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Vidas secas — Edição Especial 70 Anos, de Graciliano Ramos com fotos de Evandro Teixeira. Rio de Janeiro: Record, 2008. Edição lançada em comemoração aos 70 anos da obra Vidas secas. Além do texto integral, o livro traz as belíssimas fotogra- fias de Evandro Teixeira, que retratam o sertão nordestino e a vida árida das personagens criadas por Graciliano. As melhores crônicas de Rachel de Queiroz, de Heloí- sa Buarque de Hollanda. São Paulo: Global, 2004. Livro que reúne as melhores crônicas que a escritora publicou na imprensa, registrando suas lembranças, opiniões, afetos e indignações. Histórias agrestes, de Graciliano Ramos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. Livro em que estão reunidos contos de Graciliano Ramos de Histórias de Alexandre, além de trechos selecionados de Infância, Memórias do cárcere e Vidas secas. A volta da Graúna, de Henfil. São Paulo: Geração Editorial, 2002. Direto das páginas da imprensa nacional dos anos 1960 e 1970, de certa forma, Graúna, Francisco Orellana e o cangaceiro Zeferino, personagens das tiras e charges de Henfil, serviram de resistência intelectual nos tempos da ditadura militar. Música brasileira do Rio Grande do Sul, de Renato Borghetti. Rio de Janeiro: CID, 2003. O acordeonista Renato Borghetti é um dos grandes represen- tantes da música gaúcha e um dos melhores instrumentistas do Brasil. Fiel às suas raízes folclóricas, mas aberto a outros estilos, como o jazz, o pop, o tango, neste CD ele toca canções gaúchas tradicionais e de compositores como Hermeto Pas- coal, Kleiton e Kledir, Heitor Villa-Lobos. Nação nordestina, de Zé Ramalho e vários artistas. Rio de Janeiro: BMG, 2000. Nação nordestina é um CD organizado pelo compositor Zé Ramalho, que reúne muitos artistas populares conhecidos em suas regiões, mas de pouca projeção nacional. A triste partida, de Luiz Gonzaga. Rio de Janeiro: BMG, 1998. O encontro de Patativa de Assaré e Luiz Gonzaga revela a condição do homem nascido em terras que o obrigam a migrar para regiões em que haja condições mínimas de sobrevivência. Confrontar essa canção com Vidas secas, de Graciliano Ramos, revela a atualidade da produção do romance de 1930. Para ler e pesquisar Para ouvir 637 C ap ít u lo 2 7 • O r om an e de R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . I_plus_literatura_cap27_C.indd 637 11/11/10 4:24:22 PM Moderna PLUS LITERATURA 1 w w w .m o d e rn a p lu s. co m .b r MARIA LUIZA M. ABAURRE MARCELA PONTARA Parte III Unidade 7 O Modernismo Capítulo 25 Modernismo no Brasil. Primeira geração: ousadia e inovação Página 571 TEMPOS, LEITORES E LEITURAS Volume único EXERCÍCIOS ADICIONAIS Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 3. Gare do infinito O trecho a seguir faz parte do romance Memórias sentimentais de João Miramar, em que o narrador protagonista relata fatos importantes de sua vida. Papai estava doente na cama e vinha um carro e um homem e o carro ficava es- perando no jardim. Levaram-me para uma casa velha que fazia doces e nos mudamos para a sala do quintal onde tinha uma figueira na janela. No desabar do jantar noturno a voz toda preta de mamãe ia me buscar para a reza do Anjo que carregou meu pai. ANDRADE, Oswald de. Memórias sentimentais de João Miramar. São Paulo: Globo, 2004. p. 45. (Fragmento). 1 Que fato é apresentado no texto? Considerando o significado de gare, de que maneira deve ser com- preendido o título do texto? 2 Identifique a que momento da vida do narrador personagem o texto se refere, considerando a linguagem utilizada no texto. Explique sua resposta. No último parágrafo, para se referir à morte do pai, o narrador utiliza diferentes imagens. Transcreva-as. 3 Os romances de Oswald de Andrade adotaram uma estrutura inovadora, que tem semelhanças com a linguagem cinematográfica. Essas semelhan- ças podem ser observadas no texto acima? Justifique. Gare: estação de trem. w w w .m o d e rn a p lu s. co m .b r Moderna PLUS LITERATURA 1 MARIA LUIZA M. ABAURRE MARCELA PONTARA TEMPOS, LEITORES E LEITURAS Volume único PALAVRA DE MESTRE Parte III Unidade 7 O Modernismo Capítulo 23 Pré-Modernismo Ivan Teixeira A tradição crítica [...] Conforme a historiografia tradicional, a chamada literatura pré-modernista apresenta múltiplas tendências. Não possui a unidade estilística que se observa, por exemplo, em escolas como o Romantismo ou o Arcadismo. Os pré-modernistas não foram propriamente uma escola literária, mas um núcleo de transição entre as convicções do século XIX e as do século XX. TEIXEIRA, Ivan. Policarpo Quaresma como caricatura de uma ideia de Brasil. In: BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. p. 11. (Fragmento). Ivan Teixeira É professor de literatura brasileira na Escola de Comu- nicações e Artes da Univer- sidade de São Paulo (USP). Publicou, entre outros livros, Apresentação de Machado de Assis (Martins Fontes), em que faz uma cuidadosa caracterização de toda a produção literária de Macha- do de Assis. Como professor visitante na Universidade do Texas, em Austin, aprofundou seus estudos sobre a história colonial e a literatura brasi- leira do século XIX. Com base no que você aprendeu neste capítulo, justifique a afirmação do crítico, que entende o Pré-Modernismo como “um núcleo de transição entre as convicções do século XIX e as do século XX”. Redija um parágrafo argumentativo em que você analise por que a produção literária desse período não chegou a constituir uma estética comparável à de outros momentos, como o Arcadismo ou o Romantismo. Além disso, explique por que o conceito de projeto literário ajuda a agrupar escritores tão diferentes quanto Euclides da Cunha e Lima Barreto. Antes de desenvolver seu parágrafo, sugerimos que você considere as seguintes etapas. Releia, neste capítulo, a seção “Projeto literário do Pré-Modernismo”. Identifique, nos trechos de romances de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, aspectos que possam vinculá-los a um mesmo projeto literário, ainda que apresentem características estéticas diferentes. Explique