicano Paulista); em Minas Gerais, não havia jornais, havia 
um "diário oficial", que se chamava "O Minas Gerais", onde os poetas e escritores 
mineiros publicavam suas notas. "O Estado de São Paulo" e o "Correio da Manhã" são 
fechados e as redações assistem, pela primeira vez, a um fato que se repetiria com 
alguma constância a partir de então: a chegada do censor. 
Anos 20 - O"Jornal do Brasil" não tinha nenhuma expressão. Inclusive, é um 
fato curioso este, porque o "Jornal do Brasil" só era lido por causa dos pequenos 
anúncios. Não tinha nenhuma expressão e não se sabia qual era a orientação desse 
jornal, se era contra ou a favor, mas parecia ser muito a favor; agora, o "Jornal do 
Brasil" era independente, ele vivia dos seus anúncios. 
Anos 30 - "O Jornal", de Assis Chateaubriand, era um grande jornal, era um 
jornal de qualidade internacional, era um jornal do mais alto nível. 
Anos 40 - “O País" era uma obra-prima de jornal erudito. Não era muito 
jornalístico, era mais um jornal semiliterário; publicava longos artigos, coisas muito 
leves, era muito bem escrito. Hoje em dia seria um jornal inconcebivelmente atrasado, 
mas, naquela época publicava artigos notáveis, nacionais e estrangeiros, mas quase 
ninguém lia. Tinha três mil exemplares de circulação. 
Anos 50 - “A Tribuna da Imprensa” era a mais violenta nos ataques a Getúlio 
Vargas e Juscelino Kubitschek. Carlos Lacerda, seu proprietário, se via na posição de 
líder de uma cruzada pela regeneração dos costumes da República e se articulava com 
grupos de militares golpistas. Em 2001, a sede do jornal chegou a ter a sua falência 
decretada e seu acesso lacrado, em razão do não pagamento de uma indenização por 
danos morais decorrente de uma ação impetrada contra o jornal. 
Anos 60 - A imprensa dita alternativa surgiu durante o período da ditadura 
militar. Foram exemplos, jornais como “Movimento”, “Opinião” (vinculados a frentes 
políticas ou partidos) e “Pasquim” (satírico), com uma equipe espetacular: Paulo 
Francis, Tarso de Castro, Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil, Ivan Lessa, Ferreira 
Gullar, Sergio Cabral, Flávio Rangel e muitos outros. 
 - 6 -
No período pós-ditadura até o atual, os jornais foram tornando-se mais 
elaborados, com o uso da tecnologia, da liberdade de Imprensa e tornaram-se mais 
presentes no dia-a-dia do brasileiro, com novas formas e tipos. Muitos jornais foram à 
falência, outros renasceram, muitos foram criados. 
Retomando o assunto sobre a Lei da Mordaça, segundo Farias (2000), encontra-
se em tramitação no Congresso Nacional, aprovado na Câmara dos Deputados e 
aguardando pronunciamento do Senado Federal, um projeto de lei com a finalidade de 
estabelecer sanções àqueles encarregados de investigação, inquérito e processo por 
divulgação de informação produzida no âmbito de suas respectivas funções. O projeto 
traz no seu artigo 1º a alteração dos arts. 3º, 4º, 7º e 11 da Lei 4.898, de 9 de dezembro 
de 1965, a chamada lei do abuso de autoridade. 
Farias coloca que não poderia haver nome mais bem dado a essa lei: Lei da 
Mordaça. Porque ela não pretende proteger a honra e a intimidade de ninguém. Na 
verdade o que ela visa é impedir o acesso da população à informação. 
Essa lei pretende, dentre outras coisas, impor sanções por: 
 
Revelar o magistrado, o membro do Ministério Público, o membro do 
Tribunal de Contas, a autoridade policial ou a autoridade administrativa, ou 
permitir, indevidamente, que cheguem ao conhecimento de terceiro ou aos 
meios de comunicação fatos ou informações de que tenha ciência em razão 
do cargo e que violem o sigilo legal, a intimidade, a vida privada, a imagem 
e a honra das pessoas. (Art. 4º do PROJETO DE LEI Nº 65, 1999). 
 
Ainda sobre a questão da liberdade de Imprensa, Mattos (2005), afirma que a 
Constituição Brasileira de l988 garante, em seu artigo 220, que a manifestação do 
pensamento não sofrerá nenhuma restrição e, nos parágrafos 1º e 2º, veda totalmente a 
censura, impedindo até mesmo a existência de qualquer dispositivo legal que "possa 
constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística, em qualquer veículo 
de comunicação social". 
Apesar dessa garantia, a Imprensa Brasileira tendo como base a Lei 5.250 de 9 
de fevereiro de 1967, e embora já não exista a censura prévia, a atual Lei de Imprensa 
estabelece limites, que, de uma maneira velada, impede uma liberdade total de 
expressão, um fato até certo ponto compreensível, diante de problemas éticos. 
 - 7 -
Mattos (2005) ainda coloca que a liberdade de Imprensa é imprescindível, não só 
para os jornalistas, como também para todas as camadas da população. Historicamente, 
entretanto, essa liberdade, pelo menos no Brasil, sempre esteve sob a ameaça da 
censura, seja ela econômica, política ou policial. 
Pelas informações sobre a Imprensa Brasileira, pode-se perceber muita pressão e 
censura em vários períodos: o Império, os primeiros generais da República, a Era 
Vargas com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e os absurdos da ditadura 
militar. Mas sempre houve jornalistas que lutaram pela liberdade de Imprensa. 
Considera-se que a Imprensa Brasileira atual tem bastante liberdade e tem uma 
qualidade importante, isto é, a agilidade com que persegue a notícia. Porém, há uma 
certa dificuldade em cobrir e perseguir as questões em profundidade. 
A dificuldade em abordar temas em profundidade tem a ver com uma paginação 
onde grandes espaços são reservados às fotos, e os textos são curtos. Em certas 
redações, talvez a maioria, até se impõem limites de tamanho. Não se podem escrever 
artigos, ou reportagens acima de determinado número de linhas. Multiplicam-se, nos 
jornais, as colunas de notas. Mesmo os jornais mais sérios lembram os tablóides, com 
suas grandes fotos e textos curtos, e sua preferência por manchetes em tipos grandes e 
de conteúdo emocional. 
A imprensa tem seu lado bom naquilo que representa a denúncia das mazelas e a 
exigência de ética no comportamento dos poderes públicos e privados, mas parece estar 
mais voltada para as pessoas do que para os fatos, mais para as formas do que para os 
conteúdos, e há uma forma de concorrência entre os diversos órgãos de imprensa em 
torno de quem descobre mais erros do governo, quem desmascara mais corruptos e 
noticia mais escândalos. 
 
1.2 Tipos de Jornal 
 
Conforme Araújo (2001), os primeiros "jornais" interessavam somente a quem 
comercializava, traziam informações sobre preços de mercadorias, abastecimento, pólos 
de produção, entre outros. A imprensa surgiu portanto como uma necessidade de 
suporte ao capitalismo e não deixou de sê-lo até hoje. 
 - 8 -
Segue alguns tipos de jornais brasileiros e suas particularidades. 
Jornal de caráter oficial – é exemplo o “Diário Oficial”, que recebeu esse nome 
em 1892, mas já existia desde 1808 com o nome de “Gazeta do Rio de Janeiro”. Ao 
lado dos jornais oficiais, existiram os jornais subsidiados pelo Governo, como “O País”. 
Jornal de crítica ao Governo – O “Correio Braziliense”, em 1808, mesmo 
clandestino, já criticava os atos do governo português. A Tribuna da Imprensa era um 
jornal feroz contra o Governo republicano. 
Jornal de informações – O “Diário do Rio de Janeiro”, fundado em 1822, com 
algumas características do jornal moderno de informações, publicava anúncios e 
noticias sobre assassínios, espetáculos, compra, venda, achados, aluguéis. Distanciava-
se tanto da política que não noticiou nem a proclamação da independência. Hoje, muitos 
jornais são completos, ou seja, possuem vários cadernos, com assuntos distintos. 
Jornal Cultural – Publicações literárias e acadêmicas. A “Aurora Fluminense” e 
O “Farol Paulistano” são exemplos. Foi muito comum na época do império. 
Jornal Esportivo – O jornal esportivo “Lance!” firma-se como o maior do gênero 
no País. O diário deve atingir a circulação média de 130 mil exemplares, que o 
posiciona como o maior diário de esportes da América Latina. 
Jornal Satírico – “O Pasquim”, um jornal alternativo, marcou época, em plena 
ditadura, e foi um instrumento de combate à censura utilizando muito humor. 
Jornal Partidário – O “Jornal do PT” é um exemplo clássico de jornal partidário. 
Na época da Ditadura existiram o “Movimento” e o “Opinião”, jornais alternativos. 
JornalSegmentado – Direcionado a uma clientela específica. São exemplos: 
“Jornal do Senado”, “Jornal da Economia”, “Jornal do Imóvel”, “Jornal do Comércio”, 
“Caminhoneiro”, “Radio News”. 
Jornal Sensacionalista – “Notícias Populares”. Trabalha as imagens e assuntos 
em chamativas manchetes. 
Jornal on-line – O jornal via Internet já é uma realidade nacional e apresenta 
vantagens tais como: notícias e imagens em tempo real, acesso grátis, todos os tipos de 
assuntos, notícias atualizadas, em todos os jornais. A versão on-line é parte do jornal 
impresso. Na prática, ainda há a exclusão digital de milhões de brasileiros, que não 
possuem microcomputador. Existem iniciativas de locais públicos de acesso à Internet. 
 - 9 -
A digitalização da informação, o desaparecimento do meio físico e os recursos de 
multimídia da plataforma Web fazem com que o produto deixe de ser um jornal, 
tradicionalmente falando, para se tornar um meio de veiculação de notícias muito mais 
sofisticado. 
 
1.3 Jornal Segmentado no Brasil 
 
Oliveira (2006) fala em circulação dirigida ao comentar que as exigências do 
mundo moderno, em que a disponibilidade de tempo é cada vez menor, principalmente 
para a leitura, aliado ao custo elevado da comunicação publicitária, fortaleceram os 
veículos de circulação dirigida. O mercado jornalístico está segmentado. Hoje, em uma 
campanha de propaganda, o anunciante quer saber precisamente a quem está se 
dirigindo, conhecer bem o perfil do leitor-consumidor. Essa necessidade de marketing 
beneficia as publicações destinadas a segmentos específicos. 
O “Jornal do Comércio” é o jornal segmentado mais antigo do Brasil, fundado 
em 1827, no Rio de Janeiro, 1904, em Manaus, e 1933, em Porto Alegre. Hoje, com 
notícias de economia, negócios e política traz, além do noticiário, análises do cenário 
econômico e político e uma seção de indicadores financeiros. 
O conteúdo atende a industriais, empresários e administradores de todos os 
setores e seu diferencial está na abordagem regional dos assuntos econômicos e 
políticos, favorecendo não somente um público específico, mas também aquele 
interessado nos negócios da região. 
Segundo a Associação de Publicações – ANATEC (2006), hoje, existem dezenas 
de jornais segmentados, para os mais variados públicos, tais como: 3ª Idade; 
Administração, Administração Pública e Negócios; Adolescentes, Infanto-juvenis; 
Agricultura, Agronomia, Agropecuária e Agronegócio; Alimentos, Bebidas e Hortifruti; 
Animais, Criadores, Pet Shop, Veterinária e Afins; Arquitetura, Decoração e 
Jardinagem; Artesanato e Afins; Associações, Clubes,Cooperativas, Organizações 
Comunitárias e Sindicatos; Astrologia, Horóscopo e Esotéricos; Áudio Visual, Cinema, 
Rádio, Shows, Teatro e TV; Automação, Automação Residencial e Comercial; 
Automotivos, Automobilismo, Motociclismo e Afins; Beleza, Estética, Fitness e 
 - 10 -
Negócios; Comunicação; Condomínio, Gerenciamento Predial e Patrimonial; 
Construção, Engenharia e Serralheria; Contabilidade, Gestão Empresarial e Pessoal; 
Cosmética e Afins; Costura e Trabalhos Manuais; Culinária e Gastronomia; Cultura, 
Ciência, Educação e Lingüística; Cursos e Eventos; Design, Embalagem e Gráfica; 
Drogarias, Farmácias, Indústrias Farmacêuticas, Laboratórios e Afins; Economia, 
Negócios e Finanças; Eletricidade, Eletrônico e Mecatrônica; Entretenimento; Esporte. 
A ANATEC (2006) fornece alguns exemplos de publicações: 
1 - Jornal: O Interior – Editora: Cooperativa de trabalhos Técnicos e Serviços 
Especializados Ltda. (COOTRAEL) – Periodicidade: mensal – Linha editorial: 
cooperativismo – Perfil do leitor: cooperados urbanos e rurais – Tiragem: 10.000 
exemplares – Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: tablóide – 
Data de circulação: 2ª quinzena do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – 
Homepage: www.cootrael.com.br – E. Mail: cootrael@terra.com.br. 
2 – Jornal: WCF Fundo de Assistência à Criança – Editora: Meio Format 
Editoração Eletrônica – Periodicidade: bimestral – Perfil do leitor: doadores, voluntários 
e empresas em geral – Tiragem: 50.000 exemplares – Circulação: dirigida + assinaturas 
– Formato da publicação: A3 – Tipo de impressão: Off-Set – Não aceita encartes – 
Homepage: www.wcf.org.br – E. Mail: meio.format@voc.com.br. 
3 - Jornal: Jornal Oficina Brasil – Editora: Germinal Editora e Marketing Ltda. – 
Periodicidade: mensal – Linha editorial: técnico-informativo – Perfil do leitor: 
profissionais, empresários da preparação automotivo e reposição de auto peças – 
Tiragem: 90.000 exemplares – Circulação: dirigida – Auditoria de circulação e tiragem: 
IVC - Instituto Verificador de Circulação – Formato da publicação: tablóide – Data de 
circulação: 2ª quinzena do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – 
Homepage: www.oficinabrasil.com.br – E. Mail: oficinabrasil@oficinabrasil.com.br. 
4 - Jornal: Jornal do Engenheiro – Editora: Sindicato dos Engenheiros no Estado 
de São Paulo – Periodicidade: quinzenal – Linha editorial: temas de interesse da 
categoria dos Engenheiros – Perfil do leitor: Engenheiros – Tiragem: 20.000 exemplares 
– Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: tablóide – Data de 
circulação: 1º e 15º dia do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – 
Homepage: www.seesp.org.br – E. Mail: sindical@seesp.org.br. 
 - 11 -
5 - Jornal: Jornal O Serigráfico – Editora: Image Informática e Editorial Ltda. -
ME. – Periodicidade: mensal – Linha editorial: informações atualizadas do mercado de 
serigrafia e comunicação visual, novos produtos, dicas, formas de trabalho, entre outros 
– Perfil do leitor: empresários, produtores de máquinas e equipamentos, agências de 
publicidade, serígrafos, signmakers, designers – Tiragem: 18.000 exemplares – 
Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: tablóide – Data de 
circulação: 15º dia do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – Homepage: 
www.oserigráfico.com. – E. Mail: sousa@.oserigraficocom. 
Segundo Dicionário Publicitário (2006), Encarte é qualquer material impresso 
inserido em um veículo de mídia impressa. Os encartes incluem folhetos, cartões de 
pedido e demais materiais que acrescentam custos extras à veiculação, pois, além do 
espaço a ser pago à publicação, incluem ainda o custo de impressão do próprio encarte. 
A resposta obtida através do uso do encarte costuma ser maior do que a obtida por um 
anúncio com cupom. É uma peça publicitária gráfica encartada em jornal e revista, no 
formato do veículo ou não. Serve para dar visibilidade à mensagem, ser destacada pelo 
consumidor ou para atingir segmentos geográficos e de mercado. 
Conforme Wikipedia (2006), um tablóide é um jornal (comum no Reino Unido) 
que o usa o formato de 29 x 37cm. Na verdade, o tablóide é um jornal de formato 
pequeno, geralmente metade do jornal tradicional. 
 
1.3.1 Jornal Segmentado On-line 
 
Para Ercilia (2000), um tipo de jornal na Internet é o Jornal Segmentado, ou seja, 
aquele que dirige seus conteúdos a grupos de interesse específico. Tais interesses podem 
ser temáticos, científicos ou assumir aparência de house-organs (publicações 
organizacionais, provenientes de instituições, dirigidas a seu público alvo). A facilidade 
de distribuição favoreceu o surgimento dos jornais segmentados na rede. 
No próximo capítulo, o assunto jornal segmentado será tratado com mais 
profundidade, em que serão analisados alguns jornais específicos para profissionais 
envolvidos com a radiodifusão (Radio News, Sintonia Total, Tela Viva), considerando 
diagramação, competência comunicativa, texto, estrutura, entre outras características. 
 - 12 -
CAPÍTULO 2 – O RÁDIO 
 
2.1 História do Rádio 
 
Em 1896, segundo Beringhs (1971), Guglielmo Marconi patenteou seu invento 
rádio-telegráfico (telegrafia sem fio), dando inicio ao advento do rádio. Logo em 
seguida, o Brasilpassou a substituir o sistema de telégrafo, porém, o Brasil entrou na 
era da radiodifusão, em 1922, com a inauguração da radio Sociedade do Rio de Janeiro, 
fundada por Roquete Pinto. Seguiram-se, então, a Rádio Clube do Brasil, a Rádio 
Educadora Paulista, a Rádio Record, a Cruzeiro do Sul, a Philips, a Rádio Cultura. 
Contijo (2004) coloca que a primeira demonstração oficial de radiotransmissão, 
no Brasil, aconteceu em junho de 1900 (noticiado pelo Jornal do Commercio), vinte 
dois anos antes da comemoração do Centenário da Independência, que assumiu-se como 
primeira radiotransmissão. A primeira rádio se mantinha com as contribuições de 
sócios, de modo que não avançava e até se inviabilizava comercialmente, por falta de 
recursos publicitários. O Ministério da Educação assumiu o caráter educativo e cultural. 
Em 1932, a veiculação de propaganda deveria ser no máximo 10% e permitiu-se 
a concessão de canais para a iniciativa privada, o que causou um enorme impulso para a 
exploração comercial. As rádios passaram a se profissionalizar e os aparelhos de 
recepção tornavam-se mais fáceis de adquirir. 
Segundo a Empresa Brasileira de Comunicação (RADIOBRÁS) (2006), a Voz 
do Brasil, começou a ser veiculada no dia 22 de julho de 1935, no governo Getúlio 
Vargas. Sua primeira edição foi apresentada pelo locutor carioca Luiz Jatobá. Naquele 
período, chamava-se Programa Nacional. De 1934 a 1962, era levado ao ar com o nome 
de Hora do Brasil. A transmissão obrigatória do programa por todas as emissoras de 
rádio do país, em rede nacional, iniciou-se após 1938. Nos primeiros 25 anos, os atos do 
Poder Executivo eram divulgados. Este perfil editorial mudou em 1962, quando o 
Congresso Nacional passou a integrar o noticiário. Também em 1962 ocorre a mudança 
de nome, com o programa passando a chamar Voz do Brasil. Atualmente, os primeiros 
25 minutos da Voz do Brasil são produzidos pela Radiobrás e gerados ao vivo, via 
Embratel, para todo o Brasil. 
 - 13 -
Em 1937, na ditadura de Vargas, por meio do Departamento de Imprensa e 
Propaganda, divulgou-se a política do Estado Novo e foi criado o Serviço de 
radiodifusão Educativa. “A concessão dada pelo governo estipulava que as emissoras, 
no primeiro ano de funcionamento experimental, não podiam veicular comerciais” 
(CONTIJO, 2004, p. 358). 
O avanço da publicidade se deu nos seguintes moldes, para as emissoras 
existentes: no primeiro ano não se veiculava comerciais. A mensagem publicitária se 
dava de improviso. Depois veio o texto de locução gravada, com texto parecido com os 
atuais spots publicitários. Mais tarde os jingles, mensagens musicadas, envolvendo 
grandes nomes da música. A Coca-Cola, Pneus Good Year, Johnson, Kolynos, 
consideraram que o rádio era o principal veículo a ser utilizado e passaram a deixar suas 
divulgações na mão de agencias especializadas em comunicação. 
“Em dezembro de 1937, existia um aparelho de rádio para cada 240 habitantes 
no Brasil. Só em São Paulo, segundo pesquisa da Lever, havia 80 mil aparelhos, que 
correspondiam a 60% dos lares da capital” (CONTIJO, 2004, p. 361). 
Em 1945 já havia mais de um milhão de receptores. Na década de 1940 o rádio 
se consolidou como veículo mais popular com o jornalismo do Repórter Esso e a 
radionovela Em busca da felicidade. Havia também os humorísticos. Em 1948 foi 
implantada uma seção de reportagens. Em 1952 o material jornalístico era difundido 
pelas rádios. Em 1955 havia 477 emissoras. No final da década de 1960 já existia o 
jornal especializado em reportagens externas. Em 1960, o contingente do rádio migrava 
para a TV e iniciaram-se as estações FM. 
 
2.2 O Rádio Hoje 
 
Hoje, segundo Contijo (2004), é cada vez maior a quantidade de rádios 
monotemáticos (sertanejo, pop, MBP, clássica, religiosa, entre outras). Mas a grande 
revolução é atrelada à informática e para a era digital. Assim, o rádio continua 
coexistindo coma s novas tecnologias e tem seu lugar ao sol, pois está presente na casa 
de nove em cada dez brasileiros, é influente na cultura e na política, tem enorme apelo 
sobre os jovens e revela estrelas do showbiz. 
 - 14 -
Conforme artigo da Revista veja (2005), a influência do rádio chega à indústria 
fonográfica, à política (45% das emissoras pertencem a políticos), aos grupos religiosos 
(35%). O problema atual é a questão do faturamento, que é apenas 4% do bolo 
publicitário nacional. São 3647 estações de rádio espalhadas pelo Brasil. 
Segundo o Ministério das Comunicações (2006), os formatos das rádios 
brasileiras compreendem: bossa nova, católicas, formula 1, esportes, forró, gospel, 
jornalismo, MPB, música gaúcha, POP rock, sertaneja, velha guarda, WEB rádios. São 
mais de 9000 emissoras cadastradas em todo o Brasil, incluindo as webrádios. 
O Plano Básico de Radiodifusão é a relação de canais aprovados pela ANATEL 
para todo o país com as respectivas características. As modulações de rádio são duas: 
AM (ondas médias, curtas e tropicais) e FM normal e educativa. A legislação vigente é 
a Lei 4.117 de 62, Código Brasileiro de Telecomunicações, com decretos, portarias, 
normas e instruções normativas posteriores. 
As áreas de serviço podem ser local, regional e nacional, com horário limitado 
ou ilimitado. Os serviços de radiodifusão podem ser comerciais, comunitárias 
educativas e retransmissão e repetição de televisão. A rádio comunitária é um tipo 
especial de emissora de rádio FM, de alcance limitado a, no máximo, 1 km a partir de 
sua antena transmissora, criada para proporcionar informação, cultura, entretenimento e 
lazer a pequenas comunidades. 
A lei nº 9.472 de julho de 1997 dispõe sobre a organização dos serviços de 
telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos 
institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. 
Alguns pontos importantes desta Lei: a) compete à União, através da ANATEL, 
organizar a exploração dos serviços de telecomunicações: disciplinamento, fiscalização 
da execução, comercialização e uso dos serviços e da implantação e funcionamento de 
redes de telecomunicações, bem como da utilização dos recursos de órbita e espectro de 
radiofreqüências; b) cria-se Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), com a 
função de órgão regulador das telecomunicações, com sede no Distrito Federal, 
podendo estabelecer unidades regionais. 
Segundo a ANATEL: Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, 
por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de 
 - 15 -
símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons. Conforme a ANATEL, segundo 
pesquisa IBGE, 2004, há 45.430.369 lares com rádio no Brasil e 2.435 rádios FMs 
comerciais, 1.709 AMs comerciais, 2.548 comunitárias, somando 6.692 emissoras. 
O projeto de Lei do Senado nº 218, de 2001 Cria linha de crédito especial do 
BNDES para o financiamento da modernização do setor de radiodifusão e o 
financiamento destinar-se-á exclusivamente à compra de equipamentos de radiodifusão, 
pois a tecnologia de radiodifusão está migrando do sistema analógico para o digital e as 
emissoras de rádio do País, principalmente as situadas no interior do Nordeste, estão 
enfrentando enormes dificuldades estruturais, sobretudo pela incapacidade financeira de 
promover a renovação tecnológica exigida nos tempos atuais. 
 
Enquanto 15 grandes rádios comerciais do Brasil testam o padrão de rádio 
digital Iboc e importam equipamentos com a autorização do governo há 
praticamente um ano, as emissoras pequenas, públicas e comunitárias estão 
marginalizadas deste processo. A maioria delas não sabe como irá financiar 
sua transição para o mundo digital se o governo resolver implantar no Brasil 
a tecnologia norte-americana, mais cara que as demais, sem considerar outras 
opções e sem fazer um debate mais aprofundado sobre o futuro do rádio no 
País. (MARINI; GORGEN, 2006, p. 1).Menos complexo que a tecnologia digital da televisão, o desenvolvimento de 
uma solução nacional para o rádio pode ser uma saída para uma solução que 
não comprometa a saúda financeira das emissoras. Em Santa Rita do Sapucaí 
(MG), pólo industrial do setor de equipamentos de radiodifusão, existe 
alternativa concreta ao Iboc. Uma das empresas já desenvolveu um 
transmissor nacional, aberto, batizado de DSHP (Digital System High 
Performance). Segundo o engenheiro de telecomunicações Júlio Prado 
Rocha, diretor da Teclar Equipamentos Eletrônicos, o padrão mineiro é mais 
moderno e eficiente que o Iboc e tem a vantagem de ser um produto nacional. 
(ibid p. 2). 
 
 
A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo 
(AESP) (2006) existe desde 1935 para defender os interesses da radiodifusão no Estado 
de São Paulo e sua função é incentivar novos mercados, otimizar a eficiência e garantir 
a credibilidade do setor. Desde sua fundação, a entidade vem desenvolvendo um papel 
fundamental e de conquistas junto ao poder público com reformas e medidas legislativas 
e regulamentares para garantir e fortalecer aos interesses da categoria. A AESP 
promove o intercâmbio com entidades representativas e, também, incentiva e defende a 
liberdade de informação, da expressão do pensamento e da propaganda comercial. 
 - 16 -
Conforme a Empresa Brasileira de Seminários & Congressos (EMBRASEC) 
(2005), o 23º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido pela Associação 
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), aconteceu em Brasília, entre os 
dias 17 e 19 de maio de 2005 e reuniu cerca de 1.500 empresários do rádio e da 
televisão. A EMBRASEC ficou com a responsabilidade de comercializar e organizar 
uma moderna e profissional exposição de equipamentos e serviços. Equipamentos da 
mais avançada tecnologia em radiodifusão foram exibidos por 42 empresas. 
Exemplo de uma empresa de produtos de radiodifusão: SARATEL. 
É uma empresa Brasileira formada a partir da união para o mercado Brasileiro de 
duas grandes empresas ligadas ao setor de equipamentos de radiodifusão, a Luso - 
Brasileira ABSS - BROADCAST e a espanhola SERATEL TECHNOLOGY. 
Juntas, estas duas empresas tem vindo a desenvolver equipamentos que visam 
sobretudo suprir os mercados Brasileiro e Latino Americano de um conjunto de 
soluções capazes de contribuir de forma positiva e eficaz para o desenvolvimento das 
Emissoras de Radiodifusão aí instaladas, recorrendo para isso, para além de suas linhas 
próprias de equipamentos a toda uma gama de soluções apresentadas pelos principais 
fabricantes mundiais de equipamentos para Broadcast como é o caso da Espanhola 
AEQ, da Italiana AEV e muitos outros dos quais a Seratel é representante exclusiva. 
Produtos: sistemas de automação, transmissores AM e FM, excitadores 
analógicos e digitais FM, geradores de estéreo, codificadores e processadores de áudio, 
consoles, híbridos, microfones, processadores de voz e efeitos, placas de áudio, 
instrumentos de medição, RDS (rádio-transmissão de dados). Confiabilidade, 
simplicidade e rendimento superior são as constantes que inspiram o desenho de todos 
os produtos da empresa. 
Referências: Rádio Justiça (Supremo Tribunal Federal); Radiobrás; 
ABERT (Assoc. Brasileira de Emissoras de Rádio e TV). 
A Seratel disponibiliza aos utilizadores dos seus sistemas e serviços, um eficaz 
suporte técnico, 24 horas por dia, 365 dias por ano, pois compreende a necessidade de 
um serviço de suporte, capaz de dar resposta rápida às dúvidas e avarias relacionadas 
com os seus produtos. 
 
 - 17 -
CAPÍTULO 3 – PRODUÇÃO GRÁFICA 
 
Ferreira (2004) coloca que produção gráfica é a atividade ou setor de uma 
agência de publicidade responsável por: viabilizar, acompanhar e fiscalizar a confecção 
de matrizes, acabamento e impressão de peças gráficas; se relacionar com os 
fornecedores de serviços pertinentes à produção de peças gráficas: serviços de 
composição, editoração, fotolitos, clichês, laboratórios fotográficos, entre outros. Em 
uma agência, o setor de produção gráfica se relaciona constantemente com os setores de 
criação artística e o de mídia para o desenvolvimento das peças gráficas. 
São competências de um produtor gráfico: a) autonomia – deve ser capaz de 
gerenciar e compreender todas as etapas da viabilização de um impresso; b) capacidade 
de diálogo – com fornecedores, com a criação, com a mídia; c) capacidade técnica – 
conhecer profundamente todas as etapas de produção de um impresso; d) 
disponibilidade para aprender – as artes gráficas evoluem rapidamente com a inserção 
de procedimentos digitais; e) meticulosidade e atenção – os detalhes fazem toda a 
diferença na execução de impressos de qualidade. 
 
3.1 Como produzir um jornal 
 
Bahia (1980) aponta que o jornalismo moderno é peça do complexo industrial e 
serve a uma sociedade de consumo. A sua organização é a de uma empresa e que exige 
máquinas, material administrativo específico e pessoal especializado. “Certas leis regem 
o jornalismo e se aplicam, invariavelmente, a todos os seus meios. O fato, a novidade, a 
surpresa, a atualidade, são leis do jornalismo” (BAHIA, 1908, p. 40). 
Para Amaral (1978), nos tempos atuais, deve-se levar em conta que o leitor não 
dispõe de muito tempo para ler e o público é muito variado. O leitor quer ser informado 
ao ler um jornal e exige informações seguras, confiáveis e numa linguagem adequada, 
pois cada jornal tem sua destinação própria, faixa de leitores, estilo. O jornal precisa 
causar comunicação. “A comunicação é processo rigorosamente controlado para 
conduzir de um nível a outro uma mensagem estruturada, um dado pronto, constituído, 
imediato. Ela não cria mensagem, apenas transmite. (Amaral, 1978, p. 55). 
 - 18 -
A noticia jornalística é definida por Amaral como informação atual, verdadeira, 
carregada de interesse humano e capaz de despertar a atenção e a curiosidade de grande 
numero de pessoas. Assim, os atributos mais importantes do jornal incluem: atualidade 
(o que há de novo?), veracidade (evitar infiltração de mentira), carga de interesse 
(prenda a atenção e tenha a ver com a realidade do leitor), raio de influência (área em 
que se desperta interesse). 
Uma boa redação de jornal precisa apresentar: orações breves, palavras curtas, 
vocábulo usual, estilo direto, uso de termos afins, verbos de ação, forma ativa. As 
interrogações para a redação são: quê? Quem? Onde? Quando? Como? Por quê? 
Considerações sobre a produção do jornal: a) lead – o parágrafo que conduz a 
notícia, que deve ser sintético, vivo e leve para iniciar a notícia e chamara atenção do 
leitor; b) texto-legenda – palavra que, como o título, comentário ou explicação, 
acompanha uma gravura, sendo uma frase curta, duas ou três palavras apenas; copy-desk 
– mesa de revisão prévia. 
 
O profissional designado para a cobertura tem por obrigação saber, em linhas 
gerais, do que se trata e, antes de deixar a redação, convém traçar um plano 
de ação, esboçar possíveis questionários e procurar informar-se de detalhes 
que lhe poderão ajudar no desempenho da reportagem. No local, seu trabalho 
é reunir material para o que vai escrever, entrevistar testemunhas, tomar nota 
de discursos, e tudo isso requer atenção e cuidado, a fim de não ser envolvido 
por falsas informações. (AMARAL, 1978, p. 78). 
 
Quanto à entrevista, o mesmo autor coloca que a entrevista cabe ao jornalista e 
se ele não tiver conhecimentos gerais a respeito do entrevistado, não dominar, de certo 
modo, o tema abordado, se não souber fazer indagações e não conduzi-la com 
inteligência, as chances são poucas de obter material interessante ao leitor. 
Um ponto muito importante de uma reportagem é o título, ou seja, a designação 
que se põe acima da matéria e que chama a atenção do leitor. As características exigidas 
são: palavras curtas, usuais, colocadas em estilo correto. Deve ser claroe corresponder 
exatamente ao conteúdo do texto que ele resume e interpreta. 
Para cobrir material tecnológico, o jornalista precisa ler jornais e revistas 
científicas, visitar exposições, estar a par de novidades científicas, participar de 
seminários e cursos entre outras iniciativas. 
 - 19 -
Amaral (1978) fala do editorial (ponto de vista oficial da empresa). O editorial 
dá o tom de nobreza à página e valoriza tópicos e notas publicados. É um ensaio curto e 
embebido do senso de oportunidade e seu maior defeito é o ataque pessoal. A crítica, no 
jornal, tem a ver com a emissão de julgamento sobre algo. 
O crítico precisa conhecer a matéria que trata, ser um estudioso, estar em dia 
com tudo o que se refira à sua especialidade. Sus juízos devem refletir o resultado de 
profundo saber, nunca uma opinião por conta do “achar que”. 
Qualquer jornal brasileiro importante cultua o colunismo, que contribui para o 
jornalismo de serviço público. Há excelentes profissionais bem informados e capazes de 
oferecer ao público coisas mais interessantes. A primeira condição do colunista é 
conhecer grande números de gente importante, circular livremente nas salas de pessoas 
importantes e ter informantes. 
Para concluir, segundo Antonelli (2005), para um jornal resistir com dignidade 
não deve ceder ao mercado. Deve, sim, resgatar a alma jornalística. Aquela que poucos 
profissionais lembram: o compromisso social do meio com a sociedade. Para isso 
acontecer é necessário aliar talento, competência e dever social. 
As reportagens devem ser concisas e ao mesmo tempo recheadas de dados. Não 
se pode esquecer de citar nada e cuidar com as palavras e os termos usados. O jornalista 
deve investir em seu talento, criatividade, competência e compromissos sociais, enfim, 
tentar fazer um jornal novo, completo e isento. 
 
3.2 Publicação segmentada 
 
As publicações segmentadas ou técnicas são recomendadas à medida que têm 
adequação com o objetivo de comunicação, com o target que o cliente quer atingir. É 
esperado que este tipo de revista tenha baixa tiragem porque estes universos são muito 
específicos. O principal atrativo é a possibilidade de o anunciante poder falar 
diretamente com um público específico, dando maior precisão à sua comunicação. Para 
isso, o veículo deve conhecer profundamente as preferências, poder de compra, atitudes 
e hábitos de compra e localização geográfica de seus leitores, disponibilizando essas 
informações para o mercado anunciante. 
 - 20 -
3.2.1 Tipos de publicação 
 
A questão maior da publicação segmentada passa fundamentalmente pela 
necessidade das agências realizarem uma análise técnica para seleção do veículo, 
baseada em dados fidedignos, visando obter os melhores resultados para os 
investimentos. As editoras de jornais segmentados e técnicos devem direcionar seus 
esforços na qualificação de seu público, conhecendo profundamente seu perfil. 
Os jornais segmentados ou técnicos são recomendados à medida que têm 
adequação com o objetivo de comunicação, com o alvo quer se quer atingir. Este tipo de 
jornal tem baixa tiragem porque estes universos são muito específicos. 
 
O primeiro e principal atrativo é a possibilidade de o anunciante poder falar 
diretamente com um público específico, dando maior precisão à sua 
comunicação. Para isso, o veículo deve conhecer profundamente as 
preferências, poder de compra, atitudes e hábitos de compra e localização 
geográfica de seus leitores, disponibilizando essas informações para o 
mercado anunciante. As publicações segmentadas são rentáveis. Do ponto de 
vista qualitativo, permitem esse diálogo próximo com o público-alvo. Do 
lado financeiro, facilitam uma medição mais detalhada do pós-venda, por 
meio de canais de marketing direto. Novamente, o importante é a 
sistematização do levantamento de dados. (ARAUJO, 2005, p. 4). 
 
 
3.3.2 Radio World 
 
Tendo como referência o jornal segmentado para radiodifusão Radio World para 
a América latina - Chile (2005), os editoriais incluem: noticias internacionais, novidades 
tecnológicas, produtos e especificações técnicas, eventos, linha direta, nota comercial, 
promoções, feira de produtos, prêmios e personalidades, história, curiosidades, 
programas, play list (principais músicas tocadas no rádio), anúncios, dicas, informes 
especiais, guia do comprador, manutenção, classificados, entre outros. 
Exemplo de editorial dentro do Radio World: 
Tipo – evento 
Título – O 23º Congresso Brasileiro de Radiodifusão 
Frases importantes – a) Segundo o presidente da Associação Brasileira de Rádio 
e Televisão (ABERT), Pizani, foi o maior congresso realizado em 42 anos; b) 
 - 21 -
Simultaneamente ao congresso ocorreu a 20ª Exposição de equipamentos e serviços 
promovida pela Empresa Brasileira de Seminários e Congressos (EMBRASEC) e entre 
as empresa expositoras estavam Apoio Rádio Técnico, Continental Eletrônica, MTA 
Eletrônica, Forts Engenharia, Ideal Antenas, Sennheiser, Eurobrás, Seratel, Tecla; c) 
O evento reuniu aproximadamente 1500 profissionais do setor de rádio e TV. 
Seguem dados sobre publicidade e veículos de comunicação, para uma melhor 
compreensão do valor do jornal como meio publicitário: 
Gráfico 1: Participação dos meios no bolo publicitário 
 Fonte: Jornal ANJ ago. 2006 – segundo Correia Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 Editorias 
 
Editoria é uma seção especializada em determinado setor (esporte, polícia, arte, 
meio ambiente, entre outros). Editorial é um texto com a opinião da publicação. Não 
vem assinado e geralmente, localiza-se diariamente na 2ª ou 3ª página do jornal. 
 
3.3.1 Guia sobre Produtos 
 
Segundo a Associação de Publicações (ANATEC) (2006), num jornal 
segmentado para o setor de radiodifusão, uma editoria importante é um guia sobre 
produtos e suas características técnicas, que tem sua relevância no oferecimento de 
informações técnicas sobre componentes e produtos de fornecedores nacionais e 
internacionais, trazendo endereços da matriz e de escritórios de vendas dos fabricantes, 
61,70%17,50%
8,30%
12,90%
TV aberta
Jornal
Revista
Outros
 
 - 22 -
de distribuidores de componentes e produtos. Esta editoria é importante para setores 
empresariais tais como: engenharia de projetos, compras, pesquisa e desenvolvimento. 
 
3.3.2 Serviço de Valor Adicionado 
 
Outra editoria importante é o de serviço de valor adicionado, que serve como 
guia de empresas envolvidas com desenvolvimento de serviço de valor agregado, com 
portfólios de produtos e serviços de desenvolvedores e agregadores de conteúdos, sendo 
muito útil para Profissionais das operadoras de rádio, desenvolvedores de aplicativos, e 
demais interessados no mercado de radiodifusão. 
 
3.3.3 Manutenção e Tecnologia 
 
Em se tratando de área segmentada, é importante ter uma editoria que aborde 
manutenção e tecnologia, em que existam matérias e reportagens vinculadas à 
manutenção e tecnologia de equipamentos de radiodifusão, muito útil para usuários de 
equipamentos e pessoal responsável pela manutenção. 
 
3.3.4 Publicidade 
 
Certamente que a publicidade é uma editoria essencial para um jornal e, além de 
ser a fonte de recursos financeiros, ela se assume como utilidade pública na medida que 
contribui com uma relação de qualidade entre cliente e fornecedor. 
Correia Junior (2006) coloca que: 
 
O jornal é o meio de informação mais utilizado pelas pessoas que já se 
decidiram por uma compra, como a maneira mais eficaz de obter informações 
sobre produtos e serviços, bem como a respeito da idoneidade das empresas. 
Ou seja: leitores e não-leitores recorrem ao jornal quando querem comprar e 
precisam se informar a respeito de produtos e serviços. Além disso, metade 
dos entrevistados que utilizam o jornal para se informar sobre produtos, 
serviços e empresas, acabam tendo um contato com o vendedor, o que valida 
o meio como um excelenteretorno aos anunciantes. (p. 1). 
 
 - 23 -
O Instituto Ipsos-Marplan, conforme Correia Junior, aponta que a mídia mais 
utilizada para decisão de compra é o jornal + encarte (55%). Seguida pela televisão. 
Cabe ao meio Jornal mostrar aos anunciantes de que modo suas marcas podem 
chegar aos consumidores por intermédio de suas páginas. 
 
3.3.5 Eventos 
 
Os eventos também figuram como elemento relevante em termos de editoria, 
pois por meio deles o leitor tem contato com atualizações tecnológicas, soluções e 
condições exclusivas de negócios, descobrindo o que pode ser importante para o futuro 
dos negócios. 
Segundo a Empresa Brasileira de Seminários e Congressos (EMBRASEC) 
(2006), os eventos possibilitam informações sobre produtos de qualidade e marcas de 
tradição, e que através de palestras e apresentações as organizações demonstram o seu 
diferencial tecnológico, a sua influência e importância no mercado e nos negócios, as 
suas vantagens e benefícios de médio e longo prazo, bem como preço promocional, 
linhas de financiamento e condições especiais. 
 
3.3.6 Personalidades 
 
Num jornal não pode faltar a editoria de personalidades, pois uma linha direta 
com eles traz ao leitor visões de mundo, opiniões, saberes, influências, entre outros. Por 
meio de uma entrevista, por exemplo, a personalidade fala sobre desafios, sua história, 
transformações, planos, futuro, informações específicas, entre outros. 
 
3.3.7 Avanços Tecnológicos 
 
A editoria sobre avanços tecnológicos tem lugar destacado em um jornal 
segmentado para a radiodifusão. A proposta é a de publicar artigos de interesse 
permanente versando sobre pesquisa, desenvolvimento e projeto. A seção Tecnologia 
deve ser projetada para documentar aplicações de engenharia moderna, ou avanços 
 - 24 -
gerais da indústria. Na verdade, o editorial sobre tecnologia proporciona acesso público 
a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas, o 
que gera um maior intercâmbio global de conhecimento. É importante ressaltar que no 
caso de tecnologia, é importante publicar artigos revisados por um corpo editorial de 
excelência e que domine o assunto, para oferecer conteúdo de alta confiabilidade. 
 
3.3.8 Curiosidades 
 
Pode-se colocar, também, a editoria sobre curiosidades, que serve para relaxar o 
leitor, colocando-o diante de informações que ampliam a compreensão sobre temas 
específicos. 
 
3.3.9 Play List 
 
Há ainda o play list, que é uma lista de músicas mais tocadas e que serve de 
referência para Disk Jóqueis (DJ), compra, realização de festas e eventos musicais, entre 
outros. O play list pode mostrar o hit parade internacional, as 10 mais do País, o Rock-
pop, nivelando informações sobre rádios e suas programações. 
 
3.4 Linguagem 
 
Amaral (1978) coloca que o emprego de determinada linguagem no jornal 
pressupõe estudo anterior de mercado, pois é necessário saber o tipo de público, nível 
escolar, necessidades imediatas, gostos e costumes. 
Porém, acima de tudo, o mesmo autor salienta que: 
 
Para quem manipula a informação jornalística, tais considerações servem de 
guia. Porém, a clareza desempenha papel fundamental e, para um técnico em 
informação, nada pior do que o leitor acabar de ler uma matéria, demonstrar 
desapontamento e dizer: “Não entendi”. (AMARAL, 1978, p. 54). 
 
O mesmo autor fala da questão do estilo, que deve ser compreendido como o 
conjunto de características de um escritor em particular. No caso do jornal, não é 
 - 25 -
adequado um estilo apressado, impreciso e incorreto, sem qualquer preocupação de 
forma ou conteúdo. O estilo jornalístico deve ser claro, plano, fácil, acessível e 
relevante em termos de informações. 
Para Carvalho (2006), não há uma linguagem jornalística específica, pois a 
especificidade é feita de acordo com o assunto. Porém, existem algumas regras 
fundamentais, ou seja, evitar falar demais e fugir do assunto, usar linguagem de fácil 
acesso ao leitor-alvo. 
 
Para escrever de forma simples, e de preferência ser entendido por todo 
mundo, é preciso ter objetividade na linguagem, tratar do assunto com uma 
certa linearidade, sem perder qualidade de conteúdo. É preciso usar frases 
curtas, que digam diretamente o assunto, e uma linguagem que caracterize 
imediatamente os resultados, mas que não abra mão de suas causas. Para isso, 
existe o sintagma, a capacidade que todos nós temos e que o jornalista deve 
ter, de usar o mínimo possível de palavras para dizer o máximo em uma 
mensagem. (CARVALHO, 2006, p. 1). 
 
Segundo Lage (2005), Ao folhear um jornal o leitor não analisa a forma estética, 
a linguagem ou a produção de um canal de informações, pois o que realmente interessa 
para ele é ter o texto de forma clara e objetiva. O autor ressalta que a prioridade de todo 
canal informativo deve ser a credibilidade e simplicidade. Não interessa o recebimento 
de elogios do tipo "que notícia bem escrita" ou "que ótimo ângulo". 
Basta o público se motivar, entender e ser capaz de formar opinião, e o objetivo 
será alcançado. Lage ressalta que a informação deve ser transmitida de maneira direta, 
interessante e ágil, pois até o fim do dia, ela se torna como um papel em branco, 
condenado a ser um reles maço de papéis para ser descartado brevemente. 
 
3.5 Gráfica 
 
Silva (1985) coloca que Diagramar consiste em determinar a disposição dos 
elementos em uma página – legendas, ilustrações, textos, títulos etc. Essa tarefa é 
executada pelo diagramador. Enquanto a paginação tem a ver com a montagem de 
títulos, notícias e fotos, a diagramação é a consciência dos elementos gráficos com 
 - 26 -
estética. A diagramação permite que a informação seja barata, clara, humanizada e 
atraente. 
 
As decisões mais importantes a serem tomadas no ato da diagramação, são 
normalmente formuladas sobre os seguintes aspectos básicos: as idéias que as 
palavras deverão representar; os elementos gráficos a serem usados; a 
importância relativa das idéias e dos elementos gráficos e a ordem de 
apresentação. (SILVA, 1985, p. 43). 
 
 
Alinhamento tem a ver com a forma de organização de colunas de texto, cujas 
linhas podem ser alinhadas à esquerda, à direita, centralizadas ou justificadas. O boneco 
apresenta gramatura do papel, tipologia, imagens, entre outros, da forma como se deseja 
utilizar em sua versão final. A elaboração de um boneco é fase fundamental para o 
lançamento de publicações periódicas. 
A forma de designar a tipologia utilizada é em letras minúsculas (caixa-baixa) e 
em letras maiúsculas (caixa-alta). Corpo é a medida de tamanho das fontes. Quanto 
maior o corpo, maior o tamanho da letra (exemplo, 12, 15, 20, podendo ser até 72 ou 
mais). Tipologia (que significa estudo dos tipos) é o conjunto de caracteres tipográficos, 
que também são conhecidos como fontes. Elas admitem algumas variações de estilos, 
tais como itálico, negrito, sublinhado etc. Alguns exemplos de tipologia são a Times 
New Roman (aaaaaaaaaaaa), Arial (aaaaaaaaaaaa, Garamond (aaaaaaaaaa). A 
denominação completa de uma fonte tradicionalmente inclui sua família (ex. Lucida), 
variação (Bold) e corpo (24). 
Box vem a ser um recurso editorial que se reveste de forma gráfica própria. Um 
texto que aparece na página entre fios, sempre em associação íntima com outro texto, 
mais longo. Pode ser uma biografia, um diálogo, uma nota da redação, um comentário, 
um aspecto pitoresco da notícia. 
Coluna é uma seção de jornal assinada ou não, tratando de temas ligados à 
editoria ou seção. Podemos encontrar colunas nas seções ou editoriais de política, 
economia, artes, agricultura, esportes, etc. Muitas vezes, uma nota numa coluna de 
prestígio repercute mais do que uma reportagem no mesmo veículo. 
 - 27 -
Intertítulos são pequenos títulos colocados no meio do texto. Esse artifício é 
usado para tornar o texto menos denso. Há publicações que preferemdestacar frases 
retiradas do texto para colocar nos intertítulos. Infográfico é um artifício gráfico que 
envolve imagem e pequenas informações de texto que se complementam. Legenda é 
uma linha de texto colocada sob a foto. Artifício adicional para destacar o tema da 
matéria. Quadro é um box para explicar determinada informação da matéria. 
Standard é o tamanho padrão dos jornais. Mede 54 x 33,5 cm. O único caso no 
Brasil de jornal que conseguiu sucesso sem ser standard é o Zero Hora, de Porto 
Alegre, publicado em tamanho tablóide. O tamanho tablóide é a metade do standard. 
Tabelas são gráficos numéricos dispostos ordenadamente. 
Bounding box (caixa de contorno) em softwares de ilustração e paginação, é uma 
caixa retangular que surge sobre um objeto selecionado; é formada por quatro ou oito 
pontos de controle que são manipulados para distorcer, mover, girar etc. Alguns 
problemas em arquivos fechados (rotação e corte irregular) podem ser resolvidos 
alterando-se os valores numéricos associados a esses pontos de controle. 
Cícero é uma medida tipográfica utilizada para o comprimento de uma linha em 
relação à altura da página correspondente. Um cícero equivale a 1/4 de polegada (aprox. 
6,35 milímetros). 
Corpo é um termo que originalmente descrevia o tipo de chumbo usado na 
impressão tradicional. No DTP (Desktop Publishing = editoração eletrônica), 
corresponde à distância em pontos do topo da letra mais alta até o pé da mais baixa, 
mais o espaço adicional que pode ser ocupado pelos acentos. Dependendo do estilo do 
caractere e da programação da fonte, o mesmo corpo pode corresponder a diferentes 
alturas de letras. 
Quanto ao papel, A4 é um formato-padrão internacional com medida de 21 cm 
de largura por 29,7 cm de altura. A3 com medida de 42 cm de largura por 29,7 cm de 
altura. Dobrado ao meio, obtém-se o formato A4. O fomato carta apresenta medida de 
21 cm de largura por 28 cm de altura. 
Gramatura é uma das características do papel, que designa a sua espessura. Essa 
medida é registrada em gramas por metro quadrado da folha de papel (exemplo: 75g/m2, 
papel médio, 180g/m2, papel tipo cartão). Usa-se baixas gramaturas no miolo de livros 
 - 28 -
ou revistas e altas gramaturas em capas, folhetos, calendários e demais materiais que 
exijam alta resistência externa. 
Layout é a materialização da proposta visual dos elementos – tipologia, cores, 
estilo de ilustração etc – que compõe o produto. Paginar significa ordenar as páginas de 
um produto impresso, designando o conteúdo de cada uma delas. Em veículos de 
comunicação, a pauta é o roteiro dos fatos que devem compor as matérias e que 
determina também a forma como cada tema deverá ser tratado. 
As cores fundamentais dos sistemas de impressão e métodos de produção de 
imagem que utilizam tintas são: ciano (azul turquesa), magenta (cor de rosa) e amarelo. 
O trio ciano+magenta+amarelo deveria sozinho reproduzir todas as cores subtrativas, 
mas misturas totais das três tintas não produzem o preto, além de sobrecarregarem a 
impressora. Por isso, existe uma quarta tinta de impressão, a preta, que substitui 
parcialmente as outras três nos tons mais escuros. 
Pantone são também conhecidas como cores "sólidas". O nome Pantone, na 
realidade, refere-se a uma marca de tinta, cuja variedade de cores institucionalizou em 
todo o mundo, e pode ser identificada por códigos. É devido ao Pantone que uma 
multinacional consegue, por exemplo, manter, em qualquer gráfica do mundo, a 
fidelidade da impressão das cores de seu logotipo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 29 -
CAPÍTULO 4 – JORNAL SEGMENTADO PARA RADIODIFUSÃO 
 
Neste capítulo final há a integração de todos os saberes teóricos e práticos 
quando da concretização de um jornal segmentado para radiodifusão. 
A necessidade de uma circulação dirigida faz parte das exigências do mundo 
moderno, em que a disponibilidade de tempo é cada vez menor, principalmente para a 
leitura, aliado ao custo elevado da comunicação publicitária. 
O mercado jornalístico está segmentado. Hoje, em uma campanha de 
propaganda, o anunciante quer saber precisamente a quem está se dirigindo, conhecer 
bem o perfil do leitor-consumidor. Essa necessidade de marketing beneficia as 
publicações destinadas a segmentos específicos. 
Além disto, os profissionais do Rádio precisam de veículos de comunicação 
escrita que vão ao encontro de suas variadas necessidades, que os mantenham 
atualizados, que oferecem oportunidades tecnológicas, dicas, informações relevantes. 
 
4.1 Características do Jornal 
 
Título: Jornal do Rádio 
Circulação: mensal/ dirigida 
Linha editorial: informações atualizadas do mundo do Rádio, com novos 
produtos, dicas tecnológicas, eventos, manutenção e tecnologia, entre outros 
Perfil do leitor: diretores de emissoras de rádio, fabricantes e revendedores de 
equipamentos de radiodifusão, órgãos do governo e agencias de propaganda 
Tiragem: 1500 exemplares 
Formato da publicação: Formato Carta 8,5 x 11 polegadas 
Papel: Coche Brilho - 115 gramas 4x4 
Orçamento: 11/12/06 - R$ 1.840,00 (Gráfica Copcentro (12) 3921-0078) 
 12/12/06 - R$ 1.630,00 (Gráfica Allcor (12) 3942-2323) 
Data de circulação: 15º dia do mês 
Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes 
Homepage: www.jornaldoradio.com.br 
 - 30 -
4.2 Página 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janeiro de 2007 
Ano 1, Nº 1 JORNAL DO RÁDIO Equipamentos de 
Radiodifusão 
 
 
 
EVENTOS Acontece de 14 a 19 de abril de 2007 o principal 
evento mundial de televisão e rádio, a National 
Association Of Broadcasters, a NAB 2007, na 
cidade de Las Vegas, EUA. A superfeira 
promovida pela associação das emissoras norte-
americanas reúne os principais elementos da 
mídia eletrônica. 
 Ver NAB 2007, página 5 
 
As unidades de DRM cada vez mais As unidades de DRM cada vez mais As unidades de DRM cada vez mais As unidades de DRM cada vez mais pertopertopertoperto 
Por Lawrie Hallet 
 
Norwich, Inglaterra
 
 
 
Desde seu lançamento oficial em junho de 2003, o 
Digital Radio Mundial (DRM) apresenta avanços 
impressionantes com a introdução nos setores 
convencionais. 
No que concerne à difusão, segundo o site Web de 
DRM, aproximadamente 65 radiodifusoras líderes 
transmitem regularmente a saída de DRM. Quanto ao 
receptor, não há mais fabricantes pequenos como o Mayah 
e o Coding Technologies, que progrediam bastante. 
Hoje, entretanto, os fabricantes de chipsets e de software 
de maior envergadura estão entrando em cena, ansiosos 
por encorajar os fabricantes de receptores para que o 
público em geral incorpore a capacidade do DRM e seus 
projetos. 
A RadioScape, especialista em software de radio digital 
do Reino Unido, reafirmou sua ligação com a Texas 
Instruments (TI), fabricante de micro-chips nos Estados 
Unidos e anunciou planos para desenvolver 
 Ver DRM na pág. 6 
Os melhores usam o melhor 
 
BROADCASTING 
EQUIPMENTS 
Guia do Comprador 
A Teletronix ajuda na 
compra de Link de 
UHF, Processador, 
Transmissor de FM. 
Está na página 7. 
Radiodifusores 
Aguardam 2007 
Com otimismo. 
Pág. 3 
Informes de 
Tecnologia 
Pág. 8 
 
Pág. 4 
Em "Perfil" você vai 
encontrar as 
histórias da gente do 
Rádio. Os pioneiros 
da radiodifusão. 
Neste número 
Roquette Pinto. 
PERFIL 
Esta edição é 
distribuída para os 
leitores do Vale do 
Paraíba. 
www.jornal.rádio.com.br 
 
 - 31 -
4.3 Página 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conhecimento 
é potência 
 
 - 32 -
4.4 Página 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janeiro de 2007 Jornal do Rádio3 
 Mais um ano que chega e as esperanças 
de dias melhores se renovam. Em sua 
esmagadora maioria, radiodifusores ouvidos 
por Jornal do Rádio acreditam que 2007 será 
marcado pela reativação do mercado – o 
espetáculo do crescimento como afirmou o 
presidente Lula. 
As opiniões são as seguintes: A rede 
Transamérica de Comunicações tem motivos 
para estar otimista. “No ano passado, 
conseguimos crescer em torno de 18% em 
relação a 2005, e as previsões é de uma 
significatoiva melhora da situação do Brasil 
em 2007”, relata Luiz Guilherme Albuquerque, 
diretor-superintendente. Este ano, a rede fará a 
cobertura dos Jogos Pan-Americanos, o que 
irá garantir uma renda extra. “Já vendemos 
quatro cotas masters de um total de seis”, conta 
Luiz Guilherme. 
CAPA 
Acácio Luiz Costa, diretor da 
Rede Band, também está acreditando que 
2007 será melhor ainda. “Estamos com o 
pensamento firme de que será um ano de 
aquecimento e intensificação dos 
investimentos em nosso negócio, 
esperamos conseguir crescer como vem 
acontecendo desde 1998.” 
De Bagé, Rio Grande do Sul, vem 
outra perspectiva otimista para 2007. 
João Henrique Gallo, diretor das Rádios 
Difusora AM e Delta FM, ressalta que a 
produção brasileira tende a aumentar. 
“Para a radiodifusão, já sentimos, a partir 
de abril deste ano, uma melhora 
considerável no faturamento”. 
“Vislumbramos que, em 2007, grandes 
negócios surgirão e conseqüentemente 
um aumento da mídia publicitária”. 
Rádio Digital 
 
 
 
O ministro das Comunicações informou que a 
questão do rádio digital é um assunto que já vem sendo 
estudado também por outros órgãos do Governo Federal. A 
expectativa da ABERT é que neste começo de ano, o 
governo defina o padrão de rádio digital. 
Para o presidente da ABERT, Daniel Pimentel 
Slaviero, a digitalização é uma questão de sobrevivência 
para o rádio que hoje está presente no dia-a-dia de 91% dos 
brasileiros. O rádio, a exemplo do que vem ocorrendo com 
a televisão, precisa entrar na era digital para se equiparar 
aos competidores do mercado. É uma questão de 
sobrevivência. 
 A ABERT estuda o assunto desde 2001 quando, em 
conjunto com a Sociedade Brasileira de Engenharia de 
Televisão e Telecomunicações (SET), fundou o Grupo 
ABERT/SET de Rádio Digital. Atualmente, 15 rádios 
brasileiras operam em caráter experimental com o Sistema 
de Radiodifusão Sonora Digital, o IBOC. 
Radiodifusores prevêem bom 2007 
ABERT DISCUTE RÁDIO DIGITAL COM 
MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES 
FM COMUNITÁRIA 
 É o serviço de Radiodifusão 
Sonora em Freqüência Modulada, 
operada em baixa potência e com 
cobertura restrita, outorgado a 
fundações e associações 
comunitárias, sem fins lucrativos, 
com sede na localidade de 
prestação do serviço. 
Ato n.º 61667/2007-Anatel 
Outorga Autorização de Uso de 
RF à Associação Cultural 
Comunitária Taubateana, 
Radiodifusão Comunitária - 
RADCOMTAU, na localidade de 
Taubaté/SP, em caráter definitivo. 
 
 - 33 -
4.5 Página 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janeiro de 2007 Personalidades 4 
 
PERFIL 
 
Edgar Roquette Pinto nasceu no Rio de 
Janeiro, no bairro de Botafogo, em 25 de 
setembro de 1884. 
Passou a infância ao lado dos avós, em 
uma fazenda próximo a Juiz de Fora.Aos 21 
anos se formou em Medicina. Teve uma 
carreira vitoriosa como médico, mas logo 
partiu para a Antropologia. Foi membro da 
Academia Brasileira de Ciências, da Academia 
Nacional de Medicina e da Academia 
Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira de 
número 17. Edgar Roquette Pinto faleceu no 
Rio de Janeiro a 18 de outubro de 1954, aos 70 
anos. 
 
 
Fundou o Instituto 
Nacional de Cinema 
Educativo, a Revista Nacional 
da Educação, a Sociedade 
Rádio do Rio de Janeiro e a 
Rádio Escola do Distrito 
Federal, atualmente Rádio 
Roquette Pinto. 
É considerado o "pai da radiofusão" no 
Brasil. Um dos episódios que justificam esse 
título se deu por ocasião da inauguração da 
Exposição Comemorativa do Centenário da 
Independência do Brasil, a 7 de setembro de 
1922, no Rio de janeiro, quando o rádio foi 
apresentado ao Brasil. Edgar Roquette Pinto se 
interessou de imediato pelos equipamentos e, 
sobretudo, pela "estação radiofônica" instalada 
no Corcovado. 
Já no começo de 1923, convicto de que era 
primordial fazer rádio no Brasil, conseguiu 
sensibilizar com suas idéias o presidente da 
Academia Brasileira de Ciências, Dr. Henrique 
Morize e outros companheiros, nascendo assim, 
no dia 20 de abril daquele mesmo ano, a primeira 
estação de rádio do país, a SPE, posteriormente 
PRA-2, Sociedade Rádio do Rio de janeiro, 
atualmente Rádio MEC. 
 
 
 
Exposição Roquette Pinto 
um mestre brasiliano 
Entrada franca 
De terça a sexta-feira - de 9 às 20h 
Sábados e domingos, de 10 às 20h 
A Casa da Ciência da UFRJ fica na 
Rua Lauro Muller, 3, em Botafogo. 
 
Breve novo site da 
Roquette 94 FM 
radio94fm@gmail.com 
Telefone:(21) 2533 5727 
Segundo a Empresa Brasileira de Comunicação (RADIOBRÁS), a 
Voz do Brasil, começou a ser veiculada no dia 22 de julho de 1935, no 
governo Getúlio Vargas. Sua primeira edição foi apresentada pelo locutor 
carioca Luiz Jatobá. Naquele período, chamava-se Programa Nacional. De 
1934 a 1962, era levado ao ar com o nome de Hora do Brasil. A 
transmissão obrigatória do programa por todas as emissoras de rádio do 
país, em rede nacional, iniciou-se após 1938. Nos primeiros 25 anos, 
apenas os atos do Poder Executivo eram divulgados. Este perfil editorial 
mudou em 1962, quando o Congresso Nacional passou a integrar o 
noticiário. A partir de então, o Senado e a Câmara dividiram a segunda 
meia hora do programa. Também em 1962 ocorre a mudança de nome, 
com o programa passando a chamar Voz do Brasil. Atualmente, os 
primeiros 25 minutos da Voz do Brasil são produzidos pela Radiobrás e 
gerados ao vivo, via Embratel, para todo o Brasil. 
 
 
 
 
 - 34 -
4.6 Página 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janeiro de 2007 NAB 2007 5 
 
EVENTOS 
 
MAIOR SHOW INTERNACIONAL DE 
MÍDIA ELETRÔNICA 
 
NAB 2007: o maior evento mundial de 
Mídia Eletrônica 
A feira reúne todos os elementos de 
tecnologia de televisão, rádio e cinema, 
produção e pós-produção de filmes/vídeos, 
áudio, novas mídias, internet, streaming, 
banda larga, serviços sem fio, via satélite e 
telecomunicações. Atende a todas as 
empresas que atuam na área de multimídia 
eletrônica e telecomunicações. 
Serão mais de 1.500 expositores em 
uma área de 900.000 m2, além de diversas 
conferências que ocorrerão em paralelo à 
feira atendendo temáticas de Gerenciamento 
e Engenharia de Broadcasting, Produção e 
Pós-produção, Multimídia e Cinema Digital. 
 
Segundo os próprios organizadores da 
tradicional NAB, o que se vê de melhor no 
mundo da mídia eletrônica, acontecerá em 
Las Vegas, e vai ser lá outra vez, que mais 
de cem mil profissionais de 130 países se 
encontrarão, entre 14 a 19 de abril de 2007, 
para conhecer os lançamentos de 1.400 
empresas de todo o mundo. 
As mudanças muito rápidas no setor de 
tecnologia, a competição pela eficiência e 
criatividade com o melhor custo 
operacional, é a principal preocupação 
atual dos grandes, médios e pequenos 
fabricantes do setor broadcast, em busca de 
um futuro promissor para todos os meios 
de entretenimento. 
 
 
 
 
A SERATEL É PARTICIPAÇÃO 
GARANTIDA NA NAB 2007 
É uma empresa Brasileira formada a 
partir da união para o mercado Brasileiro de 
duas grandes empresas ligadas ao setor de 
equipamentos de radiodifusão, a Luso-
Brasileira ABSS-BROADCAST e a 
espanhola SERATEL TECHNOLOGY. 
Juntas, estas duas empresas tem vindo a 
desenvolver equipamentos que visam 
sobretudo suprir

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