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AULA11- PERGUNTAS

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Oliveira Vianna – Problemas de direito corporativo
LUCAS – 
"Ha aqui logar para uma consideração preliminar, que será desenvolvida em artigos posteriores, mas que nunca se deve deixar de ter em mente: é de que o problema da competencia normativas dos tribunaes do trabalho só surge em face dos conflictos collectivos do trabalho. Estes conflictos são, na sua quase totalidade, puramente economicos e são elles que pedem uma disciplina geral, uma regulamentação collectiva.” (p. 82.) 
Professor, esse esforço de dar resposta rápida e dinâmica ao que o autor chama de conflitos coletivos está relacionado à necessidade de submetê-los à inacabada forma jurídica e de universalizar a forma sujeito de direito dentro da perspectiva coletiva também? Pergunto isso considerando que se tratava de um momento de consolidação do capitalismo e penso que seria muito importante não deixar escapar as demandas coletivas à forma contratual. Essa imaturidade nacional apontada pelo autor de estender o direito a essas lutas coletivas, de maior complexidade e que ao mesmo tempo que reclamavam por intervenções rápida, pode ser lida como algo que indica a impossibilidade da instauração de um capitalismo totalitário, de que o senhor havia falado na última aula, nos moldes do fascismo e do nazismo?
“O advento dos Estados totalitários, em que o Estado ainda organizador do imperialismo encontrou espaço para uma concentração de poder em relação aos seus parceiros do mundo do capitalismo, constitui somente uma leve perturbação, que não Chega sequer a um desvio, nesse percurso, que retoma integralmente a sua “normalidade” após a conclusão da Segunda Guerra Mundial. Em outras palavras, os estados totalitários são o exemplo máximo de uma certa “autonomização” da forma política, que leva à sua própria negação aparente que é a guerra” (FLÁVIO BATISTA E MARCUS ORIONE)
“A ditadura foi necessária porque o governo parlamentar foi absolutamente incapaz de conduzir as medidas indispensáveis, necessárias para equilibrar o orçamento, eliminar o déficit, desenvolver a economia, fortalecer o debilitado aparelho de Estado; em resumo, para todas aquelas medidas financeiras e administrativas emergenciais que constituem as condições da estabilização capitalista e para as quais, como vemos em muitos outros países (Alemanha, França, Polônia etc.), os governos dão poderes emergenciais” (PACHUKANIS)
THAYS CARVALHO
“É de que o problema da competência normativa dos tribunais do trabalho só surge em face dos conflitos coletivos do trabalho. Estes conflitos são, na sua quase totalidade, puramente econômicos e são eles que pedem uma disciplina geral, uma regulamentação coletiva.” (VIANNA, 1938, p. 82)
 
(...)
 
Esta generalização da decisão tem sua razão de ser na própria estrutura da vida econômica contemporânea, na interdependência de todos os seus elementos constitutivos; interdependência que faz com que cada conflito de trabalho, parcial ou local, seja apenas uma síndrome revelador de uma situação geral de desajustamentos econômicos e desníveis das condições de vida. Desajustamentos e desníveis que somente podem ser corrigidos por uma normal geral e única. (VIANNA, 1938, p. 89)
 
(...)
 
ou concedeis a competência normativa aos novos tribunais do trabalho e, neste caso, tereis instituído e organizado um aparelho judiciário capaz de resolver e efetivamente dirimir os conflitos coletivos do trabalho, impedindo a sua generalização e multiplicação; (VIANNA, 1938, p. 94)
 
 THAYS CARVALHO
(...)
 
colocaria, por um lado, a fábrica condenada numa situação desvantajosa na concorrência com as nove fábricas restantes, pois que apareceria nos mercados de venda onerada com despesas que as demais concorrentes não teriam, já que os seus custos de produção foram aumentados - o que seria injusto”
 O texto é muito bom no sentido de ser um tratado sobre a forma jurídica no qual são revelados os reais objetivos do direito do trabalho e da justiça do trabalho, em particular. A separação da forma jurídica e da forma mercadoria é meramente aparente, como o texto já vinha apontando antes. A revelação própria desse capítulo é o caráter social/coletivo da forma jurídica, daí o privilégio dos conflitos do trabalho. E o objetivo, em última instância, de controle, aprisionamento do conflito capital/trabalho na forma jurídica, para evitar o risco de sua generalização e multiplicação. O texto insiste que este intento só se realiza se se atribuir competência normativa à justiça de trabalho. Isso se justifica no texto pela generalização através do caráter normativo das decisões judiciais. É interessante que o objetivo e o que se quer evitar é o mesmo a generalização, sendo que no primeiro caso é evitar a generalização da luta de classes aberta, sem mediação da forma jurídica, e no segundo a generalização da forma jurídica como forma de gestão do mesmo conflito. Faz sentido?
 MARIANNA HAUG
Ao longo do trecho selecionado, Vianna (1938, p. 73-96) desenvolve sobre a forma de tomada de decisões dos tribunais trabalhistas e demonstra como nesse momento elas parecem se pautar em uma lógica menos principialista e mais normativista. Hoje, após a transição pós-fordista, vemos uma tendência principialista no direito, inclusive como reflexo da estratégia de venda flexível da força de trabalho (ORIONE, 2016, p. 190). Podemos pensar que no contexto em que Vianna vivia era necessário uma venda estável da força de trabalho como estratégia de impor práticas reiteradas vinculadas a uma forma nova de subsunção real do trabalho ao capital? E, ao longo da obra A invenção da classe trabalhadora brasileira: o direito do trabalho na constituição da forma jurídica no Brasil (ORIONE, 2022), o autor vai tratar da subsunção hiper-real do trabalho ao capital como forma nova de relação entre capital e trabalho no neoliberalismo. Esse tema sempre me gerou dúvidas porque já vi referências à subsunção formal do trabalho ao capital enquanto modelo não capitalista de organização do trabalho, que contaria como período de transição mas não podendo ser considerada já uma relação dada no modo de produção em questão. Sendo assim, haveria uma mudança qualitativa em relação à subsunção formal para a real do trabalho ao capital. No entanto, na subsunção hiper-real, ainda estamos no capitalismo, não havendo uma mudança qualitativa no modo de produção, ainda sendo a mesma relação entre capital e trabalho que foi verificada por Marx, apenas com novas mediações, sofisticações e determinações. Seria a subsunção hiper-real do trabalho ao capital uma subcategoria da subsunção real ou ela de fato inaugura uma mudança qualitativa no modo de produção?

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