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Indaial – 2020
Direito
Prof.ª Ana Paula Tabosa dos Santos Sanches
2a Edição
Noções De
Elaboração:
Prof.ª Ana Paula Tabosa dos Santos Sanches
Copyright © UNIASSELVI 2020
 Revisão, Diagramação e Produção: 
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
S211n
 Sanches, Ana Paula Tabosa dos Santos
 Noções de direito. / Ana Paula Tabosa dos Santos Sanches. –
Indaial: UNIASSELVI, 2020
 235 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-331-2
 ISBN Digital 978-65-5663-327-5
 1. Direito. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 340
Prezados acadêmicos! Desde que o homem passou a viver em sociedade, 
tornou-se necessário estabelecer regras que regulassem as relações humanas, a fim de 
garantir a paz social. Estas normas de conduta buscam evitar que cada um “faça justiça 
com as próprias mãos”, o que significa a prevalência da força, uma vez que a vontade 
do mais forte sempre prevalecerá, gerando desordem na sociedade. Assim, desde os 
primórdios da civilização, afirma-se que ubu homo, ibi jus, o que significa “onde está o 
homem está o Direito”. Em uma visão ampla, podemos dizer, que o Direito é a ciência 
que estuda estas normas de conduta.
Em sua futura atividade profissional, você se deparará com situações que 
demandam um conhecimento básico da ciência jurídica, que é objeto de nossa disciplina. 
Serão parte de seu dia a dia situações que envolvem contratos, direitos trabalhistas, 
títulos de crédito, reclamações de consumidores, entre muitas outras em que você 
necessitará de conhecimentos jurídicos.
Na Unidade 1 teremos uma ampla visão do Direito e sua inter-relação com a 
ética e a moral, facilitando o entendimento do o que é Direito Positivo, quem são os 
sujeitos de direito, o que são normas jurídicas e como elas são aplicáveis aos fatos 
jurídicos. 
Na Unidade 2 estudaremos conteúdos de Direito Público, entendendo 
aspectos importantes desse conteúdo em cada um dos seus ramos. A importância de 
conheceremos os principais direitos e garantias fundamentais, quais são os direitos 
sociais, vamos estudar o Direito Administrativo que traz as regras que disciplinam a 
atividade da Administração Pública, o Direito Penal composto por um conjunto de 
normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado. Finalizando com o estudo do 
Direito tributário, Direito eleitoral e Direito militar.
 
Por fim, na Unidade 3, estudaremos alguns ramos especiais do Direito, com 
ênfase no Direito do Trabalho, Direito do Consumidor e o Direito ambiental.
Desejo a você uma feliz trajetória. Bons estudos!
Prof.ª Ana Paula Tabosa dos Santos Sanches
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - NOÇÕES GERAIS DE DIREITO .......................................................................... 1
TÓPICO 1 - CONCEPÇÃO DE “DIREITO” ................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 O QUE É DIREITO? ...............................................................................................................3
2.1 INTERPRETAÇÕES DA DIMENSÃO SOCIAL DO HOMEM ...............................................................4
2.2 CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ................................................................................................ 6
2.3 INTERAÇÃO SOCIAL ..............................................................................................................................7
2.4 DIREITO, ÉTICA E MORAL ................................................................................................................... 11
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 15
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 - DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO .................................................................. 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 19
2 CONCEITO DE DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO .......................................................... 19
3 FONTES DO DIREITO ........................................................................................................ 20
3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DO DIREITO ..............................................................................21
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA HIERARQUIA DAS LEIS ................................................................................213.3 COSTUMES ...........................................................................................................................................24
3.4 JURISPRUDÊNCIA ..............................................................................................................................25
3.5 DOUTRINA ............................................................................................................................................25
3.6 EQUIDADE ............................................................................................................................................26
3.7 ANALOGIA .............................................................................................................................................26
3.8 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO .................................................................................................... 27
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 29
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 30
TÓPICO 3 - NORMA JURÍDICA E RELAÇÃO JURÍDICA ..................................................... 33
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 33
2 CONCEITO DE NORMA JURÍDICA .................................................................................... 33
2.1 CARACTERÍSTICAS DA NORMA JURÍDICA ....................................................................................36
2.1.1 Bilateralidade ............................................................................................................................... 37
2.1.2 Generalidade ............................................................................................................................... 37
2.1.3 Abstratividade ............................................................................................................................38
2.1.4 Imperatividade ...........................................................................................................................39
2.1.5 Coercibilidade .............................................................................................................................39
3 RELAÇÃO JURÍDICA ......................................................................................................... 41
3.1 CONCEITO DE RELAÇÃO JURÍDICA ................................................................................................ 41
3.2 ESPÉCIES DE RELAÇÃO JURÍDICA ................................................................................................42
3.3 ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA ...........................................................................................45
3.3.1 Sujeitos da relação jurídica .....................................................................................................46
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................................47
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 52
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 55
UNIDADE 2 — RAMOS DO DIRIETO PÚBLICO ......................................................................57
TÓPICO 1 — DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................59
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................59
2 CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO .......................................59
2.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 .............................................................................................61
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ........................................................................................64
2.2.1 Quanto ao conteúdo ................................................................................................................65
2.2.2 Quanto à forma .........................................................................................................................65
2.2.3 Quanto ao modo de elaboração ...........................................................................................66
2.2.4 Quanto à origem .......................................................................................................................66
2.2.5 Quanto à estabilidade.............................................................................................................. 67
2.2.6 Quanto à extensão e finalidade ............................................................................................68
2.3 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 ...............................69
2.4 DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS .............................................................................................71
2.5 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ........................................................................................................ 73
2.6 DIREITOS SOCIAIS .............................................................................................................................. 76
2.7 DIREITO DE NACIONALIDADE ......................................................................................................... 80
2.8 DIREITOS POLÍTICOS .........................................................................................................................82
2.8.1 Direitos relacionados à organização, participação e funcionamento dos 
 partidos políticos .......................................................................................................................83
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 85
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 86
TÓPICO 2 - DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO PROCESSUAL E DIREITO PENAL .......87
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................87
2 DIREITO ADMINISTRATIVO ..............................................................................................87
2.1 ATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................................................. 88
2.2 PRINCÍPIOS QUE REGEM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................94
2.2.1 Princípio da legalidade .............................................................................................................95
2.2.2 Princípio da impessoalidade ..................................................................................................96
2.2.3 Princípio da moralidade .......................................................................................................... 97
2.2.4 Princípio da publicidade .........................................................................................................98
2.2.5 Princípio da eficiência............................................................................................................100
3 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................... 101
4 DIREITO PROCESSUAL ...................................................................................................105
5 DIREITO PENAL ...............................................................................................................1075.1 CONCEITO E FUNÇÃO ......................................................................................................................108
5.2 DIVISÃO DO DIREITO PENAL ..........................................................................................................108
5.3 FATO TÍPICO – CRIME E CONTRAVENÇÃO .................................................................................109
5.4 DOLO E CULPA ...................................................................................................................................111
5.4.1 Causas excludentes da antijuridicidade .............................................................................113
5.4.2 Culpabilidade ............................................................................................................................114
5.4.3 Imputabilidade penal ..............................................................................................................115
5.4.4 Penas e medidas de segurança ..........................................................................................116
5.4.5 Ações penais ............................................................................................................................118
5.4.6 Crimes contra o patrimônio ..................................................................................................119
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................124
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................125
TÓPICO 3 - DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO ELEITORAL E DIREITO MILITAR ................ 127
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 127
2 DIREITO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................... 127
3 DIREITO ELEITORAL .......................................................................................................129
4 DIREITO MILITAR ............................................................................................................ 131
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................135
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................139
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 140
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................142
UNIDADE 3 — RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO: DIREITO DO TRABALHO, DIREITO 
 DO CONSUMIDOR, DIREITO AMBIENTAL E O DIREITO PRIVADO .............145
TÓPICO 1 — RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO .................................................................... 147
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 147
2 DIREITO DO TRABALHO.................................................................................................. 147
2.1 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DO TRABALHO ........................................................................149
2.2 FUNÇÕES DO DIREITO DO TRABALHO .........................................................................................151
2.3 NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO .................................................................. 152
2.4 DIVISÃO DO DIREITO DO TRABALHO .......................................................................................... 153
2.5 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO .................................................................................... 155
3 DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................................................. 157
3.1 CONCEITOS DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR ........................................................................ 157
3.2 DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR .....................................................................................161
3.3 RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR ..................................................................................... 162
3.4 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO .......................................................................................................163
3.5 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA............................................................164
3.6 PROTEÇÃO DOS CONTRATOS DE CONSUMO ............................................................................164
3.7 PUBLICIDADE E PROPAGANDA ..................................................................................................... 165
4 DIREITO AMBIENTAL ......................................................................................................166
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................168
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................169
TÓPICO 2 - DIREITO CIVIL NOÇÕES E ESTRUTURAS .......................................................171
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................171
2 NOÇÕES E ESTRUTURA DO DIREITO CIVIL ....................................................................171
2.1 PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL – LIVRO I: DAS PESSOAS .................................................... 172
2.1.1 Pessoa física .............................................................................................................................. 172
2.1.2 Pessoa jurídica ......................................................................................................................... 179
2.2 PARTE GERAL – LIVRO II: DOS BENS...........................................................................................183
2.2.1 Conceito de bem ....................................................................................................................183
2.2.2 Classificação dos bens ..........................................................................................................184
2.3 PARTE GERAL – LIVRO III: DOS FATOS JURÍDICOS ..................................................................190
2.3.1 Conceito de fato jurídico .......................................................................................................190
2.3.2 Classificação dos fatos jurídicos ..........................................................................................191
2.3.3 Negócio jurídico ...................................................................................................................... 192
2.4 CÓDIGO CIVIL – PARTE ESPECIAL ............................................................................................... 194
2.4.1 Direito das obrigações............................................................................................................ 194
2.4.2 Direito empresarial ................................................................................................................200
2.4.3 Direito das coisas ...................................................................................................................201
2.4.4 Propriedade ............................................................................................................................. 202
2.4.5 Direito de família .................................................................................................................... 209
2.4.6 Direito das sucessões ........................................................................................................... 213
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................215AUTOATIVIDADE ................................................................................................................216
TÓPICO 3 - DIREITO PÚBLICO EXTERNO: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
 E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO ..........................................................219
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................219
2 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO .............................................................................219
2.1 PRINCÍPIOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO ............................................................... 220
2.2 SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO .................................................................. 221
3 DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO ............................................................................ 223
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................. 225
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................... 229
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 230
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 232
1
UNIDADE 1 - 
NOÇÕES GERAIS DE 
DIREITO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• apresentar uma visão geral da ciência do Direito;
• compreender a inter-relação entre Direito, Ética e Moral;
• identificar e diferenciar os conceitos de Direito Objetivo e Direito Subjetivo;
• reconhecer as fontes do Direito; 
• compreender o conceito e as características das Normas e Relações Jurídicas.
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEPÇÃO DE “DIREITO”
TÓPICO 2 – DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO
TÓPICO 3 – NORMA JURÍDICA E RELAÇÃO JURÍDICA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
CONCEPÇÃO DE “DIREITO”
1 INTRODUÇÃO
O Direito é a ciência que estuda as normas de conduta que regem a vida 
em sociedade, trata-se de uma ciência ampla, com aplicação em todas as áreas do 
conhecimento. Nesta unidade, vamos obter conhecimentos básicos referentes à ciência 
do Direito que irão auxiliar em nossos estudos futuros. 
Para que possamos estudar a interligação entre o Direito e a atividade profissional, 
é importante que primeiro entendamos alguns conceitos ligados à ciência do Direito.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
Afinal, o que é Direito? De acordo com a definição etimológica a origem 
do vocábulo “Direito é originária do adjetivo latino directum, trazendo à 
mente a concepção de que o direito deve ser uma linha direta, que provém 
do particípio passado do verbo dirigo, is, rexi, rectum, dirigere, equivalente 
a guiar, conduzir, traçar e alinhar” (NADER, 2016, p. 75). O termo tem 
muitos significados e não é possível resumi-lo em um só conceito.
NOTA
2 O QUE É DIREITO?
Das palavras de Nader (2019, p. 21), extraímos que o homem é um ser 
essencialmente programado para viver em sociedade:
A própria constituição física do ser humano revela que ele foi pro-
gramado para conviver e se completar com outro ser de sua espé-
cie. A prole, decorrência natural da união, passa a atuar como fator 
de organização e estabilidade do núcleo familiar. O pequeno grupo, 
formado não apenas pelo interesse material, mas pelos sentimen-
tos de afeto, tende a propagar-se em cadeia, com a formação de 
outros pequenos núcleos, até se chegar à formação de um grande 
grupo social.
Não é uma tarefa fácil definir o conceito de Direito, em razão dos diversos 
aspectos que nos levam a uma mistura de várias concepções que lhe são atribuídos. 
Sob o aspecto formal, o Direito é regra de conduta imposta coativamente aos homens. 
Sob o aspecto material, é a norma nascida da necessidade de disciplinar a convivência 
social (GOMES, 2019).
4
Para Gusmão (2018, p. 48):
De modo muito amplo, pode-se dizer que a palavra “direito” tem 
três sentidos: 1°, regra de conduta obrigatória (direito objetivo); 2°, 
sistema de conhecimentos jurídicos (ciência do direito); 3°, faculdade 
ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa, ou seja, o que pode 
uma pessoa exigir de outra (direito subjetivo). 
A palavra direito, intuitivamente, nos remete à noção do que é certo, correto, 
justo, reto, equânime. A palavra direito, no uso comum, é sintaticamente imprecisa: o 
meu direito será protegido; ele deve andar direito; não se trata de um homem direito; ele 
é seu braço direito; ele estuda Direito dentre outros significados (VENOSA, 2019):
O Direito como arte ou técnica procura melhorar as condições sociais 
ao sugerir e estabelecer regras justas e equitativas de conduta. Pois 
é justamente como arte que o Direito, na busca do que pretende, 
se vale de outras ciências, como Filosofia, Antropologia, Economia, 
Sociologia, História, Política. Embora Hans Kelsen tenha tentado 
demonstrar que há uma teoria pura do direito, livre de qualquer 
ideologia política, o quadro do dia a dia do Direito traduz outra 
realidade (VENOSA, 2019, p. 8).
2.1 INTERPRETAÇÕES DA DIMENSÃO SOCIAL DO HOMEM
O homem, a sociedade e o direito são essencialmente ligados, e os elos que os 
unem estão expressos no seguinte argumento da sociabilidade: ubi homo, ibi societas 
(onde o homem, aí a sociedade); ubi societas, ibi jus (onde a sociedade, aí o direito); 
ubi homo, ibi jus (logo, onde o homem, aí o direito). Sendo que “o argumento maior é o 
homem; a menor, a sociedade; e a conclusão, o direito: onde existe o homem, surge a 
sociedade, e, onde há sociedade, manifesta-se o direito” (BETIOLI, 2015, p. 54).
QUADRO 1 – PRINCIPAIS PENSADORES SOBRE A NATUREZA SOCIAL DO HOMEM
Platão (428-348 a.C.)
O homem é essencialmente alma; ele realiza a sua perfeição e 
chega a alcançar sua felicidade na contemplação das ideias, 
que povoam um mundo denominado metaforicamente por 
ele de celeste.
A sociabilidade é, portanto, uma consequência da 
corporeidade, e dura apenas enquanto as almas estiverem 
ligadas ao corpo.
5
FONTE: Adaptado de Betioli (2015)
Aristóteles 
(384-322 a.C.)
O homem como constituído essencialmente de alma e 
corpo, e, movido por tal constituição, é necessariamente 
ligado aos vínculos sociais. Portanto, a própria natureza que 
induz o indivíduo a associar-se com os outros indivíduos e a 
organizar-se em uma sociedade.
Em suma, para Aristóteles, “o homem é um animal político, 
destinado por natureza a viver em sociedade de sorte que a 
ideia de homem exige a de convivência civil”.
São Tomás de Aquino 
(1225-1274)
O homem é naturalmente sociável: “O homem é, por 
natureza, animal social e político, vivendo em multidão, 
ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia 
pela natural necessidade”.
Thomas Hobbes
(1588-1679)
Defendia que o homem não possui o instinto natural de 
sociabilidade; por sua natureza, é um ser mal e antissocial. 
Por isso, cada homem encara seu semelhante como um 
concorrente que precisa ser dominado. A consequência 
dessa disputa dos homens entre si teria gerado um 
permanente estado de guerra nas comunidades primitivas: 
“a guerra de todos contra todos” (bellum omnium contra 
omnes); ou “o homem era o lobo do próprio homem” (homo 
homini lupus).
Jean-Jacques 
Rousseau (1712-1778)
O homem é essencialmente bom e livre. É o aparecimento 
da propriedade privada que marca o fim desse estado e o 
início de uma época de conflitos, males e guerras. O primeiro 
homem que cercou um campo e disse “isto é meu” foi o 
primeiro fator da infelicidade humana. A sociedade dividiu-
se em ricos e pobres (Rousseau).Aconselhados pelos ricos, 
os homens são levados a viver em sociedade e sob o poder 
de uma autoridade, que deveria manter a paz e a justiça 
por meio das leis. Contudo, deram assim mais força aos 
ricos, que destruíram as liberdades naturais, endeusaram 
a propriedade, fixaram as desigualdades e sujeitaram os 
demais homens ao trabalho, à servidão e à miséria.
6
2.2 CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE
Para Betioli (2015) são três as características de qualquer sociedade: 
multiplicidade de indivíduos, interação e previsão de comportamentos.
QUADRO 2 – CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE
Multiplicidade de 
indivíduos
As realidades que consideramos com a denominação 
genérica de sociedade apresentam como pressuposto 
primeiro a multiplicidade de indivíduos; trata-se de um 
conjunto ou agrupamento de indivíduos; na definição de 
Tomás de Aquino: “a reunião de homens para fazer algo em 
comum”.
Interação
Não basta, porém, para a existência de uma sociedade, 
que indivíduos, em número maior ou menor, unam-se. É 
indispensável, conforme acentua Jean Piaget, que entre 
eles haja “interações”, ou seja, que desenvolvam ações 
recíprocas, de forma que à ação de uns correspondam 
ações correlatas de outros, dentro de uma estrutura bem 
definida. Daí a conceituação precisa, de Piaget, de que a 
sociedade se define como a “multiplicidade de interações 
de indivíduos humanos”.
Previsão de 
comportamento
A interação, por seu turno, pressupõe uma previsão de 
comportamento, ou de reações ao comportamento de 
outros. Na verdade, cada um atua na expectativa de que 
os demais indivíduos corresponderão às atitudes que 
assumimos dentro de um quadro de significações bem 
definidas. Cada um age orientando-se pelo provável 
comportamento do outro e também pela interpretação 
que faz das expectativas do outro com relação a seu 
comportamento.
FONTE: Adaptado de Betioli (2015)
Betioli (2015, p. 50) podemos entender a organização da sociedade:
O elemento organização não é, a nosso ver, essencial para a existência 
de uma sociedade. Em geral, toda sociedade se organiza, ou seja, se 
arma dos meios necessários para obter seus fins. Mas pode existir 
uma sociedade não organizada. O contrário pensa Santi Romano, 
para quem a organização é essencial à sociedade; é essa sociedade 
organizada que ele chama de “instituição”. 
7
Na interação social, as pessoas e os grupos sociais se relacionam estreitamente, 
na busca dos seus propósitos. Os processos de mútua influência, de relações 
interindividuais e intergrupais, que se formam sob a força de variados interesses 
(NADER, 2019).
Para Betioli (2015, p. 50-51):
A interação compõe o tecido fundamental da sociedade e se 
apresenta sob as formas de “cooperação”, “competição” e “conflito”, 
encontrando no direito, como veremos, a sua garantia. Segundo 
Paulo Nader, “na cooperação, as pessoas estão movidas por um 
mesmo objetivo e valor e por isso conjugam o seu esforço. Na 
competição há uma disputa, uma concorrência, em que as partes 
procuram obter o que almejam, uma visando à exclusão da outra. 
O conflito se faz presente a partir do impasse, quando os interesses 
em jogo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à 
agressão, moral ou física, ou buscam a mediação da justiça”. Assim, 
se a cooperação une e inclui, a competição cria oposição e exclusão. 
Em relação aos conflitos, eles são fenômenos naturais a qualquer 
sociedade; e, quanto mais esta se desenvolve, mais se sujeita a 
novas formas de conflito, tornando-se a convivência, se não o maior, 
certamente um dos seus maiores desafios. 
2.3 INTERAÇÃO SOCIAL
Qualquer lugar que se observe o homem, seja qual for a época e por mais 
rude e selvagem que possa ser na sua origem, ele sempre é encontrado em estado de 
convivência com os outros. De fato, desde o seu primeiro aparecimento sobre a Terra, 
surge em grupos sociais, inicialmente pequenos como a família, clã ou tribo e depois 
maiores como aldeia, cidade e Estado (BETIOLI, 2015).
Betioli (2015, p. 44) afirma ainda que o homem além de um ser social é também 
um ser político, e ainda apresenta duas dimensões fundamentais: a sociabilidade que 
vem a ser “a propensão do homem para viver junto com os outros e comunicar-se com 
eles, torná-los participantes das próprias experiências e dos próprios desejos, conviver 
com eles as mesmas emoções e os mesmos bens” e a politicidade que é “o conjunto 
de relações que o indivíduo mantém com os outros, enquanto faz parte de um grupo 
social” (BETIOLI, 2015, p. 44).
8
FIGURA 1 – QUADRO EXPLICATIVA SOBRE INTERAÇÃO SOCIAL
FONTE: Adaptada de Nader (2019)
Ao analisar a ação do Direito, Nader (2019, p. 24) esclarece que “ao separar o lícito 
do ilícito, segundo valores de convivência que a própria sociedade elege, o ordenamento 
jurídico torna possível os nexos de cooperação, disciplina e competição, estabelecendo as 
limitações necessárias ao equilíbrio e à justiça nas relações”.
Deste modo podemos compreender que o direito é usado como instrumento 
de controle social, buscando regulamentar as relações sociais na busca da paz social. 
Na existência do conflito o Direito atua de duas formas e em dois momentos distintos:
• Preventivamente – de forma a evitar o desentendimento quanto aos direitos que 
cada parte julga ser portadora.
• Concretamente – o direito apresenta solução de acordo com a natureza do caso.
FIGURA 2 – Interação social
FONTE: <https://psicoativo.com/wp-content/uploads/2018/02/vicio_em_celular_smartphone_nomofobia.
jpg>. Acesso em: 17 ago. 2020.
9
FIGURA 3 – RELAÇÃO ENTRE PESSOAS
FIGURA 4 – COOPERAÇÃO, COMPETIÇÃO, CONFLITO
FONTE: <http://www.pacce.ufc.br/pacce//images/e130e03472321169710f6f750833b712.jpg>. 
Acesso em: 17 ago. 2020.
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3H5bTkn>; <https://cutt.ly/IgHtav0>; <https://cutt.ly/4gHti3l>. 
Acesso em: 17 ago. 2020.
Essa relação entre pessoas e grupos sociais gera:
E para resolução temos o:
10
FIGURA 5 – REPRESENTAÇÃO DO DIREITO
FONTE: <https://cutt.ly/EgHtx1w>. Acesso em: 17 ago. 2020.
O direito está em função da vida social e sua finalidade é favorecer o amplo 
relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do progresso 
da sociedade (NADER, 2016). Ainda sobre a relação entre a sociedade e o Direito, Nader 
(2019, p. 19) afirma que:
A vida em sociedade pressupõe organização e implica a existência do 
Direito. A sociedade cria o Direito no propósito de formular as bases 
da justiça e segurança. Com este processo as ações sociais ganham 
estabilidade. A vida social torna-se viável. O Direito, porém, não é uma 
força que gera, unilateralmente, o bem-estar social. Os valores espi-
rituais que apresenta não são inventos do legislador. Por definição, o 
Direito deve ser uma expressão da vontade social e, assim, a legislação 
deve apenas assimilar os valores positivos que a sociedade estima e 
vive. O Direito não é, portanto, uma fórmula mágica capaz de transfor-
mar a natureza humana. Se o homem em sociedade não está propen-
so a acatar os valores fundamentais do bem comum, de vivê-los em 
suas ações, o Direito será inócuo, impotente para realizar a sua missão.
Como vimos, a vida em sociedade é regulamentada por normas. Estas normas 
valem para todos, sendo seu conhecimento e cumprimento obrigatórios, como se lê 
do artigo 3º da Lei de Introdução do Código Civil: “ninguém se escusa de cumprir a lei 
alegando que não a conhece”. 
Neste sentido entende-se que, depois de publicada, uma lei passa a ser 
obrigatória para toda a sociedade, e ninguém poderá omitir-se de seu cumprimento 
mesmo sob a argumentação de erro ou ignorância, ou seja, mesmo sob a alegação de 
desconhecimento da lei.
Assim, vale lembrar que:
Onde há a sociedade, há o Direito (ubi societas ibi jus).
Cabe apenas ressaltar que, também, a política e a religião desempenham 
importante papel no sentido de minimizar os conflitos na sociedade, como mostra a 
figura a seguir:
11
FIGURA 6 – FORMAS DE CONTROLE E RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS
FONTE: A autora2.4 DIREITO, ÉTICA E MORAL
Vimos anteriormente, na Figura 6, que o Direito, juntamente com a Moral, a 
Religião e a Política, desempenha papel fundamental na prevenção dos conflitos que 
nascem do convívio social. A partir de agora, vamos focar nossa atenção nos conceitos 
de Direito, Ética e Moral:
A atividade humana, além de subordinar-se às leis da natureza e 
conduzir-se conforme as normas éticas, ditadas pelo direito, moral, 
religião e regras de trato social, tem necessidade de orientar-se 
pelas normas técnicas, ao desenvolver o seu trabalho e construir 
os objetos culturais. Enquanto as normas éticas determinam o agir 
social e a sua vivência já constitui um fim, as normas técnicas indicam 
formulas de fazer e são apenas meios que capacitam o homem a 
atingir resultados (NADER, 2019, p. 32).
O homem é um ser fundamentalmente social; é obrigado a viver necessariamente 
em conjunto, necessitando, portanto, de regras de comportamento. Este mesmo 
homem está condicionado, então, a regras sociais éticas, morais, religiosas e jurídicas, 
regras que foram ou são constituídas pelo próprio. Está, ainda, subordinado a regras ou 
leis da física, sujeito, assim, aos fenômenos da natureza (RIZZARDO, 2015).
É de grande importância saber diferenciar o conceito de Ética da Moral e Direito. 
Estas três áreas de conhecimento se diferenciam, porém, possuem grandes vínculos e 
até mesmo sobreposições.
Conforme Betioli (2015), a ética estuda a conduta do homem, seja perante ele 
mesmo, seja perante a sociedade, para compreensão da Moral e do Direito destaca o 
seguinte conceito:
12
QUADRO 3 – CONCEITOS DE ÉTICA, MORAL E DIREITO
FONTE: Adaptado de Betioli (2015)
FIGURA 7 – CONCEITO DE MORAL
FONTE: A autora
Identidade semântica de “ética” e “moral”: assim como a palavra “moral” vem 
do latim (mos, moris), a palavra “ética” vem do grego (ethos) e ambas se referem a 
costumes, indicando as regras do comportamento, as diretrizes de conduta a serem 
seguidas. Etimologicamente indicam, a rigor, a mesma realidade.
Acepção ampla e estrita: colocamos aqui as normas morais como uma espécie 
de normas éticas, porque a palavra “moral” pode ser empregada em duas acepções 
distintas: ampla e estrita.
Num sentido amplo, abrange todas as ciências normativas do agir humano; e a palavra 
ética ficaria reservada para essa acepção ampla. A ética, compreendida como a ciência 
axiológica ou valorativa, tem por objeto os valores que presidem o comportamento 
humano em todas as suas expressões existenciais. 
Moral social: cuida dos deveres do indivíduo como indivíduo para com o todo, para 
com a coletividade em que atua; ela visa o bem enquanto social.
O direito, igualmente, preocupa-se de maneira direta, imediata e prevalecente, do 
bem enquanto do todo coletivo, isto é, do bem comum. Mas, vale ressaltar, isso não 
significa que o direito descuida do problema do indivíduo, muito menos que ignora a 
importância que o elemento intencional e subjetivo representa na experiência jurídica. 
A ética – enquanto ordenação dos comportamentos em geral, na medida em que se 
destinam à realização de um bem. 
A moral restringe-se unicamente ao plano íntimo, à consciência e sua pena 
máxima, se restringe no campo do remorso, do arrependimento, do desgosto, do pesar. 
Já no plano do direito, a norma comina as sanções, ou as penalidades, que lhe dão 
eficácia na prática. A moral dirige-se à abstinência de erros ou atos nocivos e à prática 
do bem. Impõe que se abstenha a pessoa de cometer atos errados e a que pratique atos 
positivos dirigidos para o bem. Já o direito dirige-se a evitar que se lese ou prejudique a 
outrem (RIZZARDO, 2015).
13
FIGURA 8 – CONCEITO DE ÉTICA
FONTE: A autora
Para RIZZARDO (2015) a ética um conjunto de conhecimentos e princípios 
dirigidos a imprimir um comportamento humano moral em campos especificados. Seu 
conceito constitui os valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na 
sociedade. Segundo a filosofia, corresponde a uma ciência que estuda os valores e 
princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
As regras da ética são aplicáveis nos diversos campos das atividades 
humanas, como na medicina, na advocacia, na economia, na 
engenharia, formando um conjunto de preceitos que impõem o 
respeito na prática do trabalho, sem ofender o exercício da profissão 
dos que atuam no mesmo ramo, e em respeito às pessoas para as 
quais se presta os serviços. Concebe-se, acima de tudo, como um 
dever que o profissional tem com aquele que contrata o seu serviço 
(RIZZARDO, 2015, s.p.). 
FIGURA 9 – QUADRO EXPLICATIVO DE DIREITO
FONTE: A autora
O direito por meio da norma contida no ordenamento jurídico, orienta como 
a pessoa deve proceder, ou determina caminhos a serem obedecidos. “Maior é sua 
integração nesse campo se aparece feita e ordenada pelo Estado. Deste modo, a norma 
pode ser qualificada, então, como formadora do direito positivo” (RIZZARDO, 2015, s.p.).
Deste modo, Rizzardo (2015, s.p.) acredita que:
14
A ética, a moral e o direito estão interligados. Em princípio, o direito 
tem sua origem em valores que estão na esfera interna da pessoa, 
ditados pela consciência, isto é, pelos valores que integram a moral 
e, em determinados campos, mormente no que se externa em 
condutas, em atitudes na execução de atividades, transmuda-se em 
normas éticas. Há o direito a partir do momento em que se declara 
o dever ser ou a obrigatoriedade das normas éticas, que se inspiram 
em princípios da moral.
Pode-se concluir que, pelo fato de os princípios e valores internos da pessoa 
ditarem as condutas seguidas nas relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes 
e a comunidade, e desde que passem a adquirir obrigatoriedade, ou revestindo-se de 
coercibilidade, o direito decorre da moral e da ética (RIZZARDO,2015, s.p.).
FIGURA 10 – QUADRO EXPLICATIVO SOBRE ÉTICA, MORAL E DIREITO
FONTE: <https://cutt.ly/tgHyDAr>. Acesso em: 17 ago. 2020.
Propriamente, o termo ‘moral’ (do latim mos = costume) refere-se à vida 
moral (o que Aranguren chama de ‘moral vivida’ e Santo Alberto Magno 
denominava ethica utens) e o termo ‘ética’ refere-se à reflexão sobre esta 
vida moral (na terminologia de Aranguren: ‘moral formulada’ ou ‘moral 
pensada’; e na terminologia de Santo Alberto: ethica docens). Embora essa 
distinção terminológica seja exata, contudo, o uso ordinário dá o mesmo 
significado à ‘ética’ e à ‘moral’. Através do contexto pode-se determinar se 
se trata da vida ou da reflexão.
FONTE: BETIOLI, A. B. Introdução ao direito: lições de propedêutica jurídi-
ca tridimensional. 14. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 97.
IMPORTANTE
15
Neste tópico, você aprendeu:
• O Direito é fruto da vida em sociedade (onde está o homem, está o Direito).
• De uma forma ampla, o Direito pode ser considerado como a ciência que estuda as 
normas que regulamentam a vida em sociedade.
• Para diminuição e resolução dos conflitos, também são utilizadas a Política, a Moral 
e a Religião.
• Direito, ética e Moral não se confundem.
• A Moral tem um campo de ação mais amplo do que o Direito.
• O Direito sofre influência da Moral.
RESUMO DO TÓPICO 1
16
AUTOATIVIDADE
1 Conforme Betioli (2015), o homem, a sociedade e o direito são essencialmente ligados 
e qualquer sociedade possui três características como: a multiplicidade de indivíduos, 
a interação e a previsão de comportamentos. Com base nessa informação, associe as 
duas colunas relacionando os conceitos de cada característica.
(1) Multiplicidade de 
indivíduos.
( ) Trata-se de um conjunto ou agrupamento de indivíduos; 
na definição de Tomás de Aquino: “a reunião de homens 
para fazer algo em comum”.
(2) Interação. ( ) A interação, por seu turno, pressupõe uma previsão de 
comportamento, ou de reações ao comportamento de 
outros.
(3) Previsão de 
comportamentos.
( ) Não basta, porém, para a existência de uma sociedade, 
que indivíduos, em número maior ou menor, unam-se.
A sequência CORRETA dessa associação é:
a) () (1), (3), (2).
b) ( ) (1), (2), (3).
c) ( ) (2), (1), (3).
d) ( ) (3), (2), (1).
2 O homem é um ser fundamentalmente social e obrigado a viver necessariamente em 
conjunto, necessitando de regras de sociais éticas, morais, religiosas e jurídicas. Com 
base nessa informação, assinale a alternativa CORRETA que aponta o conceito de 
moral.
a) ( ) Os processos de mútua influência, de relações interindividuais e intergrupais, 
que se formam sob a força de variados interesses.
b) ( ) Norma contida no ordenamento jurídico, orienta como a pessoa deve proceder, 
ou determina caminhos a serem obedecidos.
c) ( ) Estabelecendo as limitações necessárias ao equilíbrio e à justiça nas relações.
d) ( ) A moral restringe-se unicamente ao plano íntimo, à consciência e sua pena 
máxima, se restringe no campo do remorso, do arrependimento, do desgosto, do 
pesar.
3 Como vimos, a vida em sociedade é regulamentada por normas e o direito está em 
função da vida social e sua finalidade é favorecer o amplo relacionamento entre 
as pessoas e os grupos sociais. Com base nessa afirmação, assinale a alternativa 
CORRETA que aponta o conceito de Direito.
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a) ( ) A ciência que estuda as normas de conduta que regem a vida em sociedade, trata-
se de uma ciência ampla, com aplicação em todas as áreas do conhecimento.
b) ( ) Restringe-se unicamente ao plano íntimo, à consciência e sua pena máxima, se 
restringe no campo do remorso, do arrependimento, do desgosto, do pesar
c) ( ) É usado como instrumento de controle social, buscando regulamentar as relações 
sociais na busca da paz social apenas no campo da moral sem o uso de regras.
d) ( ) É usado como instrumento de controle social, buscando regulamentar as relações 
sociais na busca da paz social apenas no campo da ética sem o uso de regras.
4 O direito está em função da vida social e sua finalidade é favorecer o amplo 
relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do 
progresso da sociedade. Com base nessa afirmação, disserte sobre do Direito Positivo 
na sociedade.
5 O homem está condicionado, então, a regras sociais éticas, morais, religiosas 
e jurídicas, regras que foram ou são constituídas pelo próprio. Com base nessa 
afirmação, disserte sobre a ética.
18
19
DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO
1 INTRODUÇÃO
Do que estudamos até agora, você viu que o direito traz o conjunto de normas 
aplicáveis às relações sociais. É a este conjunto de normas vigentes e impostas, que 
devem ser conhecidas e cumpridas por todos, que se denomina direito objetivo.
Quando mencionamos as fontes do direito, nos deparamos com um assunto 
cheio de contradições doutrinárias. Entretanto, tal contradição é quanto a aceitar o que 
realmente deve ser considerada como uma fonte do direito e aquelas que não podem, 
sendo que todos concordam em destacar o papel relevante que elas possuem no 
ordenamento jurídico, sendo elas escritas ou não, materiais ou formais, são necessárias 
a qualquer sistema jurídico.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 CONCEITO DE DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO
O direito dito objetivo é a norma; a lei que vigora em determinado Estado; tem 
por escopo regular a sociedade em busca do ordenamento das relações jurídicas e da 
paz social (VENOSA, 2018).
Para Nader (2019) do ponto de vista objetivo, o Direito é norma de organização 
social. É o chamado Jus norma agendi. E quando se trata de direito subjetivo: 
O direito subjetivo decorre da incidência de normas jurídicas sobre 
fatos sociais. As regras podem qualificar os direitos tanto pela im-
posição de deveres jurídicos aos sujeitos que se encontrem em de-
terminadas situações ou reconhecendo, diretamente, vantagens aos 
portadores de situações jurídicas específicas. O direito subjetivo con-
siste, assim, na possibilidade de agir e de exigir aquilo que as normas 
de Direito atribuem a alguém como próprio (NADER, 2019, p. 289).
O direito objetivo é obrigatório, enquanto o subjetivo é uma faculdade (eu 
exerço esta possibilidade se eu quiser).
IMPORTANTE
20
Porém, apesar de diferentes e inconfundíveis, o direito subjetivo e o objetivo 
estão ligados. “Não são duas realidades distintas, mas dois lados de um mesmo objeto. 
Entre ambos, não há uma antítese ou oposição” (NADER, 2019, p. 75).
FIGURA 11 – Direito objetivo e subjetivo
FONTE: A autora
3 FONTES DO DIREITO
A palavra “fonte” tem o sentido de “origem, gênese, de onde provém” (água):
Não precisamos sair do senso comum para entender o seu significado. 
Fonte é a nascente da água, e especialmente é a bica donde verte 
água potável para uso humano. De forma figurativa, então, o termo 
“fonte” designa a origem, a procedência de alguma coisa. A fonte é 
reveladora do que estava oculto, daquilo que ainda não havia surgido, 
uma vez que é exatamente o ponto de passagem do oculto ao visível 
(NUNES, 2018, p. 114).
Isto posto, podemos dizer que a lei é a principal fonte do Direito, como se vê 
do art. 4º da Lei de Introdução do Código Civil: “Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz 
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” 
(BRASIL, 1942). 
Além da Lei, também são fontes do Direito: a Doutrina, a Jurisprudência, a 
Equidade, a Analogia e os Princípios Gerais de Direito. Vejamos, a seguir, de forma sucinta, 
como se caracteriza cada uma destas fontes. “Em síntese, a fonte de direito constitui 
sempre uma estrutura normativa que processa e formaliza determinadas diretrizes de 
conduta ou determinadas esferas de competência, conferindo-lhes validade objetiva” 
(BETIOLI, 2015, p. 181).
21
FIGURA 12 – FONTES FORMAIS E MATERIAIS
FONTE: Adaptada de Betioli (2015)
3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DO DIREITO
São vários os critérios para se estabelecer uma classificação para as fontes do 
direito, mas, de forma geral, pode-se classificar em fontes materiais e fontes formais.
Neste sentido conforme Betioli (2015, p. 61) discorre sobre o assunto:
Temos, aí, a gênese do direito natural. Diz-se, então, que as fontes 
primeiras do direito promanam do direito natural, da oficialização do 
direito natural, das concentrações de ideias comuns, de adaptações 
das condutas a padrões fixos e constantes. Estas são as fontes 
materiais, que nasceram com o indivíduo humano. Quando surgiu a 
necessidade de escrever esses ditames comuns e naturais, ou no 
momento em que se tornou indispensável documentar a regra cuja 
obediência se impunha como questão de sobrevivência, iniciaram 
a ser impostas por quem representava o poder, ou pelo mais forte, 
pelo líder. Eram escritas e divulgadas, constituindo a lei, o decreto, o 
regulamento, a norma, o julgado, o enunciado. Trata-se, nesse setor, 
das fontes formais, assim definidas por Ricardo Luis Lorenzetti: “As 
fontes formais são as normas jurídicas gerais, mediante as quais se 
estabelecem obrigações, emanadas de autoridade competente, e 
nas que se pode incluir logicamente as normas de inferior hierarquia. 
Este princípio de autoridade que as sustenta brinda, aparentemente, 
as máximas seguranças”.
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA HIERARQUIA DAS LEIS
Legislação é o conjunto das normas jurídicas emanadas do Estado, através 
de seus vários órgãos, dentre os quais se realça, com relevo, nesse tema, o Poder 
Legislativo (NUNES, 2018, p. 116):
22
Como “legislação” é um conceito que advém do vocábulo “lei”, muitas 
vezes tais expressões são tomadas como sinônimas, definindo-se, 
então, legislação como um conjunto de leis. Na verdade, é preciso 
que se faça um esclarecimento acerca do uso do termo “lei”. O 
vocábulo “lei” apresenta uma série de significados diversos [...] A 
lei jurídica propriamente, de sua parte, aponta também para alguns 
sentidos, que são análogos. A lei é tanto constitucional quanto uma lei 
ordinária, por exemplo o Código Civil, ou até uma cláusula contratual 
que se diz ser “leis entre as partes”.
Para Gusmão (2018, p. 115) “o Estado tem a função principal de elaboração das 
leis, denominado Assembleia Legislativa (Câmara dosDeputados etc.), a lei formal é 
a formulada pela Assembleia Legislativa e promulgada por seu presidente enunciada 
em um texto, publicada no órgão oficial. A “lei formal” é autônoma”. Lei delegada é a 
regra de direito outorgada pelo Poder Executivo, em virtude de delegação de poderes 
do Legislativo, que exclusivamente tem competência de formulá-la. A lei delegada 
depende de a Constituição permitir delegação de poderes. Trazemos, a seguir, algumas 
noções gerais sobre cada uma delas:
• Lei complementar: são complementares da Constituição, a ela submetendo-se. 
“A sua elaboração opera-se em obediência a dispositivos constitucionais, regulando 
assuntos tratados genericamente pelo texto constitucional” (RIZZARDO, 2015, p. 74).
• Lei ordinária: “elaboradas pelo Poder Legislativo, não tratando de matéria 
constitucional” (RIZZARDO, 2015, p. 74).
• Leis delegadas: “embora a elaboração de lei seja da competência do Poder 
Legislativo, o art. 68 da Constituição Federal prevê a hipótese de o Presidente da 
República solicitar delegação ao Congresso Nacional para legislar sobre determinada 
matéria” (NADER,2019, p. 143). 
As leis ‘delegadas’, as quais, como a palavra deixa antever, são ou 
deveriam ser elaboradas pelo Poder Legislativo. Entrementes, em 
vista da delegação, transfere-se a incumbência a outro Poder 
Executivo. O art. 68 da Carta Maior coloca como condição para a 
delegação a antecedente solicitação ao Congresso Nacional pelo 
Presidente da República. Seu § 1o impede a delegação de atos da 
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência 
privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, de matéria 
reservada à lei complementar, nem de legislação sobre:
I- organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira 
e a garantia de seus membros;
II- nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
III- planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos 
(RIZZARDO, 2015, p. 75).
• Decreto legislativo: se enquadram no gênero de normas, mas que tratam dos 
assuntos da exclusiva competência do Congresso Nacional, “como, dentre outros 
casos, a ratificação de tratados internacionais; o julgamento das contas do 
Presidente da República; a autorização do Presidente e do Vice-Presidente para 
se ausentarem do País, em prazo superior a quinze dias (art. 49 da CF)” (RIZZARDO, 
2015, p. 76).
23
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I- resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos 
internacionais que acarretem encargos ou compromissos 
gravosos ao patrimônio nacional;
II- autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a 
celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, 
ressalvados os casos previstos em lei complementar;
III- autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se 
ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
IV- aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o 
estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
V- sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem 
do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
VI- mudar temporariamente sua sede;
VII- fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os 
Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII- fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da 
República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem 
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
IX- julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da 
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos 
de governo;
X- fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, 
os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
XI- zelar pela preservação de sua competência legislativa em face 
da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII- apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de 
emissoras de rádio e televisão;
XIII- escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da 
União;
XIV- aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades 
nucleares;
XV- autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI- autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento 
de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
XVII- aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras 
públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares 
(BRASIL,1988).
• Decreto regulamentar: constituem atos do Poder Executivo, revelando dupla 
finalidade: de um lado, como atos de governo, ou a execução das funções e da 
administração, e assim sobre a destinação de verbas autorizadas, a nomeação de 
ministros, a intervenção federal, a celebração de tratados; de outro lado, constituem 
atos que regulamentam ou completam as leis.
Dentro deste duplo caráter, ainda atual a lição de Décio Moreira: “O 
decreto é a forma do Executivo ditar normas disciplinadoras de ordem 
administrativa, com força de lei. O Estado (Executivo), seja na ordem 
Federal, Estadual ou Municipal, como amplitude, disciplina seus 
serviços através de publicação de decretos. O decreto que nomeia 
funcionários, o que disciplina a coleta de lixo etc. Paralelamente, 
muitas vezes, em decorrência da necessidade de facilitação da 
execução da lei, esta manda, obriga ao Executivo a regulamentá-la, 
o que é feito através do Decreto” (RIZZARDO, 2015, p. 77).
24
• Resoluções: se definem como atos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 
sobre matéria mais de ordem interna, concernente à administração.
No caso do Poder Legislativo, mediante resolução a Mesa determinará 
a instauração do processo de perda de mandato do Deputado Federal 
ou do Senador (art. 55, §§ 2º e 3º, da Carta Federal). Além disso, das 
leis ou dos decretos emanam o poder concedido a certos órgãos de 
emitir resoluções, disciplinando especificamente certos aspectos. 
Exemplo encontra-se na Lei nº 4.595, de 1964, cujo art. 4º, inc. IX, 
confere ao Conselho Monetário Nacional a função de limitar as taxas 
de juros às instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional 
(RIZZARDO, 2015, p. 77).
Além das resoluções, temos as ‘portarias’, ‘avisos’, ‘ordens de serviços’, 
‘as instruções’, produzindo atos de administração, ou de esclarecimentos, ou de 
imposições, dirigidos aos órgãos internos dos ministérios e das repartições, inerentes 
aos funcionários e ao funcionamento dos serviços que prestam ao público. Contudo, a 
força coativa não está propriamente nesses atos, e sim nas leis em que se embasam. 
“Regem os atos e as relações das partes, ainda, as sentenças judiciais, os contratos, 
os tratados, as convenções, os estatutos, os regulamentos internos, que devem ser 
havidos como a concretização de um comando legal” (RIZZARDO, 2015, p. 77).
3.3 COSTUMES
A necessidade e a conveniência em sociedade determinam a concepção do 
cumprimento de certas regras, que passam a formar o costume. As pessoas criam modos 
de agir, de relacionamentos, de vizinhança, de tratamento mútuo, de posturas frente a 
certos fatos, como de remuneração por serviços prestados, de pagamento em valores 
ajustados pelo transporte de mercadorias, de contratação de pessoas determinadas 
para a prestação de serviços em áreas portuárias, levando a um ressarcimento condigno, 
apesar de não legislada a situação. “As condutas, as ideias, o modo de ser adquirem 
corpo, repetem-se, reproduzem-se, multiplicam-se, formando um costume, um uso da 
população, até que se apresenta tão obrigatório como se fosse lei” (RIZZARDO, 2015, p. 
85). Neste sentido temos que: 
Costume, juridicamente pode ser definido como a regra de conduta 
usualmente observada em um meio social por ser considerada 
juridicamente obrigatória e necessária. É a forma usual de agir 
considerada no meio social juridicamente obrigatória. [...] Os elementos 
do costume são: repetição habitual,uniforme, ininterrupta. Resumindo: 
repetição habitual, uniforme, ininterrupta, por longo tempo, em um 
meio social, de um ato ou conduta de forma semelhante, da qual se 
deduz a sua obrigatoriedade e necessidade (GUSMÃO,2018, p. 120).
Deste modo o costume pode ser definido como um “conjunto de normas de 
conduta social, criadas espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado, uniforme 
e que gera a certeza de obrigatoriedade, reconhecidas e impostas pelo Estado” (NADER, 
2019, p. 148).
25
3.4 JURISPRUDÊNCIA
A Jurisprudência é considerada um conjunto de decisões sobre interpretações 
de leis, feita pelos tribunais de determinada jurisdição. Neste sentido NADER (2019, p. 
162) entende que:
Em seu contínuo labor de julgar, os tribunais desenvolvem a análise 
do Direito, registrando, na prática, as diferentes hipóteses de inci-
dência das normas jurídicas. Sem o escopo de inovar, essa atividade 
oferece, contudo, importante contribuição à experiência jurídica. Ao 
revelar o sentido e o alcance das leis, o Poder Judiciário beneficia a 
ordem jurídica, tornando-a mais definida, mais clara e, em conse-
quência, mais acessível ao conhecimento. Para bem se conhecer o 
Direito que efetivamente rege as relações sociais, não basta o estudo 
das leis, é indispensável também a consulta aos repertórios de deci-
sões judiciais. A jurisprudência constitui, assim, a definição do Direito 
elaborada pelos tribunais.
FIGURA 13 – CONCEITO DE JURISPRUDÊNCIA
FONTE: A autora
3.5 DOUTRINA
A doutrina é considerada como um conjunto de indagações, pesquisas e 
pareceres dos estudiosos do Direito, nesse sentido, a doutrina é apreciada como fonte 
por sua contribuição para a aplicação e também preparação à evolução do direito. Deste 
modo, temos o entendimento de que:
A doutrina, ou Direito Científico, compõe-se de estudos e teorias, 
desenvolvidos pelos juristas, com o objetivo de interpretar e siste-
matizar as normas vigentes e de conceber novos institutos jurídicos, 
reclamados pelo momento histórico. É a communis opinio doctorum. 
Esse acervo de conhecimentos é resultado da experiência de juris-
tas, mestres de Jurisprudência e dos juízes. Os estudos doutrinários 
localizamse nos tratados, monografias, sentenças prolatadas pelos 
mais sábios juízes (NADER, 2019, p. 172).
26
FIGURA 14 – CONCEITO DE DOUTRINA
FIGURA 15 – CONCEITO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
3.6 EQUIDADE
A equidade consiste na adequação da regra existente à situação concreta, 
obedecendo aos critérios de justiça. Entende-se, então, que a equidade concilia a 
regra a um caso específico, com o propósito de deixá-la mais justa. É uma forma de 
se aplicar o Direito, mas sendo o mais próximo possível do justo para as duas partes. 
Entende-se assim:
Equidade é uma das mais antigas e frequentemente usadas fontes 
do direito, com o sentido de se fazer justiça para o caso concreto. 
Compreende a justiça que se funda na boa razão, na ética, no bom 
senso, no direito natural, visando suprir a imperfeição da lei ou 
amenizar os rigores de seus comandos (RIZZARDO, 2015, p. 98). 
3.7 ANALOGIA
No ramo jurídico, a analogia é uma maneira de compor as brechas da lei. Ocorre 
analogia quando é realizada uma comparação entre casos diferentes, mas com um 
conflito parecido para seguir a mesma resposta. A analogia tem como suporte o princípio 
da igualdade jurídica, e também afirma que deve ocorrer a mesma solução para a mesma 
infração ou razão da lei. Neste sentido entende-se:
27
A analogia é um recurso técnico que consiste em se aplicar, a uma hi-
pótese não prevista pelo legislador, a solução por ele apresentada para 
uma outra hipótese fundamentalmente semelhante à não prevista. Des-
tinada à aplicação do Direito, analogia não é fonte formal, porque não cria 
normas jurídicas, apenas conduz o intérprete ao seu encontro. O trabalho 
que desenvolve é todo de investigação. No sentido de criatividade, não 
elabora, pois o mandamento jurídico preexiste. Estabelecendo esse re-
curso técnico para a integração do Direito, o legislador simplifica a ordem 
jurídica, dando-lhe organicidade. A aplicação da analogia legal decorre 
necessariamente da existência de lacunas da lei (NADER, 2019, p. 184).
FIGURA 16 – CONCEITO DE ANALOGIA
FONTE: A autora
3.8 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Antes de iniciarmos o tema “Princípios Gerais do Direito” é necessário entender 
qual o significado da palavra princípio, o motivo de ser utilizado como meio de auxílio 
pelo legislador no âmbito jurídico de uma causa.
A palavra princípio possui dois entendimentos: o primeiro de natureza moral, 
em que são declaradas as condutas, as virtudes, em argumentos voltados às razões 
morais, e existe o segundo entendimento que é o de significado lógico, são verdades ou 
juízos fundamentais que servem de base ou de garantia de exatidão a um sistema de 
conhecimento, filosófico ou científico. Neste sentido, temos o seguinte entendimento:
Os princípios gerais de Direito garantem, em última instância, o critério 
de julgamento. Malgrado o legislador pátrio se refira especificamen-
te ao juiz, na realidade dirigem-se os princípios aos destinatários do 
Direito em geral. Diante de uma situação fática, os sujeitos de direito, 
necessitando conhecer os padrões jurídicos que disciplinam a maté-
ria, devem consultar, em primeiro plano, a lei. Se esta não oferecer a 
solução, seja por um dispositivo específico, ou por analogia, o interes-
sado deverá verificar da existência de normas consuetudinárias. Na 
ausência da lei, de analogia e costume, o preceito orientador há de ser 
descoberto mediante os princípios gerais de Direito. Nesta situação, 
não haverá possibilidade, teórica ou prática, de não se revelar a nor-
ma reitora, pois, como bem afirma Clóvis Beviláqua, “o jurista penetra 
em um campo mais dilatado, procura apanhar as correntes diretoras 
do pensamento jurídico e canalizá-lo para onde a necessidade social 
mostra a insuficiência do Direito positivo” (NADER, 2019, p. 188).
28
Os princípios também podem estar associados às proposições ou 
normas fundamentais que norteiam os estudos, sobretudo os que regem 
o pensamento e a conduta.
ATENÇÃO
FIGURA 17 – QUADRO INFORMATIVO DAS FONTES DO DIREITO
FONTE: A autora
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• Uma das principais classificações do Direito é a que o divide em direito objetivo e 
subjetivo. 
• O que diferencia o direito objetivo é a coatividade, o que significa que o direito 
objetivo são as normas impostas, de cumprimento obrigatório, enquanto o direito 
subjetivo representa a permissão de agir prevista em lei.
• Apesar de diferentes, o direito objetivo e o subjetivo estão ligados, formando “um 
todo”, que conhecemos por “direito”.
• As “fontes do direito” são as origens do Direito, ou seja, é através dessas que o 
direito nasce e evolui.
• A principal fonte do Direito é a Lei.
• Além da Lei, são também fontes do Direito: Doutrina, Equidade, Jurisprudência, 
Analogia, Costumes e os Princípios Gerais de Direito.
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AUTOATIVIDADE
1 As normas aplicadas nas relações sociais são vigentes e impostas, que devem ser 
conhecidas e cumpridas por todos, que se denomina direito objetivo. Com base nessa 
informação, assinale a alternativa CORRETA a respeito do conceito de Direito Objetivo.
a) ( ) A lei que vigora em determinado Estado; tem por escopo regular a sociedade em 
busca do ordenamento das relações jurídicas e da paz social.
b) ( ) Consiste, assim, na possibilidade de agir e de exigir aquilo que as normas de 
Direito atribuem a alguém como próprio.
c) ( ) Decorre da incidência de normas jurídicas sobre fatos sociais, depende a vontade 
do indivíduo.
d) ( ) Decorre da incidência da moral jurídicas sobre fatos sociais, depende a vontade 
do indivíduo.
2 São vários os critérios para se estabelecer uma classificação para as fontes do direito, 
mas, de forma geral, pode-se classificar em fontes materiais e fontes formais. Com 
base nessa afirmação, assinale a alternativa CORRETA a respeitodo conceito de Fonte 
Formal.
a) ( ) São as normas jurídicas gerais, mediante as quais se estabelecem obrigações, 
emanadas de autoridade competente, e nas que se pode incluir logicamente as 
normas de inferior hierarquia.
b) ( ) Promanam do direito natural, da oficialização do direito natural, das concentrações 
de ideias comuns, de adaptações das condutas a padrões fixos e constantes.
c) ( ) Todas as autoridades, pessoas, grupos e situações que influenciam a criação do 
direito em determinada sociedade.
d) ( ) Está inerente na elaboração de uma lei, ao valor que possui o fato social.
3 Legislação é o conjunto das normas jurídicas emanadas do Estado, através de seus 
vários órgãos, dentre os quais se realça, com relevo, nesse tema, o Poder Legislativo. 
Com base nessa informação, assinale a alternativa CORRETA a respeito do conceito 
de Decreta Legislativo.
a) ( ) São complementares da Constituição, a ela submetendo-se. A sua elaboração 
opera-se em obediência a dispositivos constitucionais, regulando assuntos 
tratados genericamente pelo texto constitucional.
b) ( ) Embora a elaboração de lei seja da competência do Poder Legislativo, o art. 68 
da Constituição Federal prevê a hipótese de o Presidente da República solicitar 
delegação ao Congresso Nacional para legislar sobre determinada matéria.
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c) ( ) Se enquadram no gênero de normas, mas que tratam dos assuntos da exclusiva 
competência do Congresso Nacional, como, dentre outros casos, a ratificação de 
tratados internacionais.
d) ( ) se definem como atos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sobre 
matéria mais de ordem interna, concernente à administração.
4 A necessidade e a conveniência em sociedade determinam a concepção do 
cumprimento de certas regras, que passam a formar o costume. Com base nessa 
informação, disserte sobre o conceito de costume.
5 Legislação é o conjunto das normas jurídicas emanadas do Estado, através de seus 
vários órgãos, dentre os quais se realça, com relevo, nesse tema, o Poder Legislativo, 
de acordo com a classificação e hierarquia das leis, disserte sobre a Jurisprudência.
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33
TÓPICO 3 - 
NORMA JURÍDICA E RELAÇÃO JURÍDICA
1 INTRODUÇÃO
Já vimos anteriormente que o Direito é uma ciência que estuda as normas 
jurídicas. Mas, o que são normas jurídicas? 
Este tópico objetiva estudar a teoria da norma jurídica, que é imprescindível 
no estudo do Direito, porque é a sua materialização. “Conhecer o Direito é conhecer 
as normas jurídicas em seu encadeamento lógico e sistemático. As normas ou regras 
jurídicas estão para o Direito de um povo, assim como as células estão para um 
organismo vivo” (NADER, 2019, p. 79). 
Essas palavras de Paulo Nader demonstram quão importante é o estudo 
deste tema e seu entendimento para também entendermos o Direito. Iniciaremos pelo 
conceito de norma jurídica, para depois estudarmos suas características. Então, vamos 
em frente...
Neste último tópico, além do conceito de norma jurídica, vamos estudar a 
relação jurídica. 
UNIDADE 1
2 CONCEITO DE NORMA JURÍDICA
Relembrando o que estudamos até agora, temos que o Direito é o responsável 
por traçar normas de conduta que permitam às pessoas e aos grupos sociais viverem 
em harmonia, agindo preventivamente, para evitar o conflito, ou após sua ocorrência, a 
fim de garantir a paz social.
A norma jurídica é, pois, o meio, o instrumento de que se utiliza o Direito para 
atingir seu objetivo. É através da norma jurídica que o Direito revela à sociedade os 
padrões de comportamento exigidos pelo Estado.
Podemos afirmar, assim, que a norma ou regra jurídica “é um padrão de 
conduta imposto pelo Estado para que seja possível a convivência dos homens em 
sociedade. [...] Ela esclarece ao agente como e quando agir. [...] Em síntese, norma 
jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social” (NADER, 2019, 
p. 79). No mesmo sentido:
34
As considerações precedentes nos permitiram constatar que o 
direito é “normativo”: disciplina o comportamento do homem, 
prescreve deveres para a realização de valores. E o faz por meio 
de certos esquemas ou padrões de organização e de conduta, que 
denominamos “normas” ou modelos jurídicos (BETIOLI, 2015, p. 173).
As normas jurídicas são necessárias devido à necessidade da natureza humana 
de viver em sociedade, cabendo a elas disciplinar o comportamento de seus membros, 
conforme (BETIOLI, 2015) o conceito de norma jurídica possui três características:
FIGURA 18 – CONCEITOS DE NORMA JURÍDICA
FONTE: Adaptada de Betioli (2015)
FIGURA 19 – QUADRO EXPLICATIVO SOBRE NORMA JURÍDICA
FONTE: <https://slideplayer.com.br/slide/11649429/>. Acesso em: 17 ago. 2020.
Normas jurídicas
Homem ser social necessidade de associar-se a outros indivíduos para 
conseguir os seus objetivos
deve obedecer a determinadas normas disciplinadoras para viver de forma segura
A norma jurídica é o instrumento de definição da conduta exigida pelo Estado.
Norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto pela organização social 
(esclarece ao agente como e quando agir).
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QUADRO 4 – FORMA SINTÉTICA DA NORMA JURÍDICA
“No direito brasileiro, as normas podem ser federais, estaduais e municipais, 
de acordo com os entes da federação e a repartição de competências previstas pela 
Constituição Federal de 1988” (MASCARO, 2015, p. 90).
As expressões norma e regra jurídicas são sinônimas, apesar de alguns 
autores reservarem a denominação regra para o setor da técnica e, 
outros, para o mundo natural. “Distinção há entre norma jurídica e lei. Esta 
é apenas uma das formas de expressão das normas, que se manifestam 
também pelo Direito costumeiro e, em alguns países, pela jurisprudência” 
(NADER, 2019, p. 79).
IMPORTANTE
De acordo com Figueiredo (2016), objetiva-se, com a criação da norma, dar 
respostas de comportamento e conduta à sociedade, em face dos fatos produtores 
de consequências nem sempre desejáveis, dentro de uma linha daquilo que é 
razoavelmente necessário e estritamente proporcional a se exigir do indivíduo para a 
vida na coletividade. 
Conforme magistério consagrado de Hans Kelsen (2003), a norma jurídica 
deve ser analisada sob diversos planos de estudo, o qual se passa a discorrer, de forma 
sintética. Acompanhe o quadro a seguir:
Existência: trata-se da verificação se a norma ingressou no ordenamento jurídico, 
adquirindo vigência, mediante a obediência do devido processo legislativo para tanto.
Validade: cuida-se de verificar se a norma em vigor se encontra procedimentalmente 
compatível (análise formal) e com conteúdo consonante (análise material), dentro do 
ordenamento jurídico vigente, com a norma que lhe é hierarquicamente superior.
Eficácia: é a qualidade e a aptidão da norma para produção de seus regulares efeitos 
jurídicos, no sentido de criar vínculos obrigacionais entre os indivíduos, gerando 
direitos e deveres entre estes.
Efetividade: trata-se da aceitação da norma no meio social em que ela produzirá 
seus regulares efeitos jurídicos, traduzindo-se na receptividade desta com seu 
consequente acolhimento entre os indivíduos.
Aplicabilidade: é a delimitação do campo de incidência da norma jurídica, no sentido 
de se circunscrever quais são os segmentos da sociedade que se encontram sob a 
égide da mesma, isto é, que se encontram sobre o império de sua observância cogente.
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Revogação: é a retirada da norma do ordenamento jurídico, operando efeitos no 
campo da existência. Observe-se que somente uma norma de igual hierarquia é capaz 
de revogar outra, retirando-lhe do campo de existência.
Declaração de inconstitucionalidade: traduz-se no reconhecimento de incompati-
bilidade formal (procedimento) e/ou material (conteúdo) de uma norma em face daquela 
que lhe é hierarquicamente superior e lhe outorga validade. Assim, uma vez declarada 
inconstitucional determinado ato legislativo, constata-se que este não possui funda-
mento de validade que o torne apto à produção de seus regulares efeitos jurídicos.

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