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Sociologia, Administração e Extensão Rurais Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Características do Segmento do Agronegócio no Brasil Características do Segmento do Agronegócio no Brasil • Conhecer as cadeias produtivas do agronegócio brasileiro como formas de organização que articulam atividades de produção, comércio e consumo, visando aos aspectos do desenvol- vimento local, regional e nacional; • Refletir sobre os pressupostos para dimensionamento de oportunidades de negócios como forma de desenvolvimento econômico e incremento da inclusão social de trabalhadores do campo no âmbito do agronegócio no Brasil. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Introdução; • Cadeias Produtivas no Agronegócio; • Elos da Cadeia Produtiva no Agronegócio; • Elementos da Cadeia Produtiva no Agronegócio; • Processo de Autogestão; • Cooperativismo no Agronegócio Brasileiro. UNIDADE Características do Segmento do Agronegócio no Brasil Introdução As cadeias produtivas são formas de organização que articulam atividades de produção, comércio e consumo com a preocupação do desenvolvimento local. Têm as seguintes características: • Articulação do consumo solidário com a produção, comercialização e as finanças; • Participação de um sistema orgânico e abrangente; • Compartilhamento das decisões; • Realização de empreendimentos solidários que desenvolvam a localidade onde estão situados; • Promoção do desenvolvimento de redes de comércio a preços justos; • Criação de um projeto de desenvolvimento destinado à promoção das pessoas e coletividades sociais. Cadeias Produtivas no Agronegócio As empresas rurais podem ser divididas em três grupos: • Produção vegetal: as atividades agrícolas são subdivididas em: » Cultura hortícola e forrageira: Cereais, hortaliças, tubérculos (batatas, ce- noura etc.), plantas oleaginosas (mamona, menta, amendoim) e especiarias (cravo, canela etc.); » Arboricultura: Pomares, vinhedos, florestamentos etc. • Produção animal: atividades zootécnicas resumidas na criação e no manejo de animais, como a avicultura, piscicultura, pecuária etc.; • Indústrias rurais ou atividades agroindustriais: aquelas realizadas pelas em- presas de processamento e transformação dos produtos zootécnicos e de bene- ficiamento de produtos agrícolas. Importante! Há um complexo conjunto de atividades industriais e de serviços que se desenvolvem a partir da produção do campo – o agronegócio, conhecido também como agroindústria ou agribusiness, em inglês. Na cadeia produtiva do agronegócio são consideradas as atividades rurais a agri- cultura, pecuária, extração, exploração de apicultura e as explorações zootécnicas, como também as indústrias de transformações e beneficiamento de produtos agrícolas. Cada uma dessas divisões tem seus processos e suas peculiaridades. Por exemplo, incidirá em uma empresa rural de produção vegetal, onde se cultiva a cana-de-açúcar , 8 9 uma exaustão que deve ser calculada anualmente até que se esgote o vigor da lavoura ou sua produtividade não seja interessante para o empresário rural, sendo necessária uma nova plantação do canavial. Como a legislação não fixa as taxas utilizadas para o cálculo de exaustão, pode- -se basear em quotas ou laudos estipulados por órgãos de pesquisa na área. Outro exemplo seria uma empresa rural de produção animal, que deve ter seus lançamen- tos contábeis divididos de acordo com as crias, recrias ou animais reprodutores. To- dos os fatos devem ser devidamente lançados, bem como os cálculos de depreciação de animais de trabalho ou reprodutores, que só começarão a sofrer depreciação quando iniciarem seu período de reprodução. Os arrendamentos terão como amortização de dívidas as benfeitorias realizadas em áreas de terceiros, e quase todos esses fatos descritos são desempenhados por escritórios contábeis. Um fato muito importante para o gestor em agronegócio quando faz um cálculo de depreciação é o suporte técnico que deve ter para saber sobre a vida útil de deter- minado equipamento, de uma lavoura permanente ou de um animal reprodutor. Isso mostra a necessidade de o gestor criar uma rede de contatos para ter constantemen- te dados coerentes e muito próximos da realidade. Elos da Cadeia Produtiva no Agronegócio Todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio (insumo, produtor, indústria, atacadista, varejo e consumidor) perpassam por situações de tomada de decisão. É bom enfatizar que o agronegócio não é somente o elo do insumo, e sim toda a cadeia produtiva de determinado setor. O elo produtivo do setor de carnes, por exemplo, integra: • Empresas de insumo (sêmen bovino para melhoramento genético, rações etc.); • Produtor (pecuarista); • Indústria (frigorífico); • Atacadista (grandes supermercados que vendem para o varejo); • Varejo (redes de supermercado); • Consumidor final. Todas as empresas ligadas à cadeia produtiva de determinado setor demandam: • Decisões internas (melhorias nos procedimentos); • Decisões externas (parcerias com empresas ligadas à cadeia produtiva). Enfim, são vários os tipos de decisões que precisam ser tomadas para nortear uma empresa de agronegócio. Portanto, o processo de tomada de decisões é crucial para o bom resultado do empreendimento. 9 UNIDADE Características do Segmento do Agronegócio no Brasil Nesse sentido, o ideal é o profissional que trabalha nessa área estar bem informado sobre o mercado e sobre como está funcionando o próprio negócio. De posse dessas informações é possível, então, caracterizar algumas decisões básicas, tais como o quê, quanto, quando, como e para quem produzir? Assim, cabe agora apresentar algu- mas particularidades, como é o caso, por exemplo, do ano agrícola versus ano fiscal. O ano fiscal brasileiro representa o período no qual as empresas registram suas obrigações junto ao Fisco para recolhimento dos tributos. No Brasil, esse período estende-se de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Entretanto, esse período, que pode valer para determinada atividade econômica industrial, comércio ou serviço, muitas vezes não pode ser compatibilizado com uma atividade agrícola, pois o período entre o plantio e a safra pode ser maior – caso, por exemplo, do plantio de eucaliptos. Daí tem-se o ano agrícola. O ano agrícola é diferente do ano fiscal, pois não contempla o mesmo período, mas considera-se os 12 meses que compreende o início do cultivo, passando pela colheita e se estendendo até a comercialização da safra junto aos mercados nacional e internacional. Esse raciocínio se mostra como fundamental no âmbito da gestão do agronegócio. Elementos da Cadeia Produtiva no Agronegócio Os elementos da cadeia produtiva no agronegócio são os seguintes: • Cooperativas agroindustriais: Cooperativas de produtores rurais; • Indústria de máquinas e equipamentos: Indústria de produção de tratores e implementos agrícolas e pecuários; • Indústria de fertilizantes e adubos: Indústria de produção e fornecimento de adubos e fertilizantes utilizados nas atividades agrícolas e pecuárias; • Produtores de sementes: Indústria de produtores de sementes comerciais; • Indústria de defensivos agrícolas e produtos veterinários: Indústria de de- senvolvimento e produção de defensivos agrícolas e produtos veterinários; • Produtores rurais: Produtores de itens agropecuários destinados ao processa- mento de alimentos humanos e animais; • Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa): Órgão federal de pesquisa agropecuária, que busca desenvolver tecnologias para a produção em nível de campo; • Universidades: Unidades de Ensino Superior que preparam profissionais para operar no agronegócio; • Indústria de processamento: Indústria intermediária que atua processando os produtos in natura elaborados pelo produtor rural e os transformando em pro- dutos acabados para o consumo nos grandes centros; 10 11 • Agentes intermediários queoperam distribuindo os insumos agropecuários (dire- tamente aos produtores) ou produtos (diretamente ao consumidor) e facilitando o fluxo dos produtos na cadeia e o acesso aos usuários; • Consumidor final: Usuário final dos itens produzidos e processados pela cadeia do agronegócio; • Bancos comerciais: Agentes financeiros privados ou públicos que atuam na cadeia fornecendo crédito aos vários elos dessa; • Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): Órgão go- vernamental federal atuante na normatização e fiscalização das operações da cadeia do agronegócio; • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): Agência reguladora e fis- calizadora das operações envolvendo uso de produtos químicos, processamento e armazenamento dos produtos agrícolas e pecuários; • Transportadoras: Agentes econômicos responsáveis pelo transporte dos insu- mos e produtos entre os elos produtivos ao longo da cadeia; • Seguradoras: Agentes responsáveis por fazer a proteção de riscos dentro da cadeia. O crescimento da agropecuária no primeiro semestre foi o grande acontecimento do setor produtivo brasileiro nas décadas de 2000 e 2010. Dados do Instituto Bra- sileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,14%, a agricultura e a pecuária deram um salto de 4,51%. Dada a retração na indústria (-1,78%) e o fraco avanço do setor de serviços (1,55%), o desempenho do campo foi o único que apresentou dinamismo e só não teve maior impacto na economia porque a participação da agropecuária no PIB foi de apenas 8%. Na década de 2010, o quadro foi semelhante: a agropecuária liderou o crescimento, com 5,71%, os serviços tiveram incremento de 1,86% e a indústria 0,31%. O PIB cresceu 1,42%. O bom desempenho do agronegócio brasileiro nas últimas décadas não foi oca- sional. Entre as décadas de 2000 e 2010, o setor cresceu sistematicamente mais que o restante da Economia, com taxas de 39,3% (acumulada) e 3,4% (média anual). No mesmo período, o PIB cresceu 30,5%; os serviços, 27,8%; e a indústria, 21,2%. A principal causa do dinamismo do agronegócio brasileiro foi o aumento constante da produtividade, consequência dos investimentos na modernização tecnológica da produção. Confirma essa tendência a melhoria do rendimento de culturas importantes. Segundo o levantamento da produção agrícola do IBGE, no início da década de 1990 cada hectare plantado produzia 1,9 tonelada de arroz; na década de 2000, a mesma área rendeu 3,3 toneladas. No período citado, ou seja, na década de 2000, a produtividade do milho saltou de 1,9 para 3 toneladas por hectare e a da soja cresceu de 1,7 para 2,6. Assim, ainda que plantando a mesma extensão de terra, o uso de máquinas modernas e de sementes melhoradas, a racionalização do plantio e a aplicação de 11 UNIDADE Características do Segmento do Agronegócio no Brasil soluções de alta tecnologia resultaram em produções cada vez maiores. Na pecuária verificou-se o mesmo processo, com a utilização de métodos de confinamento em escala crescente e a depuração genética de animais e pastagens. Você sabia? Que o Brasil foi considerado pela comunidade internacional, no ano de 1975, como o “celeiro do mundo”? Esse título ainda é enaltecido pelas nações que compram produtos do agronegócio brasileiro. Agronegócio A importância econômica do agronegócio não se resume à produção primária de alimentos nem à criação de animais. Há um complexo conjunto de atividades industriais e de serviços que se desen- volvem a partir da produção do campo: o agronegócio, conhecido também como agroindústria ou agribusiness, em inglês. O agronegócio é a cadeia de estabelecimentos (empresas, cooperativas etc.) que utilizam matérias-primas de origem vegetal ou animal e as transformam em produtos elaborados, de maior valor agregado. Suco de laranja, óleo de soja, açúcar, álcool, café beneficiado, carnes congeladas ou em conserva, derivados do leite e indústria vinícola são exemplos de produtos da matriz agroindustrial. O desenvolvimento do agronegócio brasileiro nos últimos anos vem consolidan- do um poderoso circuito econômico, principalmente no interior. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente, observa-se o crescimento de importantes áreas urbanas, muitas dotadas de moderna infraestrutura. Serviços sofisticados nas áreas de Biotecnologia, Veterinária, Agronomia e Engenharia de Alimentos são am- plamente utilizados no agronegócio, o que significa o emprego de mão de obra qua- lificada e bem remunerada. O sucesso do campo beneficia todo o setor industrial. Os investimentos em me- canização dinamizam o segmento de máquinas e equipamentos agropecuários, a ponto de torná-lo competitivo no mercado mundial. No início da década de 2000, o Brasil exportou cerca de 600 milhões de dólares em tratores e colheitadeiras, itens em que sempre foi importador. Informações da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) apontam o agro- negócio como o segmento econômico mais importante do País, com 25% da produ- ção e 40% das exportações. Graças à elevada competitividade internacional, o setor registrou um superávit comercial de 19 bilhões de dólares na década de 2010, o que representa enorme ajuda nas contas externas. O agronegócio é também grande gerador de empregos. 12 13 No início da década de 2010, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a atividade agrícola empregou formalmente (com carteira assinada) mais trabalhadores que a construção civil, tradicionalmente a maior geradora de empregos no Brasil. Balança Comercial Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na déca- da de 2010 a balança comercial do setor (diferença entre exportações e importações) teve saldo favorável de 14,74 bilhões de dólares, 29% mais que no ano anterior (11,43 bilhões). As importações diminuíram de 5,2 bilhões de dólares na década de 2010 para 4,4 bilhões em 2011, por causa da queda nas compras externas de algodão, produ- tos lácteos e milho em grão. As exportações, por sua vez, somaram 19,13 bilhões de dólares na década de 2010 – foram 16,63 bilhões em 2011. Boa parte do incremento se deve ao chamado complexo soja, principal item da pauta de exportações, que registrou expressivo aumento nas vendas externas: 29,2% entre 2000 e 2016. Nos dez anos da década de 2010, a balança agropecuária teve saldo positivo de 9,27 bilhões de dólares, com exportações de 11,9 bilhões e importações de 2,63 bilhões de dólares. Processo de Autogestão Autogestão é uma forma de organização coletiva, cujo elemento essencial é a democracia e, consequentemente, o respeito individual. Realiza-se na comunidade, no empreendimento coletivo, na associação etc. Autogestão consiste no predomínio da democracia, no sentido de envolver a par- ticipação integral dos membros do grupo, acesso total às informações, conhecimento dos processos e autonomia e autodeterminação (ASSOCIAÇÃO DOS TRABALHA- DORES EM AUTOGESTÃO E PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA, 2005). No Brasil, a autogestão começou na década de 1980, quando algumas empresas de grande porte encerraram as respectivas atividades em virtude da crise e, conse- quentemente, do problema da dívida externa. Na década de 1990, as mudanças foram mais significativas no Brasil. Nesse pe- ríodo, os sindicatos passaram a influenciar na iniciativa coletivista dos trabalhadores na verificação se almejavam permanecer nas empresas em crise. Nesse sentido, os sindicatos receberam apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estu- dos Socioeconômicos (Dieese). 13 UNIDADE Características do Segmento do Agronegócio no Brasil Naquela ocasião, os trabalhadores assumiram o controle de algumas empresas, orientados pelos técnicos do Dieese, e criaram a Associação dos Trabalhadores em Autogestão e Participação Acionária (Anteag). Outras formas de organização da economia solidária também podem ser encontra- das no Brasil, bem como em outras partes do mundo.As redes se tornaram exemplos de autogestão e visam à informação e gestão de organizações da economia solidária. Cooperativismo no Agronegócio Brasileiro A atual população mundial, na ordem de 8 bilhões de habitantes, necessita dos alimentos para a própria sobrevivência. O Brasil foi considerado, desde a década de 1970, como o “celeiro do mundo”. A demanda crescente por alimentos e as perspectivas favoráveis do agronegócio no PIB brasileiro consistem no sucesso sem precedentes desse mercado. O agronegócio brasileiro tem papel de destaque na produção mundial de alimen- tos. As cooperativas têm especial posicionamento neste contexto. O Brasil é líder na produção de laranja, soja, café, carne bovina, carne suína e carne de aves. Além disso, as exportações brasileiras abastecem de alimentos as famílias do mundo inteiro. Um dos principais responsáveis pelo sucesso do agrone- gócio brasileiro corresponde às cooperativas. A ação coletiva gerada pelas cooperativas consiste em um dos principais ali- cerces para que o agronegócio brasileiro enfrente as crises econômicas e cresça de forma linear e substancial. As cooperativas no agronegócio brasileiro vêm auxiliando o produtor rural no seu dia a dia no âmbito das operações que o negócio requer. Desde a descoberta da agricultura, o homem vê a necessidade de trabalhar em grupo desenvolvendo vários arranjos organizacionais que visam facilitar a ação coletiva. Entre esses arranjos, as cooperativas de produtores agropecuários são responsáveis por desempenhar um importante papel econômico e social no agronegócio (MUNDOCOOP, 2015). Uma cooperativa agrícola nasce da associação voluntária de produtores rurais que têm os mesmos interesses e objetivos e que buscam vantagens competitivas co- muns em suas atividades agroeconômicas (MUNDOCOOP, 2015). No Brasil, há cooperativas que são verdadeiros conglomerados de produtores rurais que buscam na cooperação as vantagens e os benefícios necessários para que se man- tenham fortes e ativos em um mercado altamente competitivo (MUNDOCOOP , 2015). Assim, cooperativas fortes e bem estruturadas se constituem em grandes aliadas dos produtores rurais e estes, agindo de forma coesa e unida, fazem com que a co- operativa se torne ainda mais forte e operacional. 14 15 A seguir figuram as vantagens obtidas pelo produtor rural ao se associar às coo- perativas: • Assessoria técnica; • Prestação de serviços; • Garantias trabalhistas; • Cooperativismo. Além disso, com o apoio da cooperativa o produtor rural tem a possibilidade de obter linhas de crédito, financiamentos mais interessantes e seguros agrícolas muito mais vantajosos quando comparados com produtores que atuam de forma solitária. Para o produtor se tornar um associado, é preciso em primeiro plano saber qual é a cooperativa mais próxima e que se enquadre na sua atividade rural. Em seguida, deve saber qual é a documentação que a cooperativa pede para que possa entrar no quadro de associados (geralmente são documentos pessoais e da propriedade). Você sabia? Que a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) foi considerada uma das maiores cooperativas de agronegócio do Brasil e do mundo? A CAC foi fundada em 1927 por imigrantes japo- neses que estabeleceram residência no Brasil. Em Síntese A importância econômica do agronegócio não se resume à produção primária de ali- mentos nem à criação de animais. Há um complexo conjunto de atividades industriais e de serviços que se desenvolvem a partir da produção do campo. O agronegócio, conhe- cido também como agroindústria ou agribusiness, em inglês. O conceito de cadeia produtiva no agronegócio tem assumido duas variantes distintas, a de redes como: • Relação; • Organização. A autogestão no agronegócio constitui grupos de organizações coesas e amplamente inter-relacionadas, orientadas a gerar e oferecer soluções competitivas de maneira co- letiva e coordenada. As cadeias produtivas são formas de organização que articulam atividades de produ- ção, comércio e consumo com a preocupação do desenvolvimento local. Alguns dos principais responsáveis pelo sucesso do agronegócio brasileiro são as coo- perativas. A ação coletiva gerada pelas cooperativas consiste em um dos principais alicerces para que o agronegócio brasileiro enfrente as crises econômicas e cresça de forma linear e substancial. 15 UNIDADE Características do Segmento do Agronegócio no Brasil Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) https://bit.ly/2UN60zM Fórum Brasileiro de Economia Solidária https://bit.ly/2xXK8IT Mundocoop https://bit.ly/34g41am Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos https://bit.ly/2UM9liz Associação dos Trabalhadores em Autogestão e Participação Acionária (Anteag) https://bit.ly/2UMWRY8 Lei do Cooperativismo https://bit.ly/3dWgT9X 16 17 Referências BALESTRIN, A.; VERSCHORE, J. Redes de cooperação empresarial. Porto Alegre , RS: Bookman, 2008. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. A economia solidária. Brasília, DF, [20--]. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/os-empreendimentose- conomicos-solidarios.htm>. Acesso em: 6 dez. 2017. CENZI, N. L. Cooperativismo. Curitiba, PR: Juruá, 2009. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Rio de Janeiro: Campus, 2000. OLIVEIRA, D. P. R. Manual de gestão das cooperativas. Uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2015. ROSSI, A. C. S. Cooperativismo – a luz dos princípios. Curitiba, PR: Juruá, 2005. Sites visitados <http://cirandas.net/anteag>. Acesso em: 6 dez. 2017. <https://www.dieese.org.br>. Acesso em: 6 dez. 2017. 17