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Instituições Financeiras Internacionais

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I. INTRODUÇÃO 
 Instituições financeiras internacionais são organizações que fornecem serviços e 
assistência financeira para mais de um país, criadas para promover a cooperação financeira e o 
desenvolvimento económico dos países. Essas instituições, como o Banco Mundial, o Fundo 
Monetário Internacional (FMI) e Bancos de Desenvolvimento, têm como objectivo principal 
promover o crescimento económico sustentável, a redução da pobreza e a melhoria das 
condições de vida nas mais diversas nações. 
 O tema em discussão “O Papel das Instituições Financeiras Internacionais no 
Desenvolvimento Económico dos Países em Desenvolvimento” é um tópico de grande 
relevância, pois aborda questões importantes relacionadas ao financiamento, assistência 
técnica, crescimento inclusivo, cooperação internacional e governança global. 
 Ao fornecerem assistência financeira, expertise técnica e orientação política, essas 
instituições desempenham um papel fundamental na formulação e implementação de estratégias 
de desenvolvimento, visto que o desenvolvimento económico enfrenta desafios complexos, 
como corrupção, instabilidade política e falta de infraestrutura. 
 Contudo, dada a importância e especificidade do tema, que se subscreve no âmbito 
internacional, procurou-se, descrever em termos gerais, uma abordagem de compreensível 
entendimento, sem esquecer outros elementos que pensamos serem importantes para o nosso 
tema. 
1.1. Problematização 
 O desenvolvimento económico dos países em desenvolvimento é uma preocupação 
global, e as instituições financeiras internacionais desempenham um papel crucial nesse 
processo. No entanto, o papel das instituições financeiras internacionais no desenvolvimento 
económico dos países em desenvolvimento é um tema complexo. Existem debates e 
questionamentos sobre a eficácia dessas instituições, a adequação de suas políticas e a 
abordagem utilizada para promover o desenvolvimento sustentável. Compreender e analisar o 
papel dessas instituições é fundamental para melhorar as estratégias de cooperação 
internacional e maximizar os impactos positivos nas economias dos países em 
desenvolvimento. 
 
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 O que nos faz assentar na seguinte pergunta de partida: 
1.1.1. Pergunta de Partida 
 Qual é o Papel das Instituições Financeiras Internacionais no Desenvolvimento 
Económico dos Países em Desenvolvimento? 
1.2. Hipóteses 
 Assim sendo, diante da pergunta acima descrita, elaborou-se as seguintes hipóteses: 
H1. Fornecimento de Financiamento: 
 As instituições financeiras internacionais, como o FMI, o Banco Mundial e os bancos 
de desenvolvimento regionais, disponibilizam recursos financeiros por meio de empréstimos, 
doações e investimentos directos. Esse financiamento é direccionado para projectos de 
infraestrutura, desenvolvimento social, sector privado e outras áreas prioritárias, impulsionando 
o investimento e o crescimento económico nos países em desenvolvimento. 
H2. Assistência Técnica e Capacitação: 
 Além do financiamento, as instituições financeiras internacionais oferecem assistência 
técnica e conhecimento especializado para fortalecer as capacidades institucionais e técnicas 
dos países em desenvolvimento, incluindo a promoção de boas práticas de governança, 
aprimoramento das políticas económicas, fortalecimento das instituições financeiras locais e 
capacitação de recursos humanos, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades 
internas. 
H3. Promoção do Ambiente de Investimento: 
 As instituições financeiras internacionais desempenham um papel importante na 
promoção de um ambiente propício para investimentos nos países em desenvolvimento, 
trabalhando em parceria com os governos para implementar reformas económicas e políticas 
que melhorem a atractividade dos países para investidores, estimulando o crescimento do sector 
privado, a criação de empregos e o desenvolvimento de mercados financeiros locais. 
1.3. Objectivos 
1.3.1. Objectivo Geral 
 Descrever o Papel das Instituições Financeiras Internacionais no Desenvolvimento 
Económico dos Países em Desenvolvimento 
 
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1.3.2. Objectivos Específicos 
1. Abordar sobre as instituições financeiras internacionais, suas funções e objectivos; 
2. Analisar a relação entre as instituições financeiras internacionais e os países em 
desenvolvimento; 
3. Identificar o papel das instituições financeiras internacionais nas economias em 
desenvolvimento. 
1.4. Justificativa do Tema 
 A relevância deste tema se dá pelo fato de que as instituições financeiras internacionais 
têm um impacto directo na economia dos países em desenvolvimento. Seus empréstimos, 
subsídios e assistência técnica afectam setcores como infraestrutura, educação, saúde e 
agricultura. Portanto, a compreensão do papel das instituições financeiras internacionais no 
desenvolvimento económico dos países em desenvolvimento é crucial para perceber se de facto 
essas instituições trabalham para melhorar a inclusão financeira, reduzir a pobreza, criar 
oportunidades económicas e se estão a cumprir com a missão de promover o desenvolvimento 
sustentável e inclusivo em todo o mundo. 
1.5. Metodologia de Pesquisa 
 Para a elaboração do trabalho baseamo-nos nas normas técnicas de Metodologia de 
Investigação Científica. 
• Modelo De Pesquisa: Quanto a abordagem ou modelo de pesquisa, usou-se o modelo 
qualitativo porque buscamos uma compreensão particular daquilo que estamos a 
abordar, o foco da atenção é centralizado no específico, buscando sempre a 
compreensão e não a explicação dos fenómenos estudos. 
• Tipo De Pesquisa: Quanto ao tipo de pesquisa implementou-se a pesquisa bibliográfica 
pois fizemos levantamento bibliográfico através de livros e sites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1. As Instituições Financeiras Internacionais: Breve Retrospectiva 
 “Vivemos em um mundo onde as fronteiras económicas se tornaram cada vez mais 
difusas, e a interconexão global molda a realidade de indivíduos, empresas e nações. Neste 
cenário, o Sistema Financeiro Internacional (SFI), emerge não apenas como um componente 
crucial dessa trama global, mas como o coração pulsante que alimenta o dinamismo económico 
mundial” (BUENO, 2024). 
 Segundo o mesmo Autor, “O papel do Sistema Financeiro Internacional transcende a 
mera facilitação de transacções económicas. Ele é a espinha dorsal que suporta o comércio 
internacional, o investimento estrangeiro directo e o movimento de capitais. Como observado 
por Joseph Stiglitz, outro laureado economista, o SFI é fundamental na gestão de riscos e na 
promoção de uma alocação eficiente de recursos, o que é indispensável em uma economia 
global interdependente. Este sistema não apenas conecta mercados, mas também harmoniza 
regulamentações e práticas, criando um ambiente propício para o crescimento económico 
sustentável”. 
 “Em uma economia cada vez mais globalizada, é natural que existam instituições de 
regulação e fomento financeiro que actuem em âmbito internacional, visando ao menos em 
teoria promover o desenvolvimento mundial. Algumas delas estão vinculadas às Nações 
Unidas. Isso, no entanto, não as exime de polêmicas acerca das orientações políticas que 
adoptam e sobre até que ponto elas sofrem influência dos interesses dos países mais ricos e de 
grandes corporações mundiais” (BUENO, 2024). 
 De acordo o site ShareAmerica (2015), “Até julho de 1944, estava ficando claro que as 
nações aliadas acabariam por prevalecer na Segunda Guerra Mundial. Estava igualmente claro 
que o velho sistema financeiro global já não funcionaria, especialmente agora que a Europa, 
incluindo antigos gigantes financeiros como a Grã-Bretanha e a França tinham poucos recursos 
para financiar sua própria reconstrução”. 
 “O secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, contou como o então presidente 
Franklin Roosevelt e outros viram a necessidadede criar novas instituições financeiras 
internacionais que pudessem melhorar o crescimento económico e a liberalização do comércio 
internacional no mundo pós-guerra” (SHAREAMERICA, 2015). 
https://maisretorno.com/portal/termos/j/joseph-stiglitz
https://share.america.gov/pt-br/como-a-segunda-guerra-mundial-transformou-o-mundo/
9 
 
 “Delegados de 44 países se reuniram no Hotel Mount Washington, em Bretton Woods, 
em New Hampshire, de 1 a 22 de julho de 1944, para criar a arquitectura para uma nova ordem 
monetária internacional. Eles elegeram o dólar americano como a moeda de reserva global, a 
mais importante referência internacional nos negócios e o Fundo Monetário Internacional para 
ajudar as nações com problemas na balança de pagamentos e com dificuldades em manter 
reservas financeiras” (SHAREAMERICA, 2015). 
 Segundo o mesmo site, “A Conferência de Bretton Woods também criou o Banco 
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), actualmente denominado Banco 
Mundial. O Banco concedeu empréstimos para financiar a reconstrução da Europa e 
posteriormente se expandiu para financiar novos projectos de desenvolvimento em todo o 
mundo”. 
 “Ao todo, embora tenham entrado oficialmente em operação dois anos depois, foi na 
conferência de Bretton Woods que se criaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o 
Banco Mundial. Formalmente, essas instituições passaram a integrar o sistema da ONU, mas, 
na prática, sempre actuaram de modo independente” (BUENO, 2024). 
2.1.1. Conceito e Relevância 
 Para o GPEARI (2020), “As Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) são 
organismos de carácter multilateral, cujo principal objectivo consiste em fomentar o 
crescimento económico e a cooperação à escala global contribuindo assim para a promoção do 
processo de desenvolvimento económico dos países membros em desenvolvimento”. 
 Segundo o mesmo, “As instituições financeiras internacionais são organizações criadas 
por governos nacionais de diferentes nações para promover o desenvolvimento económico e 
melhorar as relações económicas entre as nações”. 
 De acordo o site Spiegato (2024), “As instituições financeiras internacionais 
desempenham um papel de extrema importância no contexto económico global, por diversas 
razões: 
1. Mobilização de Recursos Financeiros: 
 Têm a capacidade de mobilizar grandes quantidades de recursos financeiros, 
provenientes de governos e investidores internacionais que são direccionados para 
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investimentos em países em desenvolvimento, ajudando a financiar projectos de infraestrutura, 
desenvolvimento social, sector privado e outras áreas prioritárias. 
2. Assistência Técnica e Capacitação: 
 Oferecem assistência técnica e capacitação para os países em desenvolvimento, o que 
inclui o compartilhamento de conhecimentos especializados, melhores práticas e experiências 
em áreas como políticas macroeconómicas, gestão financeira, governança institucional e 
desenvolvimento do sector privado, ajudando a fortalecer as capacidades dos países em 
desenvolvimento, permitindo que eles desenvolvam políticas económicas mais eficazes e 
implementem reformas estruturais necessárias para impulsionar o crescimento económico. 
3. Promoção da Estabilidade Financeira e do Desenvolvimento Sustentável: 
 Desempenham um papel fundamental na promoção da estabilidade financeira global e 
no fomento do desenvolvimento sustentável, trabalhando em parceria com os países membros 
para monitorar e mitigar riscos financeiros, promover a transparência nas transacções 
financeiras e apoiar a implementação de políticas económicas sustentáveis. 
4. Facilitação da Cooperação Internacional 
 Actuam como plataformas de cooperação e diálogo entre os países membros, 
oferecendo um fórum para a troca de ideias, experiências e conhecimentos e promovendo a 
cooperação económica e financeira entre os países. Além disso, essas instituições facilitam a 
coordenação e o alinhamento de políticas entre os países membros, criando sinergias e 
maximizando o impacto das acções de desenvolvimento”. 
2.2. As Principais Instituições Financeiras Internacionais: Função e Objetivos 
 Segundo o GPEARI (2020), “Inserem-se no grupo das IFIs todos os Bancos 
Multilaterais de Desenvolvimento, não apenas de âmbito global, mas também de caráter 
regional, bem como alguns fundos das Nações Unidas, que, pelas suas características, são 
equiparados à instituições financeiras. Dentre as quais destacam-se: 
1. Fundo Monetário Internacional (FMI); 
2. Banco Mundial (BM); 
3. Banco de Compensações Internacionais (BIS): 
 Fundado em 1930, está sediado em Basileia, na Suíça e actua como o Banco Central dos 
Bancos Centrais, oferecendo serviços como gestão de reservas, transacções financeiras e 
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serviços de custódia. O BIS tem como objectivo promover a estabilidade monetária e financeira 
global, facilitar a cooperação entre bancos centrais e servir como um fórum para discussões e 
pesquisas sobre questões económicas e financeiras. Congrega 55 países, citando: África do 
Sul, Argélia, China, Coreia do Sul, Japão, Turquia, Estados Unidos, Argentina, Brasil, Canadá, 
Portugal, etc. 
4. Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD): 
 Fundado em 1991, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, usa de 
instrumentos de investimentos para ajudar a construir economias de mercado e democracias em 
27 países da Europa Central à Ásia Central “Rússia, Sérvia, Japão, Polónia, Croácia, Hungria, 
Eslováquia, Turquia, etc”. Promove financiamentos para bancos, indústrias, empresas, tanto 
para novos empreendimentos e investimentos em companhias já existentes e trabalha também 
com capitais públicos para apoiar privatizações, reestruturação de empresas estatais e melhoria 
dos serviços municipais. 
5. Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB): 
 Fundado em 1966 e com sede em Manila, nas Filipinas, o ADB desempenha um papel 
crucial ao financiar projectos e programas que impulsionam o progresso regional. Sua missão 
é promover o crescimento e o desenvolvimento económico nas economias da Ásia e do 
Pacífico, com o objectivo de erradicar problemas como a pobreza e conflitos. Composta por 65 
nações, dentre as quais: China, Japão, Índia, Ucrânia, Suíça, Tailândia, Sri Lanka, Dinamarca, 
Turquia, etc. 
6. Banco Africano de Desenvolvimento (BAD): 
 Fundado em 1964 com o objectivo de facilitar o desenvolvimento económico das nações 
africanas, podendo os governos nacionais obter empréstimos de baixo custo para financiar 
projectos como a implementação de novos sistemas de comunicação, saneamento melhorado e 
estradas. Embora tenha sido fundado como uma entidade africana, o banco agora permite a 
adesão de países não africanos. Os Estados Unidos, China e Japão estão entre os estados 
membros não africanos que desempenham um papel no BAD. Actualmente conta com 81 
membros dos quais 53 países africanos: Argélia, Angola, Africa do Sul, Egipto, Marrocos, 
Moçambique, Camarões, Tunísia, etc. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%A9lia
https://pt.wikipedia.org/wiki/China
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coreia_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/1991
https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rvia
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7. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): 
 É uma organização financeira internacional com sede na cidade de Washington, Estados 
Unidos, e criada no ano de 1959 com o propósito de financiar projectos viáveis 
de desenvolvimento económico, social e institucional e promover a integração comercial 
regional na área da América Latina e do Caribe. Atualmente o BID é um dos maiores bancos 
regionais de desenvolvimento e serviu como modelo para outras instituições similares a nível 
regional. É composto por 48 membros, dos quais 22 são membros nãomutuários, temos a 
destacar entre os membros: a Argentina, Brasil, Venezuela, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia, 
Paraguai, Estados Unidos, etc. 
8. Banco Europeu de Investimento (BEI): 
 Criado por membros da União Europeia (UE) em 1958. Os países membros podem obter 
empréstimos do BEI, mas o seu objectivo principal é fornecer apoio económico para os 
objectivos políticos da UE. Na Europa, o banco concentra-se principalmente em promover a 
coesão entre os países membros, mas fora da Europa, o banco ajuda a encorajar reformas 
económicas e conservação de energia. Actualmente o BEI é composto por 27 países a destacar: 
a Alemanha, Portugal, Espanha, Áustria, Bélgica, Croácia, França, Itália, Países Baixos, Suécia, 
etc. 
9. Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF): 
 É uma instituição internacional multilateral de desenvolvimento da América Latina. 
Tem como missão impulsionar o desenvolvimento sustentável e a integração regional na 
América Latina, através do financiamento de projectos dos sectores público e privado, a 
provisão de cooperação técnica e outros serviços especializados. Constituído em 1970, na 
atualidade é composto por 19 países 17 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, 
Colômbia, Costa Rica, Equador, etc) e 2 do Caribe (Espanha e Portugal) e é um importante 
gerador de conhecimento para a região”. 
 No entanto, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, são de facto as 
principais instituições financeiras internacionais: 
a) O Fundo Monetário Internacional (FMI): 
 “É uma organização internacional pertencente ao Sistema das Nações Unidas, com sede 
na cidade de Washington, capital estadunidense, conta atualmente com 190 membros 
(Alemanha, Espanha, Portugal, Angola, África do Sul, Brasil, China, Rússia, Japão, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_de_Col%C3%BAmbia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/1959
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_econ%C3%B4mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caribe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Multilateralismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel
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Moçambique, Finlândia, etc.) e foi criado em um contexto de instabilidade económica 
decorrente da Segunda Guerra Mundial, estando a sua história de fundação atrelada à 
necessidade de criação de organismos internacionais que actuem de forma global na prevenção 
de crises financeiras e na promoção do desenvolvimento socioeconómico” (GUITARRARA, 
2024) 
 Para a mesma Autora, “A sua principal função é a manutenção do equilíbrio do sistema 
financeiro e económico internacional, segundo descrito pela própria instituição, na tentativa de 
evitar a instalação de crises económicas internacionais como locais e além disso, eliminando 
potenciais barreiras para a relação económica e comercial entre os seus países membros. Para 
que isso seja possível, o Fundo Monetário Internacional actua em três frentes: 
1. Assistência financeira aos países membros mediante a solicitação: 
 Os empréstimos são realizados em casos de crises conjunturais em um ou mais sectores 
ou ainda em caso de problemas internos que podem levar a um cenário de crise económica. 
Dessa forma, o auxílio dado pelo fundo é utilizado na retomada do desenvolvimento e do 
crescimento do país, na estabilização de sua moeda e na reconstrução das reservas 
internacionais. 
2. Supervisão do sistema monetário internacional, monitoramento e aconselhamento sobre 
políticas financeiras e económicas de seus países membros. Além disso, o FMI publica 
anualmente relatórios descritivos e análises sobre a conjuntura do sistema monetário e 
financeiro internacional e sobre as economias nacionais que integram a organização. 
3. Desenvolvimento de capacidade por meio da assistência técnica e treinamentos para que 
os seus membros possam implementar correctamente as políticas económicas e alcançar 
as condições ideais para o crescimento e desenvolvimento”. 
 Guitarrara (2024) realça que “O FMI apresenta três objectivos principais, chamados pela 
instituição de missões. São eles: 
 Promover a cooperação monetária e económica em escala internacional; 
 Incentivar a expansão do comércio internacional e o crescimento económico; 
 Desencorajar políticas que prejudiquem a prosperidade das economias nacionais 
que integram essa instituição e suas populações”. 
 “A cooperação entre os países membros e entre as diversas organizações parceiras é a 
principal maneira pela qual o FMI pretende atingir os seus objectivos. É importante notar ainda 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/organizacoes-internacionais.htm
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que o fundo, assim como o Banco Mundial, actua de maneira a cumprir os objectivos para o 
Desenvolvimento Sustentável da ONU, conhecidos como Agenda 2030, que prevê, entre outros 
objectivos, a erradicação da pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável nos países 
em desenvolvimento". 
b) O Banco Mundial: 
 “É uma agência financeira internacional independente criada com o propósito inicial de 
auxiliar na reconstrução e desenvolvimento económico dos países após a Segunda Guerra 
Mundial (1939-1945). A actuação do Banco Mundial é voltada hoje à assistência técnica e 
financeira das nações que integram o seu quadro de membros, em especial os países em 
desenvolvimento. Por essa razão, é considerado o maior banco de desenvolvimento do mundo, 
atualmente, formado por 189 países membros (Canadá, Botsuana, Camarões, Croácia, 
Austrália, Áustria, Argentina, França, Geórgia, Eslováquia, Itália, Coreia do Sul, Reino Unido, 
etc.) ” (GUITARRARA, 2024) 
 A mesma Autora afirma que “Aquando da sua criação, o Banco Mundial recebia o nome 
de Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento. Hoje o BIRD, em conjunto com 
a Associação Internacional de Desenvolvimento formam o Banco Mundial: 
 Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD): 
 É responsável pelo aconselhamento e oferta de empréstimos para projectos 
desenvolvidos em países de renda média, o que é determinado pelo PIB per capita (entre US$ 
1.000 e US$ 12.300 anuais); 
 Associação Internacional de Desenvolvimento (AID): 
 Desempenha uma função semelhante à do BIRD, mas o seu alvo são os países mais 
pobres que integram o Banco Mundial, nos quais a renda média da população é inferior a mil 
dólares”. 
 De acordo com Moutinho (2024), “A sede do Banco Mundial fica localizada na cidade 
de Washington, capital dos Estados Unidos e a sua principal função é prover assistência 
financeira, técnica e aconselhamento em políticas para o desenvolvimento dos seus países-
membros, tendo como foco as nações emergentes ou nações em desenvolvimento”. 
 “O Banco Mundial funciona por meio de um modelo de sociedade de capital que 
envolve os diversos membros da instituição. Essa organização financeira actua na elaboração 
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de estudos, relatórios e consultorias, em diferentes áreas, com um enfoque no desenvolvimento 
económico e social das nações” (MOUTINHO, 2024). 
 “A participação de cada membro se dá mediante o nível de contribuição financeira do 
país. Sendo assim, aqueles países que mais contribuem têm maior poder de decisão dentro da 
instituição. Nesse contexto, os Estados Unidos da América é o principal país accionista do 
banco, influenciando de forma decisiva em seu funcionamento” (GUITARRARA, 2024). 
 Para Moutinho (2024), “O auxílio financeiro do Banco Mundial é voltado 
principalmente para aqueles projectos que têm como objectivo promover o desenvolvimento 
socioeconómico dos locais em que serão implementados. Dentre as condições oferecidas pela 
agência, temos de acordo com a ONU:crédito com juros reduzidos e créditos sem juros, além 
de doações destinadas para sectores essenciais como saúde, educação, infraestrutura e 
comunicações dos países em desenvolvimento". 
 Segundo Guitarrara (2024), “O Banco Mundial tem dois objetivos principais ou 
missões, como a própria instituição descreve: 
1. Colocar fim à extrema pobreza: 
 Isso é almejado tendo como meta a redução do total de pessoas que vivem abaixo da 
linha da pobreza em todo o mundo para menos de 3% até o ano de 2030, contando com a 
cooperação dos seus membros, clientes e parceiros. Os indivíduos na condição de extrema 
pobreza são aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, segundo o Banco Mundial. 
2. Promover a prosperidade compartilhada: 
 Esse objectivo seria atingido mediante a redução da pobreza no mundo, aumentando a 
renda média da camada mais pobre da população dos países em que a agência actua, 
viabilizando ainda melhorias em sua qualidade de vida”. 
 Segundo o Banco Mundial, “Nos países em desenvolvimento, as suas principais 
actividades costumam estar relacionadas às seguintes áreas: 
 Desenvolvimento humano: educação, saúde; 
 Agricultura e desenvolvimento rural: irrigação, serviços rurais; 
 Protecção ambiental: redução da poluição, cumprimento de normas; 
 Infraestrutura: rodovias, transportes, urbanização, eletricidade; 
 Governança: combate à corrupção, desenvolvimento de instituições jurídicas. 
16 
 
2.3. O Contexto dos Países em Desenvolvimento 
 “A ONU estabelece o conhecido Índice de Desenvolvimento Humano ou IDH para 
classificar as nações do planeta. Este índice inclui uma série de parâmetros sobre a qualidade de 
vida em geral, como o PIB per capita, o nível de alfabetização na população adulta e a idade 
média de pessoas falecidas. Estes indicadores são a expressão concreta de três critérios 
fundamentais: uma vida longa e saudável, um nível de conhecimento adequado e um padrão de 
vida digno” (RIBEIRO, 2024). 
 Para Ribeiro (2024) “Se focarmos nos países em desenvolvimento, todos eles têm esta 
categoria porque apresentam alguns problemas estruturais, como desigualdades sociais, bolsas 
de pobreza e altas taxas de criminalidade, apesar do evidente progresso económico em que se 
encontram”. 
 Para a ONU, “Os países em desenvolvimento compartilham algumas características: 
uma economia em fase de transição, um desenvolvimento tecnológico desigual, um elevado 
déficit público e um alto índice de desemprego. 
 Pode-se afirmar que estes países incorporam aspectos próprios do primeiro mundo e, ao 
mesmo tempo, outros aspectos do terceiro mundo. Devemos levar em conta que o conceito 
desenvolvimento humano é muito discutível, já que a situação económica é um factor de 
extrema importância, mas também a corrupção, a fragilidade institucional e a segurança da 
cidadania. Se tomarmos como referência o México, trata-se de uma nação com avanços 
econômicos evidentes e ao mesmo tempo, com taxas de criminalidade muito preocupantes 
(WIKIPEDIA, 2024) 
 Segundo Ribeiro (2024) “Instituições como a ONU e o FMI dividem os países em 
desenvolvimento em diferentes graus consoante o desenvolvimento económico, nomeadamente 
em economias emergentes e economias subdesenvolvidas. Segundo esta divisão, enquanto os 
países com economias emergentes saíram já de um estágio de estagnação e evidenciam um 
rápido processo de industrialização, muitas vezes sustentada pelos países mais desenvolvidos 
os países com economias subdesenvolvidas têm ainda grande parte da sua população activa 
empregue numa agricultura muito pouco produtiva ou em serviços marginais” (RIBEIRO, 
2024). 
https://conceitos.com/qualidade/
https://conceitos.com/conhecimento/
https://conceitos.com/pobreza/
https://conceitos.com/caracteristicas/
https://conceitos.com/economia/
https://conceitos.com/transicao/
https://conceitos.com/nacao/
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 Segundo Ribeiro (2024), “Os países em desenvolvimento são aqueles que possuem 
facetas altamente industrializadas e modernas, mas que ainda lutam contra a pobreza e a 
marginalização de um sector importante de suas populações. Países como a Africa do Sul, 
China, Brasil, Índia, México, a Argentina, são frequentemente nomeados como países em 
desenvolvimento. As características destes países incluem na sua maioria: 
 Padrão de vida de grande parte da população entre os níveis baixo e médio. 
 IDH entre os níveis médio e alto. 
 Renda per capita (PIB per capita) entre 5 e 8 mil dólares. 
 Sector industrial em desenvolvimento 
 “Os países em desenvolvimento compartilham vários desafios para o seu 
desenvolvimento, sendo mais propensos a experimentar um crescimento populacional 
exponencialmente alto nas áreas urbanas, pouco ou nenhum acesso a água potável, altos casos 
de doenças transmissíveis, incluindo diabetes, hipertensão e riscos ambientais à saúde, como a 
poluição do ar” (WIKIPÉDIA, 2024). 
2.3.1. O Financiamento por Meio das Instituições Financeiros Internacionais 
 Segundo o FMI (2024), “Quando um país entra em crise e aciona o FMI, agentes são 
enviados para avaliar a situação financeira e direccionar medidas que visam contribuir para a 
resolução dos problemas e, principalmente, evitar que a crise ganhe proporções maiores. Sendo 
assim, Para receber os empréstimos financeiros ou ajuda financeira, o país tem de cumprir 
metas estipuladas pelo órgão supracitado: ajuste orçamentário, cortes de gastos públicos, 
monitoramento da taxa de câmbio e da inflação. O FMI oferece vários tipos de empréstimos 
adaptados às diferentes necessidades e circunstâncias específicas dos países. Os empréstimos a 
países de baixa renda têm taxa de juros zero”. 
 Para Guitarrara (2024), “O Banco Mundial, fornece linhas de financiamento para 
governos, destinadas exclusivamente à infraestruturas de transporte, energia, saneamento 
básico, visando o desenvolvimento socioeconómico. No entanto, empresas também podem se 
beneficiar dos financiamentos, porém é necessário verificar a viabilidade de implantação dos 
projectos, desde que garantam que seu país de origem afiançará a dívida contraída. No entanto, 
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=2964a9eb5279ba65JmltdHM9MTcxNDA4OTYwMCZpZ3VpZD0xNmRjYzZlZS0yYmQwLTZjYmEtMzQzMC1kMmZjMmE0ZTZkMjEmaW5zaWQ9NTgwNA&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=16dcc6ee-2bd0-6cba-3430-d2fc2a4e6d21&psq=caracteristicas+dos+paises+em+desenvolvimento&u=a1aHR0cHM6Ly9jb25jZWl0b3Nkb211bmRvLnB0L3BhaXNlcy1lbS12aWFzLWRlLWRlc2Vudm9sdmltZW50by8&ntb=1
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18 
 
os países que mantêm um compromisso com políticas sólidas podem ser capazes de acessar 
recursos sem nenhuma ou limitada condicionalidade”. 
 Segundo a Wikipédia (2024), “As qualificações para obtenção de financiamento aos 
bancos de desenvolvimento podem incluir, os seguintes critérios: 
1. Localização num Estado membro: 
 O projecto deve estar localizado num dos países membros. 
2. Fortes perspectivas comerciais: 
 O projecto deve ter perspectivas sólidas de viabilidade comercial e ser capaz de gerar 
retornos financeiros significativos. 
3. Benefício para a economia local e desenvolvimento do sector privado: 
 O projecto deve trazer benefícios tangíveis para a economia local e contribuir para o 
desenvolvimento do sector privado. Isso pode incluir a criação de empregos, o estímulo ao 
crescimento económico, o aumento da competitividade e a transferência de tecnologia”. 
2.4. As Etapas de Empréstimo do FMI e do Banco Mundial 
 Segundo as instituições em causa, a cedência de empréstimos por parte das mesmas, 
obedece várias etapas. 
a) FMI: 
1. Primeiro, um país membro que precisa de apoio financeiro faz um pedido ao FMI; 
2. Em seguida, o governo do país e a equipe do FMI discutem a situação económica e 
financeira e as necessidades de financiamento; 
3. Normalmente, o governo de um país e o FMI concordam em um programa de políticas 
económicas antes que o FMI empreste ao país. Na maioria dos casos, os compromissos 
de um país de realizar certas acções políticas, conhecidas como condicionalidade 
política, são parte integrante dos empréstimos do FMI; 
4. Uma vez acordados os termos, o programa político subjacente a um acordo é 
apresentado ao Conselho Executivo do FMI em uma "Carta de Intenções1" e detalhado 
 
1 Carta de Intenções: é um documento no qual um país, pessoa ou organização expressa sua intenção de 
realizar determinada acção ou estabelecer uma parceria, negociação ou acordo com outra parte. É 
utilizada como um primeiro passo em processos de negociação ou transacções comerciais, fornecendo 
19 
 
em um "Memorando de Entendimento2". A equipe do FMI faz uma recomendação ao 
Conselho Executivo para endossar as intenções políticas do país e oferecer 
financiamento. Este processo pode ser acelerado no âmbito do Mecanismo de 
Financiamento de Emergência do FMI; 
5. Depois que seu Conselho Executivo aprova um empréstimo, o FMI monitora como os 
membros implementam as acções políticas que o sustentam. O retorno de um país à 
saúde económica e financeira garante que os fundos do FMI sejam reembolsados para 
que possam ser disponibilizados a outros países membros. 
 
b) Banco Mundial 
1. Identificação e Preparação: 
 Nesta etapa, o país e o Banco Mundial identificam a necessidade de financiamento e 
trabalham juntos na preparação de um projecto ou programa. Isso envolve a análise das 
necessidades, a identificação dos objectivos e a avaliação dos impactos esperados. 
2. Análise e Aprovação: 
 O Banco Mundial realiza uma análise detalhada do projecto ou programa proposto, 
avaliando a viabilidade técnica, económica, financeira, social e ambiental do projecto, bem 
como seu alinhamento com as prioridades e políticas do Banco. Com base nessa análise, o 
projecto é submetido à aprovação. 
3. Negociação: 
 Se o projecto for aprovado, ocorre a negociação dos termos e condições do empréstimo 
entre o BM e o país. Isso inclui questões como o montante do empréstimo, prazos de 
pagamento, taxas de juros, garantias, políticas e reformas associadas. 
4. Aprovação final: 
 O projecto é submetido a uma aprovação final pelo Conselho Executivo do Banco 
Mundial. O Conselho revisa os detalhes do projecto e decide se concederá o empréstimo. 
5. Implementação: 
 
uma visão geral dos termos e condições preliminares que as partes desejam discutir e explorar em maior 
detalhe. 
 
2 Memorando de Entendimento: é um documento que estabelece os termos e condições preliminares de 
uma cooperação ou colaboração entre duas ou mais partes, usado para expressar a intenção mútua de 
trabalhar juntos em um projecto, iniciativa ou negócio, estabelecendo os princípios e objetivos gerais 
da parceria. 
20 
 
 O país é responsável por implementar o projecto de acordo com os termos acordados, 
enquanto o Banco Mundial fornece suporte técnico. 
6. Desembolso: 
 Durante a fase de implementação, o Banco Mundial desembolsa os fundos do 
empréstimo de acordo com um cronograma pré acordado, à medida que o país atinge os marcos 
e metas estabelecidas. 
7. Monitoramento e avaliação: 
 O Banco Mundial monitora continuamente a implementação do projecto e avalia seu 
impacto, acompanhando o progresso, identificando possíveis desafios e ajustando a estratégia, 
se necessário. 
2.5. Críticas ao FMI e ao Banco Mundial 
 Existem muitas críticas tecidas ao FMI no meio político e económico, na academia e na 
mídia. A principal delas diz respeito ao funcionamento dessa instituição, em especial com 
relação ao seu sistema de quotas, que determina o poder de voto de um país. Como vimos, essa 
estrutura favorece os países mais ricos e o topo da hierarquia económica internacional, 
orientando assim as decisões e políticas que serão direccionadas para os demais países 
membros. (GUITARRARA 2024) 
 Segundo a mesma, “As políticas económicas e as condições dos acordos do FMI são 
igualmente alvo de críticas. Isso se deve ao facto de que, na maioria das vezes, os países 
necessitam alterar a sua política económica interna para se adequar às normas dessa instituição, 
o que nem sempre favorece as economias nacionais mais pobres e em desenvolvimento”. 
 O Banco Mundial recebe sucessivas críticas quanto à sua estrutura, conduta e objectivos. 
A principal delas refere-se ao domínio dos Estados Unidos, uma vez que todos os seus 
presidentes foram norte-americanos e, coincidentemente ou não, o país é o que mais investe e 
mais arrecada com os lucros dessa organização. Por isso, a entidade é frequentemente acusada 
de servir apenas os interesses estadunidenses. (WIKIPÉDIA, 2024). 
 “Além disso, algumas avaliações afirmam que as principais reconstruções prometidas 
pelo BM direcionaram-se preferencialmente aos países europeus, de forma que a actuação nos 
países pobres não é a mesma. Os principais factores apontados pelos críticos do órgão, 
relativamente aos resultados ineficientes na ajuda aos países pobres são supostos casos de 
21 
 
corrupção envolvendo grandes empresas e o próprio Banco Mundial, que colaboraria para a 
realização de lavagens de dinheiro camufladas em acções sociais empreendidas com o apoio do 
próprio banco” (WIKIPÉDIA, 2024). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Neste trabalho abordamos sobre “O Papel das Instituições Financeiras Internacionais no 
Desenvolvimento Económico dos Países em Desenvolvimento” assentando-se concretamente 
sobre a problemática “Qual é o Papel das Instituições no Desenvolvimento Económico dos 
Países em Desenvolvimento?”. De princípio foi importante saber os conceitos relativos à elas, 
como também os seus pressupostos, para que se tenha noção sobre os padrões que regem as 
mesmas. Estas instituições são independentes e devem trabalhar de forma alinhada com os seus 
países membros de modo a promover o desenvolvimento económico e sustentável dos mesmos, 
especialmente aqueles em via de desenvolvimento. 
Conforme mencionado ao longo do trabalho, Instituições FinanceirasInternacionais são 
organizações criadas para promover a cooperação financeira e o desenvolvimento económico 
entre os países. Elas desempenham um papel fundamental na facilitação do comércio 
internacional, na estabilidade financeira global e no apoio ao desenvolvimento sustentável dos 
países em todo o mundo. Essas instituições a destacar o FMI e o Banco Mundial, são compostas 
por membros de diferentes nações e operam em nível internacional, oferecendo serviços 
financeiros, assistência técnica, financiamento e expertise para auxiliar os países em várias 
áreas relacionadas à economia e ao desenvolvimento. 
O Banco Mundial financia projectos específicos, especialmente em países emergentes 
ou em desenvolvimente, que têm como objectivo o crescimento económico e o 
desenvolvimento socioeconómico desses territórios. Por sua vez, o Fundo Monetário FMI 
actua, na concessão de empréstimos para remediar ou prevenir crises, além de monitorar a 
conjuntura económica e financeira em escala mundial, visando à manutenção do seu equilíbrio." 
Relativamente as nossas hipóteses levantadas, verificamos que de facto: o Fornecimento 
de Financiamento, a Assistência Técnica e Capacitação, bem como a Promoção do Ambiente 
de Investimento, são os papéis das IFIs no desenvolvimento económico dos países em 
desenvolvimento. 
 Podemos assim assegurar com toda propriedade que, o objectivo principal desta 
pesquisa foi notavelmente alcançado. Por outro lado, consideramos que os objectivos 
específicos por nós pretendidos, também foram devidamente alcançados com sucesso através 
de pesquisas minuciosas realizadas por meio de artigos e sites. 
23 
 
RECOMEDAÇÕES 
 As IFIs desempenham um papel crucial no desenvolvimento económico dos países em 
desenvolvimento, mediante financiamentos e assistência técnica. No entanto, em função das 
críticas, compreendemos que a sua actuação deve ser pautada pela equidade, responsabilidade 
e sustentabilidade, pelo que recomendamos o seguinte: 
1. Inclusão e Participação Equitativa: Devem garantir que os países em 
desenvolvimento tenham uma voz significativa nas decisões, o que inclui representação 
justa nas directorias e comités. 
2. Transparência e Responsabilidade: Devem divulgar informações sobre seus 
projectos, financiamentos e operações de forma transparente. 
3. Redução da Dependência da Dívida: Devem trabalhar para reduzir a dependência dos 
países em desenvolvimento em relação à dívida externa e explorar opções alternativas 
de financiamento, como parcerias público-privadas e investimentos directos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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https://esri.net.br/sistema-financeiro-internacional-o-que-e/. Acessado em: [18/04/2024]. 
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Disponível em: https://gpeari.gov.pt/web/pt/instituicoesfinanceirasinternacionais. Acessado 
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GUITARRARA, Paloma; Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial; Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fmiebancomundial.htm. Acessado em 
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