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Ética, Cidadania e Sociedade Semana 01 Moral A moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entres os indivíduos ou entre eles e a comunidade, de maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal. Socialização Processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade. Imposição de padrões sociais à conduta individual. Sociedade Agrupamento de pessoas que vivem e um território comum, interagindo entre si, seguindo determinadas normas de conivência e unidas pelo sentimento de grupo social; coletividade. Sociedade como: 1 Estrutura (normas sociais na orientação de suas condutas), 2 solidariedade (integração entre os membros que compartilham a vida social, paternismo), 3 processo criativo (percebe a sociedade com maior fluidez, procurando formas mais criativas de participação). Cidadania Republicano – Democracia Ateniense, República Romana, Aristóteles, Cícero, Maquiavel, Rousseau. O princípio chave do modelo republicano é o autogoverno cívico, incorporado em instituições e práticas clássicas como a rotação de cargos. Liberal – Império Romano, John Locke, Adam Smith. Cidadania é entendida principalmente como um status legal e não como um exercício político. Três elementos: Civil, político e social. Semana 02 - Cidadania na Antiguidade Clássica Polis: Uma comunidade micro-dimensional, juridicamente soberana e autônoma, de caráter agrário, dotada de um lugar central que lhe serve de centro político, social, administrativo e religioso, o qual é também, frequentemente, sua única aglomeração. Democracia direta. República: Ser cidadão é tano um privilégio quanto uma ocupação. O cidadão possui direitos políticos, exige participação e dedicação reais aos assuntos públicos. Semana 03 Cidadania no Brasil Primeiros passos (1822/1930) Independência e Primeira República Abolição da escravidão - 1888 Marcha acelerada (1930/1964) Revolução de 1930 Washington Luiz – Getúlio Vargas Intervenção militar Avanço dos direitos sociais – Ministério do trabalho, legislação trabalhista (CLT) aposentadoria e sindicatos. Nacionalismo – Populismo Foi uma legislação introduzida em ambiente de baixa ou nula participação política e de precária vigência dos direitos civis. Passo atrás, passo adiante (1964/1985) Golpe militar, redemocratização “Brasil, ame-o ou deixe-o” 1964 a 1968 – Castelo Branco 1968 a 1974 – Garrastazu Médici – Militares assume o poder diretamente, repressão – atos institucionais – direitos civis e políticos restritos. Expansão dos direitos sociais (INPS, Funrural, FGTS, BNH, Ministério da previdência e assistência social) 1974 a 1985 – Geisel/Tancredo Abertura política, a transição lenta, gradual e segura para a democracia. Lei da anistia A cidadania após a redemocratização Constituição de 1988 – A garantia dos direitos do cidadão como preocupação central Ampliação dos direitos políticos e sociais e restabelecimento dos diretos civis. A cidadania na encruzilhada Percorremos um longo caminho, 178 anos de história do esforço para construir o cidadão brasileiro. Chegamos ao final da jornada com sensação desconfortável de incompletude. Os progressos feitos são inegáveis, mas foram lentos e não escondem o longo caminho que ainda falta percorrer. Semana 04 Cidadania no Brasil A construção da cidadania tem a ver com a relação das pessoas com o Estado e com a nação... Da cidadania como a conhecemos fazem parte então a lealdade a um Estado e a identificação com a nação. Globalização Processo ou conjunto de processos que engloba uma séria de transformações no modo como as relações sociais se organizam espacialmente, gerando fluxos e redes transcontinentais ou inter-regionais de atividades, interações e poder. 1. Estende atividades sociais, políticas e econômicas através de fronteiras políticas, regionais e continentais 2. Intensifica nossa dependência um do outro 3. Acelera o mundo 4. Eventos distantes têm um impacto mais profundo em nossas vidas. Tudo indica que a construção do futuro tende a transformar a cidadania nacional, surgida com os Estados territoriais modernos do ocidente, em forças sociais transnacionais, abrindo caminho para a criação de uma sociedade civil global emergente. Cidadania Global O conceito de que a nossa identidade transcende, mesmo que respeite, as fronteiras geográficas e nacionais, e que nossas ações sociais, políticas, ambientais e econômicas ocorrem em um mundo interconectado. A educação para a cidadania global visa capacitar os alunos a desenvolverem e assumirem papéis ativos, local e globalmente, para enfrentar e resolver desafios globais e, finalmente, tornarem-se colaboradores proativos de um mundo mais justo, pacífico, tolerante, inclusivo, seguro e sustentável. O desafio da cidadania global: Como promover a universalidade (por exemplo, identidade comum e coletiva, interesse, participação, dever), respeitando a particularidade (por exemplo, direitos individuais)? Engajamento por meio de ações cívicas em domínio público para promover um mundo e um futuro melhores. Respeitando os valores universais de direitos humanos, democracia, diversidade e sustentabilidade, entre outros. Ética Global · Conjunto de ideias éticas fundamentais (como a dignidade humana) que são aceitas globalmente e que estabelecem uma base sobre a qual as pessoas lidam umas com as outras no mundo. · Conjunto de princípios que surgem do desenvolvimento de um novo tipo de sociedade civil global interdependente, com oportunidades e perigos comuns. Semana 05 Direitos Humanos Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. · Direito à vida · Direito à alimentação · Direito à educação · Direito ao trabalho · Direito à liberdade · Direito à religião · Direito à orientação sexual · Direito ao meio ambiente... entre outros Carta das Nações unidas · Preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade · Reafirmar a fé no direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas · A estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos · Promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla · Praticar tolerância e viver em paz, uns com os outros, como bons vizinhos · Unir as nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais · Garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum · Empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos Art. 55 As Nações Unidas favorecerão: a. Níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômico e social b. A solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários, e conexos. A cooperação internacional, de caráter cultural e educacional c. O respeito universal e efetivo a raça, sexo, língua ou religião Direitos Humanos artigo 1º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Sã dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade Direitos Humanos artigo 3º Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal Direitos Humanos artigo 4º Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão. A escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos. Direitos Humanos artigo 5º Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes Constituição de 1988 – Dos Princípios Fundamentais Art. 1º - A República Federativa do Brasil,formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos I. A Soberania II. A Cidadania III. A dignidade da pessoa humana IV. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa V. O pluralismo político Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária II. Garantir o desenvolvimento nacional III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação Art. 4º – A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios I. Independência nacional II. Prevalência dos direitos humanos III. Autodeterminação dos povos IV. Não-intervenção V. Igualdade entre os estados VI. Defesa da paz VII. Solução pacífica dos conflitos VIII. Repúdio ao terrorismo e ao racismo IX. Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade X. Concessão de asilo político Parágrafo único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Dos direitos e garantias fundamentais Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se ao brasileiro e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta constituição II. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei III. Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante IV. É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato V. Dignidade humana VI. Democracia na educação e no ensino VII. Valorização da diversidades VIII. Transformação social IX. Interdisciplinaridade X. sustentabilidade Educação – Nível Superior A conquista do Estado Democrático delineou, para as instituições de ensino superior, a urgência em participar da construção de uma cultura de promoção, proteção, defesa e reparação dos direitos humanos, por meio de ações interdisciplinares, com formas diferentes de relacionar as múltiplas áreas do conhecimento humano com seus saberes e práticas. A contribuição da educação superior na área da educação em direitos humanos implica a consideração dos aguentes princípios: · a universidade, como criadora e disseminadora de conhecimento, é a instituição social com vocação republicana, diferenciada e autônoma, comprometida com a democracia e a cidadania · os preceitos da igualdade, da liberdade e da justiça devem guiar as ações universitárias · as atividades acadêmicas devem se voltar para a formação de uma cultura baseada na universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos · o princípio básico norteador da educação em direitos humanos deve estar voltado para a transformação da sociedade · a participação das instituições de ensino superior na formação de agentes sociais de educação em direitos humanos Norberto Bobbio: “...apesar da crise dos fundamentos, a maior parte dos governos existentes proclamou pela primeira vez, nessas décadas, uma Declaração Universal dos Direitos do Homem. Por conseguinte, depois dessa declaração, o problema dos fundamentos perdeu grande parte do seu interesse. Se a maioria dos governos existentes concordou com uma declaração comum, isso é sinal de que encontraram boas razões para fazê-lo. Por isso, agora, não se trata tanto de buscar outras razões, ou mesmo (como querem os Jusnaturalistas redivivos) a razão das razões, mas de por as condições para uma mais ampla e escrupulosa realização dos direitos proclamados.” Maria Vitória Benevides: Direitos humanos naturais: porque vinculados à natureza humana e também porque existem antes e acima de qualquer lei, e não precisam estar legalmente explicitados para serem evocados. Direitos humanos universais: pois não se referem a um membro de uma nação ou de um Estado, mas à pessoa humana na sua universalidade Direitos humanos histórico: no sentido de que mudaram ao longo do tempo, num mesmo país, e o seu reconhecimento é diferente em países distintos num mesmo tempo. “Num país como o nosso, marcado por desigualdades e injustiças devastadoras, não podemos sucumbir ao ceticismo ou à melancolia dos conformistas.” Maria Vitória Benevides Semana 6 Ética e cidadania no mundo do trabalho Profissão Forma de organização do mercado de trabalho que se assenta em alguns elementos fundamentais que sustentam o seu poder · Autonomia técnica por via do controle da natureza e da forma como é executado o trabalho (autorregulação) · Monopólio de uma área de conhecimento especializado e institucionalizado, o qual sustenta essa autonomia · Credencialismo, que permite o acesso à profissão somente dos que detêm credenciais ocupacionais ou institucionais · Orientação para as necessidades da clientela, que garante o reconhecimento social do trabalho profissional · Existência de um código comum de valores/ética Profissionalismo Consiste nas atitudes e comportamentos que o profissional possui em relação à sua profissão Ingredientes fundamentais 1. Imprescindível competência técnica 2. Comprometimento com o bem público, assumindo compromissos que vão além a recompensa monetária 3. Autorregulação do exercício profissional, de acordo com u código de ética. Código de Ética É um documento que procura explicitar um padrão que serve de guia para a conduta de um determinado grupo. É um conjunto de princípios norteadores assumidos publicamente, de modo a moldar as atividades a que se aplicam. Honestidade, solidariedade correção, responsabilidade, honra. Lealdade, etc Serve para tornar explícito o padrão que o grupo a que se dirige considera aceitável. Articular valores afirmados por um grupo. · As normas enunciadas funcionam como instrumentos para realizar os valores afirmados Como instrumento disciplinar, repressivo, de controle. Útil na resolução de conflitos éticos · E conflitos são vividos mesmo por aqueles que sempre se conduzem de forma eticamente aceitável Deve ser observado por todos os que têm aquela profissão, uma vez que se refere a todos no que têm de comum – ser parte do mesmo grupo profissional. Deve conter: · Declaração de princípios de valores fundamentais · Identificação de problemas específicos do grupo · Desdobramento das regras que comporão o corpo do documento Não se deve ir contra a lei, mas também não se deve simplesmente repeti-la. Semana 07 Ética e Cidadania no mundo contemporâneo Norberto Bobbio – Pensador da democracia, foi um dos maiores filósofos do século XX e o principal formuador do liberalismo socialista. Zygmumnt Bauman. Sociólogo e filósofo, foi um grande pensador da modernidade, em especial do consumismo pós-moderno. “Vivemos na modernidade líquida, porque, segundo Bauman, como uma variedade dos fluidos, os líquidos não mantêm sua forma com facilidade e estão sempre propensos a mudá-la. É neste sentido que eles servem como metáfora para capturarmos a natureza da era contemporânea.” Modernidade líquida · a metamorfose do cidadão, sujeito de direitos, em indivíduo em busca de afirmação no espaço social; · a passagem de estruturas de solidariedade coletiva para as de disputa e competição; · o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal; · a colocação da responsabilidade por eventuais fracassos no plano individual; · o fim da perspectiva do planejamento a longo prazo; · o divórcio e a iminente apartação total entre poder e política.
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