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Indústria e Globalização

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GEOGRAFIA 
 
Editora Exato 68 
ATIVIDADES INDUSTRIAIS 
1. ASPECTOS GERAIS 
A industrialização efetiva e em larga escala 
ocorre no mundo desde a Revolução Industrial (sécu-
lo XVIII), contudo a diferenciação de nível industrial 
entre os países é bastante clara. Existem países que 
realizaram uma evolução industrial baseada na tecno-
logia e na pesquisa, são normalmente caracterizados 
como países desenvolvidos (EUA, Europa ocidental e 
Japão) e existem países que determinaram uma in-
dustrialização tardia (pós-II Guerra Mundial) e ainda 
baseiam-se em importação de bases tecnológicas no 
nível industrial. Contudo, mesmo entre esses países 
de industrialização tardia, existem diferenças. Os ti-
gres asiáticos possuem uma industrialização muito 
forte, mesmo sendo recente, obtendo peso bastante 
significativo no PIB (Produto Interno Bruto) dos paí-
ses; outros países como o Brasil, México, Chile, que 
também são países subdesenvolvidos, possuem uma 
industrialização recente, embora com um certo nível 
de progressão, ainda não apresentam um nível tecno-
lógico de grande escala. Existem também países que 
estão se industrializando agora, como vários países 
do Oriente Médio e da América do Sul, que utilizam 
na sua maioria, tecnologia importada (totalmente de-
pendentes). 
Conceito chave: indústria⇒ atividade pela 
qual os seres humanos transformam matérias-primas 
em produtos semi-acabados (materiais para outras a-
tividades) ou produtos acabados. 
2. DIVISÕES DA INDÚSTRIA 
Segundo o histórico 
Artesanato: período de produção onde a 
mesma pessoa cuidava de todas as etapas de produ-
ção, período: século XVI. 
Manufatura: já iniciava uma divisão social do 
trabalho, o artesão passou a ser assalariado, período: 
século XVII. 
I Revolução Industrial 
Século XVIII. 
Início da produção em larga escala. 
Marcada pela total hegemonia britânica. 
Utilização do carvão mineral. 
Desenvolvimento da indústria têxtil. 
II Revolução Industrial 
Século XIX. 
Indústria clássica. 
Novas fontes de energia. 
Vários centros de produção (disseminação). 
III Revolução Industrial 
Pós-II Guerra. 
Revolução Tecnocientífica. 
Destaque para a transmissão de informações. 
* Essas datas são referências de tempo bastante relativas. 
Segundo o nível tecnológico 
Tradicionais: são indústrias ligadas às áreas 
concentradas, mão-de-obra numerosa, características 
da Revolução Industrial. Exemplo: siderúrgicas, me-
talúrgicas, etc. 
Modernas: empresas ligadas a ramos de ciên-
cia e tecnologia. Exemplo: informática, Robótica - 
Indústrias de ponta. 
Europa Ásia Canadá
Estados
Unidos
Brasil
Costa do 
Marfim
África 
do Sul
CEI
China
Índia
Taiwan
Cingapura
Coréia
do Sul
Japão
Europa
Ocidental
Israel
informática
aeroespacial
tecnologia nuclear
(militar e civil)
bioindústria
Principais áreas de
inovação científica e
tecnológica 0 2870km
Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico, espaço mundial. 
São Paulo, Moderna. P.81. 
Segundo a forma e o destino da produ-
ção 
Indústrias de produção: dividem-se em in-
dústrias de base (siderúrgicas e metalúrgicas) e as de 
capital ou intermediárias (produzem máquinas para 
outras indústrias). 
Indústrias de construção: construção civil, 
naval e pesada (hidroelétricas, plataformas petrolífe-
ras…) 
Indústrias de transformação: também co-
nhecidas como indústrias de bens de consumo. Divi-
dem-se em indústrias de bens duráveis (automóvel, 
eletrodomésticos…), bens não duráveis (alimentos, 
elementos de higiene…). 
Segundo o capital investido 
Indústria estatal (Furnas). 
Indústria privada nacional (grupo Votorantin). 
Indústria de capital misto (CVRD). 
Indústria privada internacional (Transnacio-
nais). 
3. P&D (PESQUISA E DESENVOLVIMENTO) 
Arma da III Revolução Industrial (revolução 
técnico-científica). 
 
Editora Exato 69 
Baseada, sobretudo, nas indústrias de ponta 
(biotecnologia, informática etc). 
Os países desenvolvidos empregam uma gran-
de parcela do PIB em pesquisa. 
4. INDUSTRIALIZAÇÃO NA ERA GLOBALI-
ZADA 
Mudança de modelo (fordismo e taylorismo 
passaram para toyotismo). 
Formação e desenvolvimento dos tecnopólos 
(parques científicos). 
Just in time: sistema em que a idéia básica, de 
forma simplificada, é: as mercadorias serão forneci-
das à medida que forem necessárias, na forma solici-
tada, e na quantidade e tempo exigido. 
Internacionalização da produção. 
Formação de grupos para dominar o mercado 
(conglomerados). 
Alianças e estratégia de mercado 
As alianças estratégicas estão sendo criadas di-
ariamente como parte do processo de transição para 
um mundo de mercado unificado, onde fica cada vez 
mais difícil distinguir a nacionalidade de um produto 
ou de uma empresa. Milton Friedman afirmou recen-
temente que agora é "possível produzir um produto 
em qualquer lugar, usando recursos de qualquer lu-
gar, por uma empresa localizada em qualquer lugar, 
para ser vendido em qualquer lugar", cada vez mais, 
isso está sendo realizado através de redes de alianças 
estratégicas. 
NAISBITT, John. Paradoxo global. Rio de Janeiro, Campus, 1994. p. 13. 
5. AS TRANSFORMAÇÕES DA INDÚSTRIA 
NO ESPAÇO 
A industrialização após a I Revolução Indus-
trial propiciou uma alteração substancial na formação 
e planejamento das cidades e regiões, cidades foram 
formadas a partir dessa nova conjuntura, da tecnolo-
gia aplicada à indústria. O modo de vida atual é, dire-
ta ou indiretamente, fruto das transformações trazidas 
pela tecnologia industrial. 
No século XIX, a industrialização, que se apre-
sentava apenas em alguns países da Europa (primor-
dialmente o Reino Unido), deslocou-se para outras 
regiões da própria Europa e dos Estados Unidos. Essa 
etapa é conhecida como industrialização clássica, 
marcada pela abrangência de produção entre as gran-
des potências do período. Por muito tempo esse me-
canismo foi utilizado como forma de dominação, 
pelo aspecto claro de quem dominaria seriam os paí-
ses que detinham o poder de produção (máquinas e 
tecnologia). 
 
 
 
6. INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL 
Surgimento da industrialização no Bra-
sil 
Os primeiros surtos de industrialização no Bra-
sil foram marcados por dois fatores básicos: o fim do 
tráfico de escravos (1850) e da escravidão (1888), 
que determinaram a formação de um amplo mercado 
de trabalho assalariado (auxiliado também pela vinda 
de imigrantes), aumentando assim o mercado consu-
midor; o outro aspecto marcante foi a concentração 
financeira (café) na região Sudeste, que fez proliferar 
as indústrias a partir da queda do preço do produto no 
mercado internacional. 
Um dos marcos da geopolítica internacional, 
que foi o embrião do início da industrialização nacio-
nal, foi a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, 
em 1929. Esse acontecimento marcou a estrutura e-
conômica brasileira, no sentido de que, propiciou o 
início da mudança dos investimentos, antes só inseri-
dos no café (principal produto brasileiro do período), 
passou gradativamente a ser investido no setor de 
implantação de indústrias. 
A região Sudeste apresenta a maior concentra-
ção industrial do país, principalmente São Paulo 
“berço da Revolução Industrial Brasileira”. São Pau-
lo foi o local propício para formação industrial, por 
apresentar um grande mercado consumidor, concen-
trar a riqueza da região (café) e localizar-se próximo 
da matéria-prima (no período carvão). 
Período: II Guerra Mundial 
Foi durante a Era Vargas que se consolidou a 
Revolução Industrial Brasileira.Vargas era altamente 
nacionalista e buscou, sobretudo, ingressar o Brasil 
no rol dos países mais fortes do mundo. Nesse perío-
do ele buscou desenvolver a indústria de base, desta-
que, sobretudo, para a criação da Companhia Vale do 
Rio Doce (CVRD), desenvolvida com capital externo 
em troca do apoio formal na II Guerra Mundial. 
A industrialização brasileira só veio a ocorrer 
de forma intensiva durante a II Guerra Mundial 
(1939-1945), nesse período a Europa estava pratica-
mente destruída pelos confrontos diretos, issoocasi-
onava dois aspectos para o Brasil: essa região não 
serviria mais como fornecedora de produtos, o que 
tornaria ainda mais onerosa as importações e o outro 
aspecto seria abastecer o amplo mercado de consumo 
em que havia se transformado a Europa, para prati-
camente todos os produtos necessários no período. 
Contudo, o modelo adotado pelo Brasil foi o caracte-
rizado pela substituição de importações — esse mo-
delo buscava abastecer o mercado interno. 
A industrialização brasileira é caracterizada 
como tardia ou retardatária. Baseada na importação 
de máquinas já obsoletas provindas da Inglaterra. Es-
sa forma de industrialização deu origem ao termo 
 
Editora Exato 70 
Newly Industrialized Countries, isto é, países de in-
dustrialização recente. 
Período: Pós-Guerra 
Foi marcado por um período de grandes inves-
timentos no setor energético e petroquímico (criação 
da Petrobrás), buscava-se nesse período a maior in-
dependência possível no nível de produção industrial. 
Durante o período de 1956 a 1960, houve uma 
alteração brusca no modelo de desenvolvimento in-
dustrial brasileiro, antes intimamente ligado à indus-
trialização de base, alterou para a industrialização de 
bens de consumo. Esse período foi marcado pelo 
Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, que priori-
zou o setor de energia e transportes, e abriu o merca-
do interno para as transnacionais, determinando 
assim uma dependência muito grande do capital ex-
terno e um aumento da dívida, pela necessidade de 
investimento em grandes obras e aquisição de novas 
tecnologias. 
Período: Ditadura Militar 
Período conhecido como “milagre brasileiro”, 
aumento da produção industrial, sobreposto à falta de 
participação política. 
Foi marcado também pela concentração de 
renda e os problemas sócio-econômicos não foram 
combatidos, embora tenha tido um crescimento eco-
nômico e um aumento das divisas. 
7. ASPECTOS RECENTES 
A Região Sudeste ainda é a região que apre-
senta a maior participação na indústria brasileira. A-
tualmente o estado concentra dois terços da força de 
trabalho e praticamente metade do valor da produção 
nacional. Contudo, outros estados localizados fora de 
região estão se tornando bastante importantes, como 
é caso do Rio Grande do Sul e do Paraná (região 
Sul), nessa região tem destaque a agroindústria, in-
dústria têxtil e de calçados. A outra região é o Nor-
deste, destaque para a Bahia. Esse último estado 
apresenta um forte pólo petroquímico e a recente me-
ga-indústria da Ford. 
Entretnato, um fato característico da dinâmica 
da globalização está vindo à tona, é o destaque da 
desconcentração industrial, devido a vários aspectos, 
dentre os quais: 
� Incentivos fiscais de outras cidades e regi-
ões. 
� Dificuldade de circulação do produto (con-
centração). 
� Busca de menores salários que nos grandes 
centros. 
� Aumento do custo da indústria no local (es-
peculação imobiliária). 
� Busca de lucro (pilar principal do capita-
lismo). 
Esse fator é conhecido como deseconomia de 
aglomeração, e se caracteriza como algo comum no 
contexto da industrialização moderna. 
A indústria no Brasil possui uma participação 
no PIB maior que a agricultura (30% o PIB industri-
al), apesar de que a cada dia emprega um menor nú-
mero de trabalhadores. Esse aspecto negativo é uma 
tendência mundial, que se caracteriza pela mecaniza-
ção e robotização, que hoje se torna a grande questão 
do nível tecnológico, que pode beneficiar ou prejudi-
car o próprio homem. 
Atualmente no aspecto da economia industrial 
global, as indústrias que vêm obtendo maior lucrati-
vidade são as automobilísticas, petroquímicas e de te-
lecomunicações. As primeiras ganharam com a 
disseminação da produção em países onde o preço da 
mão-de-obra é mais barato e com a padronização dos 
modelos e das peças de reposição. Já a petroquímica 
se desenvolveu em conseqüência das constantes valo-
rizações do barril do petróleo, e do ligeiro aumento 
do mercado consumidor. As empresas e indústrias de 
telecomunicações cresceram muito nos últimos anos, 
pela própria dinâmica do mundo globalizado, que ne-
cessita cada vez mais de informações, e de forma ca-
da vez mais clara e rápida. 
8. LEITURA COMPLEMENTAR 
Dentro da Toyota 
Senhores, eu estive lá. Se a indústria japonesa 
tem um coração, ele bate no setor automobilístico. E, 
se esse coração tiver um epicentro, ele se chama To-
yota. Estive lá, senhores, na venerada linha de produ-
ção da Toyota, na qual se criou, entre outras 
revoluções da gestão de produção, o sistema just-in-
time. 
A Toyota surgiu em 1890, quando o fundador, 
Sakiichi Toyoda, inventou e passou a fabricar várias 
máquinas de tear. Primeiro em madeira, depois utili-
zando o ferro como matéria-prima. Somente em 1933 
a empresa resolveu pesquisar na área automotiva, 
caminhando numa direção que foi apontada por Kii-
chiro Toyoda, o filho do fundador, talvez insatisfeito 
com o negócio de bens de capital. Em 1937, o depar-
tamento de motores se desmembrou da companhia-
mãe e produziu quatro unidades de um sedã chamado 
"AA ". Bendita insatisfação, aquela. Era o surgimen-
to da Toyota Motor, hoje o terceiro maior fabricante 
de automóveis do planeta, sob o comando de Shoi-
chiro Toyoda, atrás apenas da GM e da Ford. Em 
1994, a Toyota trouxe ao mundo 3,5 milhões de veí-
culos. Para que se tenha uma idéia, a produção brasi-
leira totalizou 1,5 milhão, somando todas as 
companhias que montam no país. Isso significa que a 
produção de veículos da Toyota respondeu por 35% 
dos 10,5 milhões de carros que o Japão fez nascer em 
1994, uma produção automotiva somente superada 
pela americana, que bateu nos 12,2 milhões. 
 
Editora Exato 71 
Evidentemente, hoje o setor automotivo é o 
carro-chefe do portfólio de produtos e empresas que 
compõem o grupo Toyota. O grupo, que ainda atua 
no setor de maquinário para o setor têxtil, abrange 
outras treze companhias que vão do ramo imobiliário 
ao material elétrico da Nippondenso, empresa que 
mantém uma planta no Brasil, em Curitiba. 
(...) 
Nagóia é um dos maiores centros industriais do 
Japão. Mas é conhecida mesmo por ser a cidade da 
Toyota, a companhia que, em 1972, comemorava 10 
milhões de carros produzidos e que, em 1993, já brin-
dava a marca dos 80 milhões. Nagóia é uma cidade 
moderna, onde a arquitetura ostenta viadutos e arra-
nha-céus erigidos às dúzias na época da bubble eco-
nomy, como ficou conhecido o fenômeno de 
especulação financeira que superaqueceu os preços e 
a produção japonesa entre 1988 e 1993. (...) 
Quando acaba o perímetro urbano, no entanto, 
encontra-se o que é de certa forma raro ver no Japão: 
um ambiente rural. Mas não esperem roças de milho 
e estradas de chão. Tudo é asfalto, semáforos quando 
há cruzamentos - mesmo que estes sejam esporádicos 
e muito pouco movimentados, e plantações de arroz 
bem planejadas. É possível ver nas calçadas crianças 
indo para a escola, usando seus sóbrios uniformes e 
capacetes. Aichi é considerada uma das províncias 
mais conservadoras do Japão e, entre outras regula-
mentações, há a que estabelece a obrigatoriedade de 
as crianças usarem capacetes, dependendo do perigo 
potencial do trânsito do lugar por onde passam. 
De repente, por detrás da paisagem, começam 
a surgir plantas industriais que, mesmo sendo imen-
sas, não destoam do bucolismo do ambiente. (A coe-
xistência de dessemelhanças é um dos pilares da 
sociedade japonesa). Trata-se da cidade Toyota, com 
suas doze fábricas e mais todas as plantas de seus 
fornecedores, numa engenharia logística de atendi-
mento e de recepção de matérias-primas e componen-
tes que é o paraíso na Terra para qualquer adepto do 
just in time. 
Na planta de Takaoka, uma das maiores, cuja 
inauguração se deu em 1966 e que produz o Corolla e 
o Paseo, entre outros, não se vê estoque. A quantida-
de de material utilizada pelo funcionário duraria só 
10 minutos se não houvesse reposição. Isso dá uma 
limpeza visual e um aspecto de organização invejá-
veis ao ambientede trabalho. A densidade demográ-
fica da fábrica também é baixa, e a mecanização na 
linha de montagem é grande (a Toyota emprega 
71000 pessoas. A GM, depois de vários cortes de 
pessoal, conseguiu manter seu quadro mundial em 
700 000). A esteira gira por toda a fábrica, e o que 
entra numa ponta como componente sai como um au-
tomóvel completo na outra, não muito tempo depois. 
Na seqüência, a unidade é testada e, se não voltar, é 
levada diretamente às 310 distribuidoras da Toyota 
no mercado doméstico ou ao porto, onde um navio da 
companhia espera para levá-la a 160 países no mun-
do. O Brasil, com suas instáveis taxas de importa-
ções, está incluído nessa lista apenas perifericamente. 
Na cidade Toyota, vai-se do metal em estado bruto ao 
automóvel pronto para rodar em menos de um dia. 
(...) 
SILVA, Adriano. Exame. São Paulo, dez. 1995. p. 124-5 . 
ESTUDO DIRIGIDO 
1 Faça uma síntese, destacando como as indústrias 
podem ser divididas. 
 
 
 
 
 
 
 
2 Descreva o que vem a ser uma indústria de pro-
dução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Por que São Paulo se tornou a principal área de 
produção industrial do Brasil? 
 
 
 
 
 
 
 
4 Determine as principais causas e conseqüências 
do processo de desconcentração industrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Quais são as indústrias que atualmente vem ob-
tendo maior lucratividade? 
 
 
 
 
 
 
Editora Exato 72 
EXERCÍCIOS 
1 São aspectos gerais da industrialização brasileira, 
exceto: 
a) Considerada tardia. 
b) Altamente dependente de capital externo. 
c) Desenvolve alta tecnologia em todos os níveis. 
d) O sistema industrial no país é muito bem dis-
tribuído. 
e) O Brasil compra muita tecnologia de fora. 
 
2 Dentre os estados abaixo, qual é considerado o 
mais industrializado? 
a) Amapá. 
b) Goiás. 
c) Tocantins. 
d) São Paulo. 
e) Sergipe. 
 
3 A industrialização e urbanização do Sudeste, que 
contribuíram para a formação de um importante 
núcleo econômico no Brasil, podem ser respon-
sáveis pelo (a): 
1111 agravamento dos desequilíbrios regionais de 
desenvolvimento do país. 
2222 ampliação e fortalecimento do mercado con-
sumidor interno do país. 
3333 descentralização das funções urbanas nas regi-
ões sul e nordeste. 
4444 grande diferença da ocupação espacial existen-
te no sul do país. 
5555 independência verificada nos setores Primário 
e Terciário do país. 
 
4 Sobre a organização espacial da indústria brasi-
leira, analise as questões abaixo com V (verda-
deiras) e F (falsas) 
1111 Todas as indústrias estão localizadas na região-
centro-sul. 
2222 São Paulo possui o maior número de trabalha-
dores no setor industrial brasileiro. 
3333 O Sudeste foi a região que mais concentrou in-
dústrias, devido às condições sociais, econô-
micas, políticas e naturais mais favoráveis. 
4444 A concentração industrial ajudou o Brasil a 
distribuir melhor seus lucros para toda a popu-
lação. 
5555 O Brasil é caracterizado como um país de in-
dustrialização recente. 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
Estudo Dirigido 
1 Segundo o histórico; segundo a forma e o destino 
da produção; segundo o capital investido; segun-
do o nível tecnológico. 
2 Indústrias de produção: dividem-se em indús-
trias de base (siderúrgicas e metalúrgicas) e as de 
capital ou intermediárias (produzem máquinas 
para outras indústrias). 
3 A região Sudeste apresenta a maior concentração 
industrial do país, principalmente São Paulo 
“berço da Revolução Industrial Brasileira”. São 
Paulo foi o local propício para formação industri-
al, por apresentar um grande mercado consumi-
dor, concentrar a riqueza da região (café) e 
localizar-se próximo da matéria-prima (no perío-
do carvão). 
4 Contudo, um fato característico da dinâmica da 
globalização está vindo à tona, é o destaque da 
desconcentração industrial, devido a vários as-
pectos, dentre os quais: 
� Incentivos fiscais de outras cidades e regi-
ões. 
� Dificuldade de circulação do produto (con-
centração). 
� Busca de menores salários que nos grandes 
centros. 
� Aumento do custo da indústria no local (es-
peculação imobiliária). 
� Busca de lucro (pilar principal do capita-
lismo). 
5 Atualmente, no aspecto da economia industrial 
global, as indústrias que vêm obtendo maior lu-
cratividade são as automobilísticas, petroquími-
cas e de telecomunicações. As primeiras 
ganharam com a disseminação da produção em 
países onde o preço da mão-de-obra é mais barato 
e com a padronização dos modelos e das peças de 
reposição. Já, a petroquímica se desenvolveu em 
conseqüência das constantes valorizações do bar-
ril do petróleo e do ligeiro aumento do mercado 
consumidor. As empresas e indústrias de teleco-
municações cresceram muito nos últimos anos, 
pela própria dinâmica do mundo globalizado, que 
necessita cada vez mais de informações, e de 
forma cada vez mais clara e rápida. 
Exercícios 
1 C 
2 D 
3 C, E, E, E, E 
4 E, C, C, E, C

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