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Tratamento medicamentoso DM2

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31/08/2021 Clínica médica – Endocrinologia Natalia Lisboa 
Tratamento medicamentoso DM2 
É importante e válido lembrar que o tratamento para DM1 é insulina 
Os pacientes têm baixa adesão ao tratamento 
Biguanidas 
• Metformina 
• Bloqueia a produção hepática de glicose 
• Efeitos colaterais: intolerância GI 
• Contraindicação: disfunção renal (Cl creat < 30) 
• Neutro em relação ao peso 
• Não causa hipoglicemia 
• É o mais barato e está disponível no SUS 
Secretagogos – sulfonilureias 
• Glibenclamida, glimepirida e glicazida 
• Aumenta a produção de insulina pelas células β 
• Risco de hipoglicemia 
• Ganho de peso 
• “falência de células β”? 
• A glibenclamida é a mais barata e está disponível no SUS, mas a melhor é a glicazida 
Inibidores de DPP-4 
• A enzima DPP-4 inativa a produção e a ação da GLP-1. O medicamento atua bloqueando essa 
enzima, permitindo que o GLP-1 dure mais na circulação e estimule mais o pâncreas para trabalhar 
melhor 
• Secreção de insulina glicose-dependente 
• Bloqueio da secreção de glucagon 
• Neutro ao peso 
• Não causa hipoglicemia 
Agonista/análogos do GLP-1 
• Aumento artificial dos níveis de GLP-1 
• Perda de peso devido a diminuição do esvaziamento gástrico e a diminuição do apetite 
• Não causa hipoglicemias 
• Reduz a mortalidade 
Glitazonas 
• Pioglitazona 
• Sensibiliza o funcionamento da insulina no músculo, na gordura e no fígado, ou seja, diminui a 
resistência à insulina no músculo, tecido gorduroso e fígado 
• Efeitos adversos: aumento do peso (gordura subcutânea) e retenção hídrica 
• Contraindicação: ICC, alto risco de fratura 
Inibidores SGLT-2 
• Dapaglifozina, canaglifozina, empaglifozina 
• O limiar de glicemia para a glicosúria vai de 240 para 70 
31/08/2021 Clínica médica – Endocrinologia Natalia Lisboa 
• Diminui a absorção de glicose no TCP via SGLT-2 
• Diminui o peso e a PAS 
• Contraindicação: Cl creat < 30 
• Cuidado: idosos (risco de hipotensão), aumento discreto de infecções genitais 
• Diminui risco de ICC e progressão da DRC, diminuindo assim a mortalidade 
 
Alguns mecanismos podem contribuir para o efeito benéfico observado na IC pelos iSGLT-2: 
• Melhora do metabolismo energético cardíaco 
• Natriurese 
• Redução do edema intersticial 
• Inibição da troca cardíaca de sódio-hidrogênio 
• Melhora da função renal e da fisiologia cardiorrenal 
• Redução da pré-carga, pós-carga e redução do estresse na parede do VE 
Características importantes dos antidiabéticos 
 Eficácia Hipoglicemia Peso Injetável Custo Efeitos adversos importantes 
Metformina Alta Não Neutro Não Baixo Deficiência de vitamina B12, 
acidose lática em pacientes 
com IRC 
iSGLT2 Média Não Perda Não Médio Infecção geniturinário, 
cetoacidose (rara), depleção de 
volume 
GLP-1 RA Alta 
 
Não Perda Sim Alto Náuseas, vômitos, diarreia, 
relatos de tumores de células C 
de tireoide em ratos, relatos de 
pancreatite sem relação causal 
definida, reações no sítio de 
aplicação 
IDPP4 Média Não Neutro Não Médio Relatos de pancreatite sem 
relação causal definida, dor 
articular, saxagliptina 
associada ao aumento de risco 
de IC 
Pioglitazona Alta Não Ganho Não Baixo Retenção hídrica, ganho de 
peso, aumento do risco de IC, 
aumento do risco de fraturas 
Sulfonilureias Alta Sim Ganho Não Baixo Ganho de peso e hipoglicemia 
Insulina Alta Sim Ganho Sim Baixo Ganho de peso e hipoglicemia 
31/08/2021 Clínica médica – Endocrinologia Natalia Lisboa 
Tratamento de pacientes sem DCV ou nefropatia 
 
OBS: os sintomas são poliuria, polidipsia, polifagia, perda de peso, sepse e sinais de gravidade 
Tratamento de pacientes com IC 
A primeira opção é metformina associada a iSGLT2 
• HbAc1 < 9% mantem a primeira opção 
• HbAc1 > 9% sem sintomas também mantem a primeira opção 
• HbAc1 > 9 % com sintomas sempre tratar com insulina com ou sem agentes orais 
OBS: para a primeira opção deve-se fazer exames de HbAc1 a cada três meses para monitorização. Se 
continuar fora do alvo, associar nova classe ADO, e se persistir na próxima dosagem após 3 meses associar 
nova classe ADO e/ou insulina 
OBS2: caso não seja possível por contraindicação ou por questões econômicas, ouros ADOS podem ser 
usados como alternativa, exceto Pioglitazona. 
OBS3: HbAc1 < 7,5% faz monoterapia, e se estiver entre 7,5-9% faz terapia dupla 
Tratamento de pacientes com DRC ou nefropatia 
• TFG < 30 utiliza insulina e/ou iDPP4 
• TFG > 30 utiliza MTF + iSGLT2. Segue a mesma regra do tratamento de pacientes com IC 
Tratamento de pacientes com DCVA 
IAM, AVCi, angina, revascularização e estenose vascular > 50% 
Primeira opção é metformina associada a iSGLT2 ou AGLP-1 
31/08/2021 Clínica médica – Endocrinologia Natalia Lisboa 
• HbAc1 < 9% usa a primeira opção 
• HbAc1 > 9 % sem sintomas também usa a primeira opção 
• HbAc1 > 9% com sintomas usa insulina com ou sem agentes orais 
Resumindo...

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