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Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-0 PowerPoint Slides to accompany Electric Machinery Sixth Edition A.E. Fitzgerald Charles Kingsley, Jr. Stephen D. Umans Chapter 5 Máquinas Síncronas Considerações Gerais A conversão eletromagnética de energia ocorre devido a variações do decorrentes do movimento mecânico. Como essa variação pode ocorrer?? Um grupo de bobinas, conectadas em conjunto, é referido comumente como enrolamento de armadura, e nas máquinas rotativas conduzem corrente CA; Enrolamento de armadura em máquinas CA (estator); Enrolamento de armadura em máquinas CC (rotor); Enrolamentos de Campo conduzem Corrente Contínua: Na Máquina Síncrona – está posicionado no rotor; Na Máquina CC – está posicionado no estator; Características construtivas do rotor e do estator das máquinas rotativas (Material ferromagnético de alta permeabilidade magnética, chapas finas laminadas e isoladas); Principais Tipos de Motores em C.A. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-4 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 4-4 Vista esquemática de um gerador síncrono monofásico com um único enrolamento e dois pólos. Figure 4.4 será assumido que a distribuição de fluxo magnético no entreferro é senoidal; As faces polares podem ser trabalhadas para tornar o fluxo mais próximo de uma forma senoidal (Componente fundamental); A frequência da tensão gerada depende da velocidade, e também do número de pólos da MS; Ondas de fluxo magnético e tensão gerada estão defasadas; Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-6 (a) Distribuição espacial da densidade de fluxo (b) Forma de onda correspondente a tensão gerada no gerador monofásico Fig. 4.4. Figure 4.5 Na próxima figura é mostrado uma MS de 4 pólos salientes. Quanto maior o número de pólos, menor é a velocidade de rotação do rotor (neste caso igual a velocidade síncrona do campo girante); Relação entre frequência elétrica e velocidade do rotor; Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-8 Vista esquemática de um gerador simples, síncrono, monofásico e de quatro pólos. Figure 4.6 A maioria dos sistemas de potência do mundo operam com frequências de 50 Hz ou 60 Hz; Pólos salientes é característica de geradores hidrelétricos, baixa velocidade, grande número de pólos; Turbinas a vapor ou a gás, operam com velocidades elevadas, os geradores acoplados a estas, tem rotor cilíndrico, geralmente de dois ou quatro pólos; Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-10 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-12 • Crie um quadro relacionando aspectos construtivos da máquina síncrona e da máquina CC: – Enrolamento de campo e armadura, comutador e anéis deslizantes, escovas, 2) Por que razão os geradores síncronos podem ser construídos com maior potência do que os geradores CC? Máquina Síncrona: Máquina CC: A maioria dos sistemas de transmissão de energia no mundo são trifásicos, portanto seus geradores também são trifásicos; Ou seja, são geradas três tensões defasadas de 120 graus elétricos no tempo; as bobinas do gerador são defasadas de 120 graus no espaço; O gerador pode ter varias bobinas por fase ligadas em série ou paralelo; As fases do gerador podem ser conectadas em Y ou ; Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-14 Vistas esquemáticas de geradores trifásicos: (a) dois pólos, (b) quatro pólos, e (c) ligação em Y dos enrolamentos. Figure 4.12 MS de pólos lisos com enrolamentos distribuídos X MS de pólos salientes com enrolamentos concentrados Melhor distribuição do fluxo no entreferro, componente fundamental mais próxima de uma função senoidal. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-16 M.S. Polos Salientes M.S. Polos Lisos • A máquina síncrona é aquela na qual uma corrente AC flui no enrolamento de armadura e uma corrente de excitação CC é fornecida ao enrolamento de campo. • Enrolamento de armadura localizado no estator, e é quase sempre trifásico; • Enrolamento de campo está no rotor (campo girante) ; • A máquina síncrona pode funcionar como motor ou como gerador (maior parte das aplicações é como gerador); Principais Aplicações das M.S. • Geração de energia (Usinas hidroelétricas, termelétricas, PCHs, centrais a diesel ou biomassa); • Acionamento de cargas com velocidade constante (motor); • Correção de fator de potência (motor); • Torque variável em velocidade constante; (motor) • Frequência gerada constante; Gerador síncrono: conversor de potência mecânica em potência elétrica: O G.S. quando fornece potência a uma carga, está atuando como uma fonte de tensão cuja frequência é determinada pela velocidade da máquina primaria (máquina motriz) TURBINA + REGULADOR DE VELOCIDADE Vídeo montagem estator ROTOR da M.S. polos lisos apresenta entreferro uniforme. polos salientes tem entreferro variável. Regiões interpolares Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-29 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-32 2 polos – 3600 RPM 4 polos - 1800 RPM 6 polos -1200 RPM - 60Hz - Vídeo montagem rotor MS O Motor Síncrono: O motor síncrono possui o estator idêntico ao do motor de indução trifásico, que ao ser alimentado por tensão alternada trifásica produz o campo girante constante, girando na velocidade síncrona. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-36 Partida de Motores Síncronos: Deve-se levar o rotor a uma velocidade próxima da síncrona, para posterior sincronização com o campo girante. Alguns dos meios para que isto aconteça são: 1) utilizar um motor acoplado ao eixo do MS, como máquina auxiliar, para levar o MS próximo da sua velocidade síncrona e a partir daí efetuar o sincronismo com o campo de armadura. 2) a utilização dos enrolamentos de compensação. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-37 O enrolamento amortecedor ou de compensação é usado para a partida do Motor, consiste de barras sólidas embutidas na superfície da face polar e curto-circuitadas em cada extremidade por meio de anéis, conforme mostra a figura. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-39 Vantagens dos Motores Síncronos: 1. Custo inicial está diretamente relacionado a potência da máquina; 2. Obter altos rendimentos quando opera com fator de potência elevado reduzindo a corrente solicitada pelo motor e consequentemente as perdas no cobre; 3. Obter correção de fator de potência em plantas industriais. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-40 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-41 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-42 Correção de Fator de Potência: Plantas industriais geralmente possuem predominância de cargas reativas indutivas tais como motores de induçãode pequeno porte ou motores operando a vazio, os quais requerem considerável quantidade de potência reativa (KVAR) consumida como corrente de magnetização. Embora seja possível usar capacitores para suprir a necessidade de potência reativa, também é possível utilizar motores síncronos para realizar esta compensação . Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-43 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-44 Por causa da sua fonte separada de excitação, os motores síncronos podem tanto aumentar o KW de base sem KVAR adicional (motor com FP 1.0), como não somente aumentar o KW de base mas também fornecer o KVAR necessário (motor síncrono operando sobrexcitado). O motor síncrono também pode operar no modo subexcitado, e desta forma, opera de modo semelhante ao motor de indução, ou seja, consome potência ativa e também reativa para a formação de campo magnético. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-45 • Exercícios: 1) Qual a função do enrolamento amortecedor no motor síncrono? 2)Qual a função dos anéis coletores na máquina síncrona? 3)Que diferenças há entre o motor síncrono e o motor de indução, em termos de fator de potência? 4) Um gerador síncrono tem velocidade nominal de 72 rpm e opera a 60 Hz. Determine o número de polos do gerador. 5) Repita a questão 4 para a frequência de 50 Hz. Os enrolamentos distribuídos no estator produzem ondas senoidais de FMM (forças magnetomotrizes) centradas nos eixos magnéticos das respectivas fases (A, B, C). As componentes fundamentais de FMM das três fases estão defasadas respectivamente de 120 graus elétricos no espaço. Cada fase é excitada por uma corrente alternada que varia de forma senoidal no tempo. Onde Im é o valor máximo de corrente e a origem do tempo é tomada arbitrariamente como sendo o instante em que a fase A é máxima positiva. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-49 FMM de uma fase de um enrolamento trifásico distribuido de dois pólos com bobinas de passo pleno. Figure 4.20 Fator de enrolamento Ke Multiplos polos Nf – número de espiras em série por fase Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-50 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-51 • O fator 4/ surge da análise da série de Fourier da onda retangular da FMM de uma bobina concentrada de passo pleno. • O fator Ke.Nf é o número efetivo de espiras por fase ligadas em série para gerar a componente fundamental de FMM. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-52 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-53 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-54 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-55 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-56 A FMM total é a soma das contribuições de cada uma das três fases: Como resultado de se deslocar os três enrolamentos de 120 em termos de fase espacial e de 120 em termos de fase temporal, é uma onda progressiva positiva de FMM igual a: A onda de FMM de entreferro, é representada pela componente fundamental senoidal resultante. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-58 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-59 Análise Gráfica de FMM Polifásica Análise Gráfica de FMM Polifásica Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-62 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-63 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-64 Máquina Síncrona em Regime Permanente Esta seção abordará o comportamento, as características de operação em regime permanente e modelagem dos geradores e motores síncronos. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-65 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-66 V e f const. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-67 Como determinar o circuito equivalente da M.S. ?? Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-69 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-70 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-71 Considerando carga resistiva pura na saída do gerador, ou seja, tensão e corrente de armadura em fase. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-72 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-74 O comportamento em regime permanente da máquina síncrona pode ser visualizado em termos da equação de conjugado. Onde: Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-75 Característica de Conjugado X ângulo. Figure 5.1 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-76 A próxima figura mostra que um aumento no conjugado da força motriz resultará em um aumento correspondente no ângulo do conjugado. Quando torna-se igual a 90, o conjugado eletromecânico alcança o seu valor máximo, sendo conhecido como conjugado máximo de sincronismo. Qualquer aumento adicional de conjugado eletromecânico síncrono resulta em perda de sincronismo da máquina e o rotor é acelerado. Nestas condições geralmente o gerador é desconectado do sistema elétrico externo através do sistema de proteção, para evitar danos a máquina. Pela equação abaixo, o conjugado máximo de sincronismo pode ser aumentado elevando-se tanto a corrente de campo como o fluxo resultante de entreferro. Porém, isso deve ser feito de forma limitada. A corrente de campo é limitada pela capacidade de refrigeração do enrolamento de campo, e o fluxo de entreferro pela saturação do ferro da máquina. No caso do motor, um aumento do conjugado de carga, além do conjugado máximo em sincronismo, resultará em perda do sincronismo do rotor e desaceleração. MÁQUINAS SÍNCRONAS - CIRCUITOS EQUIVALENTES Diagrama esquemático de uma máquina síncrona trifásica de rotor cilíndrico e dois pólos Figure 5.2 Fluxos Concatenados e Indutâncias – Máquina Síncrona Elementar: Então as tensões induzidas podem ser obtidas pela lei de Faraday. A letra é usada para indicar que, em geral ambas as indutâncias próprias e mútuas da máquina trifásica podem variar com o ângulo do rotor. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-80 Fluxos Concatenados e Indutâncias: Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-81 Fluxos Concatenados e Indutâncias: O que são estas componentes de Indutâncias: CIRCUITO EQUIVALENTE DA M.S. Copyright ©The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-84 CIRCUITO EQUIVALENTE DA M.S. – Regime permanente senoidal: Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-85 onde (Xs = e . Ls) é conhecida como reatância síncrona. A equação acima corresponde a figura (a) onde a MS está funcionando como motor. A tensão gerada tem o valor da sua amplitude eficaz dada da pela seguinte equação: - Frequência elétrica Laf – indutância mutua entre armadura e campo Para o sentido de referência do tipo gerador é definido como sendo o sentido de referência da corrente, tomada como positiva, quando está saindo dos terminais da máquina, conforme mostra a fig. (b) . Assim a equação de tensão de terminal fica escrita da seguinte forma: Circuito equivalente do gerador síncrono de rotor cilíndrico. A próxima figura mostra uma forma alternativa do circuito equivalente da M.S. em que a reatância síncrona é mostrada em termos de suas componentes Xal = .Lal é a reatância de dispersão da armadura; X = .(3/2 Laa0) é a reatância de magnetização efetiva enrolamento de armadura, em condições de equilíbrio trifásico; ÊR é a tensão interna gerada pelo fluxo resultante de entreferro e usualmente é referida como tensão de entreferro ou tensão por detrás da reatância de dispersão. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-90 Circuito equivalente da MS mostrando as componentes de entreferro e de dispersão para a reatância síncrona e a tensão de entreferro. Figure 5.4 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-91 • E.X. 5.1 pg. 247- Um motor síncrono trifásico 60Hz, alimentado por uma tensão de linha de 460V, opera com corrente de terminal de 120 A e fp de 0,95 indutivo. Nestas condições a corrente de campo If é de 47 A, a reatância síncrona da máquina é 1,68 e a resistência do enrolamento de armadura é desprezível . Calcule: • A) tensão gerada Eaf (Volts); • B) a indutância mútua Laf entre o campo e armadura; • C) potência elétrica de entrada do motor em kW e HP. P.P.5.1- A máquina síncrona do exemplo 5.1 deve operar como um gerador síncrono. Para uma operação em 60Hz com uma tensão de terminal de 460V , valor de linha, calcule a corrente de campo necessária para abastecer uma carga de 85kW com fator de potência de 0,95 capacitivo. Laf = 22,3mH (indutância mútua entre enrolamento de campo e armadura). Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-93 Exemplo 3: CARACTERISTICAS A VAZIO E DE CURTO- CIRCUITO As características fundamentais de uma MS podem ser determinadas por dois ensaios, um feito com os terminais de armadura em vazio (circuito aberto) e outro, com o terminais de armadura em curto-circuito. Estes ensaios aplicam-se tanto as MS de rotor cilíndrico quanto as de pólos salientes. Impedância; Perdas rotacionais; Saturação da máquina; Regulação; Relação de curto – circuito; Numa MS real, a característica a vazio e usualmente determinada experimentalmente. Para isso, aciona-se a máquina mecanicamente, na velocidade síncrona, com seus terminais de armadura a vazio. A seguir, lê-se a tensão terminal para vários valores de If. Se a potência mecânica usada para movimentar a MS for medida durante o ensaio, as perdas rotacionais a vazio podem ser obtidas. Essas perdas são compostas por perdas associadas a rotação e ao atrito nos mancais e com ventilação, e também por perdas no núcleo correspondentes ao fluxo presente na máquina na ausência de carga. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-99 Ex. 5.3 - Um ensaio a vazio em um gerador síncrono trifásico 60Hz , mostra que uma tensão nominal a vazio de 13,8kV é produzida por uma corrente de campo de 318 A . Extrapolando a linha de entreferro a partir de um conjunto de medidas feitas na máquina, pode-se mostrar que acorrente de campo correspondente a 13,8kV sobre a linha de entreferro é de 263 A . Calcule os valores saturado e não saturado de Laf. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-100 Problema 5.2 – Considerando o mesmo gerador anterior, operando agora com uma tensão gerada correspondente a uma frequência de 50Hz, calcule: (a) A tensão de linha de terminal do gerador operando a vazio correspondente a uma corrente de campo de excitação de 318 A. (b) a corrente de campo correspondente àquela mesma tensão de linha anterior (a) considerando a linha do entreferro. Característica de Curto-Circuito A característica de curto-circuito pode ser obtida aplicando-se um curto-circuito trifásico nos terminais de armadura da máquina síncrona. Com a máquina acionada na velocidade síncrona (considerando funcionamento como gerador síncrono), a corrente de campo pode ser aumentada e um gráfico de If x Ia pode ser obtido. Essa relação é conhecida como característica de curto-circuito. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-102 Característica a vazio e de curto-circuito numa máquina síncrona Figure 5.7 cav ccc Com a armadura em curto, Va=0 e usando o sentido de referência como sendo um gerador para a corrente, tem-se: Êaf = Îa .(Ra +jXs) Considerando Ra muito menor que a reatância síncrona, a Îa está atrasada de 90 em relação a Êaf. Como consequência, a FMM de reação de armadura, criada pela corrente de armadura Ia, alinha-se com o eixo dos pólos do enrolamento de campo, porém está em oposição à FMM gerada pelo enrolamento de campo quando este está excitado. Ou seja, temos um fluxo líquido no entreferro menor. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-104 cav ccc Com a máquina operando em condições não saturadas, a corrente de armadura de curto- circuito é diretamente proporcional à corrente de campo dentro de um intervalo que se estende de zero até uma valor bem acima da corrente nominal de armadura. cav ccc Reatância síncrona não saturada Algumas vezes, quando se opera na tensão de terminal ou próxima dela, assume-se que a máquina seja equivalente a uma máquina não saturada, cuja curva de magnetização é uma linha reta que passa pela origem e pelo ponto de tensão nominal localizado sobre a curva característica a vazio CAV, como ilustrado na próxima figura. De acordo com esta aproximação, o valor da saturação da reatância síncrona, na tensão nominal Va.nominal, é: Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-108 Caracterísitica a vazio e de curto-circuito mostrando a curva de magnetização em condições saturadas de operação. Figure 5.9 cav ccc A relação de curto-circuito RCC , é definida como sendo a razão entre a corrente de campo necessária para se gerar a tensão nominal a vazio e a corrente de campo necessária para se gerar a corrente de armadura nominal em curto-circuito cav ccc O valor de RCC é o inverso do valor da reatância síncrona saturada em pu. (por unidade). Costuma-se chamar a corrente de campo Of’ de corrente de campo a vazio (CCAV), e a corrente de campo Of ” de corrente de campo de curto-circuito (CCCC) . Exercício pgs. 255 - 256 Diagramas Fasoriais: Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-112 CARACTERÍSTICAS DAS PERDAS NA M.S. Se a potência mecânicanecessária para acionar a máquina síncrona for medida durante o ensaio de curto-circuito, é possível obter informações a respeito das perdas causadas pela corrente de armadura Ia. Neste ensaio as perdas no núcleo são desprezadas. Então, a potência mecânica necessária para acionar a máquina síncrona, durante o ensaio de curto-circuito, é igual a soma das perdas por atrito e ventilação (já determinadas a partir do ensaio a vazio com uma corrente de campo nula, ou seja, If=0) mais as perdas causadas pela corrente de armadura nominal (perdas no cobre por aquecimento) Com isso, as perdas causadas pela corrente de armadura em curto-circuito, podem ser obtidas da diferença entre a soma das perdas de atrito e ventilação da potência necessária para o acionamento. As perdas causadas pela corrente de armadura em curto-circuito são conhecidas como perdas de curto- circuito. A relação destas com a corrente de armadura são mostradas no próximo gráfico. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-114 Forma típica das curvas de perdas suplementares e de curto- circuito. Figure 5.10 Variação com a redução de carga As perdas ativas que podem ser determinada pelo ensaio de curto-circuito consistem: 1- de perdas ôhmicas no enrolamento de armadura; 2- perdas locais no núcleo, causadas pelo fluxo de dispersão de armadura; 3- e perdas muito baixas no núcleo causadas pelo fluxo resultante. PERDAS ÔHMICAS: São encontrados em todos os enrolamentos de uma máquina. Por convenção, essas perdas são calculadas com base na resistência CC do enrolamento a 75C, ou seja, elas dependem da resistência efetiva do enrolamento na frequência de operação e das condições de fluxo. Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente A potência máxima que uma MS pode fornecer é determinada pelo conjugado máximo que pode ser aplicado sem que ocorra a perda de sincronismo com o sistema ao qual ela está conectada. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-118 • Tanto a M.S. quanto o sistema externo no qual ela está conectado podem ser modelados como uma impedância em série com uma fonte de tensão constante. • Sistema Externo (SEP) Ex: LTs, Transformadores, outras M.S. • Desta forma, pode-se analisar o fluxo de potência entre a M.S. e o Sistema Elétrico como um caso especial do problema mais geral de limitar o fluxo de potência em uma impedância em série. Considerando o circuito abaixo, consistindo em duas tensões CA Ê1 e Ê2 conectadas por uma impedância Z=R+jX na qual a corrente é Î. Ê2 A potência P2 ativa entregue através da impedância à fonte de tensão Ê2 do lado da carga é P2 =E2.I. cos Onde é o ângulo de fase de Î em relação a Ê2. A corrente fasorial é Se as tensões fasoriais e a impedância forem expressas na forma polar tem-se Onde é o ângulo de fase pelo qual Ê1 está adiantada em relação a Ê2 , para o caso analisado. z=arctg(X/R) é o ângulo de fase da impedância Z. Se a resistência for considerada desprezível em relação a reatância, podemos chegar a seguinte equação para potência ativa (Parte real da potência complexa). Esta equação é referida como característica do ângulo de potência da M.S. sendo o ângulo de potência. Então a transferência máxima de potência ocorre quando sen = 1, ou seja, no ângulo de 90°. Se positivo a potência flui de Ê1 para Ê2 Se negativo a potência flui de Ê2 para Ê1 Se positivo funcionamento como GERADOR Se negativo funcionamento como MOTOR Extrapolando para o caso de um MS com uma tensão gerada Êaf e uma reatância síncrona Xs conectada a um sistema elétrico cujo equivalente Thévenin é uma fonte de tensão Veq em série com uma impedância jXeq, temos: Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-124 A equação característica do ângulo pode ser escrita como: • Onde P é a potência transferida da MS para o sistema e é o ângulo de fase de Êaf em relação à Veq. Da equação abaixo, vemos que a transferência máxima de potência, associada com o funcionamento da MS, é proporcional à magnitude da tensão do sistema, correspondendo a Veq, e também à tensão interna Eaf do gerador síncrono. Sendo que a tensão Eaf pode ser incrementada através da variação da corrente de campo If , isso deve ser feito respeitando os limites térmicos da máquina e sua capacidade de refrigeração. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-126 De modo geral, considerações de estabilidade ditam que o ponto de operação em regime permanente de um MS é alcançado com um ângulo de potência consideravelmente inferior a 90 (em geral 20° a 30°). Isso garante a estabilidade em grandes sistemas elétricos de potência. Exercícios: pg. 261 a 266 Ex. – Um gerador síncrono de 75MVA e 13,8kV, com uma reatância síncrona saturada de Xs=1,35pu e uma não saturada de Xs=1,56pu, é ligado a um sistema externo cuja reatância equivalente é XEQ=0,23pu e cuja tensão é VEQ=1,0pu, ambas nas bases do gerador. Ele atinge tensão nominal de circuito aberto para uma corrente de campo de 297 A a) Encontre a potência máxima Pmax que pode ser fornecida ao sistema externo se a tensão interna do gerador for mantida igual a 1,0pu. Como a máquina está operando com uma tensão próxima de seu valor nominal, devemos expressar Pmax em termos da reatância síncrona saturada: max EQ EQ EafV P Xs X 1 max 0,633 47,5 1,35_ 0,23 P pu MW Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-129 b) Usando MatLab plote a tensão de terminal do gerador quando a saída do gerador é variada desde zero até Pmax com as condições da parte a. Então a tensão de terminal do gerador é dada por: . 1,0 ( ) ( ) 1,58 j j EQ EQ EQ EQ Eaf V Eaf e V e Ia j Xs X j Xs X j 0,23 1,0 ( 1,0) 1,58 j EQ EQVa V jX Ia e Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-130 A figura abaixo é a plotagem desejada, pode-se ver que a tensão de terminal varia de 1,0 para delta 0 graus até aproximadamente 0,87 para delta 90 graus Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-131 c)Agora suponha que o gerador esteja equipado com RAT que controla a corrente If mantendo Va constante. Se a carga submetida ao gerador for a nominal, calcule o correspondente ângulo de potência, a tensão interna em pu e a corrente de campo necessária. Plote Eaf pu em função da potência pu. Sendo Va mantida constante em 1,0pu, a potência pode ser expressa como: Onde é o ângulo de Va em relação a Se P=1,0 pu, e assim I é igual a: . 1 4,35 0,23 EQ t t EQ VaV P sen sen sen X EQVt 013,3t Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-132 0 0 6,65 62,7 1,007 ( ) 1,78 tj EQ j EQ j EQ Q Vae V Ia e jX e Eaf V j X Xs Ia e Ou seja, Eaf = 1,78pu , correspondendo a uma corrente If = 1,78 x 297 = 529 A. O ângulo de potência correspondente é de 62,7°. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-133 Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-134 Ex2. – Um motor síncrono trifásico de 2000HP , 2300V , FP unitário, ligado em Y, 30 polos e 60Hz temuma reatância síncrona de 1,95/fase. Nesse problema, todas as perdas podem ser desprezadas. a) Calcule a potência e conjugado máximo que esse motor poderá entregar se ele for alimentado com potência diretamente de um barramento infinito, de 2300V-60Hz. Suponha que a excitação de campo seja mantida constante com um valor tal que resulte em um FP unitário quando a carga é nominal. Circuito equivalente e diagrama fasorial para este caso. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-135 Potencia aparente nominal = 2000 x 0,746 = 1492KVA, trifásico = 497KVA/fase Tensão nominal = Corrente nominal = 497k/1328 = 374 A/fase Y 3096 max 2,07 1492 P pu 2300 3 2 2( ) 1515afmE Va IaXsm V 1328 1515 max 1032 / 1,95 afmVaE x P kW fase Xsm max 3096 ,P kW trifásico 3096 max 2,07 1492 P pu Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-136 Como a potência excede a especificação nominal do motor, ele não poderá fornecer essa potência por períodos longos de tempo. Com 30 polos a 60Hz, a velocidade angular síncrona pode ser encontrada a partir da equação 4.40 Ws = (2/polos)We = (2/30)(2. pi. 60) = 8pi rad/s E portanto, Tmax = Pmax/Ws = 123,2 kN.m Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-137 Circuitos equivalentes e diagramas fasoriais para o Exemplo 5.7. Figure 5.14 5.5 - Características de Operação em Regime Permanente As principais características de funcionamento de uma MS em regime são descritas pelas inter-relações entre tensão terminal, If, Ia, Fp e rendimento. Algumas das curvas mais importantes de desempenho da M.S. serão mostradas a seguir. 1- Curva Composta Geralmente os valores nominais dos geradores síncronos são fornecidos em termos de carga especificada pela potência aparente máxima (KVA ou MVA) que pode ser fornecida em regime sem superaquecimento, para valores específicos de tensão e Fp (frequentemente 0,80, 0,85, 0,90 indutivo). A saída de potência ativa do gerador também é limitada pela capacidade do acionador primário. O RAV (regulador automático de tensão) controla a excitação de acordo com o valor de tensão medida na barra terminal de saída do gerador, com o objetivo de mantê-la constante. Operação em malha fechada. Exemplo de regulador automático de tensão – modelo de primeira ordem. 2- CURVA DE CAPACIDADE DO GERADOR Quando a potência ativa e a tensão são fixadas, a parcela de potência reativa fornecida ao sistema é limitada pelo aquecimento dos enrolamentos de campo . Na próxima figura é mostrado um conjunto típico de curvas de capacidade de um turbogerador refrigerado a hidrogênio (H2). Elas fornecem a máxima potência reativa correspondente a diversas cargas ativas que operam na tensão de terminal nominal da MS. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-143 Curvas de capacidade de um turbogerador, refrigerado com hidrogênio, Fp 0,85 e RCC 0,80. A potência de base em MVA nominal na pressão de 0,5 psig de hidrogênio. Figure 5.16 S = P + jQ Importância das curvas de Capacidade do Gerador Síncrono Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-145 Construção usada na obtenção da curva de capacidade de um gerador síncrono. Figure 5.17 3- Curvas V: Mostram a relação entre as correntes de armadura (Ia) e campo (If), para uma tensão de terminal (Vt) e uma potência ativa constantes. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-148 Forma típica das curvas V de um gerador síncrono. Figure 5.18 5.6 – Efeitos dos Pólos Salientes; Introdução à Teoria dos Eixos Direto e em Quadratura 5.6.1- Onda de Fluxo e de FMM Em M.S. de rotor cilíndrico (possuem entreferro uniforme) enrolamentos de campo e de armadura distribuídos adequadamente, o fluxo produzido por uma onda de FMM não depende do alinhamento espacial da onda em relação aos pólos de campo. Ao contrário, nas máquinas de pólos salientes, a direção preferencial de magnetização é dada pelo caminho de menor relutância. QUE CAMINHO É ESSE? Este caminho fica ao longo do eixo polar, comumente chamado de eixo direto do rotor. A região interpolar (apresenta maior relutância) é chamada de eixo em quadratura. Por definição, o enrolamento de campo produz um fluxo f orientado segundo o eixo direto do rotor. Sua derivada em relação ao tempo é proporcional a tensão interna geada Eaf, cujo fasor, em relação a f está adiantado de 90. fd Eaf dt Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-152 Como por convenção, o eixo em quadratura está adiantado em relação ao eixo direto de 90, então o fasor da tensão gerada Eaf, está alinhado com o eixo em quadratura. Ou seja, após localizar o fasor Eaf , os eixos direto e em quadratura podem ser localizados imediatamente. Isso forma a base das formulações utilizadas na análise de máquinas de pólos salientes em que todas as tensões e correntes podem ser decompostas em suas componentes segundo os eixos direto e em quadratura. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-153 Fluxo de entreferro ao longo do eixo direto de uma M.S. de pólos salientes. Figure 5.20 Eixo quadratura Eixo direto “ARMADURA” A onda de fluxo de reação de armadura ar está atrasada em relação a onda de fluxo de campo f por um ângulo espacial de (90+φatr) onde este ângulo de atraso φatr é o ângulo entre a corrente de armadura Ia e a tensão interna gerada Eaf. No caso ilustrado, este ângulo entre Ia e Eaf vale 90, então a onda de fluxo de reação de armadura estará diretamente em frente aos pólos de campo e com um sentido oposto ao do fluxo de campo f Eixo quadratura (90+φatr) = 180° Eixo direto Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-156 A figura mostra as ondas de densidade de fluxo na superfície da armadura, produzidas pela corrente de campo If e pela componente fundamental da FMM de reação de armadura produzida pela corrente Ia. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-157 Para a condição em que a corrente de armadura Ia está em fase com a tensão gerada Eaf, o eixo da FMM de reação de armadura está em frente a um espaço interpolar (que coincide com o eixo em quadratura) distorcendo ainda mais a forma de onda. Pode-se concluir que, a reatância de magnetização relativa ao eixo em quadratura é inferior à relativa ao eixo direto. Voltando nossa atenção às componente espaciais da FMM e do fluxo de entreferro, os efeitos dos pólos salientes podem ser levados em consideração decompondo a corrente de armadura Ia em duas componentes, a de eixo direto Id, e a de eixo em quadratura Iq, conforme diagrama fasorial. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-159 Diagrama fasorial de uma M.S. de pólos salientes. Figure 5.22 Este diagrama considera o gerador de pólos salientes, não saturado operando com Fp indutivo φatr 5.6.2 – Diagrama Fasoriais para Máquina de Pólos Salientes Para cada uma das componentes de corrente Îd e Îq, há associada uma componente de queda de tensão nas reatâncias síncronas, jÎd.Xd e jÎq.Xq, respectivamente. Onde as reatâncias Xd e Xq são as reatânciassíncronas de eixo direto e em quadratura. Estas reatâncias influenciam as componentes espaciais fundamentais de fluxos criados pelas correntes de armadura nos eixos direto e em quadratura, incluindo-se os fluxos de dispersão e de reação de armadura. As reatâncias síncronas de eixo direto e em quadratura são dadas por: Xd = Xal + Xd Xq = Xal + Xq Onde: Xal – reatância de dispersão de armadura, considerada a mesma para as correntes de eixo direto e em quadratura. Xd, Xq – reatância de magnetização de eixo direto e em quadratura. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-162 Com isso, o diagrama fasorial do gerador mostra que a tensão interna gerada é igual a : Êaf = Va + Ra.Îa + jÎd.Xd + jÎq.Xq. Lembrando que a reatância síncrona de eixo direto é um pouco maior que a de eixo e quadratura, devido a relutância ser maior no eixo em quadratura, tipicamente Xq está entre 0,6.Xd e 0,7.Xd. Quando usamos o diagrama fasorial abaixo, a corrente Îa foi decomposta em suas componentes de eixo direto e em quadratura. Geralmente conhecemos o ângulo de fator de potência nos terminais da máquina, mas precisamos determinar o valor do ângulo de potência , para com isso, determinar o eixo em quadratura e posteriormente o valor do ângulo entre a corrente Îa e a tensão gerada Êaf que é igual a (+). A soma fasorial fornece a posição angular da tensão gerada Êaf , a qual por sua vez está sobre o eixo em quadratura (o módulo correto de Êaf ainda precisa ser calculado). Após encontrar o eixo em quadratura e também o valor correspondente ao ângulo de potência , o valor de Êaf pode ser obtido pela seguinte equação: Êaf = Va + Ra.Îa + jÎd.Xd + jÎq.Xq Sendo que: Îd = Îa. sen ( - ) e Îq = Îa. cos ( - ) Exemplo 5.9 Problema Prático 5.8 5.7-Características de Ângulo de Carga das Máquinas de Pólos Salientes Agora considere uma MS de pólos salientes, conectada a um barramento infinito de tensão Veq por meio de uma reatância em série Xeq. A resistência foi desprezada porque usualmente é pequena. O efeito dessa reatância externa, é o de acrescentar sua reatância às da MS; os valores totais de reatância entre a tensão interna da M.S. Êaf e a tensão de barramento infinito Veq é portanto; • XdT = Xd + Xeq • XqT = Xq + Xeq Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-168 Máquina síncrona de pólos salientes e impedância em série. (a) diagrama unifilar, (b) diagrama fasorial. Figure 5.26 Se a tensão de barramento infinito Veq for decomposta em uma componente de eixo direto Vd = Veq.sen e em quadratura Vq = Veq.cos , em fase com Id e Iq, respectivamente, então a potência P entregue por fase ou em p.u. será: Do diagrama fasorial abaixo temos Id e Iq: Substituindo os valores de Id e Iq na equação abaixo: Temos a equação da potência aplicada a uma M.S. de pólos salientes: Esta última equação é análoga a equação de potência para gerador de rotor cilíndrico. Para se obter a potência trifásica, a equação abaixo deve ser multiplicada por 3, caso os valores de Eaf e Veq, fossem expresso como tensões de fase e as reatância em /fase. Caso os valores anteriores fossem valores de tensões de linha, a potência trifásica seria obtida diretamente, assim como, se todos os valores fossem dados em pu. Copyright © The McGraw-Hill Companies, Inc. Permission required for reproduction or display. 5-174 Característica de ângulo de potência de uma máquina síncrona de pólos salientes mostrando a componente fundamental, devida à excitação de campo, e a componente de segunda harmônica, devida ao conjugado de relutância. Figure 5.27 Devido ao conjugado de relutância, diz-se que uma máquina de pólos salientes é mais “DURA”que uma máquina de rotor cilíndrico. Ou seja, para tensões iguais e os mesmos valores de Xdt, uma máquina de pólos salientes desenvolve um dado conjugado com um ângulo menor de , e o conjugado máximo é levemente maior. Fim do conteúdo da próxima PROVA