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Fisica 1 - Ramalho-076-078


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Por alguns instantes, desprezada 
a resistência do ar, o praticante 
de saltos ornamentais realiza um 
movimento de queda livre.
Dá-se o nome de queda livre 
aos movimentos verticais 
realizados no vácuo ou onde a 
resistência do ar é desprezível. 
Nesses movimentos a 
aceleração é considerada 
constante e igual à aceleração 
da gravidade no local onde 
o movimento se realiza.
 5.1 Queda livre e lançamento 
vertical
Nos movimentos verticais, nas 
proximidades da superfície 
terrestre, consideramos a 
aceleração constante e 
desprezamos a ação do ar.
Capítulo
5
uNidade B
Movimento 
vertical 
no vácuo
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 Do salto até o momento da solicitação do elástico, o bungee jumper cai, 
praticamente, sob ação da gravidade em um movimento de queda livre.
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.
 Objetivos
 Descrever 
os movimentos 
de queda livre e 
lançamento vertical. 
 Descrever 
matematicamente 
esses movimentos.
 Relacionar as 
características do 
movimento vertical 
(progressivo ou 
retrógrado) de acordo 
com a orientação 
adotada para a 
trajetória.
 Caracterizar 
os movimentos 
verticais em 
acelerado e 
retardado.
 Termos e conceitos
• vácuo
• queda livre
• lançamento vertical
Seção 5.1 Queda livre e lançamento vertical
O movimento vertical de um corpo próximo ao solo é chamado de 
queda livre quando o corpo é abandonado no vácuo ou se considera 
desprezível a ação do ar. Seu estudo é idêntico ao de um lançamento 
na vertical, o qual difere da queda livre somente por apresentar uma 
velocidade inicial vertical. Esses movimentos são descritos pelas mesmas 
funções horárias.
A aceleração do movimento vertical de um corpo no vácuo é denomi-
nada aceleração da gravidade e indicada por g. Como o movimento se 
realiza nas proximidades da superfície terrestre, a aceleração da gravi-
dade é considerada constante. Assim, a queda livre e o lançamento na 
vertical são movimentos uniformemente variados (MUV).
O valor da aceleração da gravidade, tomado ao nível do mar e a uma 
latitude de 45w, é:
g 5 9,80665 m/s2
Esse valor é chamado aceleração normal da gravidade.
Na resolução de exercícios, para efeito de cálculo, arredondamos 
para 10 m/s2. Note que a aceleração da gravidade tem um valor bastan-
te alto quando comparado aos valores de aceleração de veículos. Seu 
valor de praticamente 10 m/s2 significa uma variação de velocidade de 
10 m/s em cada segundo, ou seja, de 36 km/h em cada segundo. Assim, 
em apenas 4 s de queda, um corpo atingiria 144 km/h se não houvesse 
a resistência do ar.
 Descrição matemática
Em todos os fenômenos descritos neste capítulo desprezamos a 
resistência do ar.
Na queda, o módulo da velocidade escalar do corpo aumenta: o mo-
vimento é acelerado. Lançado verticalmente para cima, o módulo da 
velocidade escalar diminui na subida: o movimento é retardado (fig. 1).
Queda Lançamento para cima
A
ce
le
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do
Re
ta
rd
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o
B
Queda Lançamento para cima
A
ce
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 Figura 1.
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Estudemos os sinais da velocidade 
escalar e da aceleração escalar segundo 
convenções algébricas. Para isso, orien-
temos a trajetória para cima (fig. 3A). 
Segundo essa orientação, a velocidade 
escalar é positiva na subida e negativa 
na descida (fig. 3B). Na subida, o movi-
mento é retardado e a aceleração escalar 
é negativa, pois v e a devem ter sinais 
contrários (fig. 3C). Na descida, o movi-
mento é acelerado e a aceleração escalar 
continua negativa, pois a e v devem ter o 
mesmo sinal (fig. 3D).
Desse modo, orientando-se a tra-
jetória para cima no percurso subida-
-descida, apenas o sinal da velocidade 
escalar muda. A aceleração escalar é 
negativa, independentemente de o corpo 
subir ou descer (a 5 2g).
v0
Subida Descida
v < 0
v > 0
Subida
Re
ta
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α < 0
v > 0
Descida
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Subida Descida
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Subida Descida
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α < 0
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A
ce
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α < 0
g
+ + + +
D
 Figura 3. A velocidade escalar muda de sinal, mas 
a aceleração escalar é negativa quando orientamos a 
trajetória para cima, esteja o corpo subindo ou descendo.
Baseando-nos na figura 4 e utilizando o mesmo raciocínio, concluímos: orientando-se a 
trajetória para baixo, a velocidade escalar muda de sinal, mas a aceleração escalar é posi-
tiva, independentemente de o corpo subir ou descer (a 5 g).
v0
+
Subida Descida
v > 0
v < 0
Subida
Re
ta
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ad
o
α > 0
v < 0
Descida
v > 0
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+
Subida Descida
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Subida
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α > 0
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α > 0
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Descida
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A
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α > 0
g g
+ + +
D
À medida que o corpo lançado verticalmente para cima sobe (fig. 2A), sua velocidade 
escalar decresce em módulo até se anular na altura máxima (fig. 2B). Nesse instante ocorre 
mudança do sentido do movimento e o móvel passa a descer em movimento acelerado 
(fig. 2C).
v = 0
v
v0
hmáx.
A v = 0
v
v0
hmáx.
B v = 0
v
v0
hmáx.
C
 Figura 2.
 Figura 4. A velocidade escalar muda de sinal, mas a aceleração escalar é positiva quando orientamos a 
trajetória para baixo, esteja o corpo subindo ou descendo.
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	Parte I
	UNIDADE B
	5. Movimento vertical no vácuo

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