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Os primeiros répteis
Os répteis surgiram no período Carbonífero, entre 359,2 e 299 milhões de anos atrás, 
diversificando-se muito e tornando-se o grupo dominante no período seguinte, o Permiano. Uma 
novidade evolutiva importante, que contribuiu definitivamente para o grande sucesso dos rép-
teis, foi o aparecimento de ovos dotados de casca impermeável e que podiam armazenar grande 
quantidade de nutrientes. Com isso, os répteis deixaram de depender de ambientes aquáticos 
para se reproduzir e espalharam-se nos ambientes até então dominados por anfíbios de grande 
porte, competindo com eles e, provavelmente, contribuindo para sua extinção.
O fim da era Paleozoica e início da era Mesozoica, há cerca de 251 milhões de anos, foi marcado 
por uma brusca mudança climática no planeta, que se tornou frio e seco. Geleiras passaram a 
cobrir a maior parte dos continentes e a maioria das espécies existentes se extinguiu.
3 Vida na era Mesozoica
Os répteis que sobreviveram à extinção no final da era Paleozoica voltaram a se diversificar 
durante a era Mesozoica e ocuparam ambientes aquáticos e de terra firme, até mesmo com 
o aparecimento de espécies voadoras. Um dos grupos de répteis que surgiu nessa época deu 
origem aos mamíferos, como veremos mais adiante.
Expansão dos dinossauros
A partir do período Jurássico, entre 199,6 e 145,5 milhões de anos atrás, um grupo de répteis 
conhecidos como dinossauros diversificou-se muito e passou a ser o grupo dominante nos am-
bientes de terra firme.
Havia desde dinossauros pequenos, de tamanho comparável ao de uma galinha, até formas 
gigantescas, com mais de 10 m de altura e dezenas de toneladas de massa. A maioria dos dinos-
sauros era herbívora, mas também havia diversas espécies carnívoras, que se alimentavam de 
insetos, de anfíbios e de outros dinossauros. Alguns cientistas admitem que pelo menos alguns 
dinossauros tinham “sangue quente”, isto é, eram endotérmicos, como ocorre com as aves e 
mamíferos atuais. (Fig. 11.15)
Figura 11.15 Representação artística, 
com base no documentário fóssil, de 
algumas espécies de dinossauros. 
A. Triceratops sp. B. Tyranossaurus sp. 
C. Segnossaurus sp. (Imagens sem 
escala, cores-fantasia.)
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Origem das aves
Acredita-se que as aves tenham surgido no período Jurássico, entre 199,6 e 145,5 milhões de 
anos atrás, a partir de um grupo primitivo de répteis. De fato, as aves são consideradas por muitos 
zoólogos os remanescentes vivos dos dinossauros. Esses pesquisadores também consideram 
que aves e répteis atuais, apesar das aparentes diferenças, são essencialmente semelhantes e 
deveriam ser incluídos na mesma classe. As novas descobertas paleontológicas revelaram que 
muitos répteis primitivos apresentavam penas, como o famoso Archaeopteryx sp., que viveu no 
final do período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos.
Apesar do sucesso causado pela descoberta do Archaeopteryx sp. no século XIX, quando o 
primeiro fóssil desse animal foi encontrado, acredita-se que eles provavelmente não foram os 
ancestrais das aves atuais. Em 1986, foram descobertos fósseis de um animal extinto classificado 
como gênero Protoavis, que parece ser mais diretamente relacionado às aves atuais do que os 
animais do gênero Archaeopteryx (Fig. 11.16)
No final do período Cretáceo, há pouco mais de 65 milhões de anos, as aves já apresentavam 
muitas de suas características atuais. Atualmente, a classe das aves é muito diversificada e 
explora com sucesso os ambientes aéreo, de terra firme e aquático.
Extinção em massa do fim do Cretáceo
Há 65 milhões de anos, no final da era Mesozoica, ocorreu extinção em massa de diversas es-
pécies de plantas e de animais, entre elas a maioria dos dinossauros. Uma das hipóteses aceitas 
é que essas extinções tenham sido causadas pelas mudanças climáticas desencadeadas pela 
queda de um cometa ou asteroide na superfície da Terra. (Fig. 11.17) 
Figura 11.16 Fóssil de Archaeopteryx sp. (A). Reconstrução hipotética do aspecto geral de seu corpo (B). 
Esse animal apresentava penas e diferia das aves típicas por não ter ossos pneumáticos (cheios de ar), 
por suas asas e pelve tipicamente reptilianas e por apresentar dentes e uma longa cauda.
Figura 11.17 Representação artística da colisão de 
um grande asteroide com a Terra, que teria ocorrido 
na região de Chicxalub, na península de Yucatán, no 
México, há cerca de 65 milhões de anos. O impacto 
desse asteroide na Terra é uma das hipóteses do que 
teria sido a causa da extinção dos dinossauros.
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4 Vida na era Cenozoica
O início da era Cenozoica, há 65,5 milhões de anos, foi marcado por dois eventos principais: 
a grande expansão e diversificação das plantas angiospermas (plantas com flores), que haviam 
surgido no período Cretáceo, e a diversificação e expansão dos mamíferos. Estes surgiram no 
período Triássico, há cerca de 230 milhões de anos, mas até então tinham tido pouca diversifi-
cação, provavelmente devido à supremacia dos grandes répteis.
Expansão dos mamíferos
Com o desaparecimento dos dinossauros, os mamíferos primitivos, então pouco maiores 
que um rato e com hábitos noturnos, diversificaram-se e expandiram-se. Segundo os cientistas, 
praticamente todos os mamíferos atuais surgiram a partir de três grupos de mamíferos primiti-
vos que sobreviveram à catástrofe do final da era Mesozoica. Um desses grupos foi o ancestral 
dos monotremados (mamíferos ovíparos), outro dos mamíferos marsupiais, e o terceiro, dos 
mamíferos placentários. 
Esses três grupos de mamíferos apresentam uma diferença no modo de desenvolvimento dos 
embriões. Os monotremados são ovíparos e o embrião desenvolve-se dentro de um ovo, fora do 
corpo da mãe. Nos marsupiais, o desenvolvimento embrionário começa no interior do sistema 
reprodutor feminino, mas logo os embriões saem do corpo da mãe e se arrastam para uma bolsa 
revestida de pele, o marsúpio, onde terminam de se desenvolver. Nos mamíferos placentários, 
o desenvolvimento embrionário ocorre inteiramente no interior do útero materno e o embrião é 
alimentado por meio da placenta.
Na Austrália, os marsupiais tiveram grande diversificação e originaram diversas espécies, 
adaptadas a diferentes hábitats. Na América do Sul, os mamíferos placentários foram os que 
mais se diversificaram e se expandiram, embora também tenha ocorrido certa diversificação 
de marsupiais.
Na Europa e na América do Norte, não surgiram marsupiais; os mamíferos que evoluíram com 
grande sucesso nessas regiões foram os placentários, que se adaptaram a diversos hábitats. 
Alguns grupos de placentários chegaram a retornar ao ambiente aquático, onde originaram os 
ancestrais de baleias, golfinhos, focas etc., ao passo que outros, como roedores, carnívoros, 
ungulados e primatas, tornaram-se predominantes em terra firme.
Há 2 milhões de anos, a América do Norte e a América do Sul tornaram-se ligadas novamen-
te pelo istmo do Panamá, depois de terem permanecido isoladas por cerca de 40 milhões de 
anos. Graças a essa ligação, diversas espécies de mamíferos migraram entre os dois conti-
nentes. Placentários invadiram a América do Sul, competindo com os placentários e com os 
marsupiais locais, causando a extinção da maioria das espécies. Apenas algumas espécies 
de marsupial sobreviventes, entre elaso gambá, conseguiram estabelecer-se com sucesso 
na América do Norte.
Durante o período Neogene evoluíram as espécies modernas de mamíferos placentários, entre 
eles os ancestrais dos cavalos, dos elefantes, dos ursos e da espécie humana, que rapidamente 
se expandiram pela Europa e Ásia.
No Neogene ocorreram quatro períodos de frio muito intenso, conhecidos por glaciações ou 
períodos glaciais. Durante as glaciações, grandes massas de gelo expandiram-se a partir do 
Ártico e da Antártica, cobrindo extensas regiões da Europa, da Ásia e das Américas. A última 
glaciação terminou há apenas 11 mil anos. Desde então, nosso planeta se aqueceu, a humanidade 
desenvolveu a agricultura, surgiram as cidades e a civilização moderna teve início. 
Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
Texto: Será que a evolução leva ao progresso e, finalmente, à perfeição?

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