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Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Sanitária p/ VISA-DF 2017 - Auditor Professor: Ali Mohamad Jaha Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 53 AULA 00 Tema: Aula demonstrativa. Assuntos Abordados: 1. Evolução da Vigilância Sanitária no Brasil. 2. Vigilância Sanitária. 2.1. Conceitos. 2.2. Áreas de abrangência. 2.3. Funções. 3. Lei n.º 9.782/1999 - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 4. Decreto n.º 3.029/1999 - Regulamento da ANVISA. 5. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e Saúde Pública. Papéis da ANVISA e sua relação com o SNVS. Relações Federativas e Competência da União, Estados e Municípios na Vigilância Sanitária. Sumário. Sumário. ......................................................................................... 1 Apresentação. .................................................................................. 2 O Curso. .......................................................................................... 7 01. Evolução da Vigilância Sanitária no Mundo e no Brasil. Vigilância Sanitária. ....................................................................................... 12 03. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). .......................... 18 04. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)......................... 21 05. Questões Comentadas. .............................................................. 24 Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. =) Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 53 Apresentação. Olá Concurseiro! Meu nome é Ali Mohamad Jaha, Engenheiro Civil de formação, Especialista em Administração Tributária e em Gestão de Políticas Públicas. Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010. Venho ministrando cursos de Direito Previdenciário, Legislação Previdenciária, Legislação da Saúde, Legislação Específica e/ou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparação para carreiras públicas, no qual se encontrou ou ainda se encontram disponíveis os seguintes cursos: 01. Direito Previdenciário p/ RFB; 02. Direito Previdenciário p/ Analista Judiciário (STJ); 03. Questões Comentadas de Direito Previdenciário p/ ATA/MF; 04. Direito Previdenciário p/ AFRFB, ATRFB e ATA - 2.ª Turma - 2012/2012; 05. Legislação Previdenciária p/ AFT - 1.ª Turma - 2012/2012; 06. Direito Previdenciário p/ AJAJ/TRF-5; 07. Técnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB/2012; 08. Legislação Previdenciária p/ ATPS-MPOG; 09. Legislação da Saúde p/ ATPS-MPOG; 10. Legislação da Assistência Social p/ ATPS-MPOG; 11. Direito Previdenciário p/ AFRFB e ATRFB - 3.ª Turma - 2013/2013; 12. Legislação Previdenciária p/ AFT - 2.ª Turma - 2013/2013; 13. Vigilância Sanitária p/ ANVISA (Noções); 14. Legislação Previdenciária p/ SERPRO; 15. Vigilância Sanitária p/ ANVISA (Curso Complementar p/ Especialistas); 16. Políticas de Saúde e Saúde Pública p/ ANVISA; 17. Legislação Previdenciária p/ APOFP/SEFAZ-SP; 18. Legislação do SUS p/ Ministério da Saúde; 19. Direito Previdenciário p/ Delegado de Polícia Federal; 20. Direito Previdenciário e Legislação Previdenciária p/ TCE-MS; 21. Seguridade Social e Legislação Previdenciária p/ AFT - 3.ª Turma - 2013/2013; 22. Seguridade Social e Legislação Previdenciária p/ AFT - Questões Comentadas - 2013/2013; 23. Direito Previdenciário p/ AJAA/TRT-8; 24. Direito Previdenciário p/ Analista do INSS; 25. Histórico, Fundamentos e Legislação Específica do Audiovisual p/ ANCINE; 26. Financiamento e Regulação do Setor Audiovisual no Brasil p/ Especialista Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 53 em Regulação da ANCINE (Área 1); 27. Direito Previdenciário p/ AJAJ e OJAF/TRT-5; 28. Legislação sobre Seguridade Social p/ Procurador Federal (AGU); 29. Direito Previdenciário p/ AJAJ e OJAF/TRT-17; 30. Legislação da FUNASA (Especialidade 3); 31. Direito Previdenciário p/ AJAJ e OJAF/TRT-15; 32. Direito Previdenciário p/ TRF-3 (AJAJ, OJAF e TJAA); 33. Direito Previdenciário p/ TRT-2 (AJAJ e OJAF); 34. Direito Previdenciário p/ TCDF (ACE e AAP - Cargo 7); 35. Legislação do MTE; 36. Direito Previdenciário p/ Receita Federal do Brasil - 4.ª Turma - 2014/2014; 37. Legislação da CAIXA; 38. Direito Previdenciário e Previdência Social p/ RioPREV; 39. Direito Previdenciário p/ TRT-16 (AJAJ e OJAF); 40. Curso Regular de Direito Previdenciário - 1.ª Turma - 2014/2014; 41. Direito Previdenciário - Questões Comentadas p/ AFRFB 2014; 42. Curso de Técnicas e de Temas para a Receita Federal 2014; 43. Direito Previdenciário p/ INSS - 2.ª Turma - 2014/2014; 44. Legislação da AGU; 45. Legislação da SEP; 46. Legislação da CONAB; 47. Direito Previdenciário p/ TRF-4 (AJAA e TJAA); 48. Seguridade Social e Legislação Previdenciária p/ AFT - 4.ª Turma - 2014/2014; 49. Direito Previdenciário p/ TRF-4 - Técnicas e Temas para o Estudo de Caso; 50. Legislação do Setor de Telecomunicações - ANATEL/2014; 51. Direito da Seguridade Social p/ PFN; 52. Legislação Previdenciária p/ TRT-14 (AJAA); 53. Direito Previdenciário p/ TCE-GO; 54. Direito Previdenciário p/ Defensor Público (DPE-CE); 55. Propriedade Industrial p/ Pesquisador (INPI); 56. Direito Empresarial p/ Tecnologista Área 22 (INPI); 57. Direito Previdenciário p/ CGE-PI; 58. Legislação Social p/ Bacharel e Técnico (Exame CFC 2015); 59. Política do SUS p/ INCA-MS (Grupo 5); 60. Direito Previdenciário e da Assistência Social p/ Defensor Público da União (DPU); 61. Direito Previdenciário p/Auditor de Controle Externo (TCM-GO); 62. Legislação aplicada ao SUS (EBSERH); 63. Legislação aplicada à EBSERH; 64. Direito Previdenciário p/ Receita Federal do Brasil - 5.ª Turma - 2015/2015; Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 53 65. Questões Comentadas - Reta Final p/ Receita Federal do Brasil - 5.ª Turma - 2015/2015; 66. Direito Previdenciário p/ INSS - 3.ª Turma - 2015/2015; 67. Questões Comentadas - Reta Final p/ INSS - 3.ª Turma - 2015/2015; 68. Legislação Previdenciária p/ APOFP/SEFAZ-SP 2015; 69. Seguridade Social e Legislação Previdenciária p/ AFT - 5.ª Turma - 2015/2015; 70. Curso Regular de Direito Previdenciário - 2.ª Turma - 2015/2015; 71. Curso Regular de Direito Previdenciário - 2.ª Turma - Questões Comentadas - 2015/2015; 72. Legislação da Seguridade Social p/ Advogado da União (AGU); 73. Direito Previdenciário p/ Delegado (DPF) - 2015; 74. Questões Comentadas - Reta Final p/AFT - 5.ª Turma - 2015/2015; 75. Direito Previdenciário p/ Analista de Controle Externo (TCE/CE); 76. Direito Previdenciário p/ Analista Técnico-Administrativo (DPU); 77. Legislação Social p/ Bacharel (Exame CFC 02/2015); 78. Técnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB/2015; 79. Direito Previdenciário p/ INSS - 4.ª Turma - 2015/2015; 80. Questões Comentadas - Reta Final p/ INSS - 4.ª Turma - 2015/2015; 81. Curso Regular de Direito Previdenciário - 3.ª Turma - 2015/2015; 82. Curso Regular de Direito Previdenciário - 3.ª Turma - Questões Comentadas - 2015/2015; 83. Legislação Previdenciária p/ Analista do INSS - 4.ª Turma - 2015/2015; 84. Direito da Seguridade Social p/ PGFN - 2.ª Turma - 2015/2015; 85. Direito da Seguridade Social p/ Advogado da União (AGU) - 2015/2015; 86. Legislação Administrativa p/ PGFN - 2015/2015; 87. Legislação Administrativa p/ AGU - 2015/2015. 88. Direito Previdenciário p/ TRT-8 - 2015/2015; 89. Direito Previdenciário p/ Auditor e Conselheiro-Substituto do TCE-RN - 2015/2015; 90. Direito Previdenciário p/ Procurador Municipal de Goiânia; 91. Direito Previdenciário p/ Assessor Técnico Jurídico do TCE-RN - 2015/2015; 92. Direito Previdenciário p/ Inspetor de Controle Externo do TCE-RN - 2015/2015; 93. Curso de Simulados - Questões Inéditas de Direito Previdenciário p/ INSS - CESPE; 94. Direito Previdenciário p/ Auditor e Conselheiro-Substituto do TCE-PR - 2015/2016; 95. Legislação aplicada à EBSERH - 2016; 96. Legislação do MTE - 2016; 97. Direito Previdenciário p/ Auditor-Fiscal do TCE-SC (Direito - Cargo 3) - 2016; 98. Legislação Social p/ Bacharel - Exame CFC 01/2016; 99. Direito Previdenciário p/ INSS (Analista) - 5.ª Turma - 2015/2016 (PÓS- EDITAL). Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 53 100. Questões Comentadas - Reta Final - Direito Previdenciário p/ INSS (Analista) - 5.ª Turma - 2015/2016 (PÓS-EDITAL); 101. Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico) - 5.ª Turma - 2015/2016 (PÓS- EDITAL); 102. Questões Comentadas - Reta Final - Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico) - 5.ª Turma - 2015/2016 (PÓS-EDITAL); 103. Legislação Previdenciária p/ APOFP/SEFAZ-SP 2016; 104. Direito Previdenciário p/ Delegado (DPF) - 3.ª Turma - 2016/2016; 105. Curso Regular de Direito Previdenciário - 4.ª Turma - 2016/2016; 106. Direito Previdenciário p/ Auditor de Controle Externo (TCE/PA) - 2016/2016; 107. Seguridade Social e Legislação Previdenciária p/ AFT - 6.ª Turma - 2016/2016; 108. Questões Comentadas - Reta Final p/ AFT - 6.ª Turma - 2016/2016; 109. Direito Previdenciário p/ Receita Federal do Brasil - 6.ª Turma - 2016/2016; 110. Questões Comentadas - Reta Final p/ Receita Federal do Brasil - 6.ª Turma - 2016/2016; 111. Direito Previdenciário p/ TCDF-2016; 112. Direito Previdenciário p/ TST; 113. Vigilância Sanitária p/ ANVISA; 114. Direito Previdenciário p/ Procurador Municipal de Juiz de Fora/MG; 115. Direito Previdenciário p/ TRF-2 (AJAJ); 116. Legislação Social p/ Bacharel - Exame CFC 02/2016; 117. Direito Previdenciário p/ INSS - 6.ª Turma - 2016/2016; 118. Direito Previdenciário p/ Analista de Controle do TCE-PR (Atuarial); 119. Direito Previdenciário p/ Analista de Controle do TCE-PR (Jurídica); 120. Direito da Seguridade Social p/ DATAPREV; 121. Direito Previdenciário p/ Consultor Legislativo (Advogado) da CLDF; 122. Curso Regular de Direito Previdenciário - 5.ª Turma - 2016/2016; 123. Direito Previdenciário p/ DPE-ES; 124. Direito Previdenciário p/ TRF-2 (TJAA); 125. Direito Previdenciário p/ ALERJ (Procurador); 126. Direito Previdenciário p/ AL-MG (Consultor Área I); 127. Direito Previdenciário p/ AL-MG (Consultor Área II); 128. Vigilância Sanitária p/ ANVISA (Téc. Adm.); 129. Direito Previdenciário p/ PGE-AM (Procurador); 130. Direito da Seguridade Social p/ PGE-MS (Procurador), e; 131. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF. Ainda sobre minha carreira no serviço público, meu primeiro contato com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensões. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 53 No ano de 2003, quando ainda cursava Engenharia na Universidade Estadual de Maringá/PR (UEM), prestei o concurso para Escriturário do Banco do Brasil, sem estudar absolutamente nada, sendo aprovado e convocado algum tempo depois. Em 2005, ano em que concluí minha graduação, fui aprovado no concurso para Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná, sendo convocado logo em seguida. Neste ano, ainda, fui aprovado para Técnico Administrativo da Secretaria de Administração e Previdência do Estado do PR (SEAP/PR) e para Engenheiro Civil do município de Paranavaí/PR (minha cidade natal). No ano seguinte, 2006, fui aprovado e convocado para Analista e Técnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Embora tenha galgado tantas aprovações, decidi não tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro...). No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o próximo concurso de AFRFB, iniciando-os para valer somente em meados de 2008. O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da minha vida. Foi a fase de Concurseiro Profissional, em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol, chuva, vento, frio, areia, terra, cimento, etc.) e era antipatizado na instituição em que trabalhava (pois a gerência descobriu que eu estudava para RFB e, desde então, minha vida profissional ficou prejudicada). Muitos amigos ou conhecidos meus também se queixam da mesma perseguição sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrões assim que esses tomam conhecimento da intenção do empregado em sair da empresa. Isso é comum! Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava (família, amigos e diversão) para estudar as disciplinas do último edital de AFRFB (2005), até altas madrugadas. Mas enfim, graças a Deus, no concurso de AFRFB/2010, fui um dos grandes vitoriosos, nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta Porã/MS, (fronteira com Pedro Juan Caballero – Paraguai), posteriormente na Inspetoria de Corumbá/MS (fronteira com Puerto Quijarro – Bolívia), e, Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 53 atualmente, na Delegacia de Cascavel/PR, 5.ª maior cidade do meu querido e estimado Estado, com aproximadamente 305.000 habitantes. Em 2010 ainda, prestei concurso do MPU por considerá-lo bastante interessante, conquistando o 3.º lugar do cargo de Analista de Orçamento no estado do Mato Grosso do Sul. Não obstante, nesse mesmo ano, realizei o concurso para Analista Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (8.ª Região Judiciária), e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho, fui um dos aprovados e convocados pelo egrégio Tribunal. Agora que já me apresentei e falei brevemente da minha jornada de concurseiro, apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estratégia Concursos para o seu concurso. =) O Curso. Olá concurseiro(a)! =) É com imenso prazer que venho aqui, no Estratégia Concursos, iniciar um novo curso na área da VigilânciaSanitária, desta vez voltado para o próximo certame de Auditor da Vigilância Sanitária do Distrito Federal (VISA-DF). Conforme determina a legislação, a VISA-DF é responsável por cumprir as normas sanitárias da ANVISA, orientando e fiscalizando a qualidade de alimentos, medicamentos, locais de serviço de saúde e meio ambiente. Este concurso é aguardado, literalmente, há algumas décadas, uma vez que a última seleção para o cargo foi realizada no longínquo ano de 1993. =/ Em 2013, o Governo do DF solicitou novo concurso, mas, por razões alheias, o certame não foi realizado. Entretanto, a expectativa para um novo concurso em breve (2016/2017) é imensa! =) Para constar, atualmente, a VISA-DF trabalha com um déficit de nada menos do que 500 Auditores! Isso mesmo, 500 Auditores! Em suma, a necessidade de um novo certame nunca foi tão grande. E a remuneração professor? Está interessante? Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 53 Sim! Está bem interessante! Atualmente, a remuneração inicial do cargo gira em torno de R$ 10.000,00. =) Por fim, ressalto que o objetivo desse curso é fazer com que você, caro concurseiro, realize uma excelente prova de Legislação Sanitária no próximo concurso da VISA-DF. Esse material está sendo elaborado para ser o seu ÚNICO MATERIAL DE ESTUDOS! Pois eu sei o quão estressante e pouco eficiente é ter que estudar mais de um material por disciplina, afinal já fui um concurseiro. =) Edital x Cronograma das Aulas. Como foi informado anteriormente, o último concurso foi realizado em 1993, há algumas décadas. =/ E por essa razão, não foi possível ter acesso ao último edital do certame e mesmo se tivesse acesso, não o recomendaria, uma vez que a legislação sanitária ganhou novos e importantes componentes de 1993 para cá. Em função desta falta de edital recente, decidi utilizar como base os principais pontos do edital da ANVISA com a adição de duas normas distritais de grande relevância na área de vigilância sanitária. Com isso, esse será o nosso edital-base: Legislação Sanitária: 1. Evolução da Vigilância Sanitária no Brasil. 2. Vigilância Sanitária. 2.1. Conceitos. 2.2. Áreas de abrangência. 2.3. Funções. 3. Lei n.º 9.782/1999 - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 4. Decreto n.º 3.029/1999 - Regulamento da ANVISA. 5. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e Saúde Pública. Papéis da ANVISA e sua relação com o SNVS. Relações Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 53 Federativas e Competência da União, Estados e Municípios na Vigilância Sanitária. 6. Lei n.º 6.360/1976 - Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e outros produtos. 7. Decreto n.º 8.077/2013 - Regulamenta as Condições para o Funcionamento de Empresas sujeitas ao Licenciamento Sanitário, e o Registro, Controle e Monitoramento, no âmbito da Vigilância Sanitária, dos produtos de que trata a Lei n.º 6.360/1976. 8. Lei n.º 5.991/1973 - Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e correlatos. 9. Decreto n.º 74.170/1974 - Regulamenta a Lei n.º 5.991/1973. 10. Decreto-Lei n.º 986/1969 - Normas Básicas sobre Alimentos. 11. Lei n.º 7.802/1989 - Pesquisa, Experimentação, Produção, Embalagem e Rotulagem, Transporte, Armazenamento, Comercialização, Propaganda Comercial, Utilização, Importação, Exportação, Destino Final dos Resíduos e Embalagens, Registro, Classificação, Controle, Inspeção e Fiscalização de Agrotóxicos, seus componentes e afins. 11.1. Decreto n.º 4.074/2002 - Regulamenta a Lei n.º 7.802/1989. 12. Lei n.º 9.294/1996 - Restrições ao Uso e à Propaganda de Produtos Fumígeros, Bebidas Alcoólicas, Medicamentos, Terapias e Defensivos Agrícolas. 12.1. Decreto n.º 2.018/1996 - Regulamenta a Lei n.º 9.294/1996. 13. Lei n.º 9.873/1999 - Prazo de Prescrição para o Exercício de Ação Punitiva pela Administração Pública Federal direta e indireta. 14. Lei n.º 6.437/1977 - Configura Infrações à Legislação Sanitária Federal e estabelece as Sanções respectivas. 15. Portaria MS n.º 344/1998 - Regulamento Técnico sobre Substâncias e Medicamentos sujeitos a Controle Especial. 16. Lei Distrital n.º 5.321/2014 - Código de Saúde do DF. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 53 17. Lei Distrital n.º 5.547/205 - Autorizações para Localização e Funcionamento de Atividades Econômicas e Auxiliares. Devo informar que, caso desejem, posso acrescentar uma aula extra ao final, DE FORMA GRATUITA, abordando o tema Saúde Pública em detalhes. ;) Por sua vez, este será o cronograma do nosso curso, lembrando que eu sempre tento disponibilizar as aulas antes das datas marcadas: Aula 00 Aula Demonstrativa 18/09/2016 Aula 01 Tema: A Vigilância Sanitária. Assuntos Abordados: 1. Evolução da Vigilância Sanitária no Brasil. 2. Vigilância Sanitária. 2.1. Conceitos. 2.2. Áreas de abrangência. 2.3. Funções. 3. Lei n.º 9.782/1999 - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 4. Decreto n.º 3.029/1999 - Regulamento da ANVISA. 5. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e Saúde Pública. Papéis da ANVISA e sua relação com o SNVS. Relações Federativas e Competência da União, Estados e Municípios na Vigilância Sanitária. 28/09/2016 Aula 02 Tema: Vigilância Sanitária dos Medicamentos, das Drogas e dos demais Produtos Farmacêuticos. Assuntos Abordados: 6. Lei n.º 6.360/1976 - Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e outros produtos. 7. Decreto n.º 8.077/2013 - Regulamenta as Condições para o Funcionamento de Empresas sujeitas ao Licenciamento Sanitário, e o Registro, Controle e Monitoramento, no âmbito da Vigilância Sanitária, dos produtos de que trata a Lei n.º 6.360/1976. 08/10/2016 Aula 03 Tema: Controle Sanitário sobre o comércio dos Medicamentos, das Drogas e dos demais Produtos Farmacêuticos. Assuntos Abordados: 8. Lei n.º 5.991/1973 - Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e correlatos. 9. Decreto n.º 74.170/1974 - Regulamenta a Lei n.º 5.991/1973. 18/10/2016 Aula 04 Tema: Normas Básicas sobre Alimentos. Assuntos Abordados: 10. Decreto-Lei n.º 986/1969 - Normas Básicas sobre Alimentos. 28/10/2016 Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 53 Aula 05 Tema: Operações diversas com Agrotóxicos e Propaganda Comercial de Produtos Maléficos à Saúde. Assuntos Abordados: 11. Lei n.º 7.802/1989 - Pesquisa, Experimentação, Produção, Embalagem e Rotulagem, Transporte, Armazenamento, Comercialização, Propaganda Comercial, Utilização, Importação, Exportação, DestinoFinal dos Resíduos e Embalagens, Registro, Classificação, Controle, Inspeção e Fiscalização de Agrotóxicos, seus componentes e afins. 11.1. Decreto n.º 4.074/2002 - Regulamenta a Lei n.º 7.802/1989. 12. Lei n.º 9.294/1996 - Restrições ao Uso e à Propaganda de Produtos Fumígeros, Bebidas Alcoólicas, Medicamentos, Terapias e Defensivos Agrícolas. 12.1. Decreto n.º 2.018/1996 - Regulamenta a Lei n.º 9.294/1996. 07/11/2016 Aula 06 Tema: Prescrição de Ação Punitiva e Infrações à Legislação Sanitária Federal. Assuntos Abordados: 13. Lei n.º 9.873/1999 - Prazo de Prescrição para o Exercício de Ação Punitiva pela Administração Pública Federal direta e indireta. 14. Lei n.º 6.437/1977 - Configura Infrações à Legislação Sanitária Federal e estabelece as Sanções respectivas. 17/11/2016 Aula 07 Tema: Substâncias e Medicamentos sujeitos a Controle Especial. Assuntos Abordados: 15. Portaria MS n.º 344/1998 - Regulamento Técnico sobre Substâncias e Medicamentos sujeitos a Controle Especial. 27/11/2016 Aula 08 Tema: Código de Saúde do Distrito Federal. Assuntos Abordados: 16. Lei Distrital n.º 5.321/2014 - Código de Saúde do DF. 07/12/2016 Aula 09 Tema: Autorizações para Localização e Funcionamento de Atividades Econômicas e Auxiliares. Assuntos Abordados: 17. Lei Distrital n.º 5.547/205 - Autorizações para Localização e Funcionamento de Atividades Econômicas e Auxiliares. 17/12/2016 AULA DEMONSTRATIVA. Prezado aluno, essa Aula Demonstrativa apresentará apenas algumas páginas da Aula 01, e tratará da Vigilância Sanitária. Por sua vez, a Aula 01 contará com aproximadamente 130 páginas de conteúdo e trará mais de 80 questões comentadas ao final. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 53 Por fim, tudo que for apresentado nessa aula será repetido na Aula 01. =) 01. Evolução da Vigilância Sanitária no Mundo e no Brasil. Vigilância Sanitária. Apesar de o edital trazer expressamente apenas “Evolução da Vigilância Sanitária no Brasil”, decidi dividir esse tópico em duas partes: “Evolução da Vigilância Sanitária no Mundo” e “Evolução da Vigilância Sanitária no Brasil”. Acredito que dessa maneira, o conteúdo flua de forma mais amena e didática. =) 01. Evolução da Vigilância Sanitária no Mundo. Por definição, a Vigilância Sanitária (VS) é compreendida como um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. A preocupação da sociedade com a VS remonta a milhares de anos, sendo que os primeiros registros de ações nesse sentido datam da Idade Antiga, período compreendido entre a invenção da escrita (4.000 a.C.) e a queda do Império Romano no Ocidente (476 d.C.). Tais ações visavam o controle sobre as práticas de cura, sobre o meio ambiente e sobre produtos relacionados à saúde humana. Conforme se tem observado na história da humanidade, as sociedades sempre estiveram altamente envolvidas com o desenvolvimento e a evolução de atividades ligadas à saúde, bem como com a criação de normas e regras que evitassem comportamentos que pudessem resultar em riscos à saúde da população. A normatização da saúde é tão antiga quanto a própria VS, sendo que encontramos regras sanitaristas expressas, por exemplo, no Antigo Testamento da Bíblia e no Código Hamurabi (povo babilônio), inclusive com sanções para os que descumprissem tais regras. Dando um salto de muitos séculos, por volta de 1550 (meados do século XVI), o mundo, principalmente a Europa, vivia um período de transformações econômicas profundas e marcantes, conhecido como Mercantilismo. Nessa época, a sociedade visava o acúmulo de capital (ouro e prata, escassos à época) e o desenvolvimento econômico. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 53 Sob essas condições, surgiu uma nova classe social, a Burguesia, que comandou a formação do Estado Moderno e a efetivação dos conceitos de Estado, Governo, Nação e Povo. Nesse período, os burgueses apresentavam grande preocupação com a saúde do povo, uma vez que com a população crescente e saudável, o aumento do poder e dos lucros era apenas uma questão de tempo. Apesar da preocupação dos burgueses com a saúde do povo, sempre buscando mais poder e riquezas por meio da mão de obra dos trabalhadores, a efetivação das práticas de VS só começaram a se fazer presentes no cotidiano social a partir de 1600 (início do século XVII) na Europa. Por volta de 1750 (meados do século XVIII) surgem os conceitos de polícia médica e de estatística populacional. A doutrina sanitarista aponta o ilustre médico alemão Johann Peter Frank (1745-1821) como sendo o responsável pela disseminação desses conceitos pela Europa. Por sua vez, Frank escreveu uma obra, que serviu de verdadeiro manual para os funcionários públicos responsáveis pela regulação da saúde e vigilância sanitária da população em vários países da Europa. Tal obra abarcava propostas de intervenção nos problemas de saúde e de saneamento, sendo que tais problemas eram classificados e organizados dentro de um sistema de higiene pública e privada. O referido sistema era regrado por um código sanitarista (uma lei), cuja responsabilidade da elaboração e aplicação cabia ao Estado. Essa lei garantia a promoção e a manutenção da saúde da população, sob a fiscalização do Estado. Por fim, a responsabilidade das soluções de problemas relacionados à cidade e a garantia de proteção da saúde da sociedade também pertenciam ao Estado. Ainda no século XVIII, o mundo presenciou as crises monárquicas em vários reinos europeus, o que resultou a queda do Absolutismo e a ascensão do Liberalismo, marcado principalmente pela Revolução Francesa de 1789. A essa altura, o Estado passou a pertencer à nova classe social e não mais aos monarcas, firmando-se o Estado Liberal. Esse novo cenário resultou na queda do conceito de polícia médica como estrutura ideológica e surgindo então uma nova visão, pautada na noção da necessidade de sistematização de atividades administrativas e fiscalização de normas sanitárias. Entre o final do século XVIII e o início do século XIX, surge na França um conceito marcante para a história da Vigilância Sanitária: a noção de salubridade. Por definição, o que é salubre é bom para saúde. Tal noção foi o estopim para as ações de higiene pública e de controle do Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 53 meio ambiente, por meio de políticas-científicas que se estabeleceram a partir de 1900 (início do século XX), através da criação de institutos de pesquisa e laboratórios de saúde pública. Em 1948, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a saúde foi reconhecida como direito humano, por meio da criação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização estimulou o aperfeiçoamento e a intensificação das práticas de controle sanitário. Por fim, nos dias atuais, é impossível pensar em saúde pública e em vigilância sanitária sem pensar em ações eficazes de controle de salubridade. Esse controle tem sido fortalecido anualmente, com melhorias na regulamentação legislativaque visa à garantia dos produtos e serviços consumidos diariamente pela população de todo o mundo. 02. Evolução da Vigilância Sanitária no Brasil. A história nos mostra que as primeiras ações de fiscalização sanitária no Brasil remontam aos meados do século XVI, sendo que eram ações de eficácia reduzida, para não se dizer nula. Alguns séculos mais tarde, com a chegada da Família Real no Brasil em 1808, o país se tornou parte da rota comercial inglesa e sofreu mudanças de ordem econômica e estrutural, aumentando a necessidade de um controle sanitário efetivo que permitisse a aceitação dos produtos brasileiros no mercado e que evitassem a disseminação de doenças pelo país. Em 1810, por meio de um Regimento da Provedoria (ato com força de lei), surge no Brasil a Polícia Sanitária baseada no conceito de polícia médica desenvolvido pelo médico alemão Johann Peter Frank. A partir de então, as atividades sanitárias tinham caráter fiscalizador, julgador e punitivo e as autoridades possuíam o poder de tributar e arrecadar taxas sobre os serviços executados. Normas de controle sanitário passaram a vigorar, como a quarentena, o lazareto (hospital para o isolamento de leprosos), o controle de alimentos, a inspeção de açougues, bares, medicamentos e alimentos, bem como a concessão de licença para o exercício da medicina e da farmácia. Aos poucos, a legislação sanitarista foi sendo completada, revisada e aperfeiçoada, mas durante o império houve pouca evolução do sistema, que apesar de desenvolver essas ações de controle tinha pouco alcance do território e atuava principalmente ao redor da sede do governo (cidade do Rio de Janeiro). Foi somente após a independência do Brasil (1822) que os serviços sanitários foram municipalizados (capilarizados) e passaram a Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 53 ser exercidos pelas Câmaras Municipais que estabeleceram também seus regimentos. Em 1829 foi criada a Sociedade de Medicina e Cirurgia que passou a atuar como aliada do Estado na elaboração de normas sanitárias e no combate de doenças. Em 1832, foi elaborado, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, um Código de Posturas que estabelecia normas para enterros e cemitérios, doenças contagiosas, águas infectadas, matadouros, currais, açougues e outros gêneros alimentícios, bem como para o exercício da medicina e da farmácia, controle de medicamentos, hospitais, casas de saúde. Tal Código de Posturas inovou ao introduzir a prática de licenciamento e controle nas fábricas. Em 1851 uma portaria do Ministro dos Negócios proíbe a criação de novas casas de saúde sem a consulta prévia à Junta de Higiene Pública. A essa altura da história pátria, mesmo com tantas tentativas de controle sanitário em andamento, o Brasil sofria com epidemias e com o descontrole sanitário que atingia principalmente a camada mais pobre da população. Devido as essas circunstancias, os sistemas de saúde vão se estruturando com foco na doença e com grande descaso para o cunho preventivo e de promoção da saúde. Somente com a instalação da República em 1889 (final do século XIX) que se iniciou a organização das administrações sanitárias estaduais e a constituição de órgão de Vigilância Sanitária nas Unidades da Federação. O estudo das doenças e medidas de profilaxia (meios tendentes a evitar a propagação de doenças) e a fiscalização e análise das substâncias importadas passaram a ser de responsabilidade da União. As ações de combate à doença passaram a ser fundamentadas nas pesquisas bacteriológicas. Entre o final do século XIX e o início do século XX houve o predomínio das campanhas de controle do agente etiológico (agente causador) dos vetores de doenças. Este período foi marcado pelo Sanitarismo Campanhista adotado por Oswaldo Cruz, médico respeitado nos meios acadêmicos, especialista em microbiologia. Cruz enfrentou as críticas da opinião pública e da imprensa que desabonavam seus métodos de desinfecção. O maior conflito enfrentado nesta época foi a Revolta da Vacina que aconteceu no Rio de Janeiro em 1904. No dia 31/10/1904 foi publicada a Lei n.º 1.261, que obrigava todos os cidadãos a tomar vacina contra Varíola. É bastante curioso imaginar qual motivo levou a população carioca a tal ato de rebeldia, haja vista que a medida imposta tinha como Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 53 única e exclusiva função erradicar a doença própria população. Basta então olharmos para a data dos fatos e acontecimentos. O ano era 1904 e vacinação não era muito comum naquela época. Todos olhavam com medo e desconfiança para a nova medida além dos muitos boatos que circulavam nos jornais. Alguns historiadores contam que os partidos oposicionistas do governo espalhavam falsas informações sobre os perigos da vacina e do local do corpo onde esta deveria ser aplicada, o que culminou na ira da população. No entanto, os governantes, no intuito de sanear a cidade, agiam como se estivessem em guerra. Os agentes de saúde invadiam as residências de forma pouco cortês e polida para vacinar a população. No dia 10/11/1904 a população se revoltou e enfrentou a polícia, o resultado foi desastroso: dezenas de mortos, centenas de feridos e aproximadamente mil pessoas presas por se recusarem a tomar a vacina contra Varíola. Apesar dos conflitos ocorridos, Oswaldo Cruz não admitiu interferências políticas em seu trabalho, aspecto que, sem dúvida, deve ser observado rigorosamente para o sucesso das ações de Vigilância Sanitária no país. Ainda no ano de 1904, foi implantado um novo regulamento dos Serviços Sanitários da União, que previu a elaboração de um Código Sanitário e a instituição do Juízo dos Feitos de Saúde Pública, que tinha a incumbência de julgar as causas de interesse da saúde pública. Durante as primeiras duas décadas do século XX, as ações públicas de Vigilância Sanitária adquiriram consistência e efetividade. Na década de 1920, com a Reforma Carlos Chagas, foi criado por meio do Decreto-Lei n.º 3.987, o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) que veio a substituir a antiga e ultrapassada Diretoria Geral de Saúde Pública que vigia desde 1897, e que, apesar dos esforços, tinha ações de pouco alcance no país. Por sua vez, em 1923, o Decreto de n.º 16.300 incluiu a totalidade da vida social na ordem sanitária e fixando dispositivos e normas minuciosas, mas muitas vezes inaplicáveis. Tal Decreto estabeleceu as competências do DNSP e normatizou o controle do exercício profissional, o licenciamento prévio e a fiscalização de estabelecimentos e produtos e fixou multas e penas de prisão inafiançáveis para falsificadores de produtos sob controle desse departamento. Foi incorporada ainda a Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 53 expressão Vigilância Sanitária que passou a ser empregada para o controle sanitário de doenças e de estabelecimentos. Com o início da Era Vargas em 1930, o Brasil foi marcado pela emergência de um Estado forte, autoritário, centralizador, que agia independentemente das oligarquias regionais. As estruturas da saúde pública passaram por reformas que resultaram na criação de órgãos especializados com funçõesampliadas. Foram eles: Serviço Nacional de Fiscalização de Medicina (SNFM), o Instituto Oswaldo Cruz, a Comissão de revisão da Farmacopeia e a Comissão de Biofarmácia. Além disso, muitos decretos foram publicados nas áreas de alimentos, de entorpecentes e de águas e minerais. No ano de 1941, na cidade do Rio de Janeiro, ocorreu a Primeira Conferência Nacional de Saúde. No entanto, quase não existia participação da sociedade nos debates sobre políticas públicas ligadas à saúde. Dessa forma, o evento se aproximou mais de um encontro técnico de administradores da área da Saúde que de uma conferência de âmbito nacional como deveria ser. Deve-se ressaltar que nessa época, a educação e a saúde estavam sob o manto do mesmo Ministério. Com o fim da Era Vargas em 1945, o país viveu uma fase de investimentos estrangeiros, principalmente nas indústrias farmacêuticas e de alimentos. Em 1946, o decreto n.º 20.397 regulou a indústria farmacêutica com normas para controle de produtos, disposições sobre psicotrópicos e entorpecentes e regras que incluíam a licença prévia e a responsabilidade técnica neste tipo de estabelecimento. A área de alimentos teve sua regulamentação decretada em 1950 pela Lei n.º 1283, que tornou obrigatório a prévia fiscalização de produtos de origem animal. A Segunda Conferência Nacional foi realizada em novembro de 1950, mas assim como a primeira não teve grande força política. As discussões se concentraram nas condições de higiene e de segurança no trabalho e na prestação de assistência médica-sanitária e preventiva para trabalhadores e gestantes. Em 1953 a Lei n.º 1944 passou a obrigar a iodação no sal de cozinha, sendo que este foi um marco na prevenção de doenças na área de alimentos uma vez que a ausência do consumo de iodo desencadeia doença conhecida como bócio endêmico (aumento de tamanho da tireoide, formando um inchaço no pescoço). Ainda neste mesmo ano, o Departamento Nacional de Saúde foi transformado em Ministério da Saúde que ampliou e centralizou as ações de Saúde Pública, sem deixar Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 53 autonomia aos Estados e aos municípios. Em 1961, regulamentou-se o Código Nacional de Saúde. No início dos anos 60, os anos de 1962 e de 1963, que precederam a Ditadura, foram marcados pelas discussões sobre as propostas de descentralizações e municipalizações dos serviços de saúde. A primeira grande discussão se deu na Terceira Conferência de Saúde realizada em dezembro de 1963. (...) 03. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). No final dos anos 90, especificamente no ano de 1999, foi publicada a Lei n.º 9.782, um marco para a Vigilância Sanitária, uma vez que esse ato normativo definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), bem como criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conforme dispõe esse diploma legal, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) compreende o conjunto de ações definido pela Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8.080/1990), executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. Em outras palavras, as ações do SNVS são executadas em todas as esferas da administração pública (federal, estadual e municipal). Devemos nos lembrar que é a Lei Orgânica da Saúde (LOS), que define o conceito legal de Vigilância Sanitária, a saber: Art. 6.º, § 1.º Entende-se por Vigilância Sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e; II - O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. Por sua vez, no âmbito do SNVS, compete a União: Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 53 1. Definir a Política Nacional de Vigilância Sanitária (PNVS); A União definirá a PNVS, ou seja, indicará as prioridades na área da Vigilância Sanitária. Em suma, cabe a União indicar o Norte a ser seguido pelos Estados e Municípios. 2. Definir o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); Também cabe a União definir o SNVS, que compreende o conjunto de ações definido pela Lei Orgânica da Saúde, executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. 3. Normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde; Os produtos e os serviços vinculados à saúde (medicamentos, drogas, atendimentos e afins) estarão sujeitos a normatização, controle e fiscalização, sendo que tais ações são de competência da União. 4. Exercer a Vigilância Sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição ser supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios; É comum nos pontos de fronteira a presença constante de três órgãos: Receita Federal (controle aduaneiro e tributário), Polícia Federal (controle de imigração de pessoas) e ANVISA (controle sanitarista). O controle da vigilância sanitária também poderá ser exercido pelo Estado ou pelo Munícipio, quando for o caso, de forma suplementar. As atividades de vigilância epidemiológica e de controle de vetores relativas a portos, aeroportos e fronteiras serão executadas pela ANVISA sob orientação técnica e normativa da área de vigilância epidemiológica e ambiental do Ministério da Saúde. 5. Acompanhar e coordenar as ações estaduais, distrital e municipais de Vigilância Sanitária; Cabe a União coordenar e acompanhas ações de VS nas outras esferas de governo (estadual, distrital e municipal). 6. Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 53 Da mesma forma que a União coordena e acompanha as ações de VS nas outras esferas de governo, cabe a própria União prestar cooperação técnica e financeira a esses entes políticos, para que realizem as ações de VS de forma eficiente. 7. Atuar em circunstâncias especiais de risco à saúde, e; Em circunstancias especiais de risco à saúde, faz-se necessário atuação da União, como nos casos de epidemias generalizadas no território nacional, como foi o caso da gripe H1N1, no ano de 2009. 8. Manter sistema de informações em Vigilância Sanitária, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Além de acompanhar e prestar cooperação técnica e financeira, cabe ainda à União manter o sistema de informações (base de dados) relacionadas à VS, em cooperação com os outros entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Munícipios). As competências da União supracitadas,serão exercidas por meio das seguintes instituições: 1. Pelo Ministério da Saúde (MS), no que se refere à formulação, ao acompanhamento e à avaliação da Política Nacional de Vigilância Sanitária (PNVS) e das diretrizes gerais do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); 2. Pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em conformidade com as atribuições que lhe são conferidas pela Lei n.º 9.782/1999 e pelo Decreto n.º 3.029/1999, e; 3. Pelos demais órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, cujas áreas de atuação se relacionem com o sistema. Como pode ser observado, o órgão deliberativo na área da vigilância sanitária é o Ministério da Saúde (MS), que formula, acompanha e avalia a PNVS, bem como define as diretrizes gerais do SNVS. Por sua vez, cabe a ANVISA exercer suas atribuições legais, sempre respeitando a PNVS e o SNVS. Além disso, o Poder Executivo Federal definirá a alocação, entre os seus órgãos e entidades, das demais atribuições e atividades executadas pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), não abrangidas pela Lei n.º 9.782/1999. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 53 Em suma, cabe ao Poder Executivo Federal, responsável pela União, distribuir entres seus órgãos e entidades, as atribuições e atividades, não previstas na Lei n.º 9.782/1999, relacionadas ao SNVS. Dessa forma, o Executivo poderá ampliar o leque de atribuições e atividades previstos pela lei supracitada. Por fim, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fornecerão, mediante convênio, as informações solicitadas pela coordenação do SNVS. Como já foi apresentado, os entes políticos manterão, sob a responsabilidade da União, um sistema de informações referentes a VS. Dessa forma, a Coordenação do SNVS, quando achar necessário, poderá solicitar informações a outros entes políticos (Estados, Distrito Federal e Municípios, mas sempre mediante convênio. 04. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A base legal da ANVISA encontra-se presente na Lei n.º 9.782/1999, que cria a Agência, bem como define sua natureza e finalidade, suas competências, sua estrutura organizacional, entre outras características, e no Decreto n.º 3.029/1999, que define o Regulamento da ANVISA. Entretanto, ao realizar o cotejo entre a Lei n.º 9.782/1999 (atualizada até a Lei n.º 13.097/2015) e o Decreto n.º 3.029/1999 (atualizado até o Decreto n.º 8.037/2013), podemos observar que o Decreto transcreve mais de 95% do texto da Lei, de forma mais detalhada, uma vez que essa é a finalidade do Decreto, explicar e detalhar a Lei. Diante dessa situação, não faz sentido estudarmos a Lei e o Decreto em separado, isso seria uma perda de tempo sem fim! Por isso, utilizarei o Decreto como texto-base para esse tópico e eventualmente utilizarei a Lei em assuntos não abordados pelo Decreto, com intuito de abordarmos por completo o exposto tanto na Lei quanto no Decreto. =) 01. Natureza e Finalidade Institucional. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), criada pela Lei n.º 9.782/1999, é uma Autarquia sob Regime Especial, com personalidade jurídica de direito público, vinculada ao Ministério da Saúde (MS), pertencente a administração pública indireta federal. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 53 A natureza de Autarquia Especial confere à ANVISA as seguintes características: independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira. Esses atributos garantem independência funcional à ANVISA, ou seja, evita que a Agência sofra pressão política ou econômica em seu campo de atuação. Dessa forma, a Agência atuará como entidade administrativa independente, sendo-lhe assegurado as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas atribuições. C ar ac te rí st ic as ANVISA = Autarquia Especial Independência Administrativa Estabilidade de seus Dirigentes Autonomia Financeira A ANVISA tem sede e foro no Distrito Federal, prazo de duração indeterminado e atuação em todo território nacional. Por fim, a legislação prevê que a ANVISA terá por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras. 02. Competências. Em nossa aula de hoje, apresentaremos as 8 competências da União no âmbito do SNVS. Das 8 competências apresentadas, 6 competências estão sob a responsabilidade da ANVISA para serem implementadas e executadas. Constam abaixo as 8 competências da União, com as 6 competências da ANVISA em vermelho: MS 1. Definir a Política Nacional de Vigilância Sanitária (PNVS); ANVISA 2. Definir o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); 3. Normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde; Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 53 4. Exercer a Vigilância Sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição ser supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios; 5. Acompanhar e coordenar as ações estaduais, distrital e municipais de Vigilância Sanitária; 6. Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 7. Atuar em circunstâncias especiais de risco à saúde, e; 8. Manter sistema de informações em Vigilância Sanitária, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Antes de continuarmos, devemos relembrar e destacar que o órgão deliberativo na área da vigilância sanitária é o Ministério da Saúde (MS), que formula, acompanha e avalia a PNVS, bem como define as diretrizes gerais do SNVS. Com isso a primeira competência supracitada, está sob a responsabilidade do MS. Dando continuidade, além das competências apresentadas no quadro acima, a legislação sanitarista prevê outras competências para a Agência, a saber: 1. Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); Como já foi estudado, é de responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) a definição das diretrizes gerais do SNVS, cabendo à ANVISA a definição e a coordenação do SNVS. 2. Fomentar e realizar estudos e pesquisas no âmbito de suas atribuições; Cabe a própria Agência incentivar e realizar estudos e pesquisas na área da Vigilância Sanitária. Essa é a face acadêmica da ANVISA, que por meio do seu próprio corpo técnico de Especialistas em Regulação ou por meio de incentivo a programas de pós-graduação (mestrado e doutorado), incentiva a busca de novas soluções sanitaristas. 3. Estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de Vigilância Sanitária; Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 53 Além do podernormativo, de estabelecer normas sanitaristas em âmbito nacional por meio de Resoluções ou Instruções Normativas, por exemplo, cabe ainda à Agência, a competência para propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de Vigilância Sanitária. 4. Estabelecer normas e padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam risco à saúde; Com base em seu poder normativo, cabe a ANVISA determinar quais são os limites aceitáveis de substâncias maléficas que envolvam risco à saúde da sociedade. 5. Intervir, temporariamente, na administração de entidades produtoras, que sejam financiadas, subsidiadas ou mantidas com recursos públicos, assim como nos prestadores de serviços e ou produtores exclusivos ou estratégicos para o abastecimento do mercado nacional, obedecido o disposto no art. 5.º da Lei n.º 6.437/1977; A intervenção estatal na iniciativa privada é uma medida extremamente excepcional. No caso, cabe à ANVISA intervir, temporariamente quando for necessário, nas empresas privadas da área da saúde (produtoras ou prestadoras de serviços) que são subsidiadas com dinheiro público. Além disso, o dispositivo supracitado faz menção ao Art. 5.º da Lei n.º 6.437/1977, que traz a seguinte redação: Art. 5.º A intervenção no estabelecimento que receba recursos públicos de qualquer esfera, será decretada pelo Ministro da Saúde, que designará interventor, o qual ficará investido de poderes de gestão, afastados os sócios, gerentes ou diretores que contratual ou estatutariamente são detentores de tais poderes e não poderá exceder a 180 dias, renováveis por igual período. Como podemos observar, essa Lei foi publicada há mais de 20 anos antes da criação da ANVISA, sendo assim, a interpretação correta do dispositivo é que cabe à ANVISA decretar a intervenção na empresa, bem como designar interventor com poderes de gestão, afastando todos os sócios, gerentes e diretores. (...) 05. Questões Comentadas. 01. (Analista de Saúde/SEAP-GO/SEGPLAN/2016): Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 53 Sobre a Vigilância em Saúde é correto afirmar que abrange a vigilância e o controle das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária. A legislação da saúde, especificamente a Lei n.º 9.782/1999, é clara ao afirmar que a Agência terá por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras. Certo. 02. (Médico Veterinário/Prefeitura de Nova Floresta- PB/UFCG/2016): Todas as alternativas a seguir são relativas às áreas de fiscalização e ingerência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): propagandas, agrotóxicos, cosméticos, combustíveis e medicamentos. A questão estava indo bem, mas falhou no final. =) Os combustíveis não estão no escopo da fiscalização e atuação da ANVISA. =) Errado. 03. (Analista Administrativo/ANVISA/CESPE/2004): O SNVS é executado por instituições da administração pública direta e indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. No final dos anos 90, especificamente no ano de 1999, foi publicada a Lei n.º 9.782, um marco para a Vigilância Sanitária, uma vez que esse ato normativo definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), bem como criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conforme dispõe esse diploma legal, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) compreende o conjunto de ações definido pela Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8.080/1990), executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 53 dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. Em outras palavras, as ações do SNVS são executadas em todas as esferas da administração pública (federal, estadual e municipal). Certo. 04. (Técnico Administrativo/ANVISA/CESPE/2007): A ANVISA pode arrecadar e administrar a taxa de fiscalização de vigilância sanitária. Está entre as competências da ANVISA, entre outras: Administrar e arrecadar a Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS), instituída pela Lei n.º 9.782/1999; A priori, devemos ter em mente que o gênero tributo, conforme entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF), conta com cinco espécies: Impostos, Taxas, Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais. Além disso, do Código Tributário Nacional de 1966, temos que a competência para instituir um tributo pertence ao ente político, no caso, a União, sendo esta indelegável. Entretanto, as funções de administrar, arrecadar, fiscalizar e executar as leis tributárias podem ser delegadas pela União para outra pessoa jurídica de direito público, no caso a ANVISA (Autarquia Especial), em relação à Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS). Certo. 05. (Fiscal de Vigilância Sanitária/Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus-BA/2008): A Vigilância Sanitária (VISA) uma das áreas de competência do SUS, prevista na Lei n.º 8.080, de 1990. Entende-se como VISA o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Conforme dispõe a Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8.080/1990): Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 53 Entende-se por Vigilância Sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e; II - O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. Certo. 06. (Fiscal de Saúde Pública/Prefeitura Municipal de Morpará- BA/2009): De acordo com a Lei n.º 9.782/1999 que cria a ANVISA, consideram-se bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária pela Agência, os Alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários. Compete à Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública. Mas quaisbens estão compreendidos no conceito de produtos e serviços? Conforme dispõe a legislação sanitarista, consideram-se BENS E PRODUTOS submetidos ao controle e fiscalização sanitária pela ANVISA: 1. Medicamentos de uso humano, suas substâncias ativas e demais insumos, processos e tecnologias; 2. Alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários; 3. Cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes; 4. Saneantes destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação em ambientes domiciliares, hospitalares e coletivos; Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 53 5. Conjuntos, reagentes e insumos destinados a diagnóstico; 6. Equipamentos e materiais médico-hospitalares, odontológicos, hemoterápicos e de diagnóstico laboratorial e por imagem; 7. Imunobiológicos e suas substâncias ativas, sangue e hemoderivados; 8. Órgãos, tecidos humanos e veterinários para uso em transplantes ou reconstituições; 9. Radioisótopos para uso diagnóstico “in vivo”, radiofármacos e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e terapia; 10. Cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, e; 11. Quaisquer produtos que envolvam a possibilidade de risco à saúde, obtidos por engenharia genética, por outro procedimento ou ainda submetidos a fontes de radiação. Certo. 07. (Especialista em Regulação/ANVISA/CESPE/2004): No âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras é de competência exclusiva dos estados, do DF e dos municípios. Conforme dispõe a legislação da ANVISA, no âmbito do SNVS, compete à União: Exercer a Vigilância Sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição ser supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios; É comum nos pontos de fronteira a presença constante de três órgãos: Receita Federal (controle aduaneiro e tributário), Polícia Federal (controle de imigração de pessoas) e ANVISA (controle sanitarista). O controle da vigilância sanitária também poderá ser exercido pelo Estado ou pelo Munícipio, quando for o caso, de forma suplementar. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 53 As atividades de vigilância epidemiológica e de controle de vetores relativas a portos, aeroportos e fronteiras serão executadas pela ANVISA sob orientação técnica e normativa da área de vigilância epidemiológica e ambiental do Ministério da Saúde. Errado. 08. (Fiscal de Controle Sanitário/SEPLAG-BA/Cesgranrio/2011): No âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), nos termos da Lei n.º 9.782/1999, compete à União normatizar, controlar e fiscalizar produtos de interesse para a saúde. No âmbito do SNVS, compete à União: Normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde; Os produtos e os serviços vinculados à saúde (medicamentos, drogas, atendimentos e afins) estarão sujeitos a normatização, controle e fiscalização, sendo que tais ações são de competência da União. Certo. 09. (Agente de Vigilância Sanitária/Prefeitura Municipal de Girau do Ponciano-AL/2010): A ANVISA, no uso das atribuições que lhe são cabíveis, poderá delegar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a execução de atribuições que lhe são próprias, entre outras, a de monitorar e auditar os órgãos e entidades estaduais, distrital e municipais que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, incluindo-se os laboratórios oficiais de controle de qualidade em saúde. Devemos ter em mente que, em regra, essas competências poderão ser delegadas, por decisão da Diretoria Colegiada da ANVISA, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munícipios. Entretanto, algumas competências são indelegáveis, a saber: Competências Indelegáveis da ANVISA: 1. Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 53 4. Estabelecer normas e padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam risco à saúde; 5. Intervir, temporariamente, na administração de entidades produtoras, que sejam financiadas, subsidiadas ou mantidas com recursos públicos, assim como nos prestadores de serviços e ou produtores exclusivos ou estratégicos para o abastecimento do mercado nacional, obedecido o disposto no art. 5.º da Lei n.º 6.437/1977; 8. Anuir com a importação e exportação dos produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária; 9. Conceder registros de produtos, segundo as normas de sua área de atuação; 12. Proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde; 13. Cancelar a autorização, inclusive a especial, de funcionamento de empresas, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde; 14. Coordenar as ações de Vigilância Sanitária realizadas por todos os laboratórios que compõem a rede oficial de laboratórios de controle de qualidade em saúde; 15. Estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica e farmacológica; 16. Promover a revisão e atualização periódica da farmacopeia; 18. Monitorar e auditar os órgãos e entidades estaduais, distritais e municipais que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), incluindo-se os laboratórios oficiais de controle de qualidade em saúde; Errado. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 53 10. (Fiscal de Vigilância Sanitária/Prefeitura Municipal de Castelo- ES/2007): Com relação a Lei n.º 9782/1999, é correto afirmar que compete à união no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde. Conforme dispõe a legislação, no âmbito do SNVS, compete à União: Normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde; Os produtos e os serviços vinculados à saúde (medicamentos, drogas, atendimentos e afins) estarão sujeitos a normatização, controle e fiscalização, sendo que tais ações são de competência da União. Certo. 11. (Especialista em Regulação/ANVISA/CESPE/2004): Cabe à União estimular a cooperação técnica e financeira entre os estados, o DF e os municípios, por intermédio do Ministério da Saúde, da ANVISA e dos demais órgãos e entidades do Poder Executivo federal cujas áreas se relacionem com o sistema. Conforme dispõe a legislação da ANVISA, no âmbito do SNVS, compete a União: PRESTAR cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; Da mesma forma que a União coordenae acompanha as ações de Vigilância Sanitária (VS) nas outras esferas de governo, cabe à própria União PRESTAR (e não estimular!) cooperação técnica e financeira a esses entes políticos, para que realizem as ações de VS de forma eficiente. Errado. 12. (Agente de Vigilância Sanitária/Prefeitura Municipal de São Caetano de Odivelas-PA/2009): A Agência Nacional de Vigilância Sanitária poderá delegar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a execução de atribuições que lhe são Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 53 próprias, exceto a de administrar e arrecadar a taxa de fiscalização sanitária, instituída pelo artigo 23 da Lei n.º 9.782/1999. Algumas competências da ANVISA são delegáveis, outras não. No caso, a competência para administrar e arrecadar a Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS) é delegável, como podemos observar no quadro das competências indelegáveis: Competências Indelegáveis da ANVISA: 1. Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); 4. Estabelecer normas e padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam risco à saúde; 5. Intervir, temporariamente, na administração de entidades produtoras, que sejam financiadas, subsidiadas ou mantidas com recursos públicos, assim como nos prestadores de serviços e ou produtores exclusivos ou estratégicos para o abastecimento do mercado nacional, obedecido o disposto no art. 5.º da Lei n.º 6.437/1977; 8. Anuir com a importação e exportação dos produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária; 9. Conceder registros de produtos, segundo as normas de sua área de atuação; 12. Proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde; 13. Cancelar a autorização, inclusive a especial, de funcionamento de empresas, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde; 14. Coordenar as ações de Vigilância Sanitária realizadas por todos os laboratórios que compõem a rede oficial de laboratórios de controle de qualidade em saúde; 15. Estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica e farmacológica; Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 53 16. Promover a revisão e atualização periódica da farmacopeia; 18. Monitorar e auditar os órgãos e entidades estaduais, distritais e municipais que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), incluindo-se os laboratórios oficiais de controle de qualidade em saúde; A questão em si, fala exatamente o contrário, ou seja, que estamos diante de uma competência indelegável, o que torna a questão errada. =) Errado. 13. (Agente de Vigilância Sanitária/Prefeitura Municipal de São Caetano de Odivelas-PA/2009): É de competência da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre outras, autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação de produtos sob regime de vigilância sanitária. Está entre as competências da ANVISA, entre outras: Autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação dos produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária e de comercialização de medicamentos; As empresas que fabricam e comercializam produtos sujeitos ao controle e fiscalização sanitária deverão ter autorização expressa da ANVISA para o seu regular funcionamento. Certo. 14. (Especialista em Regulação/ANVISA/CESPE/2004): O início, no Brasil, do que hoje se entende por vigilância sanitária foi marcado pelo advento, no século XVIII, da polícia sanitária, que detinha a competência para exercer o saneamento da cidade e fiscalizar cemitérios e o comércio de alimentos. Em 1810, por meio de um Regimento da Provedoria (ato com força de lei), surge no Brasil a Polícia Sanitária baseada no conceito de polícia médica desenvolvido pelo médico alemão Johann Peter Frank. A partir de então, as atividades sanitárias tinham caráter fiscalizador, julgador e punitivo e as autoridades possuíam o poder de tributar e arrecadar taxas sobre os serviços executados. Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 53 Normas de controle sanitário passaram a vigorar, como a quarentena, o lazareto (hospital para o isolamento de leprosos), o controle de alimentos, a inspeção de açougues, bares, medicamentos e alimentos, bem como a concessão de licença para o exercício da medicina e da farmácia. Sendo assim, as atividades ligadas à Vigilância Sanitária foram estruturadas, nos séculos XVIII e XIX, para evitar a propagação de doenças nos agrupamentos urbanos que estavam surgindo. A execução desta atividade exclusiva do Estado, por meio da Polícia Sanitária, tinha como finalidade observar o exercício de certas atividades profissionais, coibir o charlatanismo, fiscalizar embarcações, cemitérios e áreas de comércio de alimentos. Certo. 15. (Fiscal de Vigilância Sanitária/Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus-BA/2008): A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma agência reguladora, vinculada ao Ministério da Saúde. A ela compete, respeitada a legislação em vigor, fiscalizar diretamente, ou mediante convênios com órgãos dos estados e do Distrito Federal, as atividades integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem como aplicar as sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei, regulamento ou contrato. A competência apresentada pela questão é de outra Agência Reguladora, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que na sua lei de criação, a Lei n.º 9.478/1997, assim dispõe: Art. 8.º A ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, cabendo-lhe: VII - Fiscalizar diretamente e de forma concorrente nos termos da Lei n.º 8.078/1990, ou mediante convênios com órgãos dos Estados e do Distrito Federal as atividades integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem como aplicar as sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei, regulamento ou contrato; ==0== Legislação Sanitária p/ Auditor da VISA-DF Teoria e Questões Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha www.fb.com/amjahafp さQ┌;ミデラ マ;キゲ IWSラ ┗ラIZ ゲW IラマヮヴラマWデWヴ Iラマ ; ┗キS;が マ;キゲ IWSラ Wノ; ゲラヴヴキヴ= ヮ;ヴ; ┗ラIZざ www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 53 Como você já sabe, petróleo, gás natural e biocombustível não têm nada a ver com a função da vigilância sanitária. =) Errado. 16. (Fiscal de Saúde Pública/Prefeitura Municipal de Morpará- BA/2009): De acordo com a Lei n.º 9.782/1999 que cria a ANVISA, compete à Agência Nacional de Vigilância Sanitária coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Conforme dispõe a legislação pátria, compete a ANVISA: Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS); Como já foi estudado, é de responsabilidade do Ministério
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