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Professor Luiz Henrique Monqueiro Nos motores de ignição por centelha conhecidos como motores 4 tempos ou motor 720º, o pistão executa quatro cursos completos (dois ciclos mecânicos) dentro do cilindro e o eixo de manivelas realiza duas revoluções (720º) para cada ciclo termodinâmico Tempo de Admissão A válvula de escapamento se fecha e o pistão sai do PMS em direção do PMI. A válvula de admissão se abre e com aumento do volume, a pressão diminui realizando a admissão da mistura (180°) Tempo (curso) de Compressão As válvulas de admissão e escapamento encontram-se fechadas e o pistão sai do PMI e se desloca para o PMS realizando a compressão da mistura ar- combustível (360°) Tempo Motor ou Expansão Logo depois que o pistão atinge o PMS, a vela solta faísca e a mistura entra em combustão, aumentando a pressão e a temperatura o que proporciona a expansão dos gases e a descida do pistão. Tem-se 3 fases – Ignição, combustão e expansão (540º) e realiza trabalho Tempo de Exaustão ou Descarga O pistão passa pelo PMI e começa o curso ascendente para o PMS. A válvula de admissão se abre e os gases são liberados pelos tubos de escapamento (720°) e fim do ciclo. Importante notar que a pressão dentro do cilindro está ligeiramente acima da pressão atmosférica no tempo de exaustão e ligeiramente abaixo no tempo de admissão Motor 4 Tempos É importante notar que os motores possuem 4 tempos e 6 fases: 1 – Tempo de Admissão (fase admissão) 2 – Tempo de Compressão (fase de compressão) 3 – Tempo de Expansão ou Tempo Motor (fases de ignição, combustão e expansão) 4 – Tempo de Exaustão ou Escapamento ( fase de escapamento ou exaustão) Motor 2 tempos Também chamado de motor 360º Todas as 6 fases são realizadas em um ciclo de 360º ou dois cursos do pistão Motor 2 tempos Nesses motores, o cárter é vedado, e o movimento do pistão é utilizado para pressurizar ligeiramente a mistura de ar e combustível no cárter. As válvulas são substituídas por aberturas na parte inferior da parede do cilindro. Motor 2 tempos Durante a última parte do tempo motor, o pistão abre a janela de exaustão, permitindo a saída dos gases. Motor 2 tempos Em seguida, abre a janela de transferência, permitindo a entrada da mistura, que ajuda a expulsar o restante dos gases. Motor 2 tempos Após o pistão passar pelo PMI, inicia-se o movimento em direção ao PMS, com o pistão fechando as janelas de escapamento e transferência e abrindo a janela de admissão. Inicia-se a compressão, seguida pela ignição e combustão. Motor 2 tempos Os motores de dois tempos são menos eficientes do que seus equivalentes de quatro tempos, por causa da expulsão incompleta dos gases de exaustão e da expulsão parcial da mistura de ar e combustível com os gases da exaustão. São mais simples, baratos e possuem melhores relações potência-peso e potência- volume, tornando-se ideal para motos, motosserras e cortadores de grama. Motor 2 tempos É importante notar que ao contrário do motor quatro tempos, no motor dois tempos, toda descida do pistão é um tempo motor. Isso faz com que o motor 2 tempos tenha mais torque que o motor 4 tempos Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar O ciclo Otto padrão de ar é um ciclo ideal que supõe que a adição de calor ocorre instantaneamente enquanto o pistão está no ponto morto superior. O ciclo Otto é mostrado no diagrama p-v e T-s. O ciclo consiste em quatro processos internamente reversíveis em série. Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar O processo 1-2 é uma compressão isentrópica do ar à medida que o pistão se move do PMI até o PMS. Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar Processo 2-3 é uma transferência de calor, a volume constante, para o ar, através de uma fonte externa (vela) enquanto o pistão está no PMS. Este processo representa a ignição da mistura de combustível-ar e a subsequente queima rápida Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar Processo 3-4 é uma expansão isentrópica (curso de energia). O processo 4-1 completa o ciclo por um processo a volume constante em que o calor é rejeitado para atmosfera enquanto o pistão está no PMI. Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar Uma vez que o ciclo Otto padrão de ar é composto por processos internamente reversíveis, as áreas dos diagramas T-s e p-v podem ser interpretados como calor e trabalho, respectivamente. Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar No diagrama de T-s, área 2-3-a-b-2 representa o calor adicionado por unidade de massa e área 1-4-a-b-1 representa o calor rejeitado por unidade de massa. Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar No diagrama p-v, a área 1-2-a-b-1 representa a entrada de trabalho por unidade de massa durante o processo de compressão e a área 3-4-b-a-3 é o trabalho realizado por unidade de massa no processo de expansão Ciclo Otto Ideal Padrão de Ar A área fechada de cada figura pode ser interpretada como a saída de trabalho líquido ou, de forma equivalente, o calor líquido adicionado. ANÁLISE DO CICLO O ciclo Otto padrão de ar consiste em: - Dois processos em que há trabalho, mas sem transferência de calor, Processos 1-2 e 3-4 - Dois processos em que há calor transferência, mas sem trabalho, Processos 2-3 e 4-1. Quando os dados da tabela de ar são usados para realizar uma análise envolvendo um ciclo Otto padrão de ar, os valores específicos de energia interna exigidos pela equação podem ser obtidos na Tabela de Propriedades do Ar Gás Ideal. ANÁLISE DO CICLO O ciclo Otto é executado em um sistema fechado e, desprezando as variações de energia cinética e potencial, o balanço de energia por unidade de massa dos processos será: ∆𝒖 + ∆𝒆𝒄 + ∆𝒆𝒑 = ∆𝒒 − ∆𝒘 ∆𝒖 = 𝒒𝒆 − 𝒒𝒔 − 𝒘𝒆 −𝒘𝒔 ANÁLISE DO CICLO Os dois processos de transferência de calor não envolvem trabalho, uma vez que ambos ocorrem a volume constante 𝒒𝒆 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 = 𝒄𝒗 𝒙 𝑻𝟑 − 𝑻𝟐 𝒒𝒔 = 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 = 𝒄𝒗 𝒙 𝑻𝟒 − 𝑻𝟏 ∆𝒖 = 𝒒𝒆 − 𝒒𝒔 − 𝒘𝒆 −𝒘𝒔 ANÁLISE DO CICLO As expressões para essas transferências de energia são obtidas reduzindo o balanço de energia do sistema fechado, assumindo que as mudanças nas energias cinética e potencial podem ser ignoradas. Portanto, tem-se: ANÁLISE DO CICLO 𝑾𝟏→𝟐 𝒎 = 𝒖𝟐 − 𝒖𝟏 𝒆 𝑾𝟑→𝟒 𝒎 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟒 𝑸𝟐→𝟑 𝒎 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 𝒆 𝑸𝟒→𝟏 𝒎 = 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 O trabalho líquido do ciclo é expresso como: ANÁLISE DO CICLO 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒎 = 𝑾𝟑→𝟒 𝒎 − 𝑾𝟏→𝟐 𝒎 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟐 − 𝒖𝟏 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒎 = 𝑸𝟑→𝟐 𝒎 − 𝑸𝟒→𝟏 𝒎 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 Rearranjando-se a equação, a eficiência térmica é a proporção do trabalho líquido do ciclo para o calor adicionado: ANÁLISE DO CICLO 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒎 = 𝑾𝟑→𝟒 𝒎 − 𝑾𝟏→𝟐 𝒎 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟐 − 𝒖𝟏 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒎 = 𝑸𝟑→𝟐 𝒎 − 𝑸𝟒→𝟏 𝒎 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 𝒏𝑶𝒕𝒕𝒐,𝑷𝒂𝒅𝒓ã𝒐 𝑨𝒓 = 𝒘𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒒𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = 𝒖𝟑 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟐 − 𝒖𝟏 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 Assim, a eficiência térmica do ciclo Otto ideal sob a hipótese do padrão ar frio 𝜼𝒕,𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒒𝒆 = 𝟏 − 𝒒𝒔 𝒒𝒆 = 𝟏 − 𝑻𝟒 − 𝑻𝟏 𝑻𝟑 − 𝑻𝟐 = 𝟏 − 𝑻𝟏𝒙 𝑻𝟒 𝑻𝟏 − 𝟏 𝑻𝟐𝒙 𝑻𝟑 𝑻𝟐 − 𝟏 ANÁLISE DO CICLO T4/T1 = T3/T2 𝜼𝒕,𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟏 − 𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝜼 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 A eficiência térmica do ciclo Otto ideal sob a hipótese do padrão ar frio também pode ser calculado em função da taxa de compressão ANÁLISE DO CICLO 𝜼 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 𝒓 = 𝑽𝑷𝑴𝑰 𝑽𝑷𝑴𝑺 = 𝑽𝟏 𝑽𝟐 𝟏 𝒓 = 𝑽𝑷𝑴𝑺 𝑽𝑷𝑴𝑰 = 𝑽𝟐 𝑽𝟏 = 𝑽𝟑 𝑽𝟒 Os processos 1-2 e 3-4 são isentrópicos e v2 = v3 e v4 = v1, sendo assim: 𝑻𝟐 𝑻𝟏 = 𝒗𝟏 𝒗𝟐 𝒌−𝟏 𝒆 𝒗𝟑 𝒗𝟒 𝒌−𝟏 = 𝑻𝟒 𝑻𝟑 Substituindo na equação anterior e simplificando 𝜼𝒕,𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 𝒓 = 𝑽𝒎á𝒙 𝒗𝒎𝒊𝒏 = 𝑽𝟏 𝑽𝟐 = 𝒗𝟏𝒗𝟐 ANÁLISE DO CICLO Temos também as seguintes relações derivadas das equações anteriores 𝑻𝟐 𝑻𝟏 = 𝒗𝟏 𝒗𝟐 𝒌−𝟏 = 𝒓𝒌−𝟏 𝑻𝟒 𝑻𝟑 = 𝒗𝟑 𝒗𝟒 𝒌−𝟏 = 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 𝜼𝒕,𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟏 − 𝒄𝒗𝒙 𝑻𝟒 − 𝑻𝟏 𝒄𝒗𝒙 𝑻𝟑 − 𝑻𝟐 𝜼𝒕,𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟏 − 𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝒌 = 𝒄𝒑 𝒄𝒗 ANÁLISE DO CICLO As equaçõe anteriores indicam que a eficiência térmica do ciclo Otto padrão de ar frio é uma função da taxa de compressão (r) e da relação entre os calores específicos (k) do ar ambiente. ANÁLISE DO CICLO 𝜼 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 A discussão anterior sugere que é vantajoso para motores de combustão interna ter altos índices de compressão, porém a possibilidade de auto- ignição, coloca um limite superior na taxa de compressão dos motores de ignição comandada. ANÁLISE DO CICLO Depois que a centelha acendeu uma parte da mistura combustível-ar, o aumento da pressão que acompanha a combustão e comprime a carga restante. A auto-ignição pode ocorrer se a temperatura da mistura não queimada torna-se muito alta (pelo efeito da alta taxa de compressão) antes da mistura ser consumida pela frente de chama. ANÁLISE DO CICLO Detonação A detonação destrói a cabeça do pistão parcialmente ou totalmente. Após a centelha e durante a combustão, quando a mistura dos gases não queimados sofre compressão devido ao avanço da frente de chama, pode ocorrer que, em determinado instante, toda a parcela final da mistura (ar/combustível), entre em combustão espontânea. Esta combustão envolve apreciável parcela da massa que, ao invés de queimar progressivamente através do avanço da chama, queima cada incremento de massa aproximadamente a pressão constante. Esta constante vai reagir instantaneamente sobre a cabeça do pistão, descendo e destruindo canaletas dos anéis, cubos e/ou até o pistão por completo. Detonação A pressão atingida é muito maior do que a pressão final atingida em combustão normal. Devido a grande rapidez com que ocorre o fenômeno, não há tempo para que os gases queimados se expandam, o que justifica a hipótese de que esta combustão anormal se realiza a volume constante. A elevação de pressão correspondente limita-se, portanto, ao volume ocupado pela massa que reagiu espontaneamente e dá origem a uma onda de pressão que se propaga dentro da câmara com a velocidade do som. Detonação Esta onda sofre repetidas reflexões pelas paredes da câmara, dando origem a um ruído característico chamado de “batida de pinos”. Esta é uma linguagem comum, mas de procedência errada! O nome correto para este fenômeno descrito é “DETONAÇÃO”. Detonação Detonação Detonação A formação de uma frente de chama, não devido à centelha da vela, com a queima espontânea do combustível, recebe o nome de PRÉ-IGNIÇAO. Se estiver acontecendo uma pré-ignição o motor perde potencia progressivamente (aos poucos). Pré-ignição À medida que a temperatura das peças se eleva, a pré- ignição ocorre cada vez mais cedo no ciclo, adiantando-se a faísca da vela e diminuindo a potencia do motor. Pré-ignição Pré-ignição A pré-ignição é um fenômeno que destrói a zona dos anéis e a cabeça do pistão parcialmente ou totalmente. Na maioria dos casos acontece de furar o topo do pistão. Também acontece de trincar ou derreter parte da cabeça da válvula do cabeçote em determinados cilindros do motor. Acontece muito este fenômeno nos motores EA 111 e Fiat Fire Em se tratando de apenas um cilindro, a potencia iria diminuir progressivamente até que, finalmente e silenciosamente, o motor viesse a parar. Nos motores poli cilíndricos porem, os outros cilindros mantem o motor em movimento e o cilindro com pré-ignição é submetido às temperaturas de combustão durante tempos cada vez mais longos com um aumento excessivo do fluxo de calor para as paredes da câmara. Pré-ignição Pré-ignição TAXA DE COMPRESSÃO E RENDIMENTO TÉRMICO Gás monoatômico argônio ou hélio (k = 1,667) possuem a maior eficiência térmica A eficiência térmica diminui a medida que as moléculas do fluido de trabalho ficam maiores Ar (k = 1,4), CO2 (k = 1,3) e Etanol (k = 1,2) Eficiência Térmica motores ignição por centelhas reais variam de 25% a 30%Taxa de compressão gasolina é 6:1 a 8:1; álcool é 12:1 a 14:1 óleo diesel é de 16:1 a 18:1. Um termo importante para motores a pistão é a pressão média efetiva que é a pressão constante teórica que, se atuasse no pistão durante o curso de potência, produziria o mesmo trabalho líquido que é realmente produzido em um ciclo. Pressão Média Efetiva 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = ර𝒑.𝒅𝝑 = ഥ𝒑. 𝝑𝑷𝑴𝑰 − 𝝑𝑷𝑴𝑺 = ഥ𝒑.𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 ഥ𝒑 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝝑𝑷𝑴𝑰 − 𝝑𝑷𝑴𝑺 As fórmulas anteriores são usadas para a condição de apenas um cilindro Quando o motor possuir mais de um cilindro a fórmula será: 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 = 𝑵𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐𝒔 𝒙 𝝑𝑷𝑴𝑰 − 𝝑𝑷𝑴𝑺 Logo: ഥ𝒑 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 ഥ𝒑 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝑵𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐𝒔 𝒙 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 Pressão Média Efetiva A potência de um motor ciclo Otto pode ser calculada de várias formas ሶ𝑾 = 𝑵𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 𝒙𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒙 𝒓𝒑𝒎 𝟔𝟎 𝒔 = 𝑵𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 𝒙ഥ𝒑. 𝝑𝑷𝑴𝑰 − 𝝑𝑷𝑴𝑺 𝒙 𝒓𝒑𝒎 𝟔𝟎 𝒔 ሶ𝑾 = 𝑵𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 𝒙 ഥ𝒑. 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 𝐱 𝒓𝒑𝒎 𝟔𝟎 𝒔 A fórmula utilizada para motor 2 tempos, ou seja, para motor que executa seu ciclo completo a cada rpm Nciclos = 1 ሶ𝑾𝟐𝑻 = 𝟏 𝒓𝒑𝒎 𝒙 ഥ𝒑. 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 𝐱 𝒓𝒑𝒎 𝟔𝟎 𝒔 Potência de um motor ciclo Otto Para um motor 4 temos, o ciclo só se completa após 2 rpm. Dessa forma, o motor só realiza um tempo de potência a cada 2 rpm Nciclos = 1/2. A fórmula será: ሶ𝑾𝟒𝑻 = 𝟏 𝟐 𝒓𝒑𝒎 𝒙 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 𝐱 𝒓𝒑𝒎 𝟔𝟎 𝒔 Potência de um motor ciclo Otto Classificação dos Motores em relação a disposição dos cilindros Cilindros em linha: nessa configuração os cilindros são dispostos lado a lado em linha. De manutenção e construção simples, os motores com quatro cilindros em linha são os mais comuns, ocorrendo duas explosões a cada volta do virabrequim, nos modelos quatro tempos. Existem também configurações em linha de 3,5, 6 e mais cilindros; Cilindros em V: são mais compactos, exigindo menor espaço para instalação. Possuem os cilindros dispostos em dois grupos que formam um ângulo de geralmente 60º. Os mais comuns são os V6 e V8, com seis e oito cilindros, respectivamente Classificação dos Motores em relação a disposição dos cilindros Cilindros opostos: Existem dois grupos de cilindros dispostos em ambos os lados do virabrequim. São largos, propiciando uma boa refrigeração dos cilindros, primordial para motores com refrigeração a ar, mas ao mesmo tempo achatados, o que possibilita a sua instalação na parte inferior do veículo. Os motores com cilindros opostos também são denominados motores Boxer ou Flat Classificação dos Motores em relação a disposição dos cilindros Cilindros dispostos radialmente – nesse caso os cilindros estão situados ao redor, formando um círculo. É uma configuração comum em aviões de pequeno porte e antigos que utilizam motores de combustão interna. Classificação dos Motores em relação a disposição dos cilindros CILINDRADA É o volume deslocado pelo pistão do ponto morto superior (PMS) até o ponto morto inferior (PMI) multiplicado pelo número de cilindros do motor. 𝑽 = 𝝅.𝑫𝟐. 𝒉. 𝒏 𝟒 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒙 𝒄𝒖𝒓𝒔𝒐 𝒙 𝒏º 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐𝒔 V = cilindrada, expressa em cm3 , litros ou pol3 D = diâmetro do pistão, em cm ou pol h = curso do pistão, em cm ou pol n = número de cilindros Potência Teórica É a potência estimada com base em propriedades físicas e consumo de combustível. Essa potência considera que toda energia térmica proveniente da combustão é convertida em energia mecânica PT = potência teórica; pc = poder calorífico do combustível, kcal/kg; q = consumo de combustível, L/h-; d = densidade do combustível, kg/L; 𝑃𝑇 = 𝑝𝑐 . 𝑞. 𝑑 Característicasdos Principais Combustíveis. Potência indicada A potência indicada é estimada a partir da pressão na expansão, características dimensionais e rotação da árvore de manivelas do motor. Após a combustão ocorre aumento da temperatura e pressão. A pressão desloca o pistão do PMS para o PMI havendo realização de trabalho mecânico. 𝑷𝑰 = 𝑭.𝑳 𝒕 = 𝑷.𝑳.𝑨.𝑵.𝑲 𝒕 = 𝑷 𝒙 𝑽𝒄𝒊𝒍 𝒙 𝟏 𝒕 x K Para motor 2 tempos PI = potência indicada, W; F = força na expansão, N; L = curso do pistão, m; t = tempo para realizar o ciclo, s; P = pressão na expansão, Pa; A = área do cilindro, m2; Vcil = volume do cilindro, m3; N = nº de rotações do motor (rps) K = número de cilindros. 𝑷𝑰 = 𝑭.𝑳 𝒕 = 𝑷.𝑳.𝑨.𝑵.𝑲 𝒕 = 𝑷 𝒙 𝑽𝒄𝒊𝒍 𝒙 𝟏 𝟐𝒕 x K Para motor 4 tempos Potência em HP Potência em HP 𝑷 = 𝑷. 𝑳. 𝑨.𝑵.𝑲 𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎 P = pressão efetiva média indicada (em PSI) L = Comprimento do curso (em PÉS ou fração) A = Área da cabeça do pistão ou da seção reta do cilindro (em sq. in.) N = Número de tempos de potência por minuto: RPM / 2 K = Números de cilindros. Potência efetiva A potência efetiva é estimada em função do torque e da rotação no volante do motor. Esses parâmetros são obtidos, segundo normas da ABNT, em equipamentos denominados dinamômetros. A estimativa da potência efetiva parte do princípio da energia mecânica resultante de uma força tangencial a circunferência de raio R. O ponto P1 gira em torno de P0 com velocidade angular constante Ω. A força atuante na haste da biela é obtida pela equação: O Torque na eixo da árvore de manivelas é dado por: 𝑭 = 𝑭𝑩 𝒙 𝒄𝒐𝒔𝝓 → 𝑭𝑩 = 𝑭 𝒄𝒐𝒔𝝓 = 𝑷.𝑨 𝒄𝒐𝒔𝝓 FB = força na haste da biela, N; P = pressão na expansão, Pa; = ângulo entre haste da biela e vertical, graus. 𝑻𝒐 = 𝑭𝑩𝒀 𝒙 𝑹 𝑭𝑩𝒀 = 𝑭𝑩 𝒙 𝒄𝒐𝒔𝜶 𝑻𝒐 = 𝑭𝑩 𝒙 𝒄𝒐𝒔𝜶 𝒙 𝑹 Potência efetiva = 90 - 180 + + = + - 90 No início da expansão o pistão está em 0º (PMS), assim = 90º = + 90 – 90 = 𝑻𝒐 = 𝑭𝑩 𝒙 𝒄𝒐𝒔𝜶 𝒙 𝑹= 𝑭𝑩 𝒙 𝒄𝒐𝒔∅ 𝒙 𝑹 TO = torque no eixo da árvore de manivelas, N.m; FBY = força tangencial, N; R = raio da circunferência, m. Potência efetiva A potência efetiva pode ser estimada em função da força tangencial FBy e da velocidade angular Ω do ponto P1 PE = potência efetiva, W; TO = torque na árvore de manivelas (torque do motor), N.m; N = rotação na árvore de manivelas (rotação do motor), rps. Potência efetiva Exemplo 1 Calcular a força na haste da biela e o torque no eixo da árvore de manivelas do mecanismo pistão-biela-manivela. Dados: pressão na expansão = 2 N/mm2; diâmetro do cilindro 100 mm; = 20º; = 120º e R = 75 mm. Resolução 𝑭𝑩 = 𝑷. 𝑨 𝒄𝒐𝒔𝝓 = 𝟐 𝑵 𝒎𝒎𝟐 𝒙 𝝅. 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝒎 𝟐 𝟒 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝟎º = 𝟏𝟔. 𝟕𝟏𝟔𝑵 𝑻𝑶 = 𝑭𝑩 𝒙 𝒄𝒐𝒔 𝟗𝟎 − 𝟏𝟖𝟎 + 𝝓 + 𝜷 𝐱 𝐑 𝑻𝑶 = 𝟏𝟔. 𝟕𝟏𝟔𝑵 𝒙 𝒄𝒐𝒔 𝟗𝟎 − 𝟏𝟖𝟎 + 𝟐𝟎 + 𝟏𝟐𝟎 𝐱 𝟕𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎 𝑻𝑶 = 𝟖𝟎𝟓, 𝟖𝟔 𝑵.𝒎 Dados: pressão na expansão = 2 N/mm2; diâmetro do cilindro 100 mm; = 20º; = 120º e R = 75 mm. EXEMPLO 2 Um motor a combustão interna ignição por faísca 4T opera com pressão efetiva média indicada igual a 165 PSI e com velocidade de rotação por minuto igual a 3.000. O curso do pistão é de 6 polegadas e a e o diâmetro interno do cilindro é igual a 5,5 polegadas. Supondo que este motor possua 12 cilindros, qual será sua potência indicada? RESOLUÇÃO 𝑨 = 𝝅.𝑫𝟐 𝟒 = 𝝅. 𝟓, 𝟓 𝒑𝒐𝒍 𝟐 𝟒 = 𝟐𝟑, 𝟕𝟔 𝒑𝒐𝒍𝟐 𝑵𝟒𝑻 = 𝑹𝑷𝑴 𝟐 = 𝟑. 𝟎𝟎𝟎 𝟐 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝒎𝒊𝒏 𝑷𝑰 = 𝑷. 𝑳. 𝑨. 𝑵.𝑲 𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟏𝟔𝟓 𝒍𝒃𝒇 𝒑𝒐𝒍𝟐 𝒙 𝟎, 𝟓 𝒇𝒕 𝒙 𝟐𝟑, 𝟕𝟔 𝒑𝒐𝒍𝟐 𝒙 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝟏 𝒎𝒊𝒏 𝒙 𝟏𝟐 𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎 𝑷𝑰 = 𝟑𝟓. 𝟐𝟖𝟑. 𝟔𝟎𝟎 𝒍𝒃𝒇 𝒙 𝒇𝒕 𝒎𝒊𝒏 𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟏𝟎𝟔𝟗, 𝟐 𝐇𝐏 𝟏 𝐇𝐏 = 𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎 𝒍𝒃𝒇 𝒙 𝒇𝒕 𝒎𝒊𝒏 UNIDADES DE POTÊNCIA As unidades de potência mais usadas são: - cv – cavalo vapor (Brasil) - PS – pferdes tärke (Alemanha) - HP – horse Power (USA) - W – watt (Sistema Internacional de Unidades) Quando um gás pode ser considerado perfeito? Quando um gás pode ser considerado perfeito? Quando um gás pode ser considerado perfeito? Quando um gás pode ser considerado perfeito? Quando um gás pode ser considerado perfeito? A temperatura no início do processo de compressão de um ciclo Otto padrão de ar com uma taxa de compressão de 8 é 300 K, a pressão é de 1 bar e o volume do cilindro é de 560 cm3. A temperatura máxima durante o ciclo é 2000 K. Determine: (a) A temperatura e a pressão no final de cada processo do ciclo, (b) A eficiência térmica e (c) A pressão efetiva média, em atm. EXEMPLO 3 A análise começa pela determinação da temperatura, pressão e energia interna específica em cada estado principal do ciclo. Para T1= 300 K u1 =214,07 kJ/kg e vr 621,2 RESOLUÇÃO Busca-se vr2 = 77,65 na tabela 𝒗𝒓𝟐 𝒗𝒓𝟏 = 𝑽𝟐 𝑽𝟏 → 𝒗𝒓𝟐 = 𝑽𝟐 𝑽𝟏 𝒙 𝒗𝒓𝟏= 𝒗𝒓𝟏 𝒓 = 𝟔𝟐𝟏, 𝟐 𝟖 = 𝟕𝟕, 𝟔𝟓 𝑷𝟐 = 𝑷𝟏𝒙 𝑻𝟐 𝑻𝟏 𝒙 𝑽𝟏 𝑽𝟐 = 𝟏 𝒃𝒂𝒓 𝒙 𝟔𝟕𝟑 𝑲 𝟑𝟎𝟎 𝑲 𝒙 𝟖 = 𝟏𝟕, 𝟗𝟓 𝒃𝒂𝒓𝒔 Interpolando T2 673 K u2 491.22 kJ/kg. A pressão no estado 2 pode ser avaliada alternativamente usando a relação isentrópica, (P2/P1)=(Pr2 /Pr1). RESOLUÇÃO Uma vez que o Processo 2-3 ocorre em volume constante, a equação de gás ideal do estado é Para T3=2000 K, u3=1678,7 kJ/kg e vr3= 2,776. Para o processo de expansão isentrópico 3-4 𝑷𝟑 = 𝑷𝟐𝒙 𝑻𝟑 𝑻𝟐 = 𝟏𝟕, 𝟗𝟓 𝒃𝒂𝒓𝒔 𝒙 𝟐𝟎𝟎𝟎 𝑲 𝟔𝟕𝟑 𝑲 = 𝟓𝟑, 𝟑 𝒃𝒂𝒓𝒔 𝒗𝒓𝟒 = 𝑽𝟒 𝑽𝟑 𝒙 𝒗𝒓𝟑 = 𝑽𝟏 𝑽𝟐 𝒙 𝒗𝒓𝟑 = 𝟖 𝒙 𝟐, 𝟕𝟕𝟔 = 𝟐𝟐, 𝟐𝟏 RESOLUÇÃO Interpolando para vr4 = 22,21T4=1043 K e u4=795,8 kJ/kg. Processo 4-1 é V=cte A eficiência térmica é: 𝑷𝟒 = 𝑷𝟏𝒙 𝑻𝟒 𝑻𝟏 = 𝟏 𝒃𝒂𝒓 𝒙 𝟏𝟎𝟒𝟑 𝑲 𝟑𝟎𝟎 𝑲 = 𝟑, 𝟒𝟖 𝒃𝒂𝒓𝒔 𝜼𝒕 = 𝟏 − 𝑸𝟒−𝟏 𝒎 𝑸𝟑−𝟐 𝒎 = 𝟏 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 𝒖𝟑 − 𝒖𝟐 = 𝟏 − 𝟕𝟗𝟓, 𝟖 − 𝟐𝟏𝟒, 𝟎𝟕 𝟏𝟔𝟕𝟖, 𝟕 − 𝟒𝟗𝟏, 𝟐 = 𝟎, 𝟓𝟏 RESOLUÇÃO Para avaliar a pressão efetiva média, é necessário o trabalho por ciclo. Isso é 𝑾𝒄 = 𝒎. 𝒖𝟑 − 𝒖𝟒 − 𝒖𝟐 − 𝒖𝟐 𝒎 = 𝒑𝟏 𝒙 𝑽𝟏 𝑹. 𝑻𝟏 = 𝟏 𝒃𝒂𝒓 𝟓𝟔𝟎 𝒄𝒎𝟑 𝟎, 𝟐𝟖𝟕𝟎 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝒙 𝑲 𝒙 𝟑𝟎𝟎 𝑲 𝒙 𝟏 𝒎 𝟑 𝟏𝟎𝟔 𝒄𝒎𝟑 𝟏𝟎𝟓 𝑵 𝒎𝟐 𝟏 𝒃𝒂𝒓 𝒌𝑱 𝟏𝟎𝟑𝑵.𝒎 𝒎 = 𝟔, 𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟒𝒌𝒈 𝑾𝒄 = 𝟔, 𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟒𝒌𝒈 . 𝟏𝟔𝟕𝟖, 𝟕 − 𝟕𝟗𝟓, 𝟖 − 𝟒𝟗𝟏, 𝟐 − 𝟐𝟏𝟒, 𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝑾𝒄 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟒 𝒌𝑱 RESOLUÇÃO 𝑷𝑴𝑬 = 𝑾𝒄 𝑽𝟏 − 𝑽𝟐 = 𝑾𝒄 𝑽𝟏 𝟏 − 𝑽𝟐 𝑽𝟏 𝑷𝑴𝑬 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟒 𝒌𝑱 𝟓𝟔𝟎 𝒄𝒎𝟑 𝟏 − 𝟏 𝟖 𝟏𝟎𝟔𝒄𝒎𝟑 𝟏𝒎𝟑 𝟏𝟎𝟑𝑵.𝒎 𝟏 𝒌𝑱 𝟏 𝒃𝒂𝒓 𝟏𝟎𝟓 𝑵 𝒎𝟐 = 𝟖, 𝟎𝟒 𝒃𝒂𝒓𝒔 RESOLUÇÃO Um ciclo Otto ideal tem uma razão de compressão igual a 8. No início do processo de compressão, o ar está a 100 kPa e 17 ºC, 800 kJ/kg de calor transferidos para o ar durante o processo de fornecimento de calor a volume constante. Considerando a variação dos calores específicos do ar com a temperatura, determine: a) A temperatura e a pressão máxima que ocorrem durante o ciclo b) O trabalho líquido produzido c) A eficiência térmica e a pressão média efetiva do ciclo EXEMPLO 4 Tmáx e Pmáx ocorrem no estado 3 No entanto é necessário, primeiramente, determinar P2 e T2 T1 = 17 ºC = 290 K 𝒗𝒓𝟐 𝒗𝒓𝟏 = 𝒗𝟐 𝒗𝟏 = 𝟏 𝒓 → 𝒗𝒓𝟐 = 𝒗𝒓𝟏 𝒓 = 𝟔𝟕𝟔, 𝟏 𝟖 = 𝟖𝟒, 𝟓𝟏 EXEMPLO 4 Interpolando T2 =652,4 K e u2 = 475,11 kJ/kg 𝑃2 𝑥 𝑣2 𝑇2 = 𝑃1 𝑥 𝑣1 𝑇1 → 𝑃2 = 𝑃1𝑥 𝑇2 𝑇1 𝑥 𝑣1 𝑣2 = 100 𝑘𝑃𝑎 . 652,4 𝐾 290 𝐾 . 8 = 1799,7 𝑘𝑃𝑎 𝑞𝑒 = 𝑢3 − 𝑢2 → 800 𝑘𝐽 𝑘𝑔 = 𝑢3 + 457,11 𝑘𝐽 𝑘𝑔 → 𝑢3 = 1275,11 𝑘𝐽 𝑘𝑔 Interpolando T3 = 1575,1 K Vr3 = 6,108 EXEMPLO 4 𝑷𝟑 𝒙 𝒗𝟑 𝑻𝟑 = 𝑷𝟐 𝒙 𝒗𝟐 𝑻𝟐 → 𝑷𝟑 = 𝑷𝟐𝒙 𝑻𝟑 𝑻𝟐 𝒙 𝒗𝟐 𝒗𝟑 = 𝟏, 𝟕𝟗𝟗𝟕𝑴𝑷𝒂 . 𝟏𝟓𝟕𝟓, 𝟏 𝑲 𝟔𝟓𝟐, 𝟒 𝑲 . 𝟏 = 𝟒, 𝟑𝟒𝟓𝑴𝑷𝒂 𝒗𝒓𝟒 𝒗𝒓𝟑 = 𝒗𝟒 𝒗𝟑 = 𝒓 → 𝒗𝒓𝟒 = 𝒓. 𝒗𝒓𝟑 = 𝟖 𝒙 𝟔, 𝟏𝟎𝟖 = 𝟒𝟖, 𝟖𝟔𝟒 T4 = 795,6 K U4 = 588,74 kJ/kg𝒘𝒍í𝒒 = 𝒒𝒆 − 𝒒𝒔 = 𝟖𝟎𝟎 − 𝟑𝟖𝟏, 𝟖𝟑 = 𝟒𝟏𝟖, 𝟏𝟕 𝒌𝑱/𝒌𝒈 𝒒𝒔 = 𝒖𝟒 − 𝒖𝟏 → 𝟓𝟖𝟖, 𝟕𝟒 − 𝟐𝟎𝟔, 𝟗𝟏 = 𝟑𝟖𝟏, 𝟖𝟑 𝒌𝑱 𝒌𝒈 EXEMPLO 4 𝜼𝒕 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒒𝒆 = 𝟒𝟏𝟖, 𝟏𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝟖𝟎𝟎 𝒌𝑱 𝒌𝒈 = 𝟎, 𝟓𝟐𝟑 𝒐𝒖 𝟓𝟐, 𝟑% 𝜼𝒕,𝑶𝒕𝒕𝒐 𝑷𝒂𝒅𝒓ã𝒐 𝑨𝒓 𝑭𝒓𝒊𝒐 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 = 𝟏 − 𝒓𝟏−𝒌 = 𝟏 − 𝟖 𝟏−𝟏,𝟒 = 𝟎, 𝟓𝟔𝟓 𝒐𝒖 𝟓𝟔, 𝟓% 𝑷𝑴𝑬 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏 − 𝒗𝟐 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏 − 𝒗𝟏 𝒓 = 𝒘𝒍í𝒒 𝒗𝟏 𝟏 − 𝟏 𝒓 𝒗𝟏 = 𝑹. 𝑻𝟏 𝑷𝟏 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 𝒌𝑷𝒂.𝒎𝟑 𝒌𝒈.𝑲 . 𝟐𝟗𝟎 𝑲 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝑷𝒂 = 𝟎, 𝟖𝟑𝟐 𝒎𝟑 𝒌𝒈 EXEMPLO 4 𝑷𝑴𝑬 = 𝟒𝟏𝟖, 𝟏𝟕 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝟎, 𝟖𝟑𝟐 𝒎𝟑 𝒌𝒈 . 𝟏 − 𝟏 𝟖 = 𝟓𝟕𝟒 𝒌𝑱 𝒎𝟑 = 𝟓𝟕𝟒 𝒌𝑵.𝒎 𝒎𝟑 = 𝟓𝟕𝟒 𝒌𝑵 𝒎𝟐 = 𝟓𝟕𝟒 𝒌𝑷𝒂 EXEMPLO 4 Em um motor automotivo de 4 T de 4 cilindros, ar é admitido a 41ºC e 0,9bar, sendo a cilindrada total de 1L e a rotação de 5800rpm. A razão de compressão é de 9,5 e o calor fornecido durante a combustão é de 2600 kJ/kg por ciclo de funcionamento. Determine as pressões, temperaturas, volumes, o trabalho do ciclo, a eficiência e a potência teórica desenvolvida considerando para o motor o ciclo Otto. Dado: Calor específico do ar a volume constante = 0, 718 kJ/kg. K EXEMPLO 5 Resolução Para cada cilindro P1 = 0,9 bar = 90 kPa, T1 = 41ºC = 314 K, Vc = 1L/4 = 0,25L = 0,25 x 10-3 m3, r=9,5 𝒓 = 𝑽𝟏 𝑽𝟐 = 𝑽𝟐 + 𝑽𝒄 𝑽𝟐 = 𝟏 + 𝑽𝒄 𝑽𝟐 → 𝑽𝟐 = 𝑽𝒄 𝒓 − 𝟏 𝑽𝟐 = 𝑽𝒄 𝒓 − 𝟏 = 𝟎, 𝟐𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 𝟗, 𝟓 − 𝟏 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 𝑽𝟐 = 𝑽𝟑 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 𝑽𝟏 = 𝑽𝟐 + 𝑽𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 + 𝟎, 𝟐𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 = 𝟎, 𝟐𝟕𝟗 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 𝑽𝟏 = 𝑽𝟒 = 𝟎, 𝟐𝟕𝟗 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 Resolução Temperatura e pressão no final da compressão. massa de ar admitida por ciclo 𝑻𝟐 = 𝑻𝟏. 𝒓 𝒌−𝟏 = 𝟑𝟏𝟒 𝑲 𝒙 𝟗, 𝟓 𝟎,𝟒 = 𝟕𝟕𝟐 𝑲 = 𝟒𝟗𝟗 º𝑪 𝑷𝟐 = 𝑷𝟏. 𝒓 𝒌 = 𝟗𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟗, 𝟓 𝟏,𝟒 = 𝟐𝟏𝟎𝟒 𝒌𝑷𝒂 ≅ 𝟐𝟏 𝒃𝒂𝒓 𝒎 = 𝑷𝟏. 𝑽𝟏 𝑹𝒂𝒓. 𝑻𝟏 = 𝟗𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟎, 𝟐𝟕𝟗 𝒙 𝟏𝟎−𝟑𝒎𝟑 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 𝒌𝑷𝒂 .𝒎𝟑 𝒌𝒈.𝑲 𝒙 𝟑𝟏𝟒 𝑲 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟖 𝒌𝒈 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 Calor total da combustão por ciclo. 𝑸𝟐−𝟑 𝒎 = 𝟐𝟔𝟎𝟎 𝒌𝑱 𝒌𝒈 → 𝑸𝟐−𝟑 = 𝟐𝟔𝟎𝟎 𝒌𝑱 𝒌𝒈 𝒙 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟖 𝒌𝒈 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝟎, 𝟕𝟐𝟖 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 Temperatura e pressão no final da combustão 𝑻𝟑 = 𝑸𝟐−𝟑 𝒎. 𝒄𝒗 + 𝑻𝟐 = 𝟎, 𝟕𝟐𝟖 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟖 𝒌𝒈 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒙 𝟎, 𝟕𝟏𝟖 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 + 𝟕𝟕𝟐𝑲 = 𝟒𝟑𝟗𝟑 𝑲 = 𝟒𝟏𝟐𝟎 º𝑪 𝑷𝟑 = 𝑷𝟐. 𝑻𝟑 𝑻𝟐 = 𝟐𝟏𝟎𝟒 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟒𝟑𝟗𝟑 𝑲 𝟕𝟕𝟐 𝑲 = 𝟏𝟏𝟗𝟕𝟐 𝒌𝑷𝒂 = 𝟏𝟏𝟗, 𝟕𝟐 𝒃𝒂𝒓 𝑸𝟐−𝟑 = 𝒎. 𝒄𝒗. 𝑻𝟑 − 𝑻𝟐 Temperatura e pressão no início da exaustão dos gases. 𝑻𝟒 = 𝑻𝟑 𝒓𝒌−𝟏 = 𝟒𝟑𝟗𝟑 𝑲 𝟗, 𝟓 𝟎𝟒 = 𝟏𝟕𝟖𝟓 𝒌 = 𝟏𝟓𝟏𝟐 º𝑪 𝑷𝟒 = 𝑷𝟑 𝒓𝒌 = 𝟏𝟏𝟗𝟕𝟐 𝒌𝑷𝒂 𝟗, 𝟓 𝟏,𝟒 = 𝟓𝟏𝟐 𝒌𝑷𝒂 = 𝟓, 𝟏𝟐 𝒃𝒂𝒓 Calor rejeitado na exaustão dos gases. 𝑸𝟒−𝟏 = 𝒎. 𝒄𝒗. 𝑻𝟏 − 𝑻𝟒 𝑸𝟒−𝟏 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟖 𝒌𝒈 𝒙 𝟎, 𝟕𝟏𝟖 𝒌𝑱 𝒌𝒈.𝑲 𝒙 𝟑𝟏𝟒 − 𝟏𝟕𝟖𝟓 𝑲 = −𝟎, 𝟐𝟗 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 Calor, trabalho do ciclo e eficiência térmica. 𝑸𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝑸𝟐−𝟑 + 𝑸𝟒−𝟏 = 𝟎, 𝟕𝟐𝟖 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 − 𝟎, 𝟐𝟗 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟖 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝜼𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝑸𝟐−𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟖 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝟎, 𝟕𝟐𝟖 𝒌𝑱 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝟎, 𝟔𝟎 𝒐𝒖 𝟔𝟎% Potência teórica (considerar os quatro cilindros) 𝒕𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝟐 𝒓𝒐𝒕𝒂çõ𝒆𝒔 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒙 𝟔𝟎 𝒔 𝒎𝒊𝒏 𝟓𝟖𝟎𝟎 𝒓𝒐𝒕𝒂𝒄õ𝒆𝒔 𝒎𝒊𝒏 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏 𝒔 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝑷 = 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒙 𝟒 𝒕𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟖 𝒌𝑱𝒙 𝟒 𝟎, 𝟎𝟐𝟏 𝒔 = 𝟖𝟑, 𝟒𝟐 𝒌𝑾 EXEMPLO 6 Um motor a gasolina de quatro tempos apresenta a relação de compressão igual a 9 para 1. O motor tem deslocamento total igual a 3 litros e a temperatura e pressão do ar antes da compressão são iguais a 300 K e 75 kPa. Sabendo que o motor trabalha a 2000 rpm e que a pressão média efetiva é 600 kPa, determine: a) a eficiência do ciclo. b) a potência produzida neste motor. Dado k = 1,4 RESOLUÇÃO 𝜼𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 = 𝟏 − 𝟏 𝟗𝟏.𝟒−𝟏 = 𝟎, 𝟓𝟖𝟒𝟕 a) a eficiência do ciclo. EXEMPLO 6 b) a potência produzida neste motor. 3 litros = 0,003 m3 = volume deslocado 𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = ර𝒑.𝒅𝝑 = ഥ𝒑 𝒙 𝝑𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 = 𝟔𝟎𝟎 𝒌𝑵 𝒎𝟐 𝒙 𝟎, 𝟎𝟎𝟑 𝒎𝟑 = 𝟏, 𝟖 𝒌𝑱 ሶ𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝑵𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 𝒙𝑾𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒙 𝒓𝒑𝒎 𝟔𝟎 = 𝟏 𝟐 𝒙 𝟏, 𝟖 𝒌𝑱 𝒙 𝟐𝟎𝟎𝟎 𝟔𝟎 𝒔 = 𝟑𝟎 𝒌𝑾 EXEMPLO 7 Um motor a gasolina de quatro tempos trabalha a 2000 rpm e tem deslocamento total igual a 4 litros. A temperatura e a pressão do ar antes da compressão são iguais a 300 K e 90 kPa. Depois da combustão a temperatura é 2100 K e a pressão máxima é 5,1 MPa. Determine: a) a relação de compressão. b) a eficiência do ciclo. c) A temperatura de exaustão RESOLUÇÃO a) a relação de compressão. 𝑷𝟏. 𝒗𝟏 𝑻𝟏 = 𝑷𝟑. 𝒗𝟑 𝑻𝟑 → 𝒗𝟏 𝒗𝟑 = 𝑷𝟑. 𝑻𝟏 𝑷𝟏. 𝑻𝟑 Mas v3 = v2 adição de calor a volume constante 𝒗𝟏 𝒗𝟐 = 𝒓 = 𝑷𝟑. 𝑻𝟏 𝑷𝟏. 𝑻𝟑 𝒓 = 𝟓𝟏𝟎𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟑𝟎𝟎 𝑲 𝟗𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝒙 𝟐𝟏𝟎𝟎 𝑲 = 𝟖, 𝟎𝟗𝟓 RESOLUÇÃO b) a eficiência do ciclo. 𝜼𝑶𝒕𝒕𝒐 = 𝟏 − 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 = 𝟏 − 𝟏 𝟖, 𝟎𝟗𝟓𝟏.𝟒−𝟏 = 𝟎, 𝟓𝟔𝟕 RESOLUÇÃO c) A temperatura de exaustão 𝑻𝟒 𝑻𝟑 = 𝒗𝟑 𝒗𝟒 𝒌−𝟏 = 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 → 𝑻𝟒 = 𝑻𝟑. 𝟏 𝒓𝒌−𝟏 𝑻𝟒 = 𝟐𝟏𝟎𝟎 𝑲 𝒙 𝟏 𝟖, 𝟎𝟗𝟓𝟏,𝟒−𝟏 = 𝟗𝟎𝟗, 𝟕𝟖 𝑲 Acabou ...... Esse Tópico hehehe FIM