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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA M.V. BRUNO CABRAL PIRES UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ BCABRALPIRES@GMAIL.COM SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA Aula 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino CONSTITUIÇÃO: •Testículos; •Ductos genitais; •Glândulas acessórias; •Pênis. Aparelho reprodutor masculino Testículos: Cada testículo é envolvido por uma cápsula fibrosa denominada de túnica albugínea. Desta, partem septos incompletos para o interior do testículo formando cavidades –Lóbulos. Os lóbulos são ocupados por cordões chamados de túbulos seminíferos. Estão localizados dentro da bolsa ou escroto – temperatura menor que o corpo. Aparelho reprodutor masculino Túbulos seminíferos: São estruturas enoveladas que se iniciam em fundo cego e terminam em curtos tubos chamados de retos que comunicam-se com a rede testicular. São constituídos por uma parede chamada de epitélio germinativo onde irá ocorrer a produção dos gametas sexuais masculinos. Ducto deferente Cabeça do epidídimo Ducto epididimário Cauda do epidídimo Ductos eferentes Rede testicular Vasos retos Túbulos seminíferos Septo Lóbulo Túnica albugínea Cabeça do epidídimo Aparelho reprodutor masculino Epitélio germinativo: Corte histológico de testículo evidenciando túbulos seminíferos e tecido conjuntivo ao redor. Túbulos seminíferos Tecido conjuntivo frouxo com vasos, nervos e Células de Leydig Aparelho reprodutor masculino Túbulos seminíferos: As células de Leydig (intersticiais) estão localizadas no espaço entre os túbulos seminíferos. Essas células são estimuladas pelo hormônio luteinizante (LH) por volta da puberdade e passa a produzir: testosterona, androstenediona e dehidroepiandrosterona (DHEA). Durante a gravidez essas células são ativadas pelo hormônio gonadotrópico da placenta e produzem andrógenos responsáveis pela diferenciação embrionária da genitália masculina. Aparelho reprodutor masculino Epitélio germinativo Separado do espaço intersticial por uma bainha de tecido conjuntivo e uma lâmina basal. Aparelho reprodutor masculino Espermatogênese Dentro do epitélio germinativo existem duas células: • Células de Sertoli • Células da linhagem espermatogênica Aparelho reprodutor masculino Células de Sertoli • São piramidais e envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica. • Dão suporte, proteção e suprimento nutricional aos espermatozoides em desenvolvimento. • Fagocitam o excesso de citoplasma durante a espermiogênese. • Secretam continuamente um fluido carreador dos espermatozoides. Aparelho reprodutor masculino Células de Sertoli • Produzem o hormônio antimülleriano – regressão dos ductos de Müller e indução de estruturas derivadas dos ductos de Wolf. Desenvolvimento do sexo masculino. • Formação da barreira hematotesticular. • São estimuladas pelo hormônio testosterona das células de Leydig Aparelho reprodutor masculino Epidídimo Enovelado de túbulos localizado sobre o testículo; Nele, ocorre o término da maturação dos espermatozoides que ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual. Aparelho reprodutor masculino Canais deferentes São dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdome, contornando a bexiga urinária. Forma o cordão espermático juntamente com: • Artéria espermática; • Plexo pampiniforme; • Nervos. Aparelho reprodutor masculino Vasectomia Dissecção do cordão espermático, acesso ao ducto deferente. Aparelho reprodutor masculino Glândulas acessórias • Vesículas Seminais • Próstata • Glândulas bulbouretrais Aparelho reprodutor masculino Vesícula seminal Produzem secreção amarelada rica em: frutose, citrato, inositol, prostaglandina e proteínas – fonte de energia para os espermatozoides. Constitui 70% do volume seminal. Sua função é regulada pela testosterona. Aparelho reprodutor masculino Próstata Sua secreção é liberada durante a ejaculação e sua função é controlada pela testosterona. Secreção leitosa e alcalina responsável pela ativação da motilidade dos espermatozoides e neutralização do pH das secreções vaginais. Aparelho reprodutor masculino Próstata O antígeno específico da próstata (prostate spicific antigen, PSA) é um produto específico da próstata secretado no sangue e sua concentração aumenta na presença de tumores malignos. Aparelho reprodutor masculino Glândulas Bulbouretrais (Cowper) Acredita-se que sua secreção clara atue como lubrificante e para a limpeza da uretra antes da ejaculação. Aparelho reprodutor masculino Pênis Formado pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil: • Dois corpos cavernosos – corpo cavernoso dorsal do pênis. • Um corpo cavernoso da uretral ou corpo esponjoso – na sua extremidade distal se dilata e forma a glande do pênis. Ao longo da uretra peniana se encontram as glândulas de Littré – secretam muco. Aparelho reprodutor masculino Pênis Ereção – Quando os corpos cavernosos se enchem de sangue. A glande é rica em terminações nervosas e sensível à estimulação sexual. Aparelho reprodutor feminino Genitália externa ◦ Vulva: 2 grandes lábios e 2 pequenos lábios. ◦ Clitóris: rico em terminações nervosas e órgão receptor de estímulos. Órgãos reprodutores femininos internos: vagina, útero, tubas uterinas e ovários. Aparelho reprodutor feminino Aparelho reprodutor feminino Vagina Órgão de cópula feminino Entrada de espermatozoides e saída do bebê (parto normal). Bactérias da flora metabolizam o glicogênio e produzem ácido lático responsável pelo pH baixo da vagina – proteção. Aparelho reprodutor feminino Citologia Esfoliativa Observação dos tipos celulares formam o tecido da vagina e do colo do útero. • Estado hormonal da paciente. • Observação de células cancerosas. Aparelho reprodutor feminino Genitália externa ou Vulva Composta por: ◦ Clitóris; ◦ Grandes lábios: ◦ Pequenos lábios. Glândulas de Bartholin – são homólogas às glândulas bulbouretrais. Secretam muco. Aparelho reprodutor feminino Útero • Corpo ou fundo do útero; • Colo do útero ou cérvix; Aparelho reprodutor feminino Endométrio Subdividido em duas camadas: • Camada basal – adjacente ao miométrio, possui a porção inicial das glândulas uterinas e tecido conjuntivo. • Camada funcional – formada por tecido conjuntivo, porção final e desembocadura das glândulas e epitélio superficial. A camada funcional prolifera durante a fase proliferativa ou estrogênica. Aparelho reprodutor feminino Endométrio Aparelho reprodutor feminino Endométrio Fases do ciclo menstrual Fase proliferativa: inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). Aparelho reprodutor feminino Endométrio Fases do ciclo menstrual Fase secretória ou lútea: se inicia após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). Aparelho reprodutor feminino Endométrio Fases do ciclo menstrual Fase menstrual: se não houver implantação o corpo lúteo entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região Aparelho reprodutor feminino Endométrio Se houver implantação do embrião no útero, as células trofoblásticas (embrião) produzem gonadotrofina coriônica que estimula o corpo lúteo a continuar produzindo progesterona. Reação decidual ou da decídua – os fibroblastos da lâmina própria acumulam glicogênio e passam a exibir características de células produtoras de proteínas. Fibroblastos A- Sincíciotrofoblasto B- CitotrofoblastoC- Hipoblasto D- Cavidade Aminiótica E- Epiblasto Aparelho reprodutor feminino Tuba uterina ou ovidutos São tubos musculares de grande mobilidade. O infundíbulo é a sua extremidade aberta para a cavidade peritoneal próximo ao ovário. O infundíbulo possui as fímbrias (franjas) que auxiliam a captação do ovócito no momento da ovocitação. As células que revestem internamente possuem cílios que auxiliam o transporte do ovócito/embrião até o útero. É o local onde ocorre a fertilização do ovócito. Aparelho reprodutor feminino Ovários Síntese de estrógenos e progesterona. Maturação dos ovócitos e ovocitação – formação dos folículos ovarianos (córtex ovariano). Aparelho reprodutor feminino Folículos ovarianos • Antes puberdade: Folículos primordiais. • Puberdade: os folículos primordiais passam a folículos primários – completam a primeira fase da meiose. • Secreção de líquido folicular pelas células da granulosa – cavidade – crescimento. • Folículos secundários. Aparelho reprodutor feminino Folículos ovarianos Aparelho reprodutor feminino Ciclo menstrual O crescimento folicular é induzido pelo hormônio folículo estimulante (FSH) produzido pela hipófise. À medida que os folículos maturam, as células foliculares iniciam a conversão do hormônio androstenediona em estrógenos – também induzido pelo FSH. Aparelho reprodutor feminino Ovocitação Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação do ovócito. Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio luteinizante) atinge o seu pico. Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, então, a secretar progesterona. Aparelho reprodutor feminino Ovocitação Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação do ovócito. Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio luteinizante) atinge o seu pico. Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, então, a secretar progesterona. SDE0028 – Histologia e Embriologia Aula 4: Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias, podendo variar entre 25 e 35 dias. Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação do endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários – ciclo ovariano. • Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas. • Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja implantação do embrião. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Estrutura ovariana Os ovários são constituídos de: • Córtex – Folículos em diferentes estágios de desenvolvimento e células hilares (semelhantes a de Leydig). • Medula – Células estromais, células hilares, fibras de músculo liso, vasos e nervos. • Hilo – Onde penetram vasos e nervos. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Ovariano Compreende 3 fases: • Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. Predomínio do estrogênio. • Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). • Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina com a menstruação. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Ovariano Desenvolvimento folicular Inicia-se na vida embrionária com a migração de células primordiais que se diferenciam em ovogônias. Entre as 6ª e 8ª semana embrionária as ovogônias entram em várias divisões mitóticas e aumentam em número. Entre as 11ª e 24ª semanas elas entram em um ciclo de divisões meióticas dando origem ovócitos primários cuja divisão fica interrompida na prófase I. Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação. Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina basal – Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial. Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se dividem. Células germinativas (2n) Meiose II (só se completa se ocorre fecundação) Período germinativo Período de crescimento Período de maturação Ovogônias (2n)2n Mitose Ovogônias (2n)2n 2n Crescimento sem divisão celular Ovócito I (2n) Meiose I 2n Ovócito II (n cromossomos duplicados) n Primeiro glóbulo polar (n cromossomos duplicados)n n n glóbulos polares (n)n nÓvulo (n) Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Desenvolvimento folicular Hormônios do ciclo Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo hipotálamo e hipófise (SNC). O hipotálamo produz o hormônio estimulante da gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a produzir os hormônios gonadotrópicos: • LH – hormônio luteinizante. • FSH – hormônio folículo estimulante. Ações do FSH – hormônio folículo estimulante Estimula o crescimento dos ovários. Atua estimulando as células da granulosa dos folículos, induzindo: • Maturação dos folículos. • Produção de estrógenos. Ação do LH – hormônio luteinizante Atua induzindo a ovocitação – liberação do ovócito do folículo. Estimula a formação do corpo lúteo – produção de progesterona. FSH LH Controle da produção de LH e FSH. Os hormônios LH e FSH são produzidos pela hipófise, que está localizada no SNC. Está ligada ao hipotálamo. O hipotálamo juntamente com a hipófise forma o eixo de controle de várias funções corporais. O hipotálamo controla a produção dos hormônios da hipófise através dos hormônios estimulantes. O GnRH é o hormônio estimulante de gonadotropina produzido pelo hipotálamo. GnRH Crescimento folicular A partir da puberdade, a cada ciclo, um grupo de folículos primordiais começa o processo de crescimento folicular que é estimulado pelo FSH. O ovócito cresce em volume e número de organelas e as células foliculares e fibroblastos que o circundam também crescem. Folículo primário unilaminar – as células foliculares se dividem formando uma camada de células cuboides. Crescimento folicular As células foliculares continuam proliferando formando várias camadas – células da granulosa – folículo multilaminar. Zona pelúcida – camada espessa composta de várias glicoproteínas. Crescimento folicular As células da granulosa continuam a aumentar em número. Começa a ocorrer um acúmulo de líquido folicular entre essas células formando um espaço entre as células – antro folicular. O líquido folicular é rico em progesterona, estrogênio e andrógenos. Crescimento folicular As células ao redor da camada granulosa são influenciadas pelo LH e dão origem às células da TECA. As células da TECA interna produzem androstenediona que é transportada para as células da granulosa que possuem a enzima aromatase. A aromatase, presente nas células granulosas, converte a androstenediona em estrógeno. Crescimento folicular As células da granulosa formam o cúmulos oophorus – apoio para o ovócito e a corona radiata – envolve o ovócito. Essas estruturas são ovocitadas juntamente com o ovócito. Crescimento folicular Quando um dos folículos recrutados alcança o estágio de folículo de Graaf os outros folículos em crescimento entram em atresia. O ovócito e as células granulosas morrem e são fagocitadas. Fibroblastos invadem a área e produzem colágeno. Ovocitação É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante. Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), porém é interrompida na segunda divisão na fase de metáfase II. As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e formamo corpo Lúteo. O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona Corpo Lúteo Produz progesterona e estrógenos. Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou albicans. Sofre fagocitose. Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH começa. Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez. O ciclo ovariano pode se resumir: • Crescimento do ovócito; • Desenvolvimento dos folículos (primordiais, primário, multilaminar, pré-antral e maduro – Graaf); • Degeneração de folículos (atresia folicular) ou ovulação – ruptura do folículo e liberação do ovócito; • Formação do corpo lúteo – regiões remanescentes do folículo rompido; • Degeneração de corpo lúteo (quando não ocorre a fertilização). Ciclo Menstrual Ocorre durante o período reprodutivo, a partir da puberdade até a menopausa. Processo cíclico decorrente da secreção alternada dos hormônios: LH, FSH, estrogênio e progesterona. O primeiro dia de menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo – são consequência dos eventos ovarianos. Quando ocorre o recrutamento dos folículos primordiais para a maturação. Esses eventos produzem modificações estruturais cíclicas no útero. Ciclo Menstrual - fases O Endométrio está dividido em camada basal e funcional. • Fase proliferativa ou folicular ou estrogênica: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). • Fase secretória ou luteal: Inicia-se após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). • Fase menstrual: Se não houver implantação o corpo lúteo, entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região. Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino Com o fim do corpo lúteo, o suporte hormonal para o endométrio declina. As alterações vasculares ocorridas no endométrio resultam de inflamação ou de hipóxia e isquemia local, com consequente liberação de citocinas, morte celular e extravasamento de sangue para dentro da cavidade uterina resultando em sangramento vaginal. Acesse o site e veja maiores detalhes: http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/4456/menstruacao_normal_e_anormal.htm Ciclo Menstrual SDE0028 – Histologia e Embriologia Aula 3: Gametogênese Masculina e Feminina Gametogênese Masculina e Feminina Gametogênese É o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas – os gametas (Moore, 2012, p.14). O desenvolvimento embrionário se inicia quando um ovócito é fertilizado por um espermatozoide, formando uma célula – ZIGOTO. O Zigoto possui 46 cromossomos (2n) dispostos em 23 pares. Formação de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos ou oócitos). Gametogênese Masculina e Feminina Divisão celular: Mitose x meiose A meiose envolve dois processos de divisão celular: • A primeira divisão meiótica é classificada como reducional, pois envolve a redução pela metade, do número de cromossomos. (2n → n) Diploide para haploide. • A segunda é equacional, isto é, mantém o número de cromossomos. Mitose Mitose MEIOSE MEIOSE MEIOSE MITOSE Célula em que ocorre Células da linha germinativa para formar gametas ou esporos Células somáticas Nº de divisões 2 1 Nº de células-filhas 4 (haploides) 2 (haploides ou diploides) Relação do DNA Uma vez (na interfase que antecede o início do processo) Uma vez (na interfase que antecede o início do processo) Quantidade de cromossomas das células- filhas em relação à célula-mãe Metade Igual Quantidade de DNA das células-filhas em relação à célula-mãe (após replicação) ¼ da célula-mãe Metade Qualidade dos cromossomos das células- filhas Diferente informação genética relativamente à célula-mãe, devido ao fenômeno crossing-over e à separação ao caso dos cromossomas homólogos na anáfase I. A informação genética é idêntica à da célula- mãe. Emparelhamento de homólogos Ocorre (prófase I) Não ocorre Divisão do centrômetro Ocorre (anáfase II) Ocorre (anáfase) Diferenças na metáfase Ocorrem duas metáfases. Metáfase I: os cromossomas colocam-se aos pares na placa equatorial com os pontos de quiasma no centro e os centrômeros voltados para os polos. Metáfase II: Igual à metáfase Metáfase: os centrômeros estão na placa equatorial e os braços dos cromatídios estão voltados para os polos Gametogênese Masculina e Feminina Divisão celular: Mitose x meiose Gametogênese Masculina e Feminina Importância da meiose Possibilita a constância do número de cromossomos de geração a geração pela redução do número de diploide para haploide – gametas haploides. Possibilita o arranjo ao acaso dos cromossomos materno e paterno. Reposiciona os segmentos dos cromossomos através de cruzamentos dos segmentos cromossômicos – crossing-over. Gametogênese Masculina Espermatogênese Sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em espermatozoides. Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona – intensa produção até a velhice. Ocorre no interior dos túbulos seminíferos. As células-tronco chamadas de espermatogônias são transformadas em espermatozoides. Gametogênese Masculina Espermatogênese • Espermatogônias • Espermatócito primário • Espermatócito secundário • Espermátides • Espermatozoides Gametogênese Masculina Espermatogênese As espermatogônias ficam quiescentes até a puberdade quando são estimuladas a se proliferarem e crescerem. Dão origem aos espermatócitos primários (2n). Os espermatócitos primários entram na primeira divisão meiótica dando origem aos espermatócitos secundários (n). Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica e dão origem às espermátides (n). Ao final, cada espermatogônia (2n) dará origem a 4 espermátides (n). Gametogênese Masculina Fases da gametogênese masculina • Aumento das células germinativas por mitose; • Crescimento das espermatogônias; • Redução do material germinativo por meiose; • Maturação estrutural e funcional. Gametogênese Masculina Espermiogênese A série de transformações que as espermátides sofrem até adquirirem formato de espermatozoides: A. Formação do acrossomo; B. Condensação do núcleo; C. Formação do colo, parte média e cauda; D. Eliminação da maior parte do citoplasma. Gametogênese Masculina Os espermatozóides, após sua produção no testículo são transportados passivamente até o epidídimo. Funções: • Armazenamento dos espermatozoides; • Reabsorção do fluido testicular e de espermatozoides “velhos”; • Maturação dos espermatozoides: motilidade progressiva e aptidão para fertilizar o ovócito. • Inserção de glicoproteínas na superfície celular e perda da gota citoplasmática. Gota citoplasmática distal – defeito do epidídimo Gametogênese Masculina Capacitação dos espermatozoides Ocorre durante a passagem dos espermatozoides pelas secreções do trato reprodutor feminino (muco cervical e fluido folicular). Desprendimento da cobertura superficial de glicoproteínas secretadas no epidídimo e de proteínas oriundas do líquido seminal; Aumenta a motilidade e ativa as proteínas que o ligam à zona pelúcida do ovócito. Gametogênese Masculina Controle hormonal da espermatogênese Ainda no embrião, já se inicia a produção de testosterona pelas células de Leydig e que é importantepara o desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários. Por volta da puberdade, ocorre a maturação das células hipofisárias e se inicia a produção dos hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise. Gametogênese Masculina Controle hormonal da espermatogênese O hipotálamo inicia a produção do hormônio estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que vai estimular a hipófise a produzir os hormônios LH e FSH – hormônios gonadotrópicos. LH – hormônio luteinizante Estimula as células de Leydig a produzir mais testosterona. FSH – hormônio folículo estimulante O FSH e a testosterona ativam as células de Sertoli que, por sua ve,z estimulam as espermatogônias a iniciarem a espermatogênese. LH Gametogênese Feminina Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino para as gônadas em desenvolvimento e se diferencial em ovogônias. As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, algumas se diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais degeneram. Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do estroma do ovário envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial. A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e FSH e iniciam a maturação. Gametogênese Feminina Ovogênese Células germinativas (2n) Meiose II (só se completa se ocorre fecundação) Período germinativo Período de crescimento Período de maturação Ovogônias (2n)2n Mitose Ovogônias (2n)2n 2n Crescimento sem divisão celular Ovócito I (2n) Meiose I 2n Ovócito II (n cromossomos duplicados) n Primeiro glóbulo polar (n cromossomos duplicados)n n n glóbulos polares (n)n nÓvulo (n) Gametogênese Feminina Ovocitogênese Processo que abrange a formação dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e termina depois do fim da maturação sexual (puberdade). As células-tronco são as ovogônias que migraram do saco vitelino ainda no período embrionário e interrompem sua divisão celular na fase de prófase da meiose I. Dentro de cada folículo primordial existe um ovócito primário. No sétimo mês de desenvolvimento fetal, as ovogônias degeneram. A partir dessa fase não há mais formação de folículos. Gametogênese Feminina Ovocitogênese Ao contrário do aparelho reprodutor masculino em que uma espermatogônia dará origem a 4 espermatozoides, uma ovogônia dará origem a um ovócito. O ovócito é uma célula grande – recebe uma grande quantidade de citoplasma. Durante a formação do ovócito serão formados 4 corpúsculos polares. Gametogênese Feminina Controle hormonal Hipotálamo Fatores liberadores de gonadotrofinas Adenohipófise Liberação de gonadotrofinas FSH Estimula os desenvolvimento dos folículos ovarianos LH Estimula a ovulação Puberdade Gametogênese Feminina Ciclo hormonal feminino No início, ocorrem pequenos pulsos de FSH e LH que recrutam um grupo de folículos primordiais – maturação. À medida que esses folículos maturam iniciam a produção de estrogênio. Um dos folículos matura primeiro provocando a atresia dos outros folículos. O estrogênio provoca um surto de LH e FSH o que causa a ovocitação. O LH, então, provoca a luteinização das células foliculares. OBRIGADO