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A Invenção da Classe Trabalhadora Brasileira

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A INVENÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA BRASILEIRA
 O título da tese
A pergunta de Lucas se refere a maiores explicações sobre no constituiria a invenção da classe trabalhadora. Pergunta se somente seria possível falar-se me classe trabalhadora se ela tivesse uma organização e falasse a sua própria língua como o faz a burguesia?
 
Sobre a questão metodológica 
Grata surpresa para quem, como eu, que há tantos anos trabalha com inclusão de pessoas com deficiência, encontrar uma referência direta ao tema, tantas vezes invisibilizado e por isto tão rara em grandes teses, como na página 33: “ser normal é estar dentro de uma norma, dentro de uma norma padrão ... somos igualmente pessoas sem deficiência ... Fora desta normalidade, o inferno”. 
 O texto nos mostra, sem deixar sombra de dúvida, que existe uma ideologia jurídica, para além do “positivismo”, o que não poderia ser percebido sem a ferramenta crítica do materialismo histórico-dialético. 
 Ao inventar a classe trabalhadora, a burguesia, pelo instrumento jurídico, acabou por tipificar um certo “operário padrão”, espécie de “cidadão ideal”, o que certamente está nas entranhas da exclusão laboral que impede o “privilégio da servidão”, inerente não só ao “Capitalismo”, mas, de modo muito peculiar, ao nosso “capitalismo tupiniquim”, que, por outro lado, recebeu tanta influência do passado (ainda tão presente) escravocrata, que jamais fomos capazes de superar.
 Uma prova que nos parece cabal do mais que viés ideológico presente no “positivismo” à brasileira, é a estranha instituição, fundada por Miguel Lemos em 1881, a “Igreja Positivista do Brasil”. A suposta racionalidade absoluta seria então uma questão de fé? Malditos os apóstatas! Esses “comunistas” sem Deus! “Devemos” acreditar na ilusão, este é um imperativo (pág.34). Com a devida licença poética, tão presente na redação do texto, “eu não quero e nem peço para o meu coração nada além de uma linda ilusão”, já cantava nosso saudoso Mário Lago.
 Feitas estas considerações, chegamos finalmente à (s) pergunta (s) que o texto nos suscitou: o direito então, como método, sendo aquele que nos ajuda, tal como em outro campo a psicanálise (talvez não tão outro), a ver para além das aparências, das ilusões, revelando, desvelando, por exemplo, o mecanismo de abstração do trabalho, ou seja, a própria alienação, é o mesmo direito que inventou as normas em substituição ao chicote? Ou existem vários “direitos”? Em caso positivo, embora nem tanto positivista, esta pluralidade não seria uma contradição? Seria o direito, como tentativa da razão de sobrepujar os instintos, as emoções, digno de confiança? Ou também ele é uma questão de fé? (Pergunta do Flávio)
 
Sobre a questão metodológica 
4) “Se, de certa maneira, somos subservientes aos conceitos, enquanto herança do racionalismo positivista, que tudo busca enquadrar, encaixotar, dividir, classificar, poderia parecer que, ao fazer uso das noções de trabalho concreto e trabalho abstrato, estaríamos voltando ao reducionismo típico do método que rechaçamos. No entanto, afastamos o risco quando tudo isso passa a ser vislumbrado na sua perspectiva dialética e histórica. Força de trabalho, modo de produção, trabalho concreto e trabalho abstrato são conceitos não no sentido positivista, mas materialista histórico-dialético. São aquilatados no curso do processo histórico e enquanto tais devem ser percebidos. Ou seja, são talhados nas contradições determinadas pela história da produção dos meios de sobrevivência humana. São móveis e em constante elaboração, transformam-se e são transformados por relações dadas no processo 	histórico. Devem ser extraídos do processo material e dialético a partir do qual deve ser considerada a história. São extraídos da dialética da produção da vida material no percurso da história. Tratam-se de conceitos-história” (ORIONE, 2022, p. 46). 
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Sobre a questão metodológica 
- Na tese de titularidade consta a reflexão acerca dos conceitos-história, com base em Althusser, como conceitos-realidade. O que se chama conceitos-história, para Marx seriam as categorias. Para Marx, as categorias não antecedem à própria experiência do conhecimento. As categorias são tomadas como realidades concretas, expressões do movimento real no pensamento. Nesse sentido, As categorias científicas do léxico marxiano, sobretudo, presentes em O’ Capital, seriam equivalentes aos conceitos-história, tal como em Althusser? Para Alexandre Cheptulin, “as categorias não são apenas graus do desenvolvimento da consciência, mas também graus do desenvolvimento da prática social dos homens, de suas relações entre eles e deles com a natureza. Desempenhando o papel de graus do desenvolvimento do conhecimento social e da prática, as categorias refletem não apenas as formas universais do ser, as propriedades e as ligações universais da realidade e suas leis universais, mas também as leis do movimento do conhecimento do inferior ao superior, as leis do funcionamento e do desenvolvimento do pensamento”. IN: CHEPTULIN, Alexandre. A dialética materialista: categorias e leis da dialética. São Paulo: Alfa-Omega, 2004, p. 140.
 
Sobre a questão metodológica 
- Discutir mais a questão da relação entre a ideologia e a metodologia. Seriam duas faces de uma mesma moeda. A questão do método materialista histórico-dialético como comprometido ideologia e desprovido de cientificidade. (CAROLINE)
 
A teoria do valor e trabalho abstrato
O texto traz bastante enfoque para a passagem do trabalho concreto para o trabalho abstrato, como um elemento essencial da constituição do capitalismo enquanto modo de produção. A questão parte da diferenciação das categorias de valor de uso e valor de troca, bem como da diferenciação entre os conceitos de força de trabalho e trabalho. Nesse sentido, na diferenciação entre trabalho e força de trabalho como localiza-se a discussão acerca daquele “trabalho” que não gera valor diretamente na cadeia de produção? (Mariana Faria)
 
A teoria do valor e igualdade
O valor é a qualidade que permite às mercadorias serem comparadas e trocadas umas pelas outras, sendo a qualidade comum a todas as mercadorias o trabalho abstrato, este trabalho é medido pelo tempo social médio empregado para produzir uma mercadoria. Pensando nisso, porque a igualdade é “ é uma noção mais apropriada para os direitos de segunda geração” (ORIONE, M. 2022, p. 55) e não uma premissa para forma jurídica? (Odara)
 
A teoria do valor e trabalho abstrato
N’O Capital, Marx caracteriza o trabalho concreto, ou útil, como sendo “condição de existência do homem, independente de todas as formas sociais” (Livro I Capital. pag. 119). e sendo “dispêndio de força humana numa forma especifica” é o trabalho que “produz valores de uso” (Livro I Capital p. 124). Valor de uso e valor de troca são dimensões de valor que coexistem em uma mercadoria e, no capitalismo, no processo da troca, há uma sobreposição do valor de troca em relação ao de uso, uma vez que a medida de equivalência necessária à troca é o tempo de trabalho humano abstratamente considerado e não as características especificas da mercadoria (se é alimento, vestuário, etc.). Na tese, na página 47, tive a impressão de que há uma associação do trabalho concreto enquanto unidade e organicidade entre produtor e produto:
“Inicialmente, significa dizer que o primeiro está marcado, no trabalho concreto, observando- se historicamente, por uma capacidade de se integrar ao que produziu. O objeto produzido não se dissocia de seu produtor, não apenas como fruto que dele exala” (Orione, p. 47)
 E uma relação do trabalho concreto com o “detenção dos meios de produzir o objeto final” (Orione, p.48), fazendo, inclusive, alusão ao trabalho artístico como uma manifestação do trabalho concreto na sociedade capitalista. 
 Seria essa afirmação contraditória a afirmação de que o trabalho concreto é característica de todas as formações históricas, pela produção do valor de uso? Não teria o capitalismo, no lugar dedar fim ao trabalho concreto, ter no caso subsumido este ao trabalho abstrato, a fim de criar um sistema de equivalência que viabilize o circuito da troca?
 
Desdobramentos conceituais do trabalho abstrato
O conceito de trabalho abstrato, fundamental nas análises marxistas, fornece importante substrato para a compreensão da importância da forma jurídica na implementação do capitalismo. A discussão sobre tal conceito me lembrou o que li na obra do sociólogo Chico de Oliveira, que identificou na atualidade, com o avanço da produtividade do trabalho oriunda da terceira revolução industrial, o que poderia ser considerado a plenitude do trabalho abstrato (em Crítica à razão dualista/O ornitorrinco), notadamente pelos avanços em direção à transformação de todo o tempo de trabalho em trabalho não pago. O professor entende que tal análise tem fundamento? (Clarisse)
 
Desdobramentos conceituais do trabalho abstrato
O texto aponta que somente com o advento do trabalho abstrato é possível compreender a existência do capitalismo (p. 47), observando que o trabalho concreto expressava uma relação de organicidade entre produtor e produto, entre trabalhador e o controle do processo produtivo (p. 50-52). Desse modo, infere-se que o modo de produção capitalista é determinado pelo trabalho abstrato, ao passo que modos pré-capitalistas seriam determinados pelo trabalho concreto, nos quais a riqueza produzida seria extraída por mecanismos extra-econômicos (violência direta), ao passo que no modo capitalista de produção a riqueza é extraída por meios econômicos (contrato), em que a violência é vista como liberdade e igualdade jurídicas. Tenho dificuldades de compreender essa passagem do modo de produção pré-capitalista tendo em vista o colonialismo no continente americano na medida em que escravizados não eram proprietários nem possuidores de meios de produção, tampouco controlavam o processo produtivo. Nesse sentido, não seria uma característica do modo de produção escravista alguma abstração do trabalho (não se podendo falar em organicidade produtor-produto no trabalho escravizado)? Do ponto de vista jurídico, não é possível conceber alguma abstração na compra e venda da força de trabalho escravizada? Está correto afirmar que existe violência direta na extração da riqueza produzida por mulheres e homens escravizados, mas não trabalho concreto? A distinção entre forma social de produção do escravismo colonial e a do capitalismo, com marco em 1888, seria uma distinção rígida? Se for, não poderia ser caracterizada como espécie de etapismo? Se não for, por que a forma contratual surgiria no capitalismo, e não em período anterior? O elemento determinante é a liberdade (e igualdade) contratual? No escravismo haveria igualdade, mas não liberdade da força de trabalho? Partindo da concepção que o modo de produção capitalista não é algo que se dá limitado a fronteiras nacionais ou a regiões, porém é fenômeno por assim dizer globalizado, tem-se que o modo de produção no continente americano é indissociável do modo de produção capitalista que se afirmava no continente europeu na mesma época. Essa dependência não seria suficiente para caracterizar por si mesma como capitalista o modo de produção no Brasil antes de 1888? Que papel teve - se é que teve algum - a legislação produzida no período imperial para o surgimento da forma contratual, como, p. ex., a Lei de 13/09/1830 (que "regula o contracto por escripto sobre prestação de serviços feitos por Brazileiro ou estrangeiro dentro ou fóra do Imperio"), a Lei nº 108, de 11/10/1837 (que deu "varias providencias sobre os Contractos de locação de serviços dos Colonos") ou ainda o Decreto 2.827, de 15/03/1879 (que dispôs sobre o "modo como deve ser feito o contrato de locação de serviços")?
 
 A QUESTÃO IDENTITÁRIA
Após transcrever trecho da página 31 (“Embora, no instante em que escrito o livro, a referência fosse outra (...) da preservação das diversas identidades”), Graciele pergunta “de que forma o recurso à questão identitária tolhe a compreensão da realidade material à luz do materialismo histórico-dialético?”, uma vez que, embora tal questão tenha sido vislumbrada no trecho acima, pondero que a explicação poderia ser alongada a fim de coibir possíveis lacunas no entendimento da temática.
E Amanda pergunta:
Na discussão sobre a relação entre epistemologia e ideologia feita no início da tese, há uma análise sobre como o positivismo “navega no mundo das aparências produzidas pelo capitalismo” (a aparência de liberdade, igualdade entre “sujeitos de direitos”, entre outras ilusões de consequências bastante materiais), feita a partir das contribuições de Marx e Pachukanis principalmente. Para ilustrar essa análise, o autor usa a história da Alice através do espelho, de Lewis Carroll e a pergunta feita pela personagem ao mirar a distorsão no reflexo: como significar um monte de coisas diferentes com uma mesma palavra? 
 
 A QUESTÃO IDENTITÁRIA
O texto segue para diagnosticar, como o fez Edelman, que essa pergunta é também uma pergunta no campo das aparências, porque deixa de questionar o mais importante: quem tem poder, inclusive de atribuir significado - de ciência, de ideologia, de imparcialidade - a todas as coisas?
O que não ficou tão claro para mim é a relação entre a pergunta de Alice e as pautas chamadas de “identitárias”: demandas traduzidas no capitalismo como direitos humanos relacionados a gênero, raça, sexualidade, entre outras formas de existir que desafiam a aparência de igualdade e liberdade produzida pelo próprio capitalismo.
O texto parece levar à conclusão de que as questões “identitárias” são questões que têm sido postas no campo da aparência, e não na essência do capitalismo. Qual seria a pergunta adequada e o pressuposto adequado, dentro do referencial do marxismo histórico dialético, para discutir essas pautas? Por que é possível afirmar que, com a tomada de poder (a questão que vai na essência do capitalismo), “as coisas assumirão a sua completa ausência de necessidade de se encaixar num nome”, ou, como parece indicar o texto, que as identidades (os nomes) não precisarão mais se afirmar enquanto tal?
E Caroline pergunta como seria a relação desta questão dos direitos humanos e como os direitos humanos percebem o materialismo histórico-dialético.
 
Capitalismo e a questão racial
1) “O materialismo histórico dialético parte das determinações históricas do ato de produzir as condições materiais da vida cotidiana, para, daí, buscar a compreensão do que há de essencial em cada um dos modos de produção, distinguindo-o dos demais. Partir da produção significa contar a história da humanidade tomando em consideração, de maneira central, o modo pelo qual os homens, em toda a sua diversidade, se relacionam entre si, em especial nas suas relações de apropriação da riqueza básica e da riqueza excedente” (ORIONE, 2022, p. 16). 
- Na filosofia marxista, as determinações são traços essenciais constitutivos da realidade sócio-histórica. Tal como afirmou Marx, “o concreto é concreto porque é síntese de múltiplas determinações, isto é, unidade do diverso”. Considerando o texto supracitado presente na tese de titularidade, na sua avaliação, qual a função da classificação racial e do racismo para a reprodução do capitalismo contemporâneo? 
 
 
Capitalismo e a questão racial
2) “A complexidade do mundo nos remete a falsas percepções do todo. Isto, que não passa de uma sensação, integra a própria dinâmica, típica do modo de produção capitalista, de buscar a fragmentação da classe trabalhadora, colocando-a num eterno estado de incapacidade de se auto-organizar” (ORIONE, 2022, p. 21). 
- No trecho supracitado da tese de titularidade exara-se o entendimento segundo o qual o modo de produção capitalista busca incessantemente a fragmentação da classe trabalhadora. Na Carta para Meyer e Vogt, de 1870, Marx abordou a questão da divisão da classe trabalhadora em grupos étnico-raciais e nacionais nos seguintes termos:
“Todos os centros industriaise comerciais da Inglaterra agora têm uma classe trabalhadora dividida em dois campos hostis, os proletários ingleses e os proletários irlandeses. O trabalhador inglês comum odeia o trabalhador irlandês como um concorrente que força a queda do seu padrão de vida. Em relação ao trabalhador irlandês, sente-se membro da nação dominante e, por isso, torna-se um instrumento dos seus aristocratas e capitalistas contra a Irlanda, reforçando assim o seu domínio sobre si próprio. Ele cultiva preconceitos religiosos, sociais e nacionais contra o trabalhador irlandês. 
Capitalismo e a questão racial
Sua atitude em relação a ele é aproximadamente a dos brancos pobres para com os negros nos ex-estados escravistas da União Americana. O irlandês retribui na mesma moeda com juros. Ele vê no trabalhador inglês tanto o cúmplice quanto a ferramenta estúpida do domínio inglês na Irlanda. Esse antagonismo é mantido artificialmente vivo e intensificado pela imprensa, pelo púlpito [...], por todos os meios à disposição da classe dominante. Este antagonismo é o segredo da impotência da classe trabalhadora inglesa, apesar de sua organização. É o segredo da manutenção do poder pela classe capitalista. E este último tem plena consciência disso” (MARX, 2010, pp. 474-475). 
Nesse sentido, é possível afirmar que a classificação racial e o racismo são elementos constitutivos da forma social de produção capitalista desde a sua gênese? 
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Collected Works. Volume 43. Letters 1868-70. London: Lawrence & Wishart, 2010. 
 
Capitalismo e a questão racial
A sua tese de titularidade discute a relação entre trabalho e força de trabalho. No capítulo IV de O’ Capital, “Transformação do dinheiro em capital”, Marx aborda a questão da determinação do valor da força de trabalho, nos seguintes termos: “O valor da força de trabalho, como o de toda outra mercadoria, é determinado pelo tempo de trabalho necessário à produção, portanto, também reprodução, desse artigo específico. Enquanto valor, a própria força de trabalho representa apenas determinado quantum de trabalho social médio nela objetivado (...). Para sua manutenção, o indivíduo vivo precisa de certa soma de meios de subsistência (...). O valor da força de trabalho é o valor dos meios de subsistência necessários à manutenção do seu possuidor” (MARX, 1988, p. 137). 
Para Marx, a determinação do valor da força de trabalho é um produto histórico, dependendo do nível cultural presente nas formações sociais, níveis de formação, educação, etc. O que ele denomina como o “elemento histórico-moral da força de trabalho”. Considerando a relação entre o rebaixamento do valor da força de trabalho e o processo histórico de divisão racial do trabalho, num país que transitou do escravismo colonial ao modo de produção capitalista, na sua avaliação, raça e racismo exercem influência na produção e apropriação da mais-valia pelo capital? (MÁRIO)
 
Capitalismo e a questão racial
A questão do conceito de força de trabalho e a questão racial, partindo de uma noção de trabalho de trabalho degradante. A questão da suficiência deste conceito marxiano de força de trabalho para a questão racial (Carolina)
 
Questão para o futuro 
É possível falar de Direito sem que se tenha hegemonia de relações de produção capitalistas?
O movimento histórico que culminou na abolição da escravatura no Brasil, composto de múltiplos fatores e interesses, marca a formação do Estado burguês. A abolição da escravidão (1888), a Proclamação da República (1889) e a Constituição de 1891, segundo Décio Saes (1985), transformaram “o Estado escravista moderno em Estado burguês, sem que se tenha estabelecido previamente a dominância de relações de produção capitalistas”. Logo, o Estado e o “Direito” nesse período no Brasil também não eram propriamente capitalistas. Não temos relações entre sujeitos de direito formalmente iguais. O “direito” escravista conferia tratamento jurídico desigual aos socialmente desiguais, uns dotados de vontade subjetiva e outros não. (Thaís)

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