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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE JORNALISMO Jornal Segmentado Jornais Especializados para Profissionais do Rádio Guilherme de Freitas Aguiar São José dos Campos 2006 JORNAL SEGMENTADO JORNAIS ESPECIALIZADOS PARA PROFISSIONAIS DO RÁDIO Guilherme de Freitas Aguiar Orientador: Profª. MSc. Vânia Braz de Oliveira São José dos Campos 2006 Monografia apresentada como exigência da Faculdade de Comunicação e Artes, para o Curso de Jornalismo da Universidade do Vale do Paraíba – UNIVAP. SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... - 1 - CAPÍTULO 1 – O JORNAL ..................................................................................... - 2 - 1.1 História do Jornal no Brasil .................................................................................. - 2 - 1.2 Tipos de Jornal ...................................................................................................... - 7 - 1.3 Jornal Segmentado no Brasil ................................................................................. - 9 - 1.3.1 Jornal Segmentado On-line .............................................................................. - 11 - CAPÍTULO 2 – O RÁDIO ...................................................................................... - 12 - 2.1 História do Rádio ................................................................................................. - 12 - 2.2 O Rádio Hoje ...................................................................................................... - 13 - CAPÍTULO 3 – PRODUÇÃO GRÁFICA ............................................................. - 17 - 3.1 Como produzir um jornal .................................................................................... - 17 - 3.2 Publicação segmentada ....................................................................................... - 19 - 3.2.1 Tipos de publicação.......................................................................................... - 20 - 3.3.2 Radio World ..................................................................................................... - 20 - 3.3 Editorias .............................................................................................................. - 21 - 3.3.1 Guia sobre Produtos ......................................................................................... - 21 - 3.3.2 Serviço de Valor Adicionado ........................................................................... - 22 - 3.3.3 Manutenção e Tecnologia ................................................................................ - 22 - 3.3.4 Publicidade ....................................................................................................... - 22 - 3.3.5 Eventos ............................................................................................................. - 23 - 3.3.6 Personalidades .................................................................................................. - 23 - 3.3.7 Avanços Tecnológicos ..................................................................................... - 23 - 3.3.8 Curiosidades .................................................................................................... - 24 - 3.3.9 Play List ........................................................................................................... - 24 - 3.4 Linguagem........................................................................................................... - 24 - 3.5 Gráfica .................................................................................................................. - 25 - CAPÍTULO 4 – JORNAL SEGMENTADO PARA RADIODIFUSÃO .. ........... - 29 - 4.1 Características do Jornal ..................................................................................... - 29 - 4.2 Página 1 ............................................................................................................... - 30 - 4.3 Página 2 ............................................................................................................... - 31 - 4.4 Página 3 ............................................................................................................... - 32 - 4.5 Página 4 ............................................................................................................... - 33 - 4.6 Página 5 ............................................................................................................... - 34 - 4.7 Página 6 ............................................................................................................... - 35 - 4.8 Página 7 ............................................................................................................... - 36 - 4.9 Página 8 ............................................................................................................... - 37 - 4.10 Página 9 ............................................................................................................. - 38 - 4.11 Página 10 ........................................................................................................... - 39 - 4.12 Página 11 ........................................................................................................... - 40 - 4.13 Página 12 ........................................................................................................... - 41 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. - 42 - REFERÊNCIAS ....................................................................................................... - 43 - - 1 - INTRODUÇÃO Este trabalho tem como tema, Jornal Segmentado: Jornais Especializados para Profissionais do Rádio e seu objetivo é fornecer informações teórico-práticas sobre o jornal segmentado, de modo a permitir a ampliação de conhecimentos, habilidades e atitudes capacitadores para a diagramação de um jornal direcionado a profissionais do Rádio. Assim, aprimoram-se competências de literatura, leitura, análise, investigação, comparação, caracterização, metodologia científica, entre outras. Parte-se do seguinte questionamento: O estudante de jornalismo está preparado em termos teórico-práticos para fazer a diagramação de um jornal segmentado, considerando todas as especificidades relativas a um jornal direcionado a profissionais do Rádio, buscando suprir a deficiência do mercado editorial para esse público e explorando um nicho de mercado promissor? Justifica-se o tema já que hoje, com a grande diversidade de públicos na mídia, faz-se necessário trabalhar de forma segmentada, isto é, criar veículos de comunicação que atendam determinados públicos, definidos a partir de necessidades específicas: comércio, agricultura, radiodifusão, entre outros. Especificamente, considerando o público da radiodifusão, um segmento importante no Brasil, há a necessidade de jornais técnicos para informar, orientar, esclarecer pessoas com poder de decisão sobre compra de produtos e serviços. A metodologia de trabalho inclui pesquisa bibliográfica, investigação na Internet e jornais segmentados existentes e, no final do trabalho, apresenta-se a diagramação de um jornal segmentado para a radiodifusão. A organização se dá em quatro capítulos: Capítulo I – O Jornal (Histórico do Jornal no Brasil, Tipos de Jornal e Jornal segmentado no Brasil); Capítulo II – A História do Rádio; Capítulo III – Produção Gráfica (Como produzir um jornal, editorias, linguagem, produção gráfica); CapDiagramação de um jornal para o segmento da radiodifusão (títulos, imagens, colunas, seções, classificados, entre outros).A pesquisa é uma iniciativa que visa ir ao encontro das exigências para capacitação em pesquisa científica, resolução de problemas, interação com o meio e busca de autonomia para o mundo da profissão, da interação e da transformação. - 2 - CAPÍTULO 1 – O JORNAL 1.1 História do Jornal no Brasil "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independente de fronteiras." (Art. XIX da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948). No Brasil, segundo Lustosa (2004), a Imprensa surgiu no ano de 1808, quando circulou o "Correio Braziliense", editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça. O jornal "Gazeta do Rio de Janeiro", primeiro a ser editado no Brasil, também passou a circular em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil. Na mesma época, D. João VI criou um jornal oficial da Corte. Após passar por várias direções e denominações, sempre com caráter oficial, a “Gazeta do Rio de Janeiro” tornou-se, em 1º de janeiro de 1892, o “Diário Oficial”, existente até hoje. Segue reflexão sobre o papel social do jornal: O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil a seus membros. Cada um deve servi-la com suas melhores forças físicas e morais, mas aqueles que espalham as luzes são os membros mais distintos da sociedade porque tiram das trevas ou da ilusão aqueles que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia e do engano. Ninguém é mais útil do que aquele que sabe evidenciar os acontecimentos do presente e desenvolver as sombras do futuro. (CORREIO BRAZILIENSE, 1808, vol. 1 p. 2.) Lustosa, complementando, coloca que em 1808, ainda eram proibidas a impressão e a circulação de qualquer tipo de jornal ou livro no Brasil. O "Correio Braziliense" chegava no país, clandestinamente, nos porões dos navios negreiros e comerciais. A Coroa Portuguesa temia a propagação de ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, com os quais Hipólito mantinha uma certa identidade. O "Correio Braziliense" e a “Gazeta do Rio de Janeiro” tinham posições ideológicas antagônicas. O primeiro pregava a libertação do Brasil dos domínios de Portugal; enquanto o segundo, funcionava como um diário oficial da Corte. - 3 - Quando nasceu, a Imprensa brasileira já era cerceada, fato marcado em vários períodos históricos, culminando com a Lei da Mordaça (a ser abordada mais profundamente no final deste subtítulo). Entre os anos de 1821-1822, vários periódicos surgiram no Rio de Janeiro, dos quais um dos mais importantes foi o “Diário do Rio de Janeiro”, apresentando algumas características de um jornal moderno, com anúncios e noticias sobre furtos, assassínios, espetáculos, compra, venda, achados, aluguéis, entre outros. Em 1827, surgiram o “Aurora Fluminense”, o “Jornal do Comércio”, que circula até hoje, e o Farol Paulistano, primeiro jornal impresso em São Paulo. Lustosa (2004) coloca a questão do alcance do jornal em termos de relevância social, política e econômica, na época da Proclamação da Independência. [...] depois à convocação de nossa primeira Assembléia Constituinte, em junho de 1822 e, depois, à proclamação da Independência, em setembro do mesmo ano, eram muito pouco numerosos. Os jornais eram vendidos a partir de subscrição, sua tiragem ficando em torno de 200 exemplares, chegando, os muitíssimos bem-sucedidos, no máximo, a 500 exemplares. Muitos jornais eram lidos nas tabernas e nas praças. Mesmo assim o público do jornal não era certamente essa população de excluídos que os próprios jornalistas preferiam não ver envolvida na luta que travavam pelos interesses do Brasil. (LUSTOSA, 2004, p. 14) Segundo Toledo (2006), nos anos de 1820, os jornais defendiam suas causas, seus interesses ou as personalidades que lhes davam sustentação. A imprensa da época da independência foi radical e caótica, tendo vida curta, tais como, “O Tamoio”, “Revérbero Constitucional Fluminense”, “A Malagueta”. Porém, nem por isso foi diminuída a luta por direitos. A vida dos jornalistas e seus jornais era o desejo de mostrar a realidade: “[...] a imprensa apenas acompanha a história política do País, caracterizada pela alternância entre períodos de ditadura e de democracia, de censura, direta ou indireta, e de liberdade de expressão.” (TOLEDO, 2006, p.1). No ano de 1891, no Brasil republicano, iniciou-se um período de perturbações políticas, tendo de um lado, os republicanos, do outro, os resistentes monarquistas, e, no Rio de Janeiro, neste contexto, surge o “Jornal do Brasil”, pois era necessário um novo diário que veiculasse críticas ao governo. - 4 - O “Jornal do Brasil”, trazia inovações importantes, ou seja, grande número de correspondentes estrangeiros e o sistema de distribuição em carroças. O “Jornal do Brasil” tem inovado sempre e seu parque gráfico, hoje, é o maior da Imprensa brasileira. Segundo Weguelin (2006), o Rio de Janeiro, como Capital da República, foi palco da criação de muitos jornais, entre eles: O Baluarte, A Batalha, Boa Noite, O Brasil, O Carbonário, Cidade do Rio, O Combate, A Crítica, Correio da Manha, Correio da Noite, Correio da Tarde, Correio do Povo, O Democrata, O Dia, O Diário, Diário Carioca, Diário da Noite, Diário de Notícias I e II, Diário do Commércio, Diário do Povo, Diário do Rio, A Esquerda, Folha Carioca, Folha da Tarde, Folha do Dia, Gazeta da Tarde, Gazeta de Notícias, O Globo, O Imparcial, A Imprensa, O Imprensa Popular, O Jornal, Jornal do Brasil, Jornal do Commércio, Jornal dos Sports, Luta Democrática, A Manhã, A Marcha, A Nação I e II, A Noite, A Notícia, Novidades, O Paiz, O Pátria, A Radical, A Razão, A República, República Brasileira, Rio Jornal, Resistência, A Rua, Rua do Ouvidor, O Século, O Tempo, A Tribuna, Tribuna da Imprensa e o Última Hora. Considerando os primeiros anos do Século XX, segundo Negreiros (1979): Início do século - Poucos jornais foram tão importantes no Brasil quanto o carioca “Correio da Manhã”. O jornal era um bastião da liberdade, da luta contra a mentira e a corrupção. O "Correio da Manhã" enquanto existiu foi o maior jornal do Rio de Janeiro. O País inteiro lia. Depois, começou a decair a partir da época de Juscelino. De qualquer maneira foi o grande líder, em primeiro lugar. Era um jornal notável. O Correio da Manhã deixou de circular em 1974, mas pode-se datar sua morte de alguns anos antes: à noite de 13 de dezembro de 1968, quando, mal terminara a comunicação do AI-5 ao País pela televisão, agentes do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) atravessaram a rua e invadiram a sede do jornal. Anos 20 - Como tentativa de sufocar a onda de inconformismo, surge a primeira lei de imprensa no Brasil, projeto original do senador paulista Adolfo Gordo. Mais conhecida como "lei infame", invocava o lema da liberdade com responsabilidade para encobrir um dos seus propósitos, isto é, acabar com a chamada imprensa proletária mantida pelos trabalhadores. A lei se destinava a reprimir o movimento operário. Não atingia, ou pelo menos não pretendia, a imprensa não-operária, atingia sim, a imprensa liberal. - 5 - Anos 20 - Havia os jornais que viviam dos subsídios oficiais, subsídios do governo federal, por exemplo. O modelo desses jornais era "O País", “A Gazeta de Notícias", "A Notícia" do Rio de Janeiro. Em São Paulo, o "Correio Paulistano" era órgão do PRP (Partido Republicano Paulista); em Minas Gerais, não havia jornais, havia um "diário oficial", que se chamava "O Minas Gerais", onde os poetas e escritores mineiros publicavam suas notas. "O Estado de São Paulo" e o "Correio da Manhã" são fechados e as redações assistem, pela primeira vez, a um fato que se repetiria com alguma constância a partir de então: a chegada do censor. Anos 20 - O"Jornal do Brasil" não tinha nenhuma expressão. Inclusive, é um fato curioso este, porque o "Jornal do Brasil" só era lido por causa dos pequenos anúncios. Não tinha nenhuma expressão e não se sabia qual era a orientação desse jornal, se era contra ou a favor, mas parecia ser muito a favor; agora, o "Jornal do Brasil" era independente, ele vivia dos seus anúncios. Anos 30 - "O Jornal", de Assis Chateaubriand, era um grande jornal, era um jornal de qualidade internacional, era um jornal do mais alto nível. Anos 40 - “O País" era uma obra-prima de jornal erudito. Não era muito jornalístico, era mais um jornal semiliterário; publicava longos artigos, coisas muito leves, era muito bem escrito. Hoje em dia seria um jornal inconcebivelmente atrasado, mas, naquela época publicava artigos notáveis, nacionais e estrangeiros, mas quase ninguém lia. Tinha três mil exemplares de circulação. Anos 50 - “A Tribuna da Imprensa” era a mais violenta nos ataques a Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Carlos Lacerda, seu proprietário, se via na posição de líder de uma cruzada pela regeneração dos costumes da República e se articulava com grupos de militares golpistas. Em 2001, a sede do jornal chegou a ter a sua falência decretada e seu acesso lacrado, em razão do não pagamento de uma indenização por danos morais decorrente de uma ação impetrada contra o jornal. Anos 60 - A imprensa dita alternativa surgiu durante o período da ditadura militar. Foram exemplos, jornais como “Movimento”, “Opinião” (vinculados a frentes políticas ou partidos) e “Pasquim” (satírico), com uma equipe espetacular: Paulo Francis, Tarso de Castro, Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil, Ivan Lessa, Ferreira Gullar, Sergio Cabral, Flávio Rangel e muitos outros. - 6 - No período pós-ditadura até o atual, os jornais foram tornando-se mais elaborados, com o uso da tecnologia, da liberdade de Imprensa e tornaram-se mais presentes no dia-a-dia do brasileiro, com novas formas e tipos. Muitos jornais foram à falência, outros renasceram, muitos foram criados. Retomando o assunto sobre a Lei da Mordaça, segundo Farias (2000), encontra- se em tramitação no Congresso Nacional, aprovado na Câmara dos Deputados e aguardando pronunciamento do Senado Federal, um projeto de lei com a finalidade de estabelecer sanções àqueles encarregados de investigação, inquérito e processo por divulgação de informação produzida no âmbito de suas respectivas funções. O projeto traz no seu artigo 1º a alteração dos arts. 3º, 4º, 7º e 11 da Lei 4.898, de 9 de dezembro de 1965, a chamada lei do abuso de autoridade. Farias coloca que não poderia haver nome mais bem dado a essa lei: Lei da Mordaça. Porque ela não pretende proteger a honra e a intimidade de ninguém. Na verdade o que ela visa é impedir o acesso da população à informação. Essa lei pretende, dentre outras coisas, impor sanções por: Revelar o magistrado, o membro do Ministério Público, o membro do Tribunal de Contas, a autoridade policial ou a autoridade administrativa, ou permitir, indevidamente, que cheguem ao conhecimento de terceiro ou aos meios de comunicação fatos ou informações de que tenha ciência em razão do cargo e que violem o sigilo legal, a intimidade, a vida privada, a imagem e a honra das pessoas. (Art. 4º do PROJETO DE LEI Nº 65, 1999). Ainda sobre a questão da liberdade de Imprensa, Mattos (2005), afirma que a Constituição Brasileira de l988 garante, em seu artigo 220, que a manifestação do pensamento não sofrerá nenhuma restrição e, nos parágrafos 1º e 2º, veda totalmente a censura, impedindo até mesmo a existência de qualquer dispositivo legal que "possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística, em qualquer veículo de comunicação social". Apesar dessa garantia, a Imprensa Brasileira tendo como base a Lei 5.250 de 9 de fevereiro de 1967, e embora já não exista a censura prévia, a atual Lei de Imprensa estabelece limites, que, de uma maneira velada, impede uma liberdade total de expressão, um fato até certo ponto compreensível, diante de problemas éticos. - 7 - Mattos (2005) ainda coloca que a liberdade de Imprensa é imprescindível, não só para os jornalistas, como também para todas as camadas da população. Historicamente, entretanto, essa liberdade, pelo menos no Brasil, sempre esteve sob a ameaça da censura, seja ela econômica, política ou policial. Pelas informações sobre a Imprensa Brasileira, pode-se perceber muita pressão e censura em vários períodos: o Império, os primeiros generais da República, a Era Vargas com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e os absurdos da ditadura militar. Mas sempre houve jornalistas que lutaram pela liberdade de Imprensa. Considera-se que a Imprensa Brasileira atual tem bastante liberdade e tem uma qualidade importante, isto é, a agilidade com que persegue a notícia. Porém, há uma certa dificuldade em cobrir e perseguir as questões em profundidade. A dificuldade em abordar temas em profundidade tem a ver com uma paginação onde grandes espaços são reservados às fotos, e os textos são curtos. Em certas redações, talvez a maioria, até se impõem limites de tamanho. Não se podem escrever artigos, ou reportagens acima de determinado número de linhas. Multiplicam-se, nos jornais, as colunas de notas. Mesmo os jornais mais sérios lembram os tablóides, com suas grandes fotos e textos curtos, e sua preferência por manchetes em tipos grandes e de conteúdo emocional. A imprensa tem seu lado bom naquilo que representa a denúncia das mazelas e a exigência de ética no comportamento dos poderes públicos e privados, mas parece estar mais voltada para as pessoas do que para os fatos, mais para as formas do que para os conteúdos, e há uma forma de concorrência entre os diversos órgãos de imprensa em torno de quem descobre mais erros do governo, quem desmascara mais corruptos e noticia mais escândalos. 1.2 Tipos de Jornal Conforme Araújo (2001), os primeiros "jornais" interessavam somente a quem comercializava, traziam informações sobre preços de mercadorias, abastecimento, pólos de produção, entre outros. A imprensa surgiu portanto como uma necessidade de suporte ao capitalismo e não deixou de sê-lo até hoje. - 8 - Segue alguns tipos de jornais brasileiros e suas particularidades. Jornal de caráter oficial – é exemplo o “Diário Oficial”, que recebeu esse nome em 1892, mas já existia desde 1808 com o nome de “Gazeta do Rio de Janeiro”. Ao lado dos jornais oficiais, existiram os jornais subsidiados pelo Governo, como “O País”. Jornal de crítica ao Governo – O “Correio Braziliense”, em 1808, mesmo clandestino, já criticava os atos do governo português. A Tribuna da Imprensa era um jornal feroz contra o Governo republicano. Jornal de informações – O “Diário do Rio de Janeiro”, fundado em 1822, com algumas características do jornal moderno de informações, publicava anúncios e noticias sobre assassínios, espetáculos, compra, venda, achados, aluguéis. Distanciava- se tanto da política que não noticiou nem a proclamação da independência. Hoje, muitos jornais são completos, ou seja, possuem vários cadernos, com assuntos distintos. Jornal Cultural – Publicações literárias e acadêmicas. A “Aurora Fluminense” e O “Farol Paulistano” são exemplos. Foi muito comum na época do império. Jornal Esportivo – O jornal esportivo “Lance!” firma-se como o maior do gênero no País. O diário deve atingir a circulação média de 130 mil exemplares, que o posiciona como o maior diário de esportes da América Latina. Jornal Satírico – “O Pasquim”, um jornal alternativo, marcou época, em plena ditadura, e foi um instrumento de combate à censura utilizando muito humor. Jornal Partidário – O “Jornal do PT” é um exemplo clássico de jornal partidário. Na época da Ditadura existiram o “Movimento” e o “Opinião”, jornais alternativos. JornalSegmentado – Direcionado a uma clientela específica. São exemplos: “Jornal do Senado”, “Jornal da Economia”, “Jornal do Imóvel”, “Jornal do Comércio”, “Caminhoneiro”, “Radio News”. Jornal Sensacionalista – “Notícias Populares”. Trabalha as imagens e assuntos em chamativas manchetes. Jornal on-line – O jornal via Internet já é uma realidade nacional e apresenta vantagens tais como: notícias e imagens em tempo real, acesso grátis, todos os tipos de assuntos, notícias atualizadas, em todos os jornais. A versão on-line é parte do jornal impresso. Na prática, ainda há a exclusão digital de milhões de brasileiros, que não possuem microcomputador. Existem iniciativas de locais públicos de acesso à Internet. - 9 - A digitalização da informação, o desaparecimento do meio físico e os recursos de multimídia da plataforma Web fazem com que o produto deixe de ser um jornal, tradicionalmente falando, para se tornar um meio de veiculação de notícias muito mais sofisticado. 1.3 Jornal Segmentado no Brasil Oliveira (2006) fala em circulação dirigida ao comentar que as exigências do mundo moderno, em que a disponibilidade de tempo é cada vez menor, principalmente para a leitura, aliado ao custo elevado da comunicação publicitária, fortaleceram os veículos de circulação dirigida. O mercado jornalístico está segmentado. Hoje, em uma campanha de propaganda, o anunciante quer saber precisamente a quem está se dirigindo, conhecer bem o perfil do leitor-consumidor. Essa necessidade de marketing beneficia as publicações destinadas a segmentos específicos. O “Jornal do Comércio” é o jornal segmentado mais antigo do Brasil, fundado em 1827, no Rio de Janeiro, 1904, em Manaus, e 1933, em Porto Alegre. Hoje, com notícias de economia, negócios e política traz, além do noticiário, análises do cenário econômico e político e uma seção de indicadores financeiros. O conteúdo atende a industriais, empresários e administradores de todos os setores e seu diferencial está na abordagem regional dos assuntos econômicos e políticos, favorecendo não somente um público específico, mas também aquele interessado nos negócios da região. Segundo a Associação de Publicações – ANATEC (2006), hoje, existem dezenas de jornais segmentados, para os mais variados públicos, tais como: 3ª Idade; Administração, Administração Pública e Negócios; Adolescentes, Infanto-juvenis; Agricultura, Agronomia, Agropecuária e Agronegócio; Alimentos, Bebidas e Hortifruti; Animais, Criadores, Pet Shop, Veterinária e Afins; Arquitetura, Decoração e Jardinagem; Artesanato e Afins; Associações, Clubes,Cooperativas, Organizações Comunitárias e Sindicatos; Astrologia, Horóscopo e Esotéricos; Áudio Visual, Cinema, Rádio, Shows, Teatro e TV; Automação, Automação Residencial e Comercial; Automotivos, Automobilismo, Motociclismo e Afins; Beleza, Estética, Fitness e - 10 - Negócios; Comunicação; Condomínio, Gerenciamento Predial e Patrimonial; Construção, Engenharia e Serralheria; Contabilidade, Gestão Empresarial e Pessoal; Cosmética e Afins; Costura e Trabalhos Manuais; Culinária e Gastronomia; Cultura, Ciência, Educação e Lingüística; Cursos e Eventos; Design, Embalagem e Gráfica; Drogarias, Farmácias, Indústrias Farmacêuticas, Laboratórios e Afins; Economia, Negócios e Finanças; Eletricidade, Eletrônico e Mecatrônica; Entretenimento; Esporte. A ANATEC (2006) fornece alguns exemplos de publicações: 1 - Jornal: O Interior – Editora: Cooperativa de trabalhos Técnicos e Serviços Especializados Ltda. (COOTRAEL) – Periodicidade: mensal – Linha editorial: cooperativismo – Perfil do leitor: cooperados urbanos e rurais – Tiragem: 10.000 exemplares – Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: tablóide – Data de circulação: 2ª quinzena do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – Homepage: www.cootrael.com.br – E. Mail: cootrael@terra.com.br. 2 – Jornal: WCF Fundo de Assistência à Criança – Editora: Meio Format Editoração Eletrônica – Periodicidade: bimestral – Perfil do leitor: doadores, voluntários e empresas em geral – Tiragem: 50.000 exemplares – Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: A3 – Tipo de impressão: Off-Set – Não aceita encartes – Homepage: www.wcf.org.br – E. Mail: meio.format@voc.com.br. 3 - Jornal: Jornal Oficina Brasil – Editora: Germinal Editora e Marketing Ltda. – Periodicidade: mensal – Linha editorial: técnico-informativo – Perfil do leitor: profissionais, empresários da preparação automotivo e reposição de auto peças – Tiragem: 90.000 exemplares – Circulação: dirigida – Auditoria de circulação e tiragem: IVC - Instituto Verificador de Circulação – Formato da publicação: tablóide – Data de circulação: 2ª quinzena do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – Homepage: www.oficinabrasil.com.br – E. Mail: oficinabrasil@oficinabrasil.com.br. 4 - Jornal: Jornal do Engenheiro – Editora: Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo – Periodicidade: quinzenal – Linha editorial: temas de interesse da categoria dos Engenheiros – Perfil do leitor: Engenheiros – Tiragem: 20.000 exemplares – Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: tablóide – Data de circulação: 1º e 15º dia do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – Homepage: www.seesp.org.br – E. Mail: sindical@seesp.org.br. - 11 - 5 - Jornal: Jornal O Serigráfico – Editora: Image Informática e Editorial Ltda. - ME. – Periodicidade: mensal – Linha editorial: informações atualizadas do mercado de serigrafia e comunicação visual, novos produtos, dicas, formas de trabalho, entre outros – Perfil do leitor: empresários, produtores de máquinas e equipamentos, agências de publicidade, serígrafos, signmakers, designers – Tiragem: 18.000 exemplares – Circulação: dirigida + assinaturas – Formato da publicação: tablóide – Data de circulação: 15º dia do mês – Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes – Homepage: www.oserigráfico.com. – E. Mail: sousa@.oserigraficocom. Segundo Dicionário Publicitário (2006), Encarte é qualquer material impresso inserido em um veículo de mídia impressa. Os encartes incluem folhetos, cartões de pedido e demais materiais que acrescentam custos extras à veiculação, pois, além do espaço a ser pago à publicação, incluem ainda o custo de impressão do próprio encarte. A resposta obtida através do uso do encarte costuma ser maior do que a obtida por um anúncio com cupom. É uma peça publicitária gráfica encartada em jornal e revista, no formato do veículo ou não. Serve para dar visibilidade à mensagem, ser destacada pelo consumidor ou para atingir segmentos geográficos e de mercado. Conforme Wikipedia (2006), um tablóide é um jornal (comum no Reino Unido) que o usa o formato de 29 x 37cm. Na verdade, o tablóide é um jornal de formato pequeno, geralmente metade do jornal tradicional. 1.3.1 Jornal Segmentado On-line Para Ercilia (2000), um tipo de jornal na Internet é o Jornal Segmentado, ou seja, aquele que dirige seus conteúdos a grupos de interesse específico. Tais interesses podem ser temáticos, científicos ou assumir aparência de house-organs (publicações organizacionais, provenientes de instituições, dirigidas a seu público alvo). A facilidade de distribuição favoreceu o surgimento dos jornais segmentados na rede. No próximo capítulo, o assunto jornal segmentado será tratado com mais profundidade, em que serão analisados alguns jornais específicos para profissionais envolvidos com a radiodifusão (Radio News, Sintonia Total, Tela Viva), considerando diagramação, competência comunicativa, texto, estrutura, entre outras características. - 12 - CAPÍTULO 2 – O RÁDIO 2.1 História do Rádio Em 1896, segundo Beringhs (1971), Guglielmo Marconi patenteou seu invento rádio-telegráfico (telegrafia sem fio), dando inicio ao advento do rádio. Logo em seguida, o Brasilpassou a substituir o sistema de telégrafo, porém, o Brasil entrou na era da radiodifusão, em 1922, com a inauguração da radio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquete Pinto. Seguiram-se, então, a Rádio Clube do Brasil, a Rádio Educadora Paulista, a Rádio Record, a Cruzeiro do Sul, a Philips, a Rádio Cultura. Contijo (2004) coloca que a primeira demonstração oficial de radiotransmissão, no Brasil, aconteceu em junho de 1900 (noticiado pelo Jornal do Commercio), vinte dois anos antes da comemoração do Centenário da Independência, que assumiu-se como primeira radiotransmissão. A primeira rádio se mantinha com as contribuições de sócios, de modo que não avançava e até se inviabilizava comercialmente, por falta de recursos publicitários. O Ministério da Educação assumiu o caráter educativo e cultural. Em 1932, a veiculação de propaganda deveria ser no máximo 10% e permitiu-se a concessão de canais para a iniciativa privada, o que causou um enorme impulso para a exploração comercial. As rádios passaram a se profissionalizar e os aparelhos de recepção tornavam-se mais fáceis de adquirir. Segundo a Empresa Brasileira de Comunicação (RADIOBRÁS) (2006), a Voz do Brasil, começou a ser veiculada no dia 22 de julho de 1935, no governo Getúlio Vargas. Sua primeira edição foi apresentada pelo locutor carioca Luiz Jatobá. Naquele período, chamava-se Programa Nacional. De 1934 a 1962, era levado ao ar com o nome de Hora do Brasil. A transmissão obrigatória do programa por todas as emissoras de rádio do país, em rede nacional, iniciou-se após 1938. Nos primeiros 25 anos, os atos do Poder Executivo eram divulgados. Este perfil editorial mudou em 1962, quando o Congresso Nacional passou a integrar o noticiário. Também em 1962 ocorre a mudança de nome, com o programa passando a chamar Voz do Brasil. Atualmente, os primeiros 25 minutos da Voz do Brasil são produzidos pela Radiobrás e gerados ao vivo, via Embratel, para todo o Brasil. - 13 - Em 1937, na ditadura de Vargas, por meio do Departamento de Imprensa e Propaganda, divulgou-se a política do Estado Novo e foi criado o Serviço de radiodifusão Educativa. “A concessão dada pelo governo estipulava que as emissoras, no primeiro ano de funcionamento experimental, não podiam veicular comerciais” (CONTIJO, 2004, p. 358). O avanço da publicidade se deu nos seguintes moldes, para as emissoras existentes: no primeiro ano não se veiculava comerciais. A mensagem publicitária se dava de improviso. Depois veio o texto de locução gravada, com texto parecido com os atuais spots publicitários. Mais tarde os jingles, mensagens musicadas, envolvendo grandes nomes da música. A Coca-Cola, Pneus Good Year, Johnson, Kolynos, consideraram que o rádio era o principal veículo a ser utilizado e passaram a deixar suas divulgações na mão de agencias especializadas em comunicação. “Em dezembro de 1937, existia um aparelho de rádio para cada 240 habitantes no Brasil. Só em São Paulo, segundo pesquisa da Lever, havia 80 mil aparelhos, que correspondiam a 60% dos lares da capital” (CONTIJO, 2004, p. 361). Em 1945 já havia mais de um milhão de receptores. Na década de 1940 o rádio se consolidou como veículo mais popular com o jornalismo do Repórter Esso e a radionovela Em busca da felicidade. Havia também os humorísticos. Em 1948 foi implantada uma seção de reportagens. Em 1952 o material jornalístico era difundido pelas rádios. Em 1955 havia 477 emissoras. No final da década de 1960 já existia o jornal especializado em reportagens externas. Em 1960, o contingente do rádio migrava para a TV e iniciaram-se as estações FM. 2.2 O Rádio Hoje Hoje, segundo Contijo (2004), é cada vez maior a quantidade de rádios monotemáticos (sertanejo, pop, MBP, clássica, religiosa, entre outras). Mas a grande revolução é atrelada à informática e para a era digital. Assim, o rádio continua coexistindo coma s novas tecnologias e tem seu lugar ao sol, pois está presente na casa de nove em cada dez brasileiros, é influente na cultura e na política, tem enorme apelo sobre os jovens e revela estrelas do showbiz. - 14 - Conforme artigo da Revista veja (2005), a influência do rádio chega à indústria fonográfica, à política (45% das emissoras pertencem a políticos), aos grupos religiosos (35%). O problema atual é a questão do faturamento, que é apenas 4% do bolo publicitário nacional. São 3647 estações de rádio espalhadas pelo Brasil. Segundo o Ministério das Comunicações (2006), os formatos das rádios brasileiras compreendem: bossa nova, católicas, formula 1, esportes, forró, gospel, jornalismo, MPB, música gaúcha, POP rock, sertaneja, velha guarda, WEB rádios. São mais de 9000 emissoras cadastradas em todo o Brasil, incluindo as webrádios. O Plano Básico de Radiodifusão é a relação de canais aprovados pela ANATEL para todo o país com as respectivas características. As modulações de rádio são duas: AM (ondas médias, curtas e tropicais) e FM normal e educativa. A legislação vigente é a Lei 4.117 de 62, Código Brasileiro de Telecomunicações, com decretos, portarias, normas e instruções normativas posteriores. As áreas de serviço podem ser local, regional e nacional, com horário limitado ou ilimitado. Os serviços de radiodifusão podem ser comerciais, comunitárias educativas e retransmissão e repetição de televisão. A rádio comunitária é um tipo especial de emissora de rádio FM, de alcance limitado a, no máximo, 1 km a partir de sua antena transmissora, criada para proporcionar informação, cultura, entretenimento e lazer a pequenas comunidades. A lei nº 9.472 de julho de 1997 dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. Alguns pontos importantes desta Lei: a) compete à União, através da ANATEL, organizar a exploração dos serviços de telecomunicações: disciplinamento, fiscalização da execução, comercialização e uso dos serviços e da implantação e funcionamento de redes de telecomunicações, bem como da utilização dos recursos de órbita e espectro de radiofreqüências; b) cria-se Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), com a função de órgão regulador das telecomunicações, com sede no Distrito Federal, podendo estabelecer unidades regionais. Segundo a ANATEL: Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de - 15 - símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons. Conforme a ANATEL, segundo pesquisa IBGE, 2004, há 45.430.369 lares com rádio no Brasil e 2.435 rádios FMs comerciais, 1.709 AMs comerciais, 2.548 comunitárias, somando 6.692 emissoras. O projeto de Lei do Senado nº 218, de 2001 Cria linha de crédito especial do BNDES para o financiamento da modernização do setor de radiodifusão e o financiamento destinar-se-á exclusivamente à compra de equipamentos de radiodifusão, pois a tecnologia de radiodifusão está migrando do sistema analógico para o digital e as emissoras de rádio do País, principalmente as situadas no interior do Nordeste, estão enfrentando enormes dificuldades estruturais, sobretudo pela incapacidade financeira de promover a renovação tecnológica exigida nos tempos atuais. Enquanto 15 grandes rádios comerciais do Brasil testam o padrão de rádio digital Iboc e importam equipamentos com a autorização do governo há praticamente um ano, as emissoras pequenas, públicas e comunitárias estão marginalizadas deste processo. A maioria delas não sabe como irá financiar sua transição para o mundo digital se o governo resolver implantar no Brasil a tecnologia norte-americana, mais cara que as demais, sem considerar outras opções e sem fazer um debate mais aprofundado sobre o futuro do rádio no País. (MARINI; GORGEN, 2006, p. 1).Menos complexo que a tecnologia digital da televisão, o desenvolvimento de uma solução nacional para o rádio pode ser uma saída para uma solução que não comprometa a saúda financeira das emissoras. Em Santa Rita do Sapucaí (MG), pólo industrial do setor de equipamentos de radiodifusão, existe alternativa concreta ao Iboc. Uma das empresas já desenvolveu um transmissor nacional, aberto, batizado de DSHP (Digital System High Performance). Segundo o engenheiro de telecomunicações Júlio Prado Rocha, diretor da Teclar Equipamentos Eletrônicos, o padrão mineiro é mais moderno e eficiente que o Iboc e tem a vantagem de ser um produto nacional. (ibid p. 2). A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) (2006) existe desde 1935 para defender os interesses da radiodifusão no Estado de São Paulo e sua função é incentivar novos mercados, otimizar a eficiência e garantir a credibilidade do setor. Desde sua fundação, a entidade vem desenvolvendo um papel fundamental e de conquistas junto ao poder público com reformas e medidas legislativas e regulamentares para garantir e fortalecer aos interesses da categoria. A AESP promove o intercâmbio com entidades representativas e, também, incentiva e defende a liberdade de informação, da expressão do pensamento e da propaganda comercial. - 16 - Conforme a Empresa Brasileira de Seminários & Congressos (EMBRASEC) (2005), o 23º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), aconteceu em Brasília, entre os dias 17 e 19 de maio de 2005 e reuniu cerca de 1.500 empresários do rádio e da televisão. A EMBRASEC ficou com a responsabilidade de comercializar e organizar uma moderna e profissional exposição de equipamentos e serviços. Equipamentos da mais avançada tecnologia em radiodifusão foram exibidos por 42 empresas. Exemplo de uma empresa de produtos de radiodifusão: SARATEL. É uma empresa Brasileira formada a partir da união para o mercado Brasileiro de duas grandes empresas ligadas ao setor de equipamentos de radiodifusão, a Luso - Brasileira ABSS - BROADCAST e a espanhola SERATEL TECHNOLOGY. Juntas, estas duas empresas tem vindo a desenvolver equipamentos que visam sobretudo suprir os mercados Brasileiro e Latino Americano de um conjunto de soluções capazes de contribuir de forma positiva e eficaz para o desenvolvimento das Emissoras de Radiodifusão aí instaladas, recorrendo para isso, para além de suas linhas próprias de equipamentos a toda uma gama de soluções apresentadas pelos principais fabricantes mundiais de equipamentos para Broadcast como é o caso da Espanhola AEQ, da Italiana AEV e muitos outros dos quais a Seratel é representante exclusiva. Produtos: sistemas de automação, transmissores AM e FM, excitadores analógicos e digitais FM, geradores de estéreo, codificadores e processadores de áudio, consoles, híbridos, microfones, processadores de voz e efeitos, placas de áudio, instrumentos de medição, RDS (rádio-transmissão de dados). Confiabilidade, simplicidade e rendimento superior são as constantes que inspiram o desenho de todos os produtos da empresa. Referências: Rádio Justiça (Supremo Tribunal Federal); Radiobrás; ABERT (Assoc. Brasileira de Emissoras de Rádio e TV). A Seratel disponibiliza aos utilizadores dos seus sistemas e serviços, um eficaz suporte técnico, 24 horas por dia, 365 dias por ano, pois compreende a necessidade de um serviço de suporte, capaz de dar resposta rápida às dúvidas e avarias relacionadas com os seus produtos. - 17 - CAPÍTULO 3 – PRODUÇÃO GRÁFICA Ferreira (2004) coloca que produção gráfica é a atividade ou setor de uma agência de publicidade responsável por: viabilizar, acompanhar e fiscalizar a confecção de matrizes, acabamento e impressão de peças gráficas; se relacionar com os fornecedores de serviços pertinentes à produção de peças gráficas: serviços de composição, editoração, fotolitos, clichês, laboratórios fotográficos, entre outros. Em uma agência, o setor de produção gráfica se relaciona constantemente com os setores de criação artística e o de mídia para o desenvolvimento das peças gráficas. São competências de um produtor gráfico: a) autonomia – deve ser capaz de gerenciar e compreender todas as etapas da viabilização de um impresso; b) capacidade de diálogo – com fornecedores, com a criação, com a mídia; c) capacidade técnica – conhecer profundamente todas as etapas de produção de um impresso; d) disponibilidade para aprender – as artes gráficas evoluem rapidamente com a inserção de procedimentos digitais; e) meticulosidade e atenção – os detalhes fazem toda a diferença na execução de impressos de qualidade. 3.1 Como produzir um jornal Bahia (1980) aponta que o jornalismo moderno é peça do complexo industrial e serve a uma sociedade de consumo. A sua organização é a de uma empresa e que exige máquinas, material administrativo específico e pessoal especializado. “Certas leis regem o jornalismo e se aplicam, invariavelmente, a todos os seus meios. O fato, a novidade, a surpresa, a atualidade, são leis do jornalismo” (BAHIA, 1908, p. 40). Para Amaral (1978), nos tempos atuais, deve-se levar em conta que o leitor não dispõe de muito tempo para ler e o público é muito variado. O leitor quer ser informado ao ler um jornal e exige informações seguras, confiáveis e numa linguagem adequada, pois cada jornal tem sua destinação própria, faixa de leitores, estilo. O jornal precisa causar comunicação. “A comunicação é processo rigorosamente controlado para conduzir de um nível a outro uma mensagem estruturada, um dado pronto, constituído, imediato. Ela não cria mensagem, apenas transmite. (Amaral, 1978, p. 55). - 18 - A noticia jornalística é definida por Amaral como informação atual, verdadeira, carregada de interesse humano e capaz de despertar a atenção e a curiosidade de grande numero de pessoas. Assim, os atributos mais importantes do jornal incluem: atualidade (o que há de novo?), veracidade (evitar infiltração de mentira), carga de interesse (prenda a atenção e tenha a ver com a realidade do leitor), raio de influência (área em que se desperta interesse). Uma boa redação de jornal precisa apresentar: orações breves, palavras curtas, vocábulo usual, estilo direto, uso de termos afins, verbos de ação, forma ativa. As interrogações para a redação são: quê? Quem? Onde? Quando? Como? Por quê? Considerações sobre a produção do jornal: a) lead – o parágrafo que conduz a notícia, que deve ser sintético, vivo e leve para iniciar a notícia e chamara atenção do leitor; b) texto-legenda – palavra que, como o título, comentário ou explicação, acompanha uma gravura, sendo uma frase curta, duas ou três palavras apenas; copy-desk – mesa de revisão prévia. O profissional designado para a cobertura tem por obrigação saber, em linhas gerais, do que se trata e, antes de deixar a redação, convém traçar um plano de ação, esboçar possíveis questionários e procurar informar-se de detalhes que lhe poderão ajudar no desempenho da reportagem. No local, seu trabalho é reunir material para o que vai escrever, entrevistar testemunhas, tomar nota de discursos, e tudo isso requer atenção e cuidado, a fim de não ser envolvido por falsas informações. (AMARAL, 1978, p. 78). Quanto à entrevista, o mesmo autor coloca que a entrevista cabe ao jornalista e se ele não tiver conhecimentos gerais a respeito do entrevistado, não dominar, de certo modo, o tema abordado, se não souber fazer indagações e não conduzi-la com inteligência, as chances são poucas de obter material interessante ao leitor. Um ponto muito importante de uma reportagem é o título, ou seja, a designação que se põe acima da matéria e que chama a atenção do leitor. As características exigidas são: palavras curtas, usuais, colocadas em estilo correto. Deve ser claroe corresponder exatamente ao conteúdo do texto que ele resume e interpreta. Para cobrir material tecnológico, o jornalista precisa ler jornais e revistas científicas, visitar exposições, estar a par de novidades científicas, participar de seminários e cursos entre outras iniciativas. - 19 - Amaral (1978) fala do editorial (ponto de vista oficial da empresa). O editorial dá o tom de nobreza à página e valoriza tópicos e notas publicados. É um ensaio curto e embebido do senso de oportunidade e seu maior defeito é o ataque pessoal. A crítica, no jornal, tem a ver com a emissão de julgamento sobre algo. O crítico precisa conhecer a matéria que trata, ser um estudioso, estar em dia com tudo o que se refira à sua especialidade. Sus juízos devem refletir o resultado de profundo saber, nunca uma opinião por conta do “achar que”. Qualquer jornal brasileiro importante cultua o colunismo, que contribui para o jornalismo de serviço público. Há excelentes profissionais bem informados e capazes de oferecer ao público coisas mais interessantes. A primeira condição do colunista é conhecer grande números de gente importante, circular livremente nas salas de pessoas importantes e ter informantes. Para concluir, segundo Antonelli (2005), para um jornal resistir com dignidade não deve ceder ao mercado. Deve, sim, resgatar a alma jornalística. Aquela que poucos profissionais lembram: o compromisso social do meio com a sociedade. Para isso acontecer é necessário aliar talento, competência e dever social. As reportagens devem ser concisas e ao mesmo tempo recheadas de dados. Não se pode esquecer de citar nada e cuidar com as palavras e os termos usados. O jornalista deve investir em seu talento, criatividade, competência e compromissos sociais, enfim, tentar fazer um jornal novo, completo e isento. 3.2 Publicação segmentada As publicações segmentadas ou técnicas são recomendadas à medida que têm adequação com o objetivo de comunicação, com o target que o cliente quer atingir. É esperado que este tipo de revista tenha baixa tiragem porque estes universos são muito específicos. O principal atrativo é a possibilidade de o anunciante poder falar diretamente com um público específico, dando maior precisão à sua comunicação. Para isso, o veículo deve conhecer profundamente as preferências, poder de compra, atitudes e hábitos de compra e localização geográfica de seus leitores, disponibilizando essas informações para o mercado anunciante. - 20 - 3.2.1 Tipos de publicação A questão maior da publicação segmentada passa fundamentalmente pela necessidade das agências realizarem uma análise técnica para seleção do veículo, baseada em dados fidedignos, visando obter os melhores resultados para os investimentos. As editoras de jornais segmentados e técnicos devem direcionar seus esforços na qualificação de seu público, conhecendo profundamente seu perfil. Os jornais segmentados ou técnicos são recomendados à medida que têm adequação com o objetivo de comunicação, com o alvo quer se quer atingir. Este tipo de jornal tem baixa tiragem porque estes universos são muito específicos. O primeiro e principal atrativo é a possibilidade de o anunciante poder falar diretamente com um público específico, dando maior precisão à sua comunicação. Para isso, o veículo deve conhecer profundamente as preferências, poder de compra, atitudes e hábitos de compra e localização geográfica de seus leitores, disponibilizando essas informações para o mercado anunciante. As publicações segmentadas são rentáveis. Do ponto de vista qualitativo, permitem esse diálogo próximo com o público-alvo. Do lado financeiro, facilitam uma medição mais detalhada do pós-venda, por meio de canais de marketing direto. Novamente, o importante é a sistematização do levantamento de dados. (ARAUJO, 2005, p. 4). 3.3.2 Radio World Tendo como referência o jornal segmentado para radiodifusão Radio World para a América latina - Chile (2005), os editoriais incluem: noticias internacionais, novidades tecnológicas, produtos e especificações técnicas, eventos, linha direta, nota comercial, promoções, feira de produtos, prêmios e personalidades, história, curiosidades, programas, play list (principais músicas tocadas no rádio), anúncios, dicas, informes especiais, guia do comprador, manutenção, classificados, entre outros. Exemplo de editorial dentro do Radio World: Tipo – evento Título – O 23º Congresso Brasileiro de Radiodifusão Frases importantes – a) Segundo o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABERT), Pizani, foi o maior congresso realizado em 42 anos; b) - 21 - Simultaneamente ao congresso ocorreu a 20ª Exposição de equipamentos e serviços promovida pela Empresa Brasileira de Seminários e Congressos (EMBRASEC) e entre as empresa expositoras estavam Apoio Rádio Técnico, Continental Eletrônica, MTA Eletrônica, Forts Engenharia, Ideal Antenas, Sennheiser, Eurobrás, Seratel, Tecla; c) O evento reuniu aproximadamente 1500 profissionais do setor de rádio e TV. Seguem dados sobre publicidade e veículos de comunicação, para uma melhor compreensão do valor do jornal como meio publicitário: Gráfico 1: Participação dos meios no bolo publicitário Fonte: Jornal ANJ ago. 2006 – segundo Correia Junior 3.3 Editorias Editoria é uma seção especializada em determinado setor (esporte, polícia, arte, meio ambiente, entre outros). Editorial é um texto com a opinião da publicação. Não vem assinado e geralmente, localiza-se diariamente na 2ª ou 3ª página do jornal. 3.3.1 Guia sobre Produtos Segundo a Associação de Publicações (ANATEC) (2006), num jornal segmentado para o setor de radiodifusão, uma editoria importante é um guia sobre produtos e suas características técnicas, que tem sua relevância no oferecimento de informações técnicas sobre componentes e produtos de fornecedores nacionais e internacionais, trazendo endereços da matriz e de escritórios de vendas dos fabricantes, 61,70%17,50% 8,30% 12,90% TV aberta Jornal Revista Outros - 22 - de distribuidores de componentes e produtos. Esta editoria é importante para setores empresariais tais como: engenharia de projetos, compras, pesquisa e desenvolvimento. 3.3.2 Serviço de Valor Adicionado Outra editoria importante é o de serviço de valor adicionado, que serve como guia de empresas envolvidas com desenvolvimento de serviço de valor agregado, com portfólios de produtos e serviços de desenvolvedores e agregadores de conteúdos, sendo muito útil para Profissionais das operadoras de rádio, desenvolvedores de aplicativos, e demais interessados no mercado de radiodifusão. 3.3.3 Manutenção e Tecnologia Em se tratando de área segmentada, é importante ter uma editoria que aborde manutenção e tecnologia, em que existam matérias e reportagens vinculadas à manutenção e tecnologia de equipamentos de radiodifusão, muito útil para usuários de equipamentos e pessoal responsável pela manutenção. 3.3.4 Publicidade Certamente que a publicidade é uma editoria essencial para um jornal e, além de ser a fonte de recursos financeiros, ela se assume como utilidade pública na medida que contribui com uma relação de qualidade entre cliente e fornecedor. Correia Junior (2006) coloca que: O jornal é o meio de informação mais utilizado pelas pessoas que já se decidiram por uma compra, como a maneira mais eficaz de obter informações sobre produtos e serviços, bem como a respeito da idoneidade das empresas. Ou seja: leitores e não-leitores recorrem ao jornal quando querem comprar e precisam se informar a respeito de produtos e serviços. Além disso, metade dos entrevistados que utilizam o jornal para se informar sobre produtos, serviços e empresas, acabam tendo um contato com o vendedor, o que valida o meio como um excelenteretorno aos anunciantes. (p. 1). - 23 - O Instituto Ipsos-Marplan, conforme Correia Junior, aponta que a mídia mais utilizada para decisão de compra é o jornal + encarte (55%). Seguida pela televisão. Cabe ao meio Jornal mostrar aos anunciantes de que modo suas marcas podem chegar aos consumidores por intermédio de suas páginas. 3.3.5 Eventos Os eventos também figuram como elemento relevante em termos de editoria, pois por meio deles o leitor tem contato com atualizações tecnológicas, soluções e condições exclusivas de negócios, descobrindo o que pode ser importante para o futuro dos negócios. Segundo a Empresa Brasileira de Seminários e Congressos (EMBRASEC) (2006), os eventos possibilitam informações sobre produtos de qualidade e marcas de tradição, e que através de palestras e apresentações as organizações demonstram o seu diferencial tecnológico, a sua influência e importância no mercado e nos negócios, as suas vantagens e benefícios de médio e longo prazo, bem como preço promocional, linhas de financiamento e condições especiais. 3.3.6 Personalidades Num jornal não pode faltar a editoria de personalidades, pois uma linha direta com eles traz ao leitor visões de mundo, opiniões, saberes, influências, entre outros. Por meio de uma entrevista, por exemplo, a personalidade fala sobre desafios, sua história, transformações, planos, futuro, informações específicas, entre outros. 3.3.7 Avanços Tecnológicos A editoria sobre avanços tecnológicos tem lugar destacado em um jornal segmentado para a radiodifusão. A proposta é a de publicar artigos de interesse permanente versando sobre pesquisa, desenvolvimento e projeto. A seção Tecnologia deve ser projetada para documentar aplicações de engenharia moderna, ou avanços - 24 - gerais da indústria. Na verdade, o editorial sobre tecnologia proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas, o que gera um maior intercâmbio global de conhecimento. É importante ressaltar que no caso de tecnologia, é importante publicar artigos revisados por um corpo editorial de excelência e que domine o assunto, para oferecer conteúdo de alta confiabilidade. 3.3.8 Curiosidades Pode-se colocar, também, a editoria sobre curiosidades, que serve para relaxar o leitor, colocando-o diante de informações que ampliam a compreensão sobre temas específicos. 3.3.9 Play List Há ainda o play list, que é uma lista de músicas mais tocadas e que serve de referência para Disk Jóqueis (DJ), compra, realização de festas e eventos musicais, entre outros. O play list pode mostrar o hit parade internacional, as 10 mais do País, o Rock- pop, nivelando informações sobre rádios e suas programações. 3.4 Linguagem Amaral (1978) coloca que o emprego de determinada linguagem no jornal pressupõe estudo anterior de mercado, pois é necessário saber o tipo de público, nível escolar, necessidades imediatas, gostos e costumes. Porém, acima de tudo, o mesmo autor salienta que: Para quem manipula a informação jornalística, tais considerações servem de guia. Porém, a clareza desempenha papel fundamental e, para um técnico em informação, nada pior do que o leitor acabar de ler uma matéria, demonstrar desapontamento e dizer: “Não entendi”. (AMARAL, 1978, p. 54). O mesmo autor fala da questão do estilo, que deve ser compreendido como o conjunto de características de um escritor em particular. No caso do jornal, não é - 25 - adequado um estilo apressado, impreciso e incorreto, sem qualquer preocupação de forma ou conteúdo. O estilo jornalístico deve ser claro, plano, fácil, acessível e relevante em termos de informações. Para Carvalho (2006), não há uma linguagem jornalística específica, pois a especificidade é feita de acordo com o assunto. Porém, existem algumas regras fundamentais, ou seja, evitar falar demais e fugir do assunto, usar linguagem de fácil acesso ao leitor-alvo. Para escrever de forma simples, e de preferência ser entendido por todo mundo, é preciso ter objetividade na linguagem, tratar do assunto com uma certa linearidade, sem perder qualidade de conteúdo. É preciso usar frases curtas, que digam diretamente o assunto, e uma linguagem que caracterize imediatamente os resultados, mas que não abra mão de suas causas. Para isso, existe o sintagma, a capacidade que todos nós temos e que o jornalista deve ter, de usar o mínimo possível de palavras para dizer o máximo em uma mensagem. (CARVALHO, 2006, p. 1). Segundo Lage (2005), Ao folhear um jornal o leitor não analisa a forma estética, a linguagem ou a produção de um canal de informações, pois o que realmente interessa para ele é ter o texto de forma clara e objetiva. O autor ressalta que a prioridade de todo canal informativo deve ser a credibilidade e simplicidade. Não interessa o recebimento de elogios do tipo "que notícia bem escrita" ou "que ótimo ângulo". Basta o público se motivar, entender e ser capaz de formar opinião, e o objetivo será alcançado. Lage ressalta que a informação deve ser transmitida de maneira direta, interessante e ágil, pois até o fim do dia, ela se torna como um papel em branco, condenado a ser um reles maço de papéis para ser descartado brevemente. 3.5 Gráfica Silva (1985) coloca que Diagramar consiste em determinar a disposição dos elementos em uma página – legendas, ilustrações, textos, títulos etc. Essa tarefa é executada pelo diagramador. Enquanto a paginação tem a ver com a montagem de títulos, notícias e fotos, a diagramação é a consciência dos elementos gráficos com - 26 - estética. A diagramação permite que a informação seja barata, clara, humanizada e atraente. As decisões mais importantes a serem tomadas no ato da diagramação, são normalmente formuladas sobre os seguintes aspectos básicos: as idéias que as palavras deverão representar; os elementos gráficos a serem usados; a importância relativa das idéias e dos elementos gráficos e a ordem de apresentação. (SILVA, 1985, p. 43). Alinhamento tem a ver com a forma de organização de colunas de texto, cujas linhas podem ser alinhadas à esquerda, à direita, centralizadas ou justificadas. O boneco apresenta gramatura do papel, tipologia, imagens, entre outros, da forma como se deseja utilizar em sua versão final. A elaboração de um boneco é fase fundamental para o lançamento de publicações periódicas. A forma de designar a tipologia utilizada é em letras minúsculas (caixa-baixa) e em letras maiúsculas (caixa-alta). Corpo é a medida de tamanho das fontes. Quanto maior o corpo, maior o tamanho da letra (exemplo, 12, 15, 20, podendo ser até 72 ou mais). Tipologia (que significa estudo dos tipos) é o conjunto de caracteres tipográficos, que também são conhecidos como fontes. Elas admitem algumas variações de estilos, tais como itálico, negrito, sublinhado etc. Alguns exemplos de tipologia são a Times New Roman (aaaaaaaaaaaa), Arial (aaaaaaaaaaaa, Garamond (aaaaaaaaaa). A denominação completa de uma fonte tradicionalmente inclui sua família (ex. Lucida), variação (Bold) e corpo (24). Box vem a ser um recurso editorial que se reveste de forma gráfica própria. Um texto que aparece na página entre fios, sempre em associação íntima com outro texto, mais longo. Pode ser uma biografia, um diálogo, uma nota da redação, um comentário, um aspecto pitoresco da notícia. Coluna é uma seção de jornal assinada ou não, tratando de temas ligados à editoria ou seção. Podemos encontrar colunas nas seções ou editoriais de política, economia, artes, agricultura, esportes, etc. Muitas vezes, uma nota numa coluna de prestígio repercute mais do que uma reportagem no mesmo veículo. - 27 - Intertítulos são pequenos títulos colocados no meio do texto. Esse artifício é usado para tornar o texto menos denso. Há publicações que preferemdestacar frases retiradas do texto para colocar nos intertítulos. Infográfico é um artifício gráfico que envolve imagem e pequenas informações de texto que se complementam. Legenda é uma linha de texto colocada sob a foto. Artifício adicional para destacar o tema da matéria. Quadro é um box para explicar determinada informação da matéria. Standard é o tamanho padrão dos jornais. Mede 54 x 33,5 cm. O único caso no Brasil de jornal que conseguiu sucesso sem ser standard é o Zero Hora, de Porto Alegre, publicado em tamanho tablóide. O tamanho tablóide é a metade do standard. Tabelas são gráficos numéricos dispostos ordenadamente. Bounding box (caixa de contorno) em softwares de ilustração e paginação, é uma caixa retangular que surge sobre um objeto selecionado; é formada por quatro ou oito pontos de controle que são manipulados para distorcer, mover, girar etc. Alguns problemas em arquivos fechados (rotação e corte irregular) podem ser resolvidos alterando-se os valores numéricos associados a esses pontos de controle. Cícero é uma medida tipográfica utilizada para o comprimento de uma linha em relação à altura da página correspondente. Um cícero equivale a 1/4 de polegada (aprox. 6,35 milímetros). Corpo é um termo que originalmente descrevia o tipo de chumbo usado na impressão tradicional. No DTP (Desktop Publishing = editoração eletrônica), corresponde à distância em pontos do topo da letra mais alta até o pé da mais baixa, mais o espaço adicional que pode ser ocupado pelos acentos. Dependendo do estilo do caractere e da programação da fonte, o mesmo corpo pode corresponder a diferentes alturas de letras. Quanto ao papel, A4 é um formato-padrão internacional com medida de 21 cm de largura por 29,7 cm de altura. A3 com medida de 42 cm de largura por 29,7 cm de altura. Dobrado ao meio, obtém-se o formato A4. O fomato carta apresenta medida de 21 cm de largura por 28 cm de altura. Gramatura é uma das características do papel, que designa a sua espessura. Essa medida é registrada em gramas por metro quadrado da folha de papel (exemplo: 75g/m2, papel médio, 180g/m2, papel tipo cartão). Usa-se baixas gramaturas no miolo de livros - 28 - ou revistas e altas gramaturas em capas, folhetos, calendários e demais materiais que exijam alta resistência externa. Layout é a materialização da proposta visual dos elementos – tipologia, cores, estilo de ilustração etc – que compõe o produto. Paginar significa ordenar as páginas de um produto impresso, designando o conteúdo de cada uma delas. Em veículos de comunicação, a pauta é o roteiro dos fatos que devem compor as matérias e que determina também a forma como cada tema deverá ser tratado. As cores fundamentais dos sistemas de impressão e métodos de produção de imagem que utilizam tintas são: ciano (azul turquesa), magenta (cor de rosa) e amarelo. O trio ciano+magenta+amarelo deveria sozinho reproduzir todas as cores subtrativas, mas misturas totais das três tintas não produzem o preto, além de sobrecarregarem a impressora. Por isso, existe uma quarta tinta de impressão, a preta, que substitui parcialmente as outras três nos tons mais escuros. Pantone são também conhecidas como cores "sólidas". O nome Pantone, na realidade, refere-se a uma marca de tinta, cuja variedade de cores institucionalizou em todo o mundo, e pode ser identificada por códigos. É devido ao Pantone que uma multinacional consegue, por exemplo, manter, em qualquer gráfica do mundo, a fidelidade da impressão das cores de seu logotipo. - 29 - CAPÍTULO 4 – JORNAL SEGMENTADO PARA RADIODIFUSÃO Neste capítulo final há a integração de todos os saberes teóricos e práticos quando da concretização de um jornal segmentado para radiodifusão. A necessidade de uma circulação dirigida faz parte das exigências do mundo moderno, em que a disponibilidade de tempo é cada vez menor, principalmente para a leitura, aliado ao custo elevado da comunicação publicitária. O mercado jornalístico está segmentado. Hoje, em uma campanha de propaganda, o anunciante quer saber precisamente a quem está se dirigindo, conhecer bem o perfil do leitor-consumidor. Essa necessidade de marketing beneficia as publicações destinadas a segmentos específicos. Além disto, os profissionais do Rádio precisam de veículos de comunicação escrita que vão ao encontro de suas variadas necessidades, que os mantenham atualizados, que oferecem oportunidades tecnológicas, dicas, informações relevantes. 4.1 Características do Jornal Título: Jornal do Rádio Circulação: mensal/ dirigida Linha editorial: informações atualizadas do mundo do Rádio, com novos produtos, dicas tecnológicas, eventos, manutenção e tecnologia, entre outros Perfil do leitor: diretores de emissoras de rádio, fabricantes e revendedores de equipamentos de radiodifusão, órgãos do governo e agencias de propaganda Tiragem: 1500 exemplares Formato da publicação: Formato Carta 8,5 x 11 polegadas Papel: Coche Brilho - 115 gramas 4x4 Orçamento: 11/12/06 - R$ 1.840,00 (Gráfica Copcentro (12) 3921-0078) 12/12/06 - R$ 1.630,00 (Gráfica Allcor (12) 3942-2323) Data de circulação: 15º dia do mês Tipo de impressão: Off-Set – Aceita encartes Homepage: www.jornaldoradio.com.br - 30 - 4.2 Página 1 Janeiro de 2007 Ano 1, Nº 1 JORNAL DO RÁDIO Equipamentos de Radiodifusão EVENTOS Acontece de 14 a 19 de abril de 2007 o principal evento mundial de televisão e rádio, a National Association Of Broadcasters, a NAB 2007, na cidade de Las Vegas, EUA. A superfeira promovida pela associação das emissoras norte- americanas reúne os principais elementos da mídia eletrônica. Ver NAB 2007, página 5 As unidades de DRM cada vez mais As unidades de DRM cada vez mais As unidades de DRM cada vez mais As unidades de DRM cada vez mais pertopertopertoperto Por Lawrie Hallet Norwich, Inglaterra Desde seu lançamento oficial em junho de 2003, o Digital Radio Mundial (DRM) apresenta avanços impressionantes com a introdução nos setores convencionais. No que concerne à difusão, segundo o site Web de DRM, aproximadamente 65 radiodifusoras líderes transmitem regularmente a saída de DRM. Quanto ao receptor, não há mais fabricantes pequenos como o Mayah e o Coding Technologies, que progrediam bastante. Hoje, entretanto, os fabricantes de chipsets e de software de maior envergadura estão entrando em cena, ansiosos por encorajar os fabricantes de receptores para que o público em geral incorpore a capacidade do DRM e seus projetos. A RadioScape, especialista em software de radio digital do Reino Unido, reafirmou sua ligação com a Texas Instruments (TI), fabricante de micro-chips nos Estados Unidos e anunciou planos para desenvolver Ver DRM na pág. 6 Os melhores usam o melhor BROADCASTING EQUIPMENTS Guia do Comprador A Teletronix ajuda na compra de Link de UHF, Processador, Transmissor de FM. Está na página 7. Radiodifusores Aguardam 2007 Com otimismo. Pág. 3 Informes de Tecnologia Pág. 8 Pág. 4 Em "Perfil" você vai encontrar as histórias da gente do Rádio. Os pioneiros da radiodifusão. Neste número Roquette Pinto. PERFIL Esta edição é distribuída para os leitores do Vale do Paraíba. www.jornal.rádio.com.br - 31 - 4.3 Página 2 Conhecimento é potência - 32 - 4.4 Página 3 Janeiro de 2007 Jornal do Rádio3 Mais um ano que chega e as esperanças de dias melhores se renovam. Em sua esmagadora maioria, radiodifusores ouvidos por Jornal do Rádio acreditam que 2007 será marcado pela reativação do mercado – o espetáculo do crescimento como afirmou o presidente Lula. As opiniões são as seguintes: A rede Transamérica de Comunicações tem motivos para estar otimista. “No ano passado, conseguimos crescer em torno de 18% em relação a 2005, e as previsões é de uma significatoiva melhora da situação do Brasil em 2007”, relata Luiz Guilherme Albuquerque, diretor-superintendente. Este ano, a rede fará a cobertura dos Jogos Pan-Americanos, o que irá garantir uma renda extra. “Já vendemos quatro cotas masters de um total de seis”, conta Luiz Guilherme. CAPA Acácio Luiz Costa, diretor da Rede Band, também está acreditando que 2007 será melhor ainda. “Estamos com o pensamento firme de que será um ano de aquecimento e intensificação dos investimentos em nosso negócio, esperamos conseguir crescer como vem acontecendo desde 1998.” De Bagé, Rio Grande do Sul, vem outra perspectiva otimista para 2007. João Henrique Gallo, diretor das Rádios Difusora AM e Delta FM, ressalta que a produção brasileira tende a aumentar. “Para a radiodifusão, já sentimos, a partir de abril deste ano, uma melhora considerável no faturamento”. “Vislumbramos que, em 2007, grandes negócios surgirão e conseqüentemente um aumento da mídia publicitária”. Rádio Digital O ministro das Comunicações informou que a questão do rádio digital é um assunto que já vem sendo estudado também por outros órgãos do Governo Federal. A expectativa da ABERT é que neste começo de ano, o governo defina o padrão de rádio digital. Para o presidente da ABERT, Daniel Pimentel Slaviero, a digitalização é uma questão de sobrevivência para o rádio que hoje está presente no dia-a-dia de 91% dos brasileiros. O rádio, a exemplo do que vem ocorrendo com a televisão, precisa entrar na era digital para se equiparar aos competidores do mercado. É uma questão de sobrevivência. A ABERT estuda o assunto desde 2001 quando, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações (SET), fundou o Grupo ABERT/SET de Rádio Digital. Atualmente, 15 rádios brasileiras operam em caráter experimental com o Sistema de Radiodifusão Sonora Digital, o IBOC. Radiodifusores prevêem bom 2007 ABERT DISCUTE RÁDIO DIGITAL COM MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES FM COMUNITÁRIA É o serviço de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada, operada em baixa potência e com cobertura restrita, outorgado a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço. Ato n.º 61667/2007-Anatel Outorga Autorização de Uso de RF à Associação Cultural Comunitária Taubateana, Radiodifusão Comunitária - RADCOMTAU, na localidade de Taubaté/SP, em caráter definitivo. - 33 - 4.5 Página 4 Janeiro de 2007 Personalidades 4 PERFIL Edgar Roquette Pinto nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, em 25 de setembro de 1884. Passou a infância ao lado dos avós, em uma fazenda próximo a Juiz de Fora.Aos 21 anos se formou em Medicina. Teve uma carreira vitoriosa como médico, mas logo partiu para a Antropologia. Foi membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira de número 17. Edgar Roquette Pinto faleceu no Rio de Janeiro a 18 de outubro de 1954, aos 70 anos. Fundou o Instituto Nacional de Cinema Educativo, a Revista Nacional da Educação, a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro e a Rádio Escola do Distrito Federal, atualmente Rádio Roquette Pinto. É considerado o "pai da radiofusão" no Brasil. Um dos episódios que justificam esse título se deu por ocasião da inauguração da Exposição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, a 7 de setembro de 1922, no Rio de janeiro, quando o rádio foi apresentado ao Brasil. Edgar Roquette Pinto se interessou de imediato pelos equipamentos e, sobretudo, pela "estação radiofônica" instalada no Corcovado. Já no começo de 1923, convicto de que era primordial fazer rádio no Brasil, conseguiu sensibilizar com suas idéias o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Dr. Henrique Morize e outros companheiros, nascendo assim, no dia 20 de abril daquele mesmo ano, a primeira estação de rádio do país, a SPE, posteriormente PRA-2, Sociedade Rádio do Rio de janeiro, atualmente Rádio MEC. Exposição Roquette Pinto um mestre brasiliano Entrada franca De terça a sexta-feira - de 9 às 20h Sábados e domingos, de 10 às 20h A Casa da Ciência da UFRJ fica na Rua Lauro Muller, 3, em Botafogo. Breve novo site da Roquette 94 FM radio94fm@gmail.com Telefone:(21) 2533 5727 Segundo a Empresa Brasileira de Comunicação (RADIOBRÁS), a Voz do Brasil, começou a ser veiculada no dia 22 de julho de 1935, no governo Getúlio Vargas. Sua primeira edição foi apresentada pelo locutor carioca Luiz Jatobá. Naquele período, chamava-se Programa Nacional. De 1934 a 1962, era levado ao ar com o nome de Hora do Brasil. A transmissão obrigatória do programa por todas as emissoras de rádio do país, em rede nacional, iniciou-se após 1938. Nos primeiros 25 anos, apenas os atos do Poder Executivo eram divulgados. Este perfil editorial mudou em 1962, quando o Congresso Nacional passou a integrar o noticiário. A partir de então, o Senado e a Câmara dividiram a segunda meia hora do programa. Também em 1962 ocorre a mudança de nome, com o programa passando a chamar Voz do Brasil. Atualmente, os primeiros 25 minutos da Voz do Brasil são produzidos pela Radiobrás e gerados ao vivo, via Embratel, para todo o Brasil. - 34 - 4.6 Página 5 Janeiro de 2007 NAB 2007 5 EVENTOS MAIOR SHOW INTERNACIONAL DE MÍDIA ELETRÔNICA NAB 2007: o maior evento mundial de Mídia Eletrônica A feira reúne todos os elementos de tecnologia de televisão, rádio e cinema, produção e pós-produção de filmes/vídeos, áudio, novas mídias, internet, streaming, banda larga, serviços sem fio, via satélite e telecomunicações. Atende a todas as empresas que atuam na área de multimídia eletrônica e telecomunicações. Serão mais de 1.500 expositores em uma área de 900.000 m2, além de diversas conferências que ocorrerão em paralelo à feira atendendo temáticas de Gerenciamento e Engenharia de Broadcasting, Produção e Pós-produção, Multimídia e Cinema Digital. Segundo os próprios organizadores da tradicional NAB, o que se vê de melhor no mundo da mídia eletrônica, acontecerá em Las Vegas, e vai ser lá outra vez, que mais de cem mil profissionais de 130 países se encontrarão, entre 14 a 19 de abril de 2007, para conhecer os lançamentos de 1.400 empresas de todo o mundo. As mudanças muito rápidas no setor de tecnologia, a competição pela eficiência e criatividade com o melhor custo operacional, é a principal preocupação atual dos grandes, médios e pequenos fabricantes do setor broadcast, em busca de um futuro promissor para todos os meios de entretenimento. A SERATEL É PARTICIPAÇÃO GARANTIDA NA NAB 2007 É uma empresa Brasileira formada a partir da união para o mercado Brasileiro de duas grandes empresas ligadas ao setor de equipamentos de radiodifusão, a Luso- Brasileira ABSS-BROADCAST e a espanhola SERATEL TECHNOLOGY. Juntas, estas duas empresas tem vindo a desenvolver equipamentos que visam sobretudo suprir
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