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Anomalias Craniofaciais: Fissuras Labiopalatinas CONCEITO: Falha no fusionamento dos processos faciais devido uma desintegração epitelial inadequada. Caracterizadas pela interrupção da continuidade dos tecidos do lábio superior (ruptura do tecido mole dos lábios), rebordo alveolar e palato durante a embriogênese. ● 1 a cada 650 crianças nascidas no Brasil possuem essa anomalia. → Consequências geradas: Distúrbios funcionais; Deficiência avançada da fala; Deficiência avançada da mastigação e deglutição; Dificuldade da liberação da musculatura; Problemas estéticos e emocionais. ETIOLOGIA: A formação da face e da cavidade oral começa na 4ª semana de embriogênese, é de natureza complexa e envolve o desenvolvimento de múltiplos processos teciduais que devem se unir e fusionar de modo extremamente ordenado. Distúrbios no crescimento desses processos teciduais ou nas suas fusões podem resultar na formação de fendas orofaciais. → Fatores ambientais: Uso abusivos de drogas; Uso abusivo álcool ou cigarros; Idade dos pais; Exposição a radiação; Deficiência nutricional; Deficiência de Vitamina B. → Fatores genéticos: A hereditariedade tem sido mencionada como o fator de maior importância no desenvolvimento da fissura. Casal com um filho fissurado: 4,5% de chance de ter outro filho fissurado; Progenitor fissurado + Parente fissurado: 15% de chance de ter filho fissurado. É possível o diagnóstico através da ultrassonografia pré-natal. CLASSIFICAÇÃO: ● Spina (1979) Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié – Ba Fissuras pós-forame incisivo → Fissura submucosa ou oculta Tríade de úvula bífida Diástase muscular (fisiológico → fono) Chanfradura óssea na espinha nasal posterior ALTERAÇÕES DENTÁRIAS DE NÚMERO E FORMA Ruptura do processo alveolar acarreta alterações dentárias de número e forma, principalmente nos incisivos laterais superiores; afeta dentes decíduos e permanentes, além da própria maxila. 50% das fissuras: Ausência dos incisivos laterais permanentes; Ausência do incisivo lateral permanente no lado esquerdo; Supranumerários na região fissura; Dente pré-canino que surge ao lado do canino da fissura. Os indivíduos fissurados, mostram discrepância esquelética entre as arcadas dentárias. O retardo do crescimento maxilar é o principal fator responsável pela má oclusão. → Alterações no ouvido O músculo elevador e tensor do palato mole perde sua inserção na existência de fissura no palato mole. Esses músculos permitem a abertura do óstio da tuba auditiva para a nasofaringe. → Alterações na fala Para uma fala clara, é necessário que o indivíduo tenha completo controle da passagem do ar da orofaringe para a nasofaringe. 20% apresentam fechamento inadequado do mecanismo velofaríngeo → Fala hipernasalizada. TRATAMENTO DAS FISSURAS LABIAL E PALATINA Tratamento multidisciplinar: cirurgião buco-maxilo-facial, dentista, pediatra, ortodontista, cirurgião plástico, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social. Feita cirurgia com cerca de 10 semanas de idade, assim que o bebê seja capaz de suportar o procedimento. Aparelho em posição para expandir os tecidos moles nasais e alinhar os segmentos das fissuras alveolares. Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié – Ba * A fixação não cirúrgica do lábio com fita adesiva é uma técnica simples e de custo razoável que pode aproximar os segmentos. → Tratamento precoce: Melhor desenvolvimento muscular do palato e faringe, uma vez reparado; Facilidade de alimentação; Melhor desenvolvimento da fonação; Melhor função da tuba auditiva; Melhor higiene bucal e função nasal competente; Melhor condição psicológica para os pais e o bebê. Dificuldade técnica da correção cirúrgica; Restrição do crescimento maxilar. * As cirurgias primárias imprimem, ao longo do crescimento, mudanças na configuração facial restritas à maxila, com caráter altamente seletivo tanto para a cirurgia quanto para o tipo de fissura. → Efeitos das cirurgias primárias na fissura labiopalatina unilateral: ★ As cirurgias primárias têm sempre efeito negativo, expondo uma maior vulnerabilidade da maxila quando totalmente segmentada. ★ A queiloplastia é a principal responsável pela restrição do crescimento da face média, reduzindo consideravelmente a largura e o comprimento do arco dentário superior. ★ A palatoplastia não interfere significativamente no comportamento sagital da maxila e do arco superior, sendo seus efeitos mais restritos no sentido transversal do arco. QUEILOPLASTIA É o mais antigo procedimento cirúrgico utilizado para corrigir fissuras e é realizado assim que clinicamente possível. Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié – Ba PALATOPLASTIA Realinhar as inserções aberrantes dos músculos palatinos e selar a comunicação entre as cavidades bucal e nasal. ENXERTO DO ALVÉOLO FISSURADO A fissura alveolar normalmente não é corrigida nas cirurgias primárias de correção da fissura labial e fissura palatina. Passagem de fluido bucal para dentro da cavidade nasal; Secreções nasais drenam para dentro da cavidade bucal; Dentes interrompem na fenda alveolar; Colapso dos segmentos alveolares; Fissura ampla, a fala é afetada negativamente. CORREÇÃO DE DESARMONIAS MAXILOMANDIBULARES O paciente fissurado geralmente apresenta uma maxila com retrusão e atrésica, resultante da contração cicatricial das cirurgias primárias. Resumo por Jhennifer Gonçalves Viana | Graduanda de Odontologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2024 | Jequié – Ba
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