Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACOTECNICA NOME DO ALUNO: CAROLINA CAPUCI CIPRIANI RA: 0424252 POLO DE MATRÍCULA: SANTOS - BOQUEIRÃO POLO DE PRÁTICA: SANTOS - RANGEL DATA DAS AULAS PRÁTICAS: 11/11/2023 E 25/11/2023 SANTOS , 01 DE DEZEMBRO DE 2023 ATIVIDADE OBRIGATÓRIA INTRODUÇÃO A disciplina de Farmacotécnica representa um ponto fundamental na formação do farmacêutico, fornecendo conhecimentos essenciais para a manipulação e produção de medicamentos. As aulas práticas desempenham um papel importante nesse processo, permitindo a vivencia de forma direta os desafios e as nuances envolvidas na elaboração de diversas formulações. A manipulação de medicamentos consiste na veiculação de uma ou mais substâncias ativas em uma forma farmacêutica que seja adequada para atender a uma determinada via de administração e produzir o efeito terapêutico esperado. Dentro desse contexto, a condição de estabilidade é fundamental para que esse medicamento tenha a sua qualidade assegurada (STORPIRTIS; NELLA GAI, 2011). A compreensão dos cálculos em farmacotécnica é essencial para garantir a eficácia e a segurança das formulações farmacêuticas. Durante as aulas práticas, os fomos guiados através de exercícios práticos relacionados à determinação de quantidades precisas de princípios ativos e excipientes, bem como à diluição de soluções. Essas atividades visaram desenvolver as habilidades necessárias para garantir a precisão na preparação de medicamentos, contribuindo assim para a qualidade final dos produtos. Cálculos são ferramentas essenciais para a prática farmacêutica e seu conhecimento é imprescindível ao profissional farmacêutico tanto para o preparo de formulações na manipulação ou indústria farmacêutica como para administração de medicamentos (THOMPSON, 2013). Outro ponto relevante abordado nas aulas foi o preparo de soluções intermediárias, um processo central na produção farmacêutica. Fomos orientados sobre a importância de alcançar concentrações específicas e a necessidade de atender aos padrões de qualidade estabelecidos. O manejo adequado nesse estágio é vital para garantir que as formulações finais alcancem os resultados terapêuticos desejados. As diluições seriadas são muito utilizadas em laboratórios quando há a necessidade de se prepararem soluções extremamente precisas e muito diluídas (CAMARA, 2016). A estabilidade das preparações farmacêuticas é um aspecto crítico que determina a eficácia e a durabilidade dos medicamentos. Exploramos métodos de avaliação da estabilidade, compreendendo como fatores ambientais e composicionais podem influenciar a integridade das formulações. Essa abordagem proporcionou uma visão prática sobre as estratégias para manter a qualidade ao longo do tempo, garantindo a segurança e eficácia dos produtos farmacêuticos. As aulas envolveram o preparo de uma variedade de soluções, desde enxaguantes bucais até soluções antissépticas e emolientes de cerumen. Cada uma dessas formulações apresentou desafios únicos, destacando a diversidade de aplicações e exigências na farmacotécnica. O relatório detalhará as experiências dos do preparo de soluções como ácido fólico, polvedine, lágrima artificial, água boricada, enema de fosfato, saliva artificial, solução antisséptica, álcool etílico e álcool canforado, destacando os procedimentos adotados e as considerações específicas para cada caso ROTEIRO: 01 AULA: 01 – CALCULOS EM FARMACOTÉCNICA E DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES, PREPARO DE SOLUÇÕES INTERMEDIÁRIAS. DATA DA AULA:11/11/2023. Objetivo: Praticar cálculos utilizados em farmacotécnica, preparar soluções diluídas e soluções intermediárias. 1.) DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES a) SOLUÇÃO DE CORANTE VERDE 5% Preparar 100 mL de uma solução de corante verde 5% (p/v). b.) SOLUÇÃO DE CORANTE VERDE 0,5% Preparo de 50 mL de uma solução de corante verde 0,5% a partir de uma solução do mesmo corante a 5%. C1.C2 = V1.V2 5.V1 = 0,5.50 V1 = 25/2 = 5ML 5ml da solução A + 45ml de água destilada 5g do corante verde em 100 ml de água destilada c.) SOLUÇÃO DE HIPOCLORITO DE SÓDIO A 2% Preparar 100 mL de uma solução de hipoclorito de sódio a 2% a partir de uma solução a 12%. Hipoclorito de sódio 12% X Água purificada q.s.p 100 mL C1.C2 = V1.V2 12.V1 = 2.100 V1 = 200/12 = 16,6 ml 16,6 ml de Hipoclorito de sódio + 83,4 ml de água destilada d.) LÍQUIDO DE DAKIN (Solução de hipoclorito de sódio) Antisséptico local, para curativos de feridas e úlceras. Utilizado em odontologia, na irrigação de canais desvitalizados. Cloro ativo*. 0,5 g Solução de bicarbonato de sódio 5% (p/v) qs. pH 9,0 – 10,0 Água purificada q.s.p 100 mL 1. Preparar uma 20 mL de uma solução de bicarbonato de sódio 5% (p/v). 2. Medir o volume apropriado da solução de hipoclorito de sódio 2%, equivalente a 0,5 g de cloro ativo. Transferir para um cálice. 3. Ao mesmo cálice, adicione 70 mL de água purificada. 4. Ajuste o pH com a solução de bicarbonato de sódio para que fique entre 9,0 e 10,0. Complete o volume com água purificada 100 mL. 0,5g de Cloro ativo + 97 ml de água destilada + 3 ml de bicarbonato de sódio para regular o pH 1. PREPARO DE SOLUÇÕES INTERMEDIÁRIAS a.) SOLUÇÃO CONSERVANTE DE METILPARABENO Metilparabeno % p/v Propilenoglicol q.s.p 20 ml Técnica de Preparo Pesar o metilparabeno para um béquer e adicionar 15 mL de propilenoglicol. Aquecer o béquer do item 1 até completa solubilização. Após resfriá-lo, transferir o conteúdo do béquer para um cálice e complete o volume com propilenoglicol. Com auxílio de um bastão de vidro, homogeneizar a solução. Acondicione e rotule 15g ____100 ml X ___ 20ml X= 300/100 X= 3g metilparabeno b.) SOLUÇÃO CONSERVANTE DE PROPILPARABENO Propilparabeno % p/v Propilenoglicol q.s.p 20 mL Técnica de Preparo Pesar o propilparabeno para um béquer e adicionar 15 mL de propilenoglicol. Aquecer o béquer do item 1 até completa solubilização. Após o resfriar, transferir o conteúdo do béquer para um cálice e complete o volume com propilenoglicol. Com auxílio de um bastão de vidro, homogeneizar a solução. Acondicione e rotule. 5g___ 100 ml X__ 20ml X= 100/100 X= 1g propilparabeno c.) SOLUÇÃO DE CLORETO DE BENZALCÔNIO 10:1000 Preparar 100 mL de uma solução de cloreto de benzalcônio 10:1000. C1.C2 = V1.V2 50.V1 = 1.1000 V1 = 100/50 = 2 ml AULA: 01 – ROTEIRO 2 - ESTABILIDADE DE PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS. DATA DA AULA: 11/11/2023. Objetivo: Avaliar a estabilidade de soluções de ácido ascórbico frente aos fatores extrínsecos. ESTABILIDADE DE SOLUÇÕES DE VITAMINA C 1. SOLUÇÃO DE VITAMINA C Vitamina C 40 mg/mL Água purificada q.s.p 30,0 mL 2. SOLUÇÃO DE VITAMINA C Vitamina C 4% (p/v) Bissulfito de sódio 0,8 % (p/v) Água purificada q.s.p 30,0 mL Técnica de Preparo Em cálice dissolva a vitamina C em um pouco de água purificada e, após, complete o volume em q.s.p. 30 mL. Filtre sobre papel. Transfira 10 mL solução preparada para 2 tubos de ensaio (10 mL em cada). Num deles adicione 1,0 mL de água oxigenada. Feche os tubos. Autoclave os 2 tubos a 120 °C por 30 minutos. Repetir o mesmo processo com o bissulfito de sódio em 20 mL de água destilada. 1.- vit C + H2O2 2.– Vit C 3.– Vit C + Bissulfito de sódio + H2O2 4.- Vit C + Bissulfito de sódio O OXIDANTE SERÁ OXIDADO NO LUGAR DO FÁRMACO Observação na sua coloração; 1 – Mudou decor 1. Incolor 2. Há um oxidante e um antioxidante (mudou de cor) 4 – Incolor AULA: 02 – ROTEIRO 01 – PREPARO DE SOLUÇÕES. DATA DA AULA:11/11/2023. Objetivo: Preparar uma solução antisséptica tópica, utilizando a complexação para aumentar a solubilidade do fármaco. Técnica de Preparo Em gral de vidro pulverize o iodo com q.s. de álcool etílico. Em béquer solubilize o iodeto de sódio com q.s. de água e transfira para o gral contendo iodo e álcool. Em gral disperse o PVP com q.s. de álcool etílico, glicerina e a água até não haver mais grumos. Transfira o conteúdo dos dois grals para um cálice e complete com álcool etílico q.s.p. 100,0 mL. Homogeneize. Filtre. Acondicione e rotule. SOLUÇÃO ALCOÓLICA DE PVPI Iodo 1g odeto de sódio 3g P.V.P 9g Glicerina 1g Água purificada) 50ml Álcool etílico q.s.p. completar até chegar à marca de 100 ml no cálice AULA: 02 – ROTEIRO: 02 – PREPARO DE SOLUÇÕES. DATA DA AULA: 11/11/2023. Objetivo: Preparar uma solução antisséptica tópica para uso bucal, utilizando tensoativo para aumento de solubilidade. AULA: 03 – ROTEIRO 01 – PREPARO DE SOLUÇÃO. DATA DA AULA:25/11/2023. Preparar uma solução de ácido fólico (vitamina B9), utilizando o aumento do pH para aumentar a solubilidade do fármaco. Esta solução é indicada para o tratamento da deficiência de ácido fólico, associada ou não a anemia. Além disso, é indicada para a prevenção de defeitos do tubo neural, durante o período periconcepcional, assim como para prevenir a recorrência desses defeitos. ENXAGUATÓRIO BUCAL Cloreto de cetilpiridínio 100,0mg Ácido cítrico 1g Polisorbato 80 3g Óleo essencial de menta 1 ml Álcool etílico 10 ml Sorbitol (sol 70%) 20 ml Corante verde 0,1%* 7 gotas Água purificada completar até chegar à marca de 100 ml no cálice AULA: 03 – ROTEIRO 02 – PREPARO DE SOLUÇÕES. DATA DA AULA: 25/11/2023. LÁGRIMA ARTIFICIAL Nota: o colírio deve ser uma solução estéril, e sua preparação deve obedecer às Boas Práticas de Manipulação para produtos estéreis. A filtração esterilizante deve ser realizada em capela de fluxo laminar, sendo o acondicionamento em frasco conta- gotas estéril. SOLUÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO Ácido fólico 0,2 g Metilparabeno* 0,15g Propilparabeno** 0,05g Ácido ascórbico 0,1 ml Metabissulfito de sódio 0,5g Sorbitol 40 ml Solução de hidróxido de sódio 1 N até ajustar pH entre 8 – 9. Aroma de baunilha ou morango _7 gotas Água purificada completar até chegar à marca de 30 ml no cálice LÁGRIMA ARTIFICIAL Hidroxietilcelulose 100,0mg Cloreto de benzalcônio 1g Água purificada completar até chegar à marca de 30 mL no cálice ÁGUA BORICADA A água boricada é utilizada como antisséptico em oftalmites, sendo a solubilização da substância ativa realizada por aumento da temperatura. Utilizaremos em aula a água destilada, disponível no laboratório, uma vez que após o preparo a solução será descartada, sem nenhuma utilização. AULA: 04 – ROTEIRO: 01 – PREPARO DE SOLUÇÕES. DATA DA AULA: 25/11/2023. Preparar soluções retal, otológica e bucal. ENEMA DE FOSFATOS Solução indicada para prisão de ventre e esvaziamento do intestino antes da colonoscopia. ÁGUA BORICADA Ácido bórico 2g Água purificada estéril. completar até chegar à marca de 100 ml no cálice Fosfato de sódio monobásico 16g Fosfato de sódio dibásico+ 6g Água purificada estéril. completar até chegar à marca de 100 ml no cálice EMOLIENTE DE CERÚMEN SALIVA ARTIFICIAL Trietanolamina 5g Carbonato de sódio 10g Glicerina 10 ml Água purificada estéril. completar até chegar à marca de 10 ml Cloreto de potássio 0,1g Cloreto de sódio 0,07g Cloreto de magnésio 0,01g Cloreto de cálcio 0,01g Fosfato de potássio monobásico 0,03g Carboximetilcelulose sódica 0,2g Solução de sorbitol a 70% 2,4 ml Solução conservante de metilparabeno _1 ml Solução conservante de propilparabeno 1 ml Flavorizante de menta 10gotas Solução de ácido cítrico (25% a 50%) q.s. .. pH 6,0 – 7,0 Água purificada completar até chegar à marca de 100 ml no cálice. SOLUÇÃO ANTISSEPTICA Esta solução é indicada para tratamento de aftas, estomatites e faringites AULA: 04 - ROTEIRO: 02 – PREPARO DE SOLUÇÕES. DATA DA AULA: 25/11/2023. Objetivo: Preparar líquidos espirituosos, saneante domissanitário, antisséptico e adstringente. Tecnica de Preparo: 1. Em copo graduado, adicionar 80 mL de álcool 96°GL. 2. Com auxílio de uma pipeta graduada, transferir 1,3 mL de álcool 96°GL para o copo graduado do item 1. 3. Completar o volume com água purificada. 4. Com auxílio de um bastão de vidro, homogeneizar a solução. 5. Filtre. Acondicione e rotule. Ao final da preparação realize a determinação do grau alcoólico ou título alcoométrico utilizando o alcoômetro centesimal. Mentol 0,5ml Iodo 2,5ml odeto de potássio 5g Água purificada 15ml Glicerina q.s.p 40ml ÁLCOOL ETÍLICO 70% (p/p) Álcool etílico 96°GL 81,3 ml Água purificada estéril. completar até chegar à marca de 100 ml ÁLCOOL CANFORADO (ESPÍRITO DE CÂNFORA) Solução utilizada no tratamento sintomático de mialgias e artralgias, e para o alívio de pruridos. SOLUÇÃO ADSTRINGENTE E ANTISSÉPTICA Solução utilizada como adstringente e antisséptico local no tratamento de impetigo, piodermites e ferimentos. Sulfato cúprico 1% (p/v) Sulfato de zinco 3,5% (p/v) Álcool canforado 1% (v/v) Água purificada q.s.p 100 mL ÁLCOOL ETÍLICO 70% (p/p) Cânfora 10g Álcool etílico 96°GL até chegar à marca de 100 ml SOLUÇÃO ANTISSÉPTICA Sulfato cúprico 1g Sulfato de zinco 3,5g Álcool canforado 1ml Água purificada GL até chegar à marca de 100 ml REFERÊNCIAS STORPIRTIS, S.; NELLA GAI, M. Biofarmacotécnica: princípios de biodisponibilidade, bioequivalência, equivalência farmacêutica, equivalência terapêutica e intercambialidade de medicamentos. In: STORPIRTIS, S. et al. Biofarmacotécnica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. p. 4-11. THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. CAMARA, B. Como fazer uma diluição seriada, abr. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2UcHuKU. Acesso em: 11 ago. 2021. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. Insumos Farmacêuticos e Especialidades. 6. ed. Volume II, Monografias. Brasília, 2019. ANVISA. O que devemos saber sobre medicamentos? Cartilha da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Brasília: Anvisa, 2010. ANVISA. Perguntas e respostas: insumos farmacêuticos ativos. 2. ed. Brasília: Anvisa, 2018b. Disponível em: https://bit.ly/3wzrBMn. Acesso em: 20 maio 2021.