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Normas para Documentos Psicológicos

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Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
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O AUTOR
CARLOS BOHM é psicólogo 
e analista judiciário com 
experiência na área de 
infância e juventude. Mestre 
e doutor em Ciências do 
Comportamento. Atuou como 
docente em cursos de 
graduação e pós-graduação 
de Psicologia, cursos 
preparatórios para 
concursos, e em diversas 
ações de treinamento e 
aperfeiçoamento para 
elaboração de documentos. 
Autor de livros e artigos. 
Criador do método
“Perícia Psicológica Sem 
Medo: da nomeação ao 
laudo blindado”
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Introdução
Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
Este e-book apresenta um resumo 
esquematizado da Resolução n.º 06/2009 
do Conselho Federal de Psicologia.
O objetivo foi tornar o assunto mais 
prático e acessível para os profissionais e 
estudantes, sobretudo para aqueles que 
ainda não tiveram muito contato com as 
normas de elaboração dos documentos ou 
que não se debruçaram em uma leitura 
minuciosa da nova resolução. Este e-book 
é o começo.
RESOLUÇÃO n.º 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019
Institui regras para a elaboração de documentos 
escritos produzidos pelo psicólogo no exercício 
profissional e revoga a Resolução CFP n.º 
15/1996, a Resolução CFP n.º 07/2003 e a 
Resolução CFP n.º 04/2019.
4Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
O material apresenta todo o conteúdo 
que começará a ser cobrado em novos 
concursos públicos a partir de 2019 sobre 
esse tema. Não trago, no entanto, dicas 
de estudo nem esquemas de 
memorização. No youtube facilmente se 
encontram videoaulas gratuitas de bons 
professores, produzidas para essa 
finalidade.
A nova resolução cobre um pouco do 
vácuo deixado pela Res. 07/2003 e 
criado pelas próprias mudanças no 
mercado de trabalho, de forma que o 
Psicólogo não encontrava respaldo 
regimental para produzir documentos 
em todos os seus campos de atuação. 
Agora o leque de documentos ampliou. 
Os previstos são: declaração, atestado, 
relatório, relatório multiprofissional, 
laudo e parecer.
5Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
A maioria das informações aqui 
disponibilizadas são provenientes da 
própria Res. 06/2009, com adição de 
alguns comentários e exemplos meus. 
Além disso, apresento um modelo de 
declaração (com variações), um de 
atestado e um de relatório. As situações 
descritas são próximas àquelas vividas 
pelo profissional na sua prática. 
Minha experiência profissional vem 
do contexto jurídico, onde o documento 
psicológico se torna um produto do 
trabalho do psicólogo de grande 
relevância e deve estar alinhado com a 
legislação pertinente à área de 
especialização (ECA, família, idoso, 
execução penal, entre outras). Portanto, 
sempre destaco que os estudos vão além 
da legislação do CFP, e incluem a 
legislação relacionada ao objeto de 
estudo em si. E claro, é imprescindível 
expertise na literatura psicológica sobre 
o objeto.
6Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
Espero contribuir para os seus 
estudos e para você agregar valor aos 
seus serviços. Boa leitura!
Entre no nosso grupo do Telegram:
https://t.me/joinchat/M3lo6BgOTegHL1JUHN2F8g
Carlos Bohm 
Psicólogo – CRP 01/13505
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https://t.me/joinchat/M3lo6BgOTegHL1JUHN2F8g
Algumas novidades da Resolução 06/2009:
→ Amplia o leque de documentos 
psicológicos.
→ Separa os documentos provenientes de 
avaliação psicológica de outros relativos 
às diversas formas de atuação.
→ Considera resoluções e normas de 
atuação em relação a questão da 
orientação sexual; preconceito e 
discriminação racial; e pessoas 
transexuais e travestis. Exemplo: utilização 
do nome social.
8Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
A Psicologia valoriza a diversidade de 
pessoas, de ideias, de formas de atuação 
e o trabalho em equipe.
9Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
Normas gerais para elaboração 
de documentos psicológicos
É dever do psicólogo elaborar e 
fornecer documentos psicológicos 
sempre que solicitado.
É vedado ao psicólogo fazer constar no 
documento afirmações de qualquer 
ordem sem identificação da fonte de 
informação ou sem a devida 
sustentação em fatos e/ou teorias.
Evitar fazer descrição literal das 
sessões, salvo com justificativa técnica.
Considerar a natureza dinâmica e não 
cristalizada do seu objeto de estudo.
Deve ser relatado apenas o que for 
necessário para responder a demanda.
A linguagem deve ser acessível e 
compreensível.
10Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
Normas gerais para elaboração 
de documentos psicológicos
É facultado destacar, ao final do 
relatório, relatório multiprofissional, 
laudo, atestado e do parecer, que estes 
não poderão ser utilizados para fins 
diferentes do apontado no item de 
identificação.
A não-observância da Res. 06/2019 
constitui falta ético-disciplinar.
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Casos omissos ou dúvidas serão 
resolvidos pela orientação dos CRPs/
CFP e pela jurisprudência.
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Itens da Resolução 06/2019:
I - Princípios fundamentais na elaboração 
de documentos psicológicos; 
II - Modalidades de documentos;
III.- Conceito, finalidade e estrutura;
IV.- Guarda dos documentos e condições 
de guarda; 
V. - Destino e envio de documentos;
VI - Prazo de validade do conteúdo dos 
documentos; 
VII - Entrevista devolutiva.
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Princípios 
Fundamentais na 
Elaboração de 
Documentos 
Psicológicos
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DOCUMENTO PSICOLÓGICO:
Instrumento de comunicação escrita 
resultante da prestação de serviço 
psicológico à pessoa, grupo ou 
instituição.
É realizado mediante:
Solicitação do usuário do serviço de 
Psicologia, de seus responsáveis 
legais, 
Solicitação de um profissional 
específico ou das equipes 
multidisciplinares
Determinação das autoridades
Da prestação de serviço psicológico 
à pessoa, grupo ou instituição.
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Princípios éticos:
O usuário tem o direito de receber 
informações sobre os objetivos e 
resultados do serviço prestado, bem como 
de ter acesso ao documento.
Não apresentar descrições literais dos 
atendimentos realizados, salvo quando 
tais descrições se justifiquem 
tecnicamente.
Por que?
-> Para preservar ao máximo a 
intimidade do usuário do serviço.
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O sigilo profissional segue conformidade 
aos artigos 9.º e 10 do Código de Ética 
Profissional do Psicólogo.
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Artigos 9º e 10º do Código de Ética
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o 
sigilo profissional a fim de proteger, por 
meio da confidencialidade, a intimidade 
das pessoas, grupos ou organizações, a 
que tenha acesso no exercício 
profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se 
configure conflito entre as exigências 
decorrentes do disposto no Art. 9º e as 
afirmações dos princípios fundamentais 
deste Código, excetuando-se os casos 
previstos em lei, o psicólogo poderá 
decidir pela quebra de sigilo, baseando 
sua decisão na busca do menor prejuízo.
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Princípios técnicos:
O profissional deve se expressar de 
maneira precisa. Suas ideias devem ser 
bem articuladas e não deixar o leitor com 
dúvidas.
A linguagem escrita deve basear-se 
em:
Normas cultas da língua portuguesa 
Técnicas da Psicologia
Objetividade da comunicação
Garantia dos direitos humanos
Deve-se usara terceira pessoa, pois 
torna a linguagem mais impessoal. Nos 
modelos de documentos será possível 
conferir o seu uso.
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18Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
II - Modalidades de 
Documentos
III - Conceito, 
finalidade e estrutura
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I - Declaração;
II - Atestado Psicológico;
III - Relatório:
A) Psicológico;
B) Multiprofissional;
IV - Laudo Psicológico;
V - Parecer Psicológico.
Para fins didáticos, as informações a 
seguir foram divididas nas seções de 
conceito e finalidade, estrutura, 
comentários e exemplos.
Há também um modelo fictício de 
declaração, um de atestado e um de 
relatório.
Quando você tiver que decidir qual 
modalidade de documento usar, 
lembre-se de que em primeiro lugar deve 
se perguntar qual é afinalidade do 
documento. Isto é, para que você 
precisa escrevê-lo?
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DECLARAÇÃO
Conceito e finalidade
 Registrar informações sobre a 
prestação de serviço.
Estrutura
 Nome da pessoa atendida
 Finalidade
 Informações sobre local, dias, horários 
e duração do acompanhamento 
psicológico.
Comentários
 Vedado o registro de sintomas.
 Curiosidade: a famigerada 
nomenclatura “atestado de 
comparecimento” não é usada na 
Psicologia. O comparecimento é 
comprovado por meio da Declaração.
Exemplos
 Declaração para fim de comprovação 
de comparecimento a sessão de 
psicoterapia, a atendimento psicológico 
em um órgão público, entre outros. 
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Declaro para fim de comprovação que 
Érico Veríssimo compareceu para sessão 
de psicoterapia nesta data, das 18h00 às 
18h50.
Porto Alegre-RS, 22 de novembro de 2019.
22
Mario Quintana
CRP 99/9999
Variações:
Declaro para fim de comprovação que 
Sarah Kubitscheck compareceu para 
acompanhar Juscelino Kubitschek em 
sessão de psicoterapia nesta data, das 
18h00 às 18h50.
Declaro para fim de comprovação que 
Jorge Amado compareceu a 10 sessões 
de psicoterapia entre os dias 01/01/2010 
e 30/06/2019.
EXEMPLO DE DECLARAÇÃO
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ATESTADO
Conceito e finalidade
 Atestar diagnósticos ou condições 
psicológicas. 
 Informar CID e DSM só com 
autorização do paciente.
 Justificar faltas e impedimentos
 Justificar aptidão ou inaptidão
 Solicitar afastamento ou dispensa
Estrutura
 Restringir-se à informação solicitada, 
contendo expressamente o fato 
constatado.
 Texto corrido, sem parágrafos. Riscar 
espaços em branco.
 Título: "Atestado Psicológico"; 
 Nome da pessoa ou instituição atendida;
 Nome do solicitante;
 Finalidade;
 Descrição das condições psicológicas do 
beneficiário do serviço.
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ATESTADO
Comentários
 Resulta de uma avaliação psicológica. 
 É um documento relativamente 
resumido, pois devem ser 
comunicadas somente as informações 
necessárias.
 No final, destacar que o atestado não 
poderá ser utilizado para fins diferentes 
do apontado no item de identificação, 
que possui caráter sigiloso e que se 
trata de documento extrajudicial.
 Manter em seus arquivos uma cópia 
dos atestados psicológicos emitidos, 
junto a todo o material resultante do 
processo avaliativo, protocolado com 
data, local e assinatura de quem 
recebeu.
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ATESTADO
Exemplos:
 Em um atestado para a Justiça do 
Trabalho, por exemplo, a descrição do 
número do CID é imprescindível. A 
pessoa atendida deverá autorizar por 
escrito a divulgação do CID.
 O atestado será o documento usado 
na avaliação psicológica compulsória. 
Contudo, quando solicitado, o 
psicólogo, além do atestado 
psicológico pode emitir também um 
laudo psicológico, pois o laudo é um 
documento mais completo que melhor 
subsidia decisões.
 Afastamento laboral -> O atestado 
deverá ser utilizado. Importante 
lembrar que as leis trabalhistas não 
dispensam o atestado médico. Ou 
seja, o atestado psicológico na maioria 
das vezes será um documento 
complementar para o usuário juntar ao 
atesado médico.Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
ATESTADO
Exemplos (continuação)
 É diferente da declaração, que 
comprova apenas o comparecimento 
aos atendimentos e costuma ser mais 
aceito pelos empregadores para 
justificar a ausência em um 
determinado horário.
 Um convênio de saúde poderá solicitar 
um atestado para autorizar sessões de 
psicoterapia, ou um documento mais 
completo, o laudo, com informações 
mais detalhadas sobre a avaliação 
psicológica, conforme se verá adiante. 
Muitas vezes, na verdade, os planos 
de saúde solicitam que o psicólogo 
preencha um formulário com o CID, o 
qual tem uma função próxima a do 
atestado, embora com uma aparência 
diferente. 
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Nome do paciente: José Joaquim 
Campos de Leão
Solicitante: Plano de saúde Qorpo Santo
Finalidade: Solicitar autorização para 
sessões de psicoterapia
Informo que realizei três consultas 
para avaliação psicodiagnóstica e 
planejamento de intervenção 
psicoterapêutica. Atesto que o paciente 
apresenta diagnóstico F60.0 (CID-10). 
Solicito autorização para realização de 
uma sessão semanal de psicoterapia 
individual e uma sessão de psicoterapia 
familiar pelo período de seis meses. Ao 
final deste prazo será feita nova 
avaliação. Esta clínica guarda em seus 
arquivos laudo detalhado com a 
avaliação psicológica corresponde ao 
caso. 
(continua...)
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EXEMPLO DE ATESTADO
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(...continuação)
Este atestado não poderá ser utilizado 
para fins diferentes do apontado no item 
de identificação, possui caráter sigiloso e 
se trata de documento extrajudicial. O 
paciente assina informando o 
recebimento deste atestado e 
autorizando a comunicação do seu 
diagnóstico.
Porto Alegre, 07 de novembro de 2019.
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Érico Veríssimo 
CRP 99/9999
José Joaquim Campos de Leão
Recebi este documento e estou ciente 
da comunicação do diagnóstico.
EXEMPLO DE ATESTADO
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RELATÓRIO
Conceito e finalidade
 Comunica a atuação do psicólogo. 
 Narrativa detalhada e didática.
 Relata e analisa os condicionantes 
históricos e sociais da pessoa, grupo ou 
instituição.
 Gera orientações, recomendações, 
encaminhamentos e intervenções, não 
tendo como finalidade produzir 
diagnóstico.
Estrutura
 Forma de itens ou texto corrido.
 Identificação 
 Título: "Relatório Psicológico";
 Nome da pessoa ou instituição 
atendida;
 Nome do solicitante;
 Finalidade;
 Nome do autor;Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
RELATÓRIO
Descrição da demanda
 O que motivou a busca pelo processo de 
trabalho prestado, indicando quem 
forneceu as informações e as demandas.
 Apresentar o raciocínio técnico-científico 
que justifica a escolha dos procedimentos 
utilizados.
Procedimentos
 Processos de trabalho utilizados na 
prestação do serviço psicológico
 Recursos técnico-científicos utilizados
 Referencial teórico metodológico.
 Citar as pessoas ouvidas, as informações 
objetivas, o número de encontros e o 
tempo de duração.
 Mencionar se houve entrevista devolutiva.Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
RELATÓRIO
Análise
 Devem constar, de forma descritiva, 
narrativa e analítica, as principais 
características e evolução do trabalho 
realizado, baseando-se em um 
pensamento sistêmico.
Conclusão
 Apresentar encaminhamento, 
orientação e sugestão de continuidade.
 Retomara finalidade da emissão do 
documento.
 Obs: A Resolução 06/2019 sugere 
tratar na conclusão sobre a entrevista 
devolutiva.
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RELATÓRIO
Comentários
 Pode se referir tanto a um atendimento 
pontual como a um processo de 
acompanhamento mais longo.
 O Relatório Psicológico é diferente de 
outros documentos informativos de 
caráter administrativo ou protocolares, 
comuns no serviço público.
 Questão importante! 
 Como proceder quando o Judiciário 
solicitar informações sobre o 
processo psicoterápico?
 A Resolução CFP n.º 08/2010 diz que 
é vedado: “I - Produzir documentos 
advindos do processo psicoterápico 
com a finalidade de fornecer 
informações à instância judicial acerca 
das pessoas atendidas, sem o 
consentimento formal destas últimas à 
exceção de Declarações”.
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RELATÓRIO
Comentários (continuação)
 O psicólogo tem autonomia para 
decidir quais procedimentos, 
observações e análises serão 
comunicados, a depender dos 
contextos de solicitação. 
Para o seu resguardo, o profissional 
deve coletar a assinatura do paciente 
com autorização para a comunicação 
das informações.
Exemplos
 Visitas domiciliares, para fins de 
encaminhamento, sobre um único 
atendimento. 
 Situações de orientação ou de 
acolhimento.
 Subsidiar atividades de outros 
profissionais.Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
RELATÓRIO
Exemplos (continuação)
 Relatos de estudo de caso.
 Relatórios para solicitação de ampliação 
de número de sessões para planos de 
saúde. Neste caso a finalidade é 
diferente do atestado ou laudo, pois o 
relatório não focará na avaliação 
diagnóstica, mas no relato da evolução 
do tratamento.
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EXEMPLO DE RELATÓRIO
1. Identificação
Nome da criança: Beatriz da Silva 
Solicitante: Juiz Titular da Vara de 
Família
Finalidade: Apresentar avaliação sobre 
regime de guarda compartilhada
Autor: João de Barros - Psicólogo
2. Descrição da demanda
Beatriz, nascida em 01/09/2012 (sete 
anos de idade), filha de Pedro da Silva e 
Maria da Silva, divorciados, encontra-se 
sob guarda compartilhada dos seus 
genitores há 12 meses, desde quando foi 
homologado acordo. Em petição recente 
o genitor alega descumprimento dos 
termos do acordo por parte da mãe e 
pleiteia a guarda unilateral. Diante deste 
quadro, o Juízo determinou às fls. 79/80 
dos autos 123456-7/18 que este serviço 
psicossocial apresente uma avaliação
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sobre o cumprimento do regime de 
guarda, e também que indique a 
configuração mais vantajosa para a 
criança. 
O entendimento técnico-científico foi 
o de analisar a documentação presente 
nos autos e coletar dados diretamente 
com os pais e com a criança em 
diferentes contextos, com os objetivos 
de responder ao Juízo e de proporcionar 
às partes uma mediação para tentarem 
chegar a um consenso sobre a 
configuração da guarda.
3. Procedimentos
Os dados foram coletados com as 
seguintes técnicas e nesta ordem: 
 Leitura dos documentos presentes 
nos autos;
 Entrevista de 60 minutos com o 
genitor em 21/10/2019;
 Entrevista de 60 minutos com a 
genitora em 22/10/2019;
 Visita de 40 minutos ao domicílio do 
genitor com a presença da criança, 
em 23/10/2019;
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 Visita de 40 minutos ao domicílio da 
genitora com a presença da criança, 
em 24/10/2019;
 Entrevista lúdica de 30 minutos com 
a criança em 31/10/2019 nas 
dependências da Vara de Família, 
com o uso do relato verbal, e com 
tentativa de utilização de brinquedos 
e materiais para escrever e 
desenhar;
 Entrevista conjunta de 60 minutos 
com os genitores para tentativa de 
mediação e para apresentação da 
devolutiva do estudo de caso, no dia 
05/10/2019.
4. Análise
O processo traz como documento 
mais relevante o próprio termo de 
acordo de guarda homologado em 
audiência. Às fls. 32/33 pode-se ver os 
detalhes do mesmo, e destaca-se que a 
programação prevista foi de distribuição
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igualitária da convivência da criança 
entre cada genitor. Beatriz fica aos 
cuidados do pai a partir de domingo 
pela manhã até quarta-feira de manhã, 
antes de ir para a escola, e com a mãe 
a partir de quarta-feira à tarde, depois 
do horário da escola, até domingo pela 
manhã, quando vai à casa do pai.
Na entrevista com Pedro, este 
relatou que ele e Beatriz mantêm 
vínculo afetivo mútuo, o qual não foi 
abalado pelo divórcio. Descreveu 
diversas situações em que a Maria 
descumpriu regras do acordo de 
guarda, tais como: entregar a filha na 
escola com atraso, demorar 
excessivamente para buscar a criança 
na casa do pai, deixar o pai no hall do 
prédio da mãe por longo período de 
tempo até a criança estar pronta para 
a visita, entre outras. Alega que, por 
conta da desorganização da mãe, a 
criança teve alterações nas suas 
rotinas, ocasionando emoções e 
comportamentos indesejados, tais 
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como dificuldades para estudar e se 
alimentar, choro excessivo e recusas 
para ir à casa da mãe. 
O pai acredita que a melhor 
solução é que ele detenha a guarda 
unilateral e as visitas à mãe ocorram 
somente quando ele autorizar.
Maria foi ouvida e também afirmou 
que mantém vínculo afetivo com sua 
filha. Relatou que tanto ela quanto o 
pai cumprem os termos do acordo e 
que desconhece quaisquer problemas 
comportamentais da criança. Afirmou 
que eventualmente incorre em alguns 
atrasos, mas não são excessivos a 
ponto de criar transtornos para 
ninguém. Ao mesmo tempo em que 
descreveu o ex-esposo como 
exagerado no seguimento de regras, 
autodescreve-se como displicente no 
cumprimento de alguns acordos por 
causa da sua falta de tempo e do ritmo 
intenso de trabalho como corretora de 
imóveis.
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Na visita à residência Pedro, 
verificou-se que a casa se encontrava 
em condições adequadas de higiene e 
organização, e com a disponibilidade 
de rica estimulação de brinquedos e 
jogos. Beatriz mostrou o seu quarto, 
seus materiais escolares e sorriu ao se 
referir àquele lar como sua referência, 
afirmando que é a sua casa.
Pedro, Maria e Beatriz moravam 
juntos na casa até a época do divórcio. 
Com o rompimento da relação, Maria 
alugou um apartamento para morar, 
pois a casa já era de propriedade de 
Pedro antes do casamento. Joana, a 
empregada doméstica que trabalha 
com a família desde quando Beatriz 
nasceu, continua contratada por Pedro 
em tempo integral. 
Ao se visitar o apartamento de 
Maria, observaram-se roupas, 
calçados, louças, toalhas e roupas de 
cama espalhados pelos cômodos. O 
quarto da criança tinha brinquedos e 
roupas suficientes, mas em sua
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maioria jogados pelo chão e sobre a 
cama, dificultando até mesmo o 
trânsito pelo quarto. A criança 
mencionou que gosta de ficar com 
sua mãe, mas não acha a sua casa 
agradável. Maria costuma contratar 
diarista uma vez por semana para 
limpar o imóvel, porém afirma que não 
gosta de nenhuma, e a rotatividade é 
alta. 
Posteriormente, agendou-se com 
a genitora um horário para que 
levasse a filha à Vara de Família para 
uma entrevista lúdica, na qual 
somente a criança foi ouvida. 
Chegaram com vinte minutos de 
atraso, com a justificativa de que a 
Maria demorou para alimentar e vestir 
a filha, pois às vezes ela fica agitada. 
Na entrevista com a criança, esta se 
mostrou pouco comunicativa e 
desinteressada em aderir às 
atividades de utilizar os brinquedos e 
desenhar. A coleta de dadosocorreu 
sobretudo por meio do relato verbal. 
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Ela disse que sente falta de conviver 
com os pais na configuração familiar 
anterior de quando eram casados e 
ela tinha mais acesso à família 
extensa (tios, avós e primos), pois 
todos se visitavam. Queixou-se do 
estilo de vida da sua mãe, com 
rotinas imprevisíveis, além da 
situação em que a residência se 
encontra.
Em uma entrevista final, os 
principais dados coletados foram 
apresentados aos pais e solicitou-se 
que manifestassem suas opiniões. 
Pedro manteve o objetivo pela guarda 
unilateral e Maria pela continuidade 
da guarda compartilhada. O 
entrevistador indicou sua análise 
técnica de que para a criança é 
importante ter uma vida com rotinas 
mais previsíveis, sem tantos atrasos, 
com manutenção igualitária dos 
vínculos afetivos com ambos os 
genitores, e com o resgate da 
convivência com os tios, primos e 
avós, o que diminuiu após o divórcio.
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43
A genitora então propôs contratar 
uma funcionária doméstica em tempo 
integral, a ser recrutada por meio de 
uma empresa especializada. Acredita 
que dessa forma o apartamento ficará 
mais limpo e organizado, Beatriz 
receberá as refeições sempre nos 
mesmos horários e mãe e filha terão 
mais tempo para lazer. Pedro, em 
contrapartida, dispôs-se a desistir de 
litigar pela guarda unilateral. Ambas 
as partes se comprometeram a 
envidar esforços para aumentar a 
interação da criança com os 
membros da família extensa. Sendo 
assim, na entrevista final os pais 
chegaram a um entendimento em 
comum e foram orientados a 
procurarem seus advogados para 
comunicar esses interesses nos 
autos.
Ficou evidenciado que Beatriz, a 
despeito de conviver com o pai e a 
mãe de forma igualitária no sentido 
de distribuição de tempo, não obtinha
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a mesma quantidade e qualidade de 
estímulos reforçadores, tais como 
momentos de lazer, interações 
afetivas, repouso, organização e 
limpeza da casa. A proposta da mãe 
em contratar uma empregada 
doméstica aumentará as 
probabilidades de gerar uma 
equiparação na distribuição desses 
reforços, o que é saudável para a 
criança, a qual poderá vir a 
apresentar menos queixas.
5. Conclusão
Os dados coletados neste estudo 
indicaram que o acordo de guarda 
compartilhada vinha sendo cumprido 
integralmente pelo genitor e 
parcialmente pela genitora. Esta 
entregava e buscava a filha com 
atrasos recorrentes em locais 
previamente combinados. O local de 
moradia da mãe não se encontrava 
adequado para o desenvolvimento 
educacional e afetivo da criança.
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Entrevistadas em conjunto, as 
partes firmaram um acordo nos 
seguintes termos: 
1 - A genitora contratará uma 
funcionária doméstica em período 
integral no intuito de proporcionar à 
criança uma vida mais regular e 
previsível; 
2 - Em contrapartida, o genitor 
desiste do pleito da guarda unilateral; 
3 – Ambos se comprometem a 
proporcionar a Beatriz maior 
convivência com a família extensa. 
Tanto este subscritor quanto as 
partes concordam, portanto, que a 
manutenção da guarda compartilhada 
é a mais vantajosa para a filha. 
Este documento não poderá ser 
utilizado para fins diferentes do 
apontado no item de identificação e 
tem validade apenas juntado ao 
processo judicial.
Porto Alegre, 11 de novembro de 2019.
João de Barros
CRP 99/9999
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46Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL
Conceito e finalidade
 Documento resultante da atuação do 
psicólogo em contexto 
multiprofissional, podendo ser 
produzido em conjunto.
Estrutura
Identificação 
 Título: "Relatório Multiprofissional"; 
 Nome da pessoa ou instituição 
atendida; 
 Nome do solicitante; 
 Finalidade; 
 Nome dos autores
Descrição da demanda
 Conforme explicado no quadro sobre 
relatório psicológico.
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RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL
Procedimentos
 Conforme explicado no quadro sobre 
relatório psicológico, com o adicional 
de que a descrição dos 
procedimentos e/ou técnicas 
privativas da Psicologia deve vir 
separada das descritas pelos demais 
profissionais. 
Análise
 Cada profissional faz sua análise 
separadamente, identificando, com 
subtítulo, o nome e a categoria 
profissional. 
Conclusão
 Pode ser realizada em conjunto.
 A responsabilidade é compartilhada e 
as referenciais são interdisciplinares.
 Deve ser resguardada a autonomia 
das demais categorias.
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RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL
Comentários
 Nas áreas da saúde, da assistência 
social e do judiciário, tem se 
consolidado a nomenclatura 
“Relatório Psicossocial”
 Esta Resolução (06/2019) acolhe a 
diversidade de nomenclatura desse 
tipo de documento.
Exemplos
 Visitas domiciliares
 Atendimentos para orientação ou 
acolhimento
 Estudos de caso
 Mediação de conflitos
 Participação em grupos
 Procedimentos de saúde realizados 
em equipe.Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
LAUDO
Conceito e finalidade
 Resultado de um processo de 
avaliação psicológica, com finalidade 
de subsidiar decisões. 
 Peça de natureza e valor técnico-
científico.
Estrutura
Identificação
 Título: "Laudo Psicológico"; 
 Nome da pessoa ou instituição 
atendida; 
 Nome do solicitante; 
 Finalidade; 
 Nome do autor. 
Descrição da demanda, 
Procedimentos e Análise
 Mesma lógica dos demais 
documentos
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LAUDO
Conclusão
 Apresentar os encaminhamentos e 
intervenções, diagnóstico, prognóstico 
e hipótese diagnóstica, evolução do 
caso, orientação ou sugestão de 
projeto terapêutico.
Referências
 Preferencialmente em notas de 
rodapé.
Comentários
 São permitidos subtítulos. Exemplos: 
"Laudo Psicológico – Avaliação 
neuropsicológica”.
 Podem ser usados documentos 
classificatórios como CID e DSM.
Exemplos
 Avaliação psicológica para porte de 
arma.
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LAUDO
Exemplos (continuação)
 Avaliação psicológica em banca de 
concurso público (psicotécnico).
 Avaliação pré-cirúrgica (bariátrica, 
reversão sexual, transplante). 
 Laudo para um convênio de saúde 
que precisa de informações mais 
detalhadas sobre a avaliação 
psicológica para autorizar um 
determinado conjunto de 
procedimentos. 
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PARECER
Conceito e finalidade
 Responde a uma questão-problema 
do campo psicológico ou a 
documento psicológico de outro 
profissional que foi questionado.
 Visa dirimir dúvidas
 Resposta a uma consulta
Estrutura
 Identificação
 Descrição da demanda
 Análise
 Análise minuciosa da questão com 
base nos fundamentos éticos, 
técnicos e/ou conceituais da 
Psicologia, bem como nas 
normativas vigentes que regulam e 
orientam o exercício profissional.Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
PARECER
 Conclusão
 O psicólogo apresenta seu 
posicionamento. Pode ser indicativo 
ou conclusivo.
 Referências
Comentários
 Este documento não tem item de 
procedimentos.
 Não é resultante do processo de 
avaliação psicológica ou de 
intervenção.
 O parecer pode ser unicamente 
teórico.
 Demanda uma expertise.
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PARECER
Exemplos
 Parecer para avaliar se “o teste de 
Rorschach é confiável e válido para o 
seu uso no contexto jurídico”.
 Situações de períciaspsicológicas 
em processos judiciais. Uma das 
partes contrata um psicólogo 
assistente técnico para emitir parecer 
acerca do Laudo Psicológico 
elaborado pelo perito nomeado pelo 
Juiz.
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IV- Guarda dos 
Documentos e 
Condições de 
Guarda
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Os documentos devem ser 
guardados pelo prazo mínimo de cinco 
 anos (Res. 01/2009).
-> Poderá ser ampliado nos 
casos previstos em lei ou por 
determinação judicial.
Responsabilidade pela guarda do 
material -> do psicólogo em conjunto 
com a instituição em que ocorreu a 
prestação dos serviços.
Interrupção do trabalho -> artigo 
15º do Código de Ética
58Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
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Artigo 15º do Código de Ética
Art. 15 – Em caso de interrupção do 
trabalho do psicólogo, por quaisquer 
motivos, ele deverá zelar pelo destino 
dos seus arquivos confidenciais.
§ 1° – Em caso de demissão ou 
exoneração, o psicólogo deverá 
repassar todo o material ao psicólogo 
que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo 
para posterior utilização pelo 
psicólogo substituto.
§ 2° – Em caso de extinção do serviço 
de Psicologia, o psicólogo 
responsável informará ao Conselho 
Regional de Psicologia, que 
providenciará a destinação dos 
arquivos confidenciais.
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V- Destino e Envio 
de Documentos
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O psicólogo deve manter protocolo de 
entrega de documentos. Imprimir duas 
cópias, uma para si e outra para o cliente.
Evasão do paciente: fazer o registro 
no prontuário sobre o contato para a 
tentativa de devolutiva.
Resultados pra CNH ou Polícia 
Federal (entre outros): liberar para o 
órgão aquilo que o beneficiário 
necessita para o trâmite de suas ações, 
 ficando o psicólogo com a cópia do 
documento completo que foi 
repassado ao cliente, assinado por 
este, comprovando a entrega.
Serviços psicológicos realizados por 
meios de tecnologias da informação e 
da comunicação: Resolução CFP n.º 
11/2018.
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É obrigatória a assinatura 
(certificação) digital do profissional e o 
protocolo de entrega pode ser a 
resposta do usuário ao endereço de 
correio eletrônico.
Prontuários eletrônicos: registros ou 
testes psicológicos e folhas de 
protocolos devem ser digitalizados e 
anexados ao registro digital.
62Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
VI- Prazo de 
Validade do 
Conteúdo dos 
Documentos
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O prazo de validade do conteúdo do 
documento deverá ser indicado no 
último parágrafo do documento.
Deve-se levar em consideração os 
objetivos da prestação do serviço, os 
procedimentos utilizados, os aspectos 
subjetivos e dinâmicos analisados e as 
conclusões obtidas.
Exemplos:
Concurso público: a avaliação 
realizada terá validade somente para 
aquele fim.
Psicoterapia de um adolescente: 
a validade pode estar relacionada 
aos aspectos qualitativos da fase do 
desenvolvimento do sujeito
Um prognóstico favorável: o 
prazo de validade do documento 
deverá considerar a efetivação do 
encaminhamento sugerido. Se não 
houver adesão, a validade do 
encaminhamento sugerido será 
pequena, pois o paciente precisará 
ser avaliado novamente.Licenciado para - Jorge Carminatti - 05467560000 - Protegido por Eduzz.com
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Laudo de avaliação para porte 
de arma ou CNH: validade pelo 
período previsto na legislação que 
prevê sua renovação.
Não há um modelo de prazo de 
validade para todos os casos.
O mais importante é que o 
documento expresse a dinamicidade dos 
fenômenos psicológicos assim como os 
condicionantes históricos e sociais.
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VII - Entrevista 
Devolutiva
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Para entrega do relatório e laudo 
psicológico, o psicólogo deve realizar 
ao menos uma entrevista devolutiva. 
Na impossibilidade desta se 
realizar, deve explicitar suas razões.
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Considerações 
finais
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A Res. CFP 06/2009 foi dividida em 
sete partes, apresentadas nesse e-
book para seguir fielmente a 
sequência da normativa. Todos os 
itens são suficientes para o leitor 
compreender a redação dos 
documentos.
Nos últimos anos se observa que 
os Conselhos Regionais de Psicologia 
têm dado cada vez mais importância 
para esse tema, promovendo ações de 
orientação e divulgação de eventos 
sobre elaboração de documentos.
“A habilidade de redigir 
documentos é cada vez mais 
demandada do psicólogo, portanto 
aquele que estiver apto terá um 
diferencial no mercado de 
trabalho”.
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Os cursos de graduação aos poucos 
vem atentando para a importância de 
treinar os estudantes para exercer as 
habilidades de escrita específicas desses 
tipos de documentos. Até pouco atrás as 
iniciativas eram escassas e no momento 
alguns cursos inserem esse tema na 
disciplina de ética profissional. Mas isso 
ainda é a exceção e não a regra. O aluno 
de graduação em Psicologia precisa de 
um treinamento com fundamentação 
teórica, com apresentação de modelos 
práticos, estudos de caso e com 
realização de exercícios.
Você sabia?
Problemas relacionados com a 
elaboração de documentos fazem 
parte da categoria de assuntos de 
maior incidência na abertura de 
representações e processos éticos.
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A habilidade de redigir documentos é 
cada vez mais demandada do psicólogo, 
portanto aquele que estiver apto terá um 
diferencial no mercado de trabalho. 
Sendo assim, os estudantes e 
profissionais precisam se qualificar cada 
vez mais, seja por meio de cursos, seja 
de maneira autodidata.
Imagine, por exemplo, um cliente que 
procura um psicoterapeuta para fazer um 
ano de terapia por recomendação da 
Justiça. O profissional é um excelente 
clínico, mas se não souber escrever o 
documento rigorosamente nos 
parâmetros regulamentares do CFP e na 
especificação da demanda do cliente, 
provavelmente não será contratado e 
perderá uma oportunidade de um ano 
de trabalho! 
Esse foi um exemplo de um cliente no 
consultório. Imagine se for o caso da 
assinatura de um grande contrato de 
consultoria com uma empresa ou um 
órgão governamental para realização de 
vários treinamentos? De que adianta
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fornecer o serviço e não saber como 
escrever o relatório do qual o órgão ou a 
empresa não abrem mão? Se o 
profissional não tiver essa habilidade, 
provavelmente não conseguirá escrever 
nem o projeto antes da contratação.
Outros tantos exemplos poderiam ser 
mencionados, como peças técnicas e 
redações para concursos públicos que 
selecionam os melhores profissionais, e 
até mesmo o caso dos psicólogos que 
atuam no Poder Legislativo redigindo 
documentos que subsidiarão os 
parlamentares na elaboração de leis. 
Quem tem conhecimento pode atuar de 
maneira decisiva na vida das pessoas. E 
você, psicólogo, ou futuro psicólogo, pode 
fazer isso para prestar um bom
“Quem tem conhecimento pode 
atuar de maneira decisiva na 
vida das pessoas”.
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atendimento, para o bem comum, para 
melhorar a sociedade, para aliviar o 
sofrimento, enfim, para qualquer causacom a qual você mais se identifica.
Faço votos de que continue sempre 
se aperfeiçoando e valorizando nossa 
profissão!
Um abraço,
Carlos Bohm – Psicólogo
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