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Alienação Parental PB

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Alienação Parental
O que é o poder familiar? 
É um conjunto de direitos e obrigações, quanto à pessoa e bens do filho menor não emancipado, exercido, em igualdade de condições, por ambos os pais, para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse e a proteção do filho.
Então o poder familiar é a responsabilidade dos pais em cuidar e proteger seus filhos menores, garantindo seu desenvolvimento sadio e equilibrado, tanto do ponto de vista da educação formal obtida na escola, quanto do ponto de vista da formação psicológica e emocional.
O que é alienação parental? 
Alienação Parental é expressão utilizada para designar patologia psicológica/comportamental com fortes implicações jurídicas caracterizada pelo exercício abusivo do direito de guarda com o impedimento da convivência parental, rompimento da conjugalidade, separação causada pelo divórcio ou dissolução da união estável.
A principal característica desse comportamento patológico e ilícito é a lavagem cerebral na criança ou adolescente para que atinja uma hostilidade em relação ao genitor não guardião e/ou seus familiares. A criança se transforma em defensor, cúmplice abnegado do guardião. O filho passa a acreditar que foi abandonado e passa a compartilhar ódios e ressentimentos com o alienador.
A alienação parental é o afastamento do filho de um dos genitores, provocado pelo outro, via de regra, o titular da custódia. Alienação parental geralmente está relacionada a uma situação de ruptura da família, diante da quebra dos laços existentes entre os genitores. 
Como se caracteriza a alienação parental?
Uma das formas com que a alienação parental pode ser evidenciada está na contínua desautorização promovida pelo alienador quanto às determinações e condutas promovidas pelo alienado, tirando a autoridade parental existente, criando na mente do menor a ideia de que tudo o que é feito pelo vitimado está errado e não deve ser realizado, sendo que somente as condutas e comportamentos ditados pelo alienador deverão ser respeitados pelo menor. Tais posturas do alienador culminam com a dificuldade do exercício da autoridade parental do vitimado e, como consequência, determina o seu afastamento da vida do menor, principal objetivo do alienador. A alienação parental geralmente está relacionada a uma situação de ruptura da família, diante da quebra dos laços existentes entre os genitores. Em casos de alienação parental, um dos genitores, geralmente aquele que detém a guarda do menor, por intermédio do fomento de mentiras, ilusões, criadas para intervir de forma negativa na formação psicológica da criança, com o intuito de minar a relação existente com o outro genitor acaba por falsear ao alienado a realidade que o cerca em relação ao outro genitor.
O que diz a Lei n. 12.318/2010?
A Lei n. 12.318/2010 disciplina a figura da alienação parental e estabelece medidas para prevenção e combate a essa prática. A lei trata da alienação parental como um importante instrumento para que seja reconhecida uma situação de extrema gravidade e prejuízo à pessoa do menor e daquele que está sujeito a ser vitimado. O artigo 2º da lei define a alienação parental como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida por um dos genitores, por meio de manipulação psicológica, com o objetivo de prejudicar o vínculo com o outro genitor. A lei também estabelece medidas para prevenir e combater a alienação parental, como a realização de acompanhamento psicológico, a aplicação de multas e a alteração da guarda do menor, quando necessário. Além disso, a lei prevê a possibilidade de responsabilização civil e criminal do genitor alienador.
A Lei 12.318/10 destaca algumas formas de alienação: a campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; os impedimentos ao exercício da autoridade parental, ao contato de criança ou adolescente com genitor; a omissão deliberada a genitor de informações sobre a criança ou adolescente; apresentar falsa denúncia contra genitor, para dificultar a convivência com a criança ou adolescente.
A manutenção do convívio da criança com o genitor não convivente está reafirmada nesta conquista positiva da lei a ser aplicada. A regra passa a ser aproximar e não afastar como vinha acontecendo. Mesmo que as visitas passem a ser acompanhadas, em casos que assim exijam. Nunca o afastamento e a separação.
Como previnir a alienação parental?
A prevenção da alienação parental passa pela conscientização dos pais sobre a importância do convívio do filho com ambos os genitores, mesmo após a separação. É importante que os pais evitem fazer críticas ou denegrir a imagem do outro genitor na frente da criança, e que incentivem o convívio saudável entre o filho e o outro genitor. Além disso, é recomendável que os pais busquem ajuda profissional, como terapia familiar, para lidar com as questões emocionais envolvidas na separação e na guarda dos filhos. A ampliação do regime de visitas pode ser uma forma de afastar os efeitos maléficos da falta de compartilhamento da vida entre o vitimado e o menor, permitindo o restabelecimento do convívio com o genitor vitimado.

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