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Tema 3 - Cultura e Identidade

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Cultura(s) e Identidade(s)
 
 
Senso Comum:
Ilusão de uma NATUREZA HUMANA UNIVERSAL, ahistórica
“mulheres são frágeis”/ “meninos não choram”
Ciências Humanas:
Os seres humanos são CULTURAIS, HISTÓRICOS 
 
Cultura – Senso Comum
SOBRE AS PESSOAS...
Posse de conhecimentos: culto/inculto; aquele que “tem” e aquele que “não tem” cultura. Ter cultura= ser superior.
SOBRE AS COLETIVIDADES 
Culturas “mais avançadas” e “menos avançadas”
 
Culturas – Antropologia
CULTURAS- que variam no tempo e no espaço, da criação de ordens simbólicas específicas de diferentes ordens:
SISTEMA DE INTERDIÇÕES E OBRIGAÇÕES, que partem de valores morais (bom o mal, o certo, o errado) que dão sentidos e significados às coisas, aos seres humanos e aos acontecimentos ( vida, morte a guerra, os papéis sociais)
 
Cultura – Antropologia 
LINGUAGEM, TRABALHO, ESPAÇO, TEMPO, SAGRADO E O PROFANO, VISÍVEL E INVISÍVEL
CONJUNTO DE PRÁTICAS E COMPORTAMENTOS: FORMAÇÕES SOCIAIS
 
Cultura – Antropologia
Como invenção da relação com o outro que se manifesta na religião, no vestuário, nas técnicas, nas relações interpessoais de todas as ordens.
Humanos, seres de CULTURA(S): linguagens, sistema de valores, visões de mundo
Todos esses elementos vão definindo a subjetividade e o comportamento humanos.
Cultura e Identidade:
Psicologia Social: ciência que estuda o comportamento dos indivíduos no que ele é influenciado socialmente - influência histórico-social
Identidade social – atribuída pelos “outros”
Nos tornamos sociais assumindo papéis sociais em relação aos nossos significativos 
“papel de pai”, “papel de mãe”, “papel de filho”. 
Assumimos papeis sociais ao longo da vida.
Individualidade/personalidade : a busca do ser “eu mesmo”: uma condição inaugurada na MODERNIDADE
viver em grupo: confronto necessário para a construção do EU: diferenças/semelhanças.
Identidade SOCIAL- “Quem é você?”
AUTOREPRESENTAÇÕES
O que me diferencia dos “outros”
CONSCIÊNCIA DE SI: busca das razões históricas- individuais e coletivas – condições para alterar a identidade social
Processo de transformação se dá em meio à contradições – tendência à preservação social
Exemplo: “zona de conforto desconfortável”
Como apreendemos o mundo?
LINGUAGEM (verbal e não verbal- falada, escrita, gestos, moda, rituais):
generalização da experiência prática
nasce da necessidade de cooperação para a SOBREVIVÊNCIA
Comunidade primitiva: linguagem relação palavra/objeto.
Sociedade: separação entre o FAZER e o PENSAR
Aquisição da linguagem: desenvolvimento intelectual.
AGIR- PENSAR- FALAR-AGIR-PENSAR-FALAR
Entre a palavra e a ação deverá sempre existir o pensamento.
Linguagem: mediação – representações sociais
descrevemos, explicamos e acreditamos na nossa realidade.
A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE
Socialização primária
Socialização secundária 
Família (socialização primária): sobrevivência. Vista como natural e universal
Instância de CONTROLE SOCIAL
Regras, relações de poder, papéis pré-estabelecidos 
Família tradicional PAI provedor, MÃE – garantidora da organização do cotidiano dos filhos.
Família: preservação e transmissão da propriedade.
Comportamentos esperados para a manutenção de uma suposta estabilidade da família e da sociedade que a determina.
Para o indivíduo em seus primeiros anos a família é O MUNDO e não há condições de avaliar ou estabelecer comparações entre os costumes, as visões de mudo desse grupo, por que os outros ainda são poucos conhecidos.
Valores adquiridos como os únicos possíveis na socialização primária ficam ARRAIGADOS, ENTRINCHEIRADOS 
Família – historicamente- reproduz as relações de poder da sociedade.
Ações instintivas, mas passíveis de serem trazidas à consciência e problematizadas.
 Escola (início da socialização secundária): novas regras e parâmetros
Novo ambiente, a apresentação de uma visão de mundo oficialmente considerada como correta e que, normalmente, não consegue dar conta das individualidades.
“bons alunos”- “maus alunos”
Socialização secundária: o indivíduo se torna MEMBRO da sociedade e passa a transitar nos mais diversos grupos sociais, ganhando a chance de refletir sobre sua identidade atribuída.
 
A consciência e a possibilidade de se refletir é o ponto de partida para a possibilidade de reconstrução da identidade, processo fundamental que guarda uma relação dialética com o processo de mudança social.
Identidade cultural (Stuart Hall)
	Os fluxos culturais entre as nações, e o consumismo global criam possibilidades de ‘identidades partilhadas’ – como ‘consumidores’ para os mesmos bens, ‘clientes’ para os mesmos serviços, ‘públicos’ para as mesmas mensagens e imagens – entre pessoas que estão bastante distantes umas das outras no espaço e no tempo. À medida em que as culturas nacionais tornam-se mais expostas a influências externas, é difícil conservar as identidades culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração cultural.” 
Sujeito fragmentado X identidades culturais
Como as identidades nacionais estão sendo afetadas pela globalização?
As culturas nacionais, no mundo moderno, constituem uma das principais fontes de identidade cultural, fazem parte de nossa natureza essencial
Identidades nacionais
Não são coisas com as quais nascemos, mas são formadas e transformadas no interior da representação. Ex: aprender o que é ser inglês ou inglesidade, decorre de um conjunto de significados representados pela cultura nacional inglesa.
Nação
Assim, nação não é apenas uma entidade política, mas algo que produz sentidos, um sistema de representação cultural.
Uma nação é uma comunidade simbólica, que é o que explica seu poder de criar um sentimento de “identidade e lealdade”.
Relação com o regional
As diferenças regionais e étnicas foram gradualmente sendo colocadas, de forma subordinada, sob o “teto-político” do estado-nação, fonte poderosa de significados para as identidades culturais modernas. Entretanto, são as culturas nacionais tão homogêneas e unificadas?
Uma unidade nacional constitui-se:
Da posse em comum de um rico legado de memórias; do desejo de viver em conjunto de da vontade em perpetuar, de uma forma indivisivel, a herança que recebeu. Assim, três conceitos: as memórias do passado, o desejo por viver em conjunto; a perpetuação da herança. 
Apesar da estratificação social
Em termos de classe, gênero ou raça, uma cultura nacional busca uma unificação numa identidade cultural, representando os indivíduos como pertencentes à mesma identidade. 
A idéia da representação
Representação de cultura subjacente a “um único povo”.
Elementos fundantes: a etnia (características culturais: língua, religião, costume, tradições, sentimento de “lugar” partilhados por um povo. No mundo moderno essa crença acaba por ser um mito. Ex. a própria Europa Ocidental, onde nenhuma nação é composta por um único povo, cultura ou etnia.
Noção de hibridismo cultural
As nações modernas são todas híbridos culturais.
A raça: há diferentes tipos e variedades no interior do que chamamos raça. As diferenças genéticas, último refúgio das ideologias racistas, não pode ser usada para distinguir um povo de outro. 
A raça é uma categoria discursiva, não biológica. 
Marcas simbólicas afim de diferenciar socialmente um grupo de outro).
Globalização
Processos atuantes numa escala global que atravessam fronteiras nacionais, integrando e conectando comunidades e organizações em novas combinações de espaço-tempo.
A globalização implica no distanciamento da ideia sociológica clássica da “sociedade’.
Identidades nacionais: conseqüências da globalização 
Estão se desintegrando como resultado da homogeneização cultural e do “pós-moderno global”
As identidades nacionais e locais estão sendo reforçadas pela resistência à globalização.As identidades nacionais estão em declínio, mas novas identidades – híbridas – estão tomando seu lugar.
“Tradições inventadas” (Hobsbawn)
Que ligam passado e presente em mitos de origem que projetam o presente de volta ao passado, em narrativas de nação que conectam o indivíduo a eventos históricos nacionais mais amplos, mais importantes. 
O espaço e o lugar como o conhecido, o concreto, etc: “o que estrutura o local não é simplesmente o que está presente na cena; a forma visível do local oculta relações distanciadas que determinam sua natureza” Giddens. 
Espaço e lugar
Os espaços permanecem fixos, são as “raízes”, mas o espaço pode ser “cruzado” num instante (avião, redes sociais, satélite)
Homogeneização cultural?
Tensão entre o global e o local na transformação das identidades. Produção de novas identidades?
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