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Estágio Supervisionado 1

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Atividade Avaliativa- Estágio I- 2021ª 
Acadêmica: Liryel Silva Gasparetto RA:183053
1) Diana, 22 anos, acadêmica do curso de farmácia, iniciará em breve suas atividades de estágio em uma farmácia comunitária que oferta serviços farmacêuticos. Ela está se perguntando quais seriam as atividades realizadas pelos farmacêuticos além daquelas relacionadas à logística dos medicamentos. Quais são as funções do farmacêutico na atenção farmacêutica/ cuidado farmacêutico que podem ser realizadas em farmácias comunitárias?
Obter e manter dados sobre os medicamentos utilizados pelo paciente e informações relevantes sobre sua saúde, sendo elas essenciais para avaliar a terapia medicamentosa do indivíduo. 
Identificar e avaliar problemas relacionados aos medicamentos (efeitos adversos, interações medicamentosas, uso incorreto de medicamentos); sintomas descritos pelo paciente; e condições autodiagnosticadas. Decidir se irá utilizar apenas a atenção farmacêutica ou se é preciso a colaboração de outros profissionais da saúde.
Iniciar ou modificar terapias medicamentosas/não medicamentoso, mediante: ação independente (medicamentos isentos de prescrição MIP’s, terapias não medicamentosas como, por exemplo, mudanças no estilo de vida, produtos para a saúde); Ou pela ação colaborativa (no caso da necessidade de medicamentos de prescrição médica)
Colocar metas no tratamento, junto com o paciente. Preparar e dispensar medicamentos. Elaborar e programar o plano de atenção farmacêutica (educação, orientação). Monitorar esse paciente para verificar a obtenção dos resultados terapêuticos desejados.
2) Enzo, 21 anos, acadêmico do curso de farmácia, está estagiando em uma Unidade de Saúde da Família na cidade de Douradina onde acompanha a rotina de dois farmacêuticos. Ele observou que nem sempre o primeiro profissional faz os questionamentos e registros necessários referentes à investigação, diagnóstico e resolução de problemas relacionados aos medicamentos, diferente da outra profissional que parece apresentar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessárias para atender as necessidades dos pacientes. Ele se perguntou: Quais são as responsabilidades do farmacêutico em relação à farmacoterapia?
	Garantir que o medicamento seja adquirido pelo paciente, armazenado e dispensado de forma segura. Fornecer informações sobre o medicamento, como nome, ação, dose, posologia, armazenamento e possíveis interações medicamentosas ou efeitos adversos, sanando todas as suas dúvidas. O farmacêutico deve sempre manter em dia seus conhecimentos sobre a terapia dos medicamentos que dispensa. Deve tentar identificar possíveis alergias, efeitos adversos, contraindicações e duplicações terapêuticas e quando necessário, informar a autoridades de saúde. Ajuda ao paciente sobre a seleção e utilização de medicamentos isentos de prescrição (MIP’s) e o manejo dos sintomas ou mal-estares menores
“Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas doses, frequência, horários, vias de administração e duração adequadas, contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento e alcançar os objetivos terapêuticos” como descreve o inciso III da Resolução 585/13.
3) Maria Helena, 23 anos, estudante de graduação do curso de farmácia, iniciou estágio em farmácia comunitária privada recentemente. Ao observar a rotina da farmacêutica, ela constatou que a farmacêutica adota procedimentos diferentes a depender do tipo de paciente: ora ela realiza dispensação de medicamentos com várias orientações, ora ela encaminha os pacientes para o seguimento farmacoterapêutico. Diferencie os conceitos de dispensação especializada de medicamentos de seguimento farmacoterapêutico e justifique o motivo pelo qual a farmacêutica não encaminha todos os pacientes atendidos na farmácia para o seguimento farmacoterapêutico.
Referência: Livro “A prática farmacêutica na farmácia comunitária” (capítulo 10).
A dispensação especializada de medicamentos é feita com ênfase na orientação voltada a individualidade ao paciente, em especial a pacientes crônicos em inicio de tratamento, pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento, polimedicados (que usam mais de cinco medicamentos) ou prescritos para medicamentos de alto risco.
Já seguimento fármaco-terapêutico é focado em avaliar os resultados das terapias utilizadas pelos pacientes, tanto em efetividade quanto em sua segurança, é mais voltada a pacientes com necessidades especiais de suporte e monitoramento, com condições crônicas, ou polimedicados, portanto, não há a necessidade de todos os pacientes atendidos passarem pelo atendimento fármaco-terapêutico.
4) Sobre o processo de dispensação de medicamentos quais as principais orientações que devem ser fornecidas ao paciente?
Deve considerar se o medicamento é para a mesma pessoa que está retirando, ou se o paciente é outra pessoa, não presente ali no momento. Deve também perguntar se o paciente já faz o uso da medicação ou se está utilizando pela primeira vez, para prosseguir com orientações de uso, de forma clara e certificando-se de que a pessoa o compreende. 
As principais orientações deverão ser:
Caso seja a primeira vez que o paciente utiliza a medicação, há uma necessidade maior de orientações, deve-se perguntar se o paciente entende o objetivo daquele tratamento “O médico disse para que o senhor irá utilizar esse medicamento?”. Em caso de suspensões extemporâneas, inalatórios e medicamentos com diferentes formas de uso, deve-se ter certeza que o paciente domina a habilidade de usa-lo, caso não domine, o farmacêutico deve ensina-lo.
Caso a pessoa esteja continuando um tratamento, o farmacêutico tem de perguntar se o medicamento vem se mostrando eficaz, e verificar se não houveram efeitos adversos. Caso encontre respostas diferentes do normal ao questionar sobre esses aspectos, o farmacêutico pode estar diante de uma inefetividade terapêutica ou de uma reação adversa. O farmacêutico deve também verificar também se está havendo adesão no tratamento, e ficar atento a mudanças de doses.
Outro tipo de orientação que deve ser feita é sobre o risco de contraindicações, reações adversas ou interações medicamentosas (para isso, temos que perguntar ao paciente se ele faz uso de outras medicações e verificar se alguma apresenta relevância clínica).
5) Em um receituário comum quais os itens são imprescindíveis para que o farmacêutico avalie e possa fazer a correta dispensação do medicamento?
Ele deve verificar se está escrito em português correto e de forma legível, utilizando a nomenclatura oficial do medicamento, com as medidas utilizadas naquele país. Deve conter obrigatoriamente o nome do paciente e informações como forma farmacêutica, posologia, apresentação, método de administração e duração do tratamento. Identificação do prescritor e de seu consultório, nome do prescritor e numeração de inscrição em Conselhos, assim como sua assinatura e data da prescrição. O receituário também não pode estar rasurado, rasgado ou emendado. Deve se tomar atenção especial para receituários específicos ou de medicamentos com controle especial.
6) Caracterize os medicamentos de venda livre e cite exemplos de medicamentos pertencentes a esta classe.
Os medicamentos de venda livre são aqueles que podem ser comprado sem apresentação de receita médica. São também conhecidos como OTC “Over the Counter" (Sobre o balcão) ou MIPs (medicamentos isentos de prescrição). Alguns exemplos são: Ácido acetilsalicílico, Butilbrometo de escopolamina, Cetoconazol, Cloridrato de ambroxol, Dipirona, Ibuprofeno, Lactulose, loratadina, Nimesulida, Paracetamol, entre outros. Apesar de poder dispensá-los sem a necessidade de prescrição médica, o farmacêutico deve sempre orientar o seu uso racional.
7) Para a coleta de sangue para a realização de exames laboratoriais, é importante que se conheça, controle e, se evite os erros na fase pré-analítica, já que inúmeras podem ser as variáveis na fase pré-analíticaque envolvem os processos no laboratório e que são responsáveis por cerca de 60- 70% das falhas, podemos citar que as mais evidentes são?
A fase pré-analítica envolve todos os processos até a análise da amostra, portanto inclui desde a indicação do exame, o preparo do paciente, a coleta em si e também o transporte dessa amostra até o laboratório responsável pela análise. Sendo assim, há grande possibilidade da ocorrência de erros e variáveis que podem dar alteração no resultado do exame, e devemos tentar sempre minimizá-los. Entre as falhas e variáveis mais evidentes podemos citar: a falta de orientações do profissional solicitante para o paciente, sendo assim, o paciente não sabe se preparar corretamente para a realização do exame, podendo causar interferências, como por exemplo: jejum incorreto (menos de 4h ou superior a 14h), interrupção do uso de alguma medicação ou outras substâncias, dieta específica ou prática de atividade física antes da realização do exame. Outras variações como: cronobiológicas, idade, posição do paciente, gênero, podem influenciar também.
	Os erros podem também ocorrer na hora da coleta, como: escolha errada do tipo de tubo ou anticoagulante, amostra incorreta, insuficiente ou inadequada, identificação incorreta, uso inadequado do torniquete, erro de punção, entre outros. Variáveis também podem ocorrer na conservação e transporte da amostra. 
8) A coleta de sangue- venopunção é um procedimento complexo, que exige conhecimento e habilidade. Quando uma amostra de sangue for colhida, por um profissional e/ou estagiário, é necessário que siga algumas etapas. Cite quais são as etapas que devem ser seguidas? Referências: “A prática farmacêutica na farmácia comunitária” (capítulo 10). “Recomendações para Coleta de Sangue Venoso” (capítulos 3 e 4).
- Verificar a solicitação do exame. Apresentar-se ao paciente, pedir dados do mesmo e compara-los com os dados descritos na requisição do exame. Explicar para o paciente qual procedimento ele será submetido. 
- Identificar os tubos com os dados do paciente, assim como a data da coleta. Identificar também o tipo de exame a ser realizado e escolher o melhor tubo de coleta para aquele (com ou sem anticoagulante, entre outros). Verificar o jejum do paciente, e perguntar de possível alergia a látex (para o uso de luvas e torniquetes adequados caso sim).
- Higienizar as mãos e colocar luvas.
- Abrir a agulha na frente do paciente
- Posicionar o braço do paciente, escolher o local para punção, caso necessário, utilizar alguma das técnicas para evidenciação de veias, como abrir e fechar a mão, entre outras. Em alguns casos será necessário colher a amostra de algum local que não o braço, nesses casos, verificar quais áreas podem ser utilizadas para a coleta.
- Assepsia do local de punção, aplicação do torniquete
- Abrir a proteção da agulha e realizar o procedimento, quando o sangue começar a fluir para o tubo, desgarrotear o paciente e pedir para que abra a mão.
- Homogeneizar imediatamente os tubos de coleta.
- Ao retirar a agulha, aplicar pressão sobre o local com um algodão, para evitar hematomas e sangramentos, e após isso, fazer curativo oclusivo do local. 
- Descartar a agulha em local adequado imediatamente após a coleta.
- Oferecer orientações pós-exame para o paciente (não dobrar o braço, não carregar peso etc). Verificar as condições do paciente e verificar se há alguma pendencia ou necessidade de informação adicional, após isso, liberar o paciente e acomodar as amostras em local adequado ou encaminha-las para processamento.

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