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Introdução ao EAD - Aula 05

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INTRODUÇÃO À EaD – 
LETRAMENTO 
DIGITAL AULA 5
ABERTURA 
Olá!
Com o avanço da tecnologia, os recursos digitais não se restringem mais a campos específicos. 
A educação não poderia ficar distante dessa realidade e, para apoiar os processos de ensino-
aprendizagem, foram desenvolvidos os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Eles 
servem tanto para a educação presencial quanto para aquela que ocorre a distância. No 
entanto, cada recurso precisa ser devidamente analisado para que seu uso intencional 
pedagógico seja efetivo. Isso vale tanto para as tecnologias mais comuns (o giz, provavelmente, 
não será o recurso mais adequado para escrever em um caderno, por exemplo) quanto para as 
tecnologias digitais (um AVA que serve para uma realidade pode não servir para outra).
Nesta aula, você vai estudar informações básicas, mas indispensáveis a respeito dos AVAs: 
conceito, quais os mais utilizados atualmente e como eles podem apoiar tanto a educação a 
distância quanto a presencial.
Bons estudos.
Ambientes 
Virtuais de 
Aprendizagem
Referencial Teórico 
Utilizar um AVA não é uma tarefa tão simples, por isso, você terá aqui algumas 
informações básicas sobre o assunto. Durante a leitura do capítulo, você estudará fundamentos 
da educação a distância (EaD) voltados aos ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). E por 
que começar com a EaD? Porque, embora ela não tenha surgido com a internet e com as 
novas tecnologias de informação e de comunicação, ela se concretizou e, junto com ela, vieram 
os AVAs.
A leitura do capítulo "Ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs)", da obra Introdução a 
educação a distância - EaD, fornecerá subsídios para você compreender o que é um AVA, 
conhecer os mais utilizados e verificar alguns exemplos de uso do Moodle – o AVA mais utilizado 
no Brasil.
Faça sua leitura e você aprenderá a:
• Reconhecer um ambiente virtual de aprendizagem.
• Identificar diferentes AVAs utilizados na EaD.
• Demonstrar o uso do AVA Moodle na EaD.
Ambientes virtuais 
de aprendizagem (AVA)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Reconhecer o ambiente virtual de aprendizagem.
 Identificar diferentes AVAs utilizados na educação a distância (EaD).
 Demonstrar o uso do AVA Moodle na EaD.
Introdução
Neste capítulo, você estudará aspectos da educação a distância (EaD) 
voltados aos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). A EaD é uma 
modalidade de ensino que não surgiu com o advento da internet e das 
Tecnologias de Informação e Comunicação, entretanto, foi com esses 
marcos históricos que ela se fortaleceu, podendo fazer parte dos processos 
de ensino e de aprendizagem não como um segmento apartado da 
educação formal, mas como um complemento a ela, especialmente na 
educação superior. Desta forma, compreender os AVA é fundamental para 
pensar a EaD atualmente, embora, de forma alguma, se possa reduzir a 
EaD à tecnologia, já que os processos pedagógicos e o uso intencional 
educativo dessas ferramentas formam a base de toda a prática.
Assim, neste capítulo, primeiro você verá o que é um AVA, depois 
estará apto a identificar alguns dos mais comuns utilizados na EaD e, 
por fim, conhecerá alguns exemplos de uso do AVA Moodle – o mais 
utilizado no Brasil – na educação.
O conceito de ambiente virtual 
de aprendizagem
Você certamente estudou, ao menos o ensino fundamental e médio, de forma 
presencial. Assim, já conhece um ambiente de aprendizagem: a sala de aula.
Observe que a sala de aula presencial é um ambiente de aprendizagem, 
mas não é virtual. O termo Ambiente Virtual de Aprendizagem é composto 
por três palavras principais: é um “ambiente”, ou seja, um lócus que rodeia, 
cerca ou envolve e constitui o meio onde algo se dá; é “virtual”, tanto no sen-
tido de algo criado pelos meios eletrônicos quanto no daquilo que existe em 
potência (LEVY, 1996); e é “de aprendizagem”, já que serve a uma finalidade 
educacional com a intenção de desenvolver no aluno alguma competência 
ou fazer com que ele atinja determinado objetivo pedagógico por meio de 
um processo intencional didático. Em síntese, AVA é como uma sala de aula 
na qual a mediação didática e a interação ocorrem utilizando-se de meios 
telemáticos como computadores, celulares, páginas da internet, entre outros.
Pensando na EaD como um processo de ensino e de aprendizagem no 
qual professor e alunos estão separados em termos de localização e de tempo, 
e a mediação ocorre com a utilização de tecnologias e métodos adequados 
a essa modalidade de educação, o AVA torna-se um elemento estruturante 
dela. Mas não é a simples seleção e aplicação de um AVA que fará com que 
a EaD de determinada instituição tenha sucesso: ele precisa ser escolhido, 
adaptado, organizado e utilizado com intencionalidade pedagógica, por meio 
de uma equipe formada para tal atividade, incluindo os próprios professores, 
mas contando também com designers instrucionais, profissionais de arte e 
de tecnologia, etc.
De forma geral, os AVAs têm como objetivo a facilitação das atividades 
didático-pedagógicas para o processo de ensino e aprendizagem apoiado por 
tecnologias. Trata-se de um espaço na internet no qual se centraliza uma série 
de ferramentas para uso dessas atividades, com possibilidades diversas de 
exposição de conteúdos, formatos variados de práticas de ensino, recursos 
tecnológicos (chats, fóruns, e-mails, etc.) e possibilidades de avaliação (NU-
NES, 2011). É comum que permitam aos docentes o controle de acesso dos 
alunos, bem como de suas notas.
Os AVAs favorecem a criação de um local educativo digital para a interação, 
de forma a não dar ao aluno a sensação de estar isolado. Ele pode, é claro, 
interagir com o conteúdo disponibilizado, mas principalmente com o professor 
e com os demais estudantes. Entretanto, a seleção de determinado AVA, das 
ferramentas a serem utilizadas e mesmo do tipo de uso intencional pedagógico 
que será adotado deve passar por uma análise do contexto.
Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)2
A análise de contexto para a escolha de um AVA, suas ferramentas e seus usos, precisa 
levar em conta uma série de fatores. De acordo com Bates (2015), algumas delas são:
  público-alvo (quais são os aspectos tecnológicos disponíveis aos seus alunos, como 
velocidade de conexão, tipo de dispositivo, bem como aspectos humanos, como 
nível de fluência tecnológica deles e por quanto tempo costumam ficar conectados);
  elementos técnicos do AVA em si, como ergonomia, design e usabilidade do am-
biente e de suas ferramentas;
  quesitos pedagógicos como o tipo e a quantidade de material a ser disponibilizado 
aos alunos, a frequência e o formato de atividades e avaliações;
  fatores institucionais como a disponibilidade de recursos humanos e financeiros 
para implementação, desenvolvimento, armazenamento, adaptação e design pe-
dagógico, além do custo do licenciamento e da hospedagem do próprio ambiente 
virtual de aprendizagem, se for o caso.
Em geral, as concepções de aprendizagem presentes nos AVAs são voltadas 
ao construtivismo (com foco na interação e no aprender com o meio) ou ao 
conectivismo (na qual o foco, além do ser humano, também está na tecnologia 
e no conhecimento nela presente). No entanto, ressalta-se novamente que o 
diferencial do AVA é o uso intencional pedagógico que se faz dele. Pouco 
importa em qual base teórica um AVA é construído se o design pedagógico 
fomentar seu uso apenas como um repositório de conteúdo. A seleção e a 
utilização das ferramentas de um AVA precisam estimular a visão de apren-
dizagem da instituição e a autonomia do aluno em direção à construção do 
conhecimento de forma motivada e interativa.
Alguns autores fazem uma categorização dos tipos de AVA por “ondas”. A 
primeira onda é de ambientes centrados em ferramentas; a segunda é voltada 
aos conteúdos; a terceira foca em atividades; e a quarta tem ênfase na perso-
nalização do processo de ensino-aprendizagem (FILATRO; PICONEZ, 2012). 
No entanto,nos últimos tempos, o que se tem visto é um salto de “ambientes” 
para “ecossistemas” virtuais de aprendizagem (VEIGA et al., 2016), nos quais 
podem ser centralizados todos os instrumentos e ferramentas que a instituição 
deseja colocar à disposição dos alunos, sem obrigatoriamente deixá-la presa a 
uma marca única. Estes ecossistemas, considerados AVA de última geração, 
conseguem transpor para uma linguagem comum diversos tipos de dados e 
colocá-los da mesma maneira amigável ao usuário, principalmente por meio 
do acoplamento de recursos diversos disponíveis na internet. O que não muda, 
3Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
entretanto, é a necessidade de existir um ser humano com formação adequada 
para selecionar os melhores recursos e aplicá-los com intencionalidade peda-
gógica no contexto educacional da instituição.
Alguns AVAs utilizados atualmente
Filatro e Piconez (2012) indicam que a maioria dos AVA utilizados no Brasil 
ainda se encontra na primeira onda, cujo foco está nas ferramentas e em torno 
de um sistema de gerenciamento de aprendizagem. Na obra, as autoras, inclu-
sive, exemplifi cam esta onda citando ambientes como Blackboard, Moodle, 
Tidia-Ae e Teleduc. Por similitude, o AVA Canvas, lançado mais recentemente 
que os demais citados, também está nesta categoria.
De forma geral, os ambientes têm um funcionamento bastante parecido: 
trata-se de um grande espaço no qual podem ser organizadas “salas” (cursos, 
disciplinas) diferentes. Dentro de cada uma dessas “salas” os tipos de ferra-
menta e a visualização delas também são muito semelhantes. São encontrados 
recursos como: módulos ou abas para organização da disponibilização dos 
materiais; páginas de conteúdos; arquivos hospedados diretamente no AVA 
para download e para leitura online ou offline; fóruns e espaços de interação; 
questionários e tarefas para perguntas objetivas, de resposta escrita no AVA 
ou envio de arquivo; glossário; pastas para organização dos conteúdos; links 
para sites externos; wiki ou outra forma de construção coletiva de textos.
Já que as ferramentas são parecidas e o seu uso intencional pedagógico 
é que precisa ser bastante planejado, os próximos parágrafos apresentação 
brevemente alguns dos principais AVAs para que você possa identificá-los. Por 
ser um fator tecnológico no processo de educação a distância, é relativamente 
comum que novos ambientes surjam e outros caiam em desuso. Entretanto, 
os que serão explanados na sequência constam nesta lista ou por serem os 
mais utilizados na educação brasileira contemporânea ou por terem alguma 
importância na história recente da EaD brasileira.
Blackboard
É um AVA comercial utilizado em várias partes do mundo. Oferece o ambiente 
virtual de aprendizagem propriamente dito (software para ser implementado 
a fi m de gerenciar as ferramentas utilizadas nos processos de ensino-aprendi-
zagem) e mais algumas soluções educacionais em certos nichos específi cos, 
Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)4
como ensino fundamental, médio, superior, corporativo, governamental, etc. 
A sede da empresa que lançou e mantém o AVA fi ca nos Estados Unidos, e 
seu uso no Brasil está focado principalmente em instituições privadas.
O ambiente disponibiliza uma série de ferramentas para uso educacional 
(avisos, mensagens e fóruns), além dos meios para publicação de diversos 
tipos de mídias. Há também ferramentas para a gestão da aprendizagem do 
aluno, como um tipo de boletim, e também uma maneira automatizada de se 
entrar em contato com determinados grupos de estudantes, como aqueles que 
estão há certo tempo sem acessar o AVA, ou os que obtiveram nota inferior 
a um padrão determinado.
Teleduc
Um AVA brasileiro desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Uni-
camp), mais especifi camente em seu Núcleo de Informática Aplicada à Educação 
do Instituto de Computação. Sua utilização iniciou em 1998, mas caiu em desuso 
nos últimos anos e a própria Unicamp reduziu fortemente sua utilização a partir 
de 2018. É um ambiente simples e fl exível, com estrutura e suporte tecnológico 
para a implementação de diferentes cenários de aprendizagem.
Oferece ferramentas de fóruns, chat, e-mail, bem como formatos variados 
para a entrega do conteúdo, como vídeos e textos. Há um campo para geren-
ciamento de notas, e é possível analisar as interações nos fóruns por meio de 
gráficos que mostram com quem os alunos mais entram em contato, além da 
frequência de comunicação, por exemplo.
Tidia-Ae
É também um AVA brasileiro, desenvolvido junto ao programa de tecnologia 
da informação para o desenvolvimento da internet avançada (Tidia) para apoio 
ao aprendizado eletrônico (Ae), com fi nanciamento da Fundação de Amparo 
à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O ambiente possui parceria com 
um projeto cujo núcleo básico foi utilizado para desenvolver a plataforma e as 
mídias colaborativas, mas, atualmente, também é pouco utilizado.
Trata-se de um ambiente que compila três grandes grupos de ferramentas: 
de administração, de coordenação e de comunicação, de forma que suas 
funcionalidades permitem que os usuários possam criar cursos, gerenciá-los e 
colaborar na execução de trabalhos, tarefas, pesquisas e projetos, dependendo 
do perfil atribuído.
5Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
Canvas
É um AVA lançado em 2011 pela Instructure Inc., empresa com sede nos Estados 
Unidos. Está disponível em um modelo freemium, ou seja, há uma versão total-
mente gratuita, livre e aberta, com determinadas funcionalidades que podem 
ser adaptadas e adequadas de acordo com as necessidades de cada instituição. 
No entanto, há também uma versão na qual se paga pela hospedagem na nuvem 
da Instructure, com mais ferramentas, mídias e possibilidades de uso do que a 
versão gratuita. A versão paga tem a vantagem de funcionar na nuvem da Ins-
tructure, ou seja, não requer uma instalação local em um servidor da instituição 
que o adotar e, assim, mantém-se sempre atualizado sem que sejam necessárias 
paradas programadas ou interrupções na disponibilidade do sistema aos usuários.
Oferece ferramentas semelhantes aos demais ambientes, como fóruns, 
tarefas, testes, módulo de notas, além de meios de entrega de conteúdo também 
parecidos, possibilitando a utilização de textos, vídeos, animações, softwares 
e games. Diferencia-se, entretanto, por permitir uma integração nata com 
ferramentas de colaboração externas e por possuir módulos de integração com 
aplicativos de diversas áreas e com variados tipos de conteúdo, sendo tudo 
facilmente integrável, sem a necessidade de um profissional de tecnologia da 
informação (TI) a cada necessidade.
Moodle
Foi criado em 2001 e, por ser de código aberto, livre e gratuito, está em constante 
desenvolvimento por meio de uma comunidade mundial, que contribui para a 
atualização permanente da ferramenta. São profi ssionais de TI, desenvolvedores, 
professores, pesquisadores e designers instrucionais que compartilham infor-
mações a respeito do AVA, que pode ser confi gurado para atender a contextos 
educacionais variados. Possibilita atividades voltadas à colaboração e à comuni-
cação, e permite a integração com diversas mídias e ferramentas externas, bem 
como aos sistemas das instituições, como o de controle acadêmico ou de gestão 
da vida escolar do estudante. É, ainda, a mais utilizada no Brasil e no mundo.
Moodle é, na realidade, a sigla para Modular Object Oriented Distance 
Learning, que, traduzindo livremente, seria algo como “aprendizagem a dis-
tância orientada por objetos modulares”. Modular é um ponto forte deste 
ambiente: possui uma estrutura modular, que permite um fácil intercâmbio 
entre cursos dentro do mesmo AVA, entre diferentes instalações de Moodle e 
até mesmo entre Moodle e outros ambientes que possam ser utilizados pelas 
instituições de ensino.
Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)6
Exemplos de uso do Moodle
Tendo em vista que o Moodle ainda é o AVA mais comum no Brasil, além 
do fato de ele sergratuito e de código aberto, ele será mais explorado neste 
capítulo. Qualquer pessoa ou instituição pode adotar este ambiente, o que 
o torna bastante acessível também para uso particular, por exemplo, se um 
professor da educação presencial quiser um AVA para apoiar suas ativi-
dades sem que sua instituição seja obrigada a comprar a licença de uso. É 
interessante destacar, entretanto, que está disponibilização depende de um 
servidor para hospedagem e de certo conhecimento técnico para instalação 
e manutenção.
Por isso, nesta parte do capítulo serão apresentados dois tipos principais de uso do 
Moodle: um como ambiente principal de aprendizagem, para cursos a distância, por 
exemplo; e outro como lócus de apoio às práticas presenciais, para atividades híbridas 
ou que utilizem a internet apenas como apoio no desenvolvimento de algumas ativi-
dades. É possível utilizar o mesmo ambiente para mais de uma finalidade, exatamente 
porque a qualidade não está na ferramenta em si, mas sim, como você já viu, no uso 
intencional pedagógico que se faz dela.
Moodle no ensino presencial
O Moodle pode ser utilizado facilmente de diversas formas no ensino presen-
cial. A mais simples, é claro, é utilizá-lo como um tipo de repositório para a 
disponibilização de materiais ou interações simples. Por exemplo, na exigência, 
durante as aulas presenciais, da leitura prévia de algum texto, para discussão 
na sala de aula. O Moodle oferece modos de organização desses materiais, 
visualmente, por meio de “módulos temáticos” por “abas”. Em cada uma 
dessas opções, é possível ainda — a) disponibilizar o conteúdo diretamente 
no Moodle, de forma que, ao clicar, o aluno faz o download do material; b) 
inserir um link para um material externo, como um arquivo na nuvem ou um 
site externo; c) organizar em pastas e, dentro delas, utilizar uma das duas 
opções anteriores.
7Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
Mesmo sendo muito semelhante, um uso alternativo da plataforma é o de, 
ao explicar temas em sala de aula, utilizar textos, vídeos e outros recursos 
oferecidos dentro do repositório do Moodle. Neste sentido, as opções de 
disponibilização de conteúdo citadas anteriormente permanecem válidas e 
pode-se utilizar o ambiente destas maneiras.
Entre os usos mais simples, é possível também utilizar o ambiente para 
algum tipo de interação. O fórum pode ser aplicado em apoio ao que ocorre 
presencialmente em sala de aula, com a finalidade de aprofundar discussões 
ocorridas ou realizar outras sobre temas diversos de interesse da disciplina 
ou do curso presencial. 
Outras formas de colaboração, além do fórum, também podem ser fo-
mentadas, por meio de ferramentas como Wiki, Chat e mensagens. Wiki é 
uma página na qual determinados integrantes conseguem, ao mesmo tempo 
e colaborativamente, inserir conteúdos dos mais diversos formatos, como 
textos, vídeos, links, etc. É uma ferramenta simples para a escrita e a edição 
de textos em grupo, de forma cooperativa. Chat e mensagens são formas mais 
conhecidas de interação. A primeira é um bate-papo em tempo real, que pode 
ser mediado ou não, e a segunda é como um e-mail interno do Moodle, que 
possibilita o envio e a resposta de mensagens diversas para um integrante ou 
para um grupo de integrantes, incluindo anexos.
A ferramenta tarefa possui, igualmente, grande valia para gerenciar a 
entrega e o recebimento de atividades, que podem ser avaliativas ou não. Ela 
possibilita o envio individual de diversos tipos de arquivos a partir de um 
enunciado que pode estar no Moodle. É possível dar devolutivas, como notas 
e feedbacks, diretamente pelo ambiente.
Um exemplo de uso integrado do Moodle é na disciplina “Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem apoiados por recursos Web. Novos Desafios. Novas 
Competências” da Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Educação 
da Universidade de São Paulo (USP). Nela, todas essas funcionalidades 
anteriormente citadas foram aplicadas e, além disso, houve também um 
diagnóstico ao início da disciplina, sobre a fluência de cada um dos alunos 
em AVA, bem como uma autoavaliação ao final, sobre quais competências 
cada um dos estudantes da disciplina acredita ter desenvolvido durante seu 
semestre de duração.
É claro que estas são opções simples de uso do Moodle, quando utilizadas 
individualmente. De maneira integrada, elas apoiam de forma bastante com-
pleta e complexa as atividades presenciais – sempre na dependência de como 
o docente decide e consegue utilizá-las. Entretanto, o Moodle também apoia a 
aplicação de metodologias mais inovadoras, como a sala de aula invertida. Sob 
Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)8
esta perspectiva, o papel do professor deixa de ser o de detentor dos saberes 
para passar a ser o de mediador da construção do conhecimento, por meio de 
estratégias que demonstrem como os conteúdos e as competências têm a ver 
com a vida dos alunos e suas motivações. Pensando na sala de aula como ponto 
fixo para atividades práticas e debates, há uma fase anterior na abordagem 
da sala de aula invertida, que envolve a aprendizagem autônoma realizada 
individualmente pelo estudante, seguida de uma fase de diagnóstico dessa 
aprendizagem prévia. É aqui que o Moodle pode ser utilizado: para capturar 
se e como os alunos aprenderam os conteúdos previamente solicitados, para 
organizar o conteúdo. “Os resultados dessa avaliação, quando registrados 
na plataforma, permitem ao professor acessá-los e conhecer quais foram os 
pontos críticos do material estudado e que devem ser retomados em sala de 
aula [...]” (VALENTE, 2014, p. 90).
Enfim, há diversas possibilidades de uso do Moodle na educação presencial. 
Precisa, antes de m ais nada, que o professor conheça o ambiente, o utilize 
e o teste para, depois, pensar em como fazer ouso pedagógico em contextos 
de ensino e de aprendizagem específicos. Devem ser articulados os conheci-
mentos da tecnologia ou do recurso em si com os de didática e da matéria ou 
disciplina a ser trabalhada.
Moodle na educação a distância
Todas as funcionalidades citadas do Moodle, como o apoio da educação 
presencial, também podem ser utilizadas de acordo com o modelo educa-
cional da instituição e com a intencionalidade pedagógica do docente e do 
designer instrucional. São utilizadas possibilidades como a disponibilização 
de conteúdos nas mais diversas mídias, de forma direta ou organizados em 
pastas, fóruns, wikis, mensagens e tarefas, entre outras estratégias que inte-
gram o Moodle com ferramentas externas, permitindo, assim, novos tipos de 
colaboração, acesso a livros e capítulos, de atividades práticas e de recursos 
interativos dos mais diversos tipos.
Uma das principais diferenças entre o uso do Moodle na EaD e sua 
utilização como apoio ao ensino presencial é na concepção de “aula”. Para 
a educação presencial, na qual o Moodle pode ser uma forma de apoio às 
atividades, uma aula ainda é um processo de ensino e de aprendizagem que 
ocorre presencialmente, com alunos e professores no mesmo lugar e ao 
mesmo tempo, com duração aproximada de 50 minutos – e é esta atividade 
que o Moodle pode apoiar. Na EaD, a aula é uma seleção intencional de 
conteúdos, dispostos em mídias e ferramentas variadas, voltadas a atingir 
9Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
determinado objetivo pedagógico ou desenvolver certa competência em 
certo período, de forma que o AVA, neste caso, o Moodle, é o local onde o 
curso e as atividades se desenvolvem.
Uma série de instituições de EaD adota o Moodle como principal ambiente 
para os seus processos de ensino e de aprendizagem. Uma delas, de acordo 
com Rios et al. (2016), é a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita 
Filho” (Unesp), por meio do seu Núcleo de Educação a Distância (NEaD).
A instituição adota o Moodle porque, além de conseguir dar um bom 
uso pedagógico às suas ferramentas nativas, é o AVA com maior facilidade 
e possibilidade de adequação para que seja acessível para pessoas com de-
ficiência, uma marca dos cursosofertados. Ao acessar o AVA da Unesp, o 
estudante escolhe qual tipo de visualização quer (com audiodescrição, com 
Libras ou sem recurso assistivo) e depois encontra a sala virtual na qual tem 
acesso aos conteúdos do curso em que está matriculado, podendo, portanto, 
enviar atividades que demandem avaliação, participar das ações propostas no 
decorrer da disciplina e ainda interagir com colegas e tutores.
No caso dos cursos de especialização da instituição, por exemplo, há 
conteúdos disponibilizados semanalmente em um quantitativo de páginas 
de leitura e de minutos de vídeo coerente com a carga horária da disciplina. 
Atividades avaliativas também ocorrem no Moodle, e a correção fica a cargo 
dos tutores. Parte da nota necessária para aprovação em cada matéria vem de 
provas presenciais – até 2017, ainda era necessário que a nota das atividades 
presenciais fosse preponderante com relação às ocorridas por meio do AVA; 
depois do Decreto 9.057, de 2017, essa exigência não vigora mais.
Em síntese, o uso do Moodle na EaD também depende da intencionali-
dade educacional que se pretende conferir ao AVA. Depende, é claro, das 
exigências da instituição, e das necessidades dos alunos. Assim, o docente 
deve utilizar o Moodle com foco no desenvolvimento de competências ou 
nos objetivos pedagógicos. O desenho instrucional deve ser sempre pensado 
neste sentido.
Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)10
BATES, A W. Teaching in a digital age: guidelines for designing teaching and learning. 
Vancouver: Tony Bates Associates, 2015.
FILATRO, A.; PICONEZ, S. C. B. Evolução dos sistemas para educação a distância. In: 
MACIEL, C. (Org.). Ambientes virtuais de aprendizagem. Cuiabá: EdUFMT, 2012. p. 59-90.
LEVY, P. O que é o virtual? São Paulo: Ed. 34, 1996.
NUNES, J. S. Novas perspectivas para um ambiente virtual de aprendizagem: o docente 
como protagonista do processo. In: BARROS, D. M. V. et al. (Org.). Educação e tecnologias: 
reflexão, inovação e práticas. Lisboa: Universidade Aberta de Portugal, 2001. p. 316-329. 
Disponível em: <https://docs.google.com/file/d/0B-5eZJosO_E1QzFfamoyNTZGZlU/
edit>. Acesso em: 09 ago. 2018.
RIOS, G. A. et al. Audiodescrição e inclusão na educação a distância: experiência do 
núcleo de educação a distância da UNESP. Journal of Research in Special Educational 
Needs, v. 16, n. 1, p. 236-240, 2016. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/
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VALENTE, J. A. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de 
aula invertida. Educar em Revista, Curitiba, n. spe 4, p. 79-97, 2014. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602014000800079&lng=p
t&nrm=iso>. Acesso em: 08 ago. 2018.
VEIGA, W. et. al. Ecossistema par ao domínio educacional: modelo baseado em serviços 
Web. 2016. Disponível em: <http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/wdes/2016/003.
pdf>. Acesso em: 09 ago. 2018.
11Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
Portfólio 
ATIVIDADE
O avanço tecnológico influenciou (e permanece influenciando) a maneira como 
realizamos praticamente todas nossas atividades.
Pense na forma como nos relacionamos, trabalhamos, nos divertimos, fazemos compras, tiramos 
dúvidas… Dá para dizer que tudo isso envolve o uso de alguma tecnologia ou o acesso 
à internet, certo?
O ambiente de aprendizagem não ficou para trás.
Assim como as demais áreas, a educação tem se atualizado constantemente para dar conta 
das novas demandas, acompanhar as novidades e usufruir de todas as vantagens do mundo 
digital.
Diante desse crescente mercado da educação à distância, é fundamental compreender o que é 
o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e tudo o que ele pode oferecer tanto para os 
alunos quanto para os professores.
Descreva o que é AVA e quais suas vantagens.
Pesquisa 
AUTOESTUDO
ARTIGO
Os ambientes virtuais de aprendizagem, participação e interação, ou sobre o muito a caminhar 
Como há uma série de informações que precisam ser levadas em consideração na escolha e no 
uso de um AVA, os materiais anteriores focaram nesses quesitos. Mas o próximo trata de forma 
mais direta do assunto, cuja coautoria é de um dos maiores especialistas da área no Brasil, 
Cristiano Maciel. Arraste no final da pagina e leia o artigo.
ACESSE ARTIGO 01 - 1053 - AULA 05
N

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