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Aléxia Mendes- 89 SISTEMA COMPLEMENTO • Consiste em várias proteínas plasmáticas que trabalham em conjunto para: ➢ opsonizar os microorganismos > a opsionina marca esse alvo para fagocitose ➢ promover o recrutamento de fagócitos para o sítio da infecção ➢ em alguns casos matar diretamente pelo MAC > destrói a membrana • A ativação do sistema complemento envolve a proteólise sequencial de proteínas • Os subprodutos da ativação do complemento estimulam reações inflamatórias • Tem várias vias de ativação que ocorrem simultaneamente, podendo ou não ser envolvidas com o anticorpo, sendo elas: ✓ Via clássica, relacionada aos anticorpos, levando cerca de 7 dias para ativar em infecções primárias ✓ Via alternativa, ativada na superfície das células microbianas e sem anticorpo ✓ Via das lectinas, ativada por uma proteína ligante de manose que se liga a carboidratos da superfície em microorganismos OBS: as vias de ativação apresentam diferenças na forma como são iniciadas, mas todas resultam na clivagem da proteína C3, convertendo para o mesmo caminho! VIA ALTERNATIVA • inicia na imunidade inata • Inicia com C3, com clivagem espontânea dessa proteína, que está circulando em pequenas quantidades no sangue o tempo todo • Essa clivagem libera C3a e C3b, com um grupamento acessível que se liga a grupos amino ou hidroxila dos microorganismos ▪ Se não encontrar um desses grupos é degradada • Com essa ligação feita, o fator B se liga na superfície da célula alvo (só vai ligar quando a C3b estiver na membrana) • Isso permite que o fator D clive o complexo C3B em Ba e Bb. (Que fica ligado formando o complexo C3bBb > esse complexo é capaz de clivar mais C3 para o processo inflamatório e permitir que o macrófago reconheça • Há liberação de medidor inflamatório C3a, gerando amplificação do processo A C3b é opsionina > marca a célula invasora para fagocitose, uma vez que o fagócito tem receptores de C3b Aléxia Mendes- 89 Obs: quem realiza as clivagens são as convertases, cada proteína tem a sua específica • Complexo C5: sanduíche de C3b e Bb que é capaz de clivar mais C3b e e receber a C5 num sítio • A C5 é clivada em C5a e C5b. Esse último se liga a C6, formando C5b-C6 • A C7 irá se ligar a esse complexo, formando C5b-C6-C7 • Esse C7 ligado já pode penetrar a membrana e contribuir para a liberação de algumas miscelas fosfolipídicas • A proteína C8 se ligará a esse complexo, podendo já lisar células • Porém o complexo de ataque a membrana só estará completo quando ocorre a ligação de C9 > se formam canais na membrana do invasor que permitem a circulação de água e íons • A entrada de água resulta em dilatação osmótica e ruptura das células A MAC só irá ocorrer caso o organismo não tenha sido eliminado por fagocitose, ou seja, depende da virulência do patógeno • Bactérias que possuem cápsula não é possível a ação da MAC pois não há adesão das proteínas nessa estrutura > nesse caso só ocorrerá a opsionização das bactérias encapsuladas e geração de citocinas > resposta lenta e menos forte Lembrar que a C3b é uma opsionina, ou seja, faz marcação do antígeno para fagocitose. Caso ocorra a fagocitose do organismo invasor rapidamente, o processo é interrompido antes da formação do complexo C5 REGULAÇÃO DA ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO • Necessário para que não haja ativação do complemento em células normais do hospedeiro • As proteínas que controlam são chamadas de RCA (regulators of complement activity) , sendo elas: ▪ CD55 (ou DAF) ▪ CD46 (ou MCP) ▪ CR1/CD35 ▪ CR2/CD21 Hemoglobinúria paroxística noturna: perda da gpi das proteínas CD55 e CD59, que regulam o sistema complemento, não possuindo a ação delas. Assim, ocorre hemólise intravascular por desregulação do complemento OUTRAS PROTEÍNAS EFETORAS CIRCULANTES DA IMUNIDADE INATA: Família das pentraxinas: Ex: proteína C reativa e proteína amilóide sérica • São usadas como marcadores de infecção ou inflamação • são receptores de PAMPs • produzidas pelo fígado o tempo todo, mas quando aumenta de nível pode ser usado para identificar processo agudo • Um processo agudo ocorre quando IL-1 e IL-6 (fagócitos residentes de tecido vão produzir) são produzidas, incentivando a produção desses receptores • se ligam a fosfolipídeos e agem como opsoninas Família das colectinas Ex: lectina de ligação a manose (MBL) • É um receptor de PAMP solúvel • reconhece manose ou frutose • quando ocorre a ligação da lectina com a superfície do micróbio, ativam-se as moléculas MASP1 e MASP2 (são enzimas), que vão clivar C4 e C2 > ativam o sistema complemento pela via das lectinas Aléxia Mendes- 89 A lectina fica no sangue de maneira planar, ela só se ativa quando forma o grampo (suas “perninhas” se ligam a manose) > isso serve para que a lectina não se ligue a outras proteínas do complemento e gere resposta inflamatória indesejada ➢ APENAS PROTEÍNAS SOLÚVEIS SÃO RELACIONADAS COM O SISTEMA COMPLEMENTO Lembra que a fagocitose vai produzir TNF, IL-1 e IL-6 que atuam no hipotálamo fazendo com que produza prostaglandina e faça um estado febril