Buscar

Histo e Embrio M.V. Bruno Cabral

Prévia do material em texto

HISTOLOGIA E 
EMBRIOLOGIA
M.V. BRUNO CABRAL PIRES
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
BCABRALPIRES@GMAIL.COM
SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Aula 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO
Aparelho reprodutor masculino
CONSTITUIÇÃO:
•Testículos;
•Ductos genitais;
•Glândulas acessórias;
•Pênis.
Aparelho reprodutor masculino
Testículos:
Cada testículo é envolvido por uma cápsula fibrosa denominada de 
túnica albugínea. Desta, partem septos incompletos para o interior 
do testículo formando cavidades –Lóbulos.
Os lóbulos são ocupados por cordões chamados de túbulos 
seminíferos.
Estão localizados dentro da bolsa ou escroto – temperatura menor 
que o corpo.
Aparelho reprodutor masculino
Túbulos seminíferos:
São estruturas enoveladas que se iniciam em fundo cego e terminam 
em curtos tubos chamados de retos que comunicam-se com a rede 
testicular.
São constituídos por uma parede chamada de epitélio germinativo 
onde irá ocorrer a produção dos gametas sexuais masculinos.
Ducto 
deferente
Cabeça do 
epidídimo
Ducto epididimário
Cauda do 
epidídimo
Ductos eferentes
Rede testicular
Vasos retos
Túbulos 
seminíferos
Septo
Lóbulo
Túnica 
albugínea
Cabeça do epidídimo
Aparelho reprodutor masculino
Epitélio germinativo:
Corte histológico de testículo evidenciando túbulos seminíferos e 
tecido conjuntivo ao redor.
Túbulos 
seminíferos Tecido conjuntivo 
frouxo com vasos, 
nervos e Células 
de Leydig
Aparelho reprodutor masculino
Túbulos seminíferos:
As células de Leydig (intersticiais) estão 
localizadas no espaço entre os túbulos 
seminíferos.
Essas células são estimuladas pelo hormônio 
luteinizante (LH) por volta da puberdade e 
passa a produzir: testosterona, 
androstenediona e dehidroepiandrosterona 
(DHEA).
Durante a gravidez essas células são ativadas 
pelo hormônio gonadotrópico da placenta e 
produzem andrógenos responsáveis pela 
diferenciação embrionária da genitália 
masculina.
Aparelho reprodutor masculino
Epitélio germinativo
Separado do espaço intersticial por uma bainha de tecido conjuntivo e uma 
lâmina basal.
Aparelho reprodutor masculino
Espermatogênese
Dentro do epitélio germinativo existem duas células:
• Células de Sertoli 
• Células da linhagem espermatogênica 
Aparelho reprodutor masculino
Células de Sertoli
• São piramidais e envolvem 
parcialmente as células da linhagem 
espermatogênica.
• Dão suporte, proteção e suprimento 
nutricional aos espermatozoides em 
desenvolvimento.
• Fagocitam o excesso de citoplasma 
durante a espermiogênese.
• Secretam continuamente um fluido 
carreador dos espermatozoides.
Aparelho reprodutor masculino
Células de Sertoli
• Produzem o hormônio 
antimülleriano – regressão dos 
ductos de Müller e indução de 
estruturas derivadas dos ductos de 
Wolf. Desenvolvimento do sexo 
masculino.
• Formação da barreira 
hematotesticular.
• São estimuladas pelo hormônio 
testosterona das células de Leydig
Aparelho reprodutor masculino
Epidídimo
Enovelado de túbulos localizado 
sobre o testículo;
Nele, ocorre o término da maturação
dos espermatozoides que ficam
armazenados até sua eliminação
durante o ato sexual.
Aparelho reprodutor masculino
Canais deferentes
São dois tubos musculosos que partem
dos epidídimos e sobem para o abdome, 
contornando a bexiga urinária.
Forma o cordão espermático juntamente 
com:
• Artéria espermática;
• Plexo pampiniforme;
• Nervos.
Aparelho reprodutor masculino
Vasectomia
Dissecção do cordão
espermático, acesso ao ducto 
deferente.
Aparelho reprodutor masculino
Glândulas acessórias
• Vesículas Seminais
• Próstata
• Glândulas bulbouretrais
Aparelho reprodutor masculino
Vesícula seminal
Produzem secreção amarelada rica 
em: frutose, citrato, inositol, 
prostaglandina e proteínas – fonte 
de energia para os 
espermatozoides.
Constitui 70% do volume seminal.
Sua função é regulada pela 
testosterona.
Aparelho reprodutor masculino
Próstata
Sua secreção é liberada durante a 
ejaculação e sua função é 
controlada pela testosterona.
Secreção leitosa e alcalina
responsável pela ativação da 
motilidade dos espermatozoides e 
neutralização do pH das secreções 
vaginais.
Aparelho reprodutor masculino
Próstata
O antígeno específico da próstata 
(prostate spicific antigen, PSA) é um 
produto específico da próstata 
secretado no sangue e sua 
concentração aumenta na presença 
de tumores malignos.
Aparelho reprodutor masculino
Glândulas Bulbouretrais (Cowper)
Acredita-se que sua secreção clara 
atue como lubrificante e para a 
limpeza da uretra antes da 
ejaculação.
Aparelho reprodutor masculino
Pênis
Formado pela uretra e 3 corpos 
cilíndricos de tecido erétil:
• Dois corpos cavernosos – corpo 
cavernoso dorsal do pênis.
• Um corpo cavernoso da uretral ou 
corpo esponjoso – na sua 
extremidade distal se dilata e forma 
a glande do pênis.
Ao longo da uretra peniana se 
encontram as glândulas de Littré –
secretam muco.
Aparelho reprodutor masculino
Pênis
Ereção – Quando os corpos 
cavernosos se enchem de sangue.
A glande é rica em terminações 
nervosas e sensível à estimulação 
sexual.
Aparelho reprodutor feminino
Genitália externa
◦ Vulva: 2 grandes lábios e 2 
pequenos lábios.
◦ Clitóris: rico em terminações 
nervosas e órgão receptor de 
estímulos.
Órgãos reprodutores femininos
internos: vagina, útero, tubas 
uterinas e ovários.
Aparelho reprodutor feminino
Aparelho reprodutor feminino
Vagina
Órgão de cópula feminino
Entrada de espermatozoides e saída do 
bebê (parto normal).
Bactérias da flora metabolizam o 
glicogênio e produzem ácido lático 
responsável pelo pH baixo da vagina –
proteção.
Aparelho reprodutor feminino
Citologia Esfoliativa
Observação dos tipos celulares 
formam o tecido da vagina e do 
colo do útero. 
• Estado hormonal da paciente.
• Observação de células 
cancerosas.
Aparelho reprodutor feminino
Genitália externa ou Vulva
Composta por:
◦ Clitóris;
◦ Grandes lábios:
◦ Pequenos lábios.
Glândulas de Bartholin – são 
homólogas às glândulas 
bulbouretrais. Secretam muco.
Aparelho reprodutor feminino
Útero
• Corpo ou fundo do útero;
• Colo do útero ou cérvix; 
Aparelho reprodutor feminino
Endométrio
Subdividido em duas camadas:
• Camada basal – adjacente ao miométrio, possui a porção inicial das glândulas uterinas e tecido 
conjuntivo.
• Camada funcional – formada por tecido conjuntivo, porção final e desembocadura das 
glândulas e epitélio superficial. 
A camada funcional prolifera durante a fase proliferativa ou estrogênica.
Aparelho reprodutor feminino
Endométrio
Aparelho reprodutor feminino
Endométrio
Fases do ciclo menstrual
Fase proliferativa: inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam 
para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação 
do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura).
Aparelho reprodutor feminino
Endométrio
Fases do ciclo menstrual
Fase secretória ou lútea: se inicia após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada 
pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento 
de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm).
Aparelho reprodutor feminino
Endométrio
Fases do ciclo menstrual
Fase menstrual: se não houver implantação o corpo lúteo entra em atresia e deixa de produzir 
progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das 
artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região
Aparelho reprodutor feminino
Endométrio
Se houver implantação do embrião 
no útero, as células trofoblásticas 
(embrião) produzem gonadotrofina 
coriônica que estimula o corpo lúteo 
a continuar produzindo progesterona.
Reação decidual ou da decídua – os 
fibroblastos da lâmina própria 
acumulam glicogênio e passam a 
exibir características de células 
produtoras de proteínas.
Fibroblastos
A- Sincíciotrofoblasto
B- CitotrofoblastoC- Hipoblasto
D- Cavidade Aminiótica
E- Epiblasto
Aparelho reprodutor feminino
Tuba uterina ou ovidutos
São tubos musculares de grande mobilidade. O 
infundíbulo é a sua extremidade aberta para a 
cavidade peritoneal próximo ao ovário. 
O infundíbulo possui as fímbrias (franjas) que 
auxiliam a captação do ovócito no momento da 
ovocitação.
As células que revestem internamente possuem 
cílios que auxiliam o transporte do 
ovócito/embrião até o útero.
É o local onde ocorre a fertilização do ovócito.
Aparelho reprodutor feminino
Ovários
Síntese de estrógenos e progesterona.
Maturação dos ovócitos e ovocitação –
formação dos folículos ovarianos (córtex 
ovariano).
Aparelho reprodutor feminino
Folículos ovarianos
• Antes puberdade: Folículos primordiais.
• Puberdade: os folículos primordiais passam a 
folículos primários – completam a primeira 
fase da meiose.
• Secreção de líquido folicular pelas células da 
granulosa – cavidade – crescimento. 
• Folículos secundários.
Aparelho reprodutor feminino
Folículos ovarianos
Aparelho reprodutor feminino
Ciclo menstrual
O crescimento folicular é induzido pelo 
hormônio folículo estimulante (FSH) produzido 
pela hipófise.
À medida que os folículos maturam, as células 
foliculares iniciam a conversão do hormônio 
androstenediona em estrógenos – também 
induzido pelo FSH.
Aparelho reprodutor feminino
Ovocitação
Ruptura da parede do folículo maduro com a 
liberação do ovócito.
Ocorre quando o hormônio hipofisário LH 
(hormônio luteinizante) atinge o seu pico.
Após a ovocitação as células restantes do 
folículo irão se transformar em corpo lúteo 
pela ação do LH. Passarão, então, a secretar 
progesterona.
Aparelho reprodutor feminino
Ovocitação
Ruptura da parede do folículo maduro com a 
liberação do ovócito.
Ocorre quando o hormônio hipofisário LH 
(hormônio luteinizante) atinge o seu pico.
Após a ovocitação as células restantes do 
folículo irão se transformar em corpo lúteo 
pela ação do LH. Passarão, então, a secretar 
progesterona.
SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 4: Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino
Histologia e Embriologia
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino
O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias, podendo variar entre 25 e 
35 dias. 
Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação 
do endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários –
ciclo ovariano.
• Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas.
• Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja 
implantação do embrião.
Histologia e Embriologia
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO
Estrutura ovariana
Os ovários são constituídos de:
• Córtex – Folículos em diferentes 
estágios de desenvolvimento e 
células hilares (semelhantes a de 
Leydig).
• Medula – Células estromais, células 
hilares, fibras de músculo liso, vasos 
e nervos.
• Hilo – Onde penetram vasos e 
nervos.
Histologia e Embriologia
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO
Ciclo Ovariano
Compreende 3 fases:
• Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. 
Predomínio do estrogênio.
• Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias).
• Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e 
termina com a menstruação.
Histologia e Embriologia
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO
Ciclo Ovariano
Desenvolvimento folicular
Inicia-se na vida embrionária com a migração de células primordiais que se diferenciam em 
ovogônias.
Entre as 6ª e 8ª semana embrionária as ovogônias entram em várias divisões mitóticas e 
aumentam em número.
Entre as 11ª e 24ª semanas elas entram em um ciclo de divisões meióticas dando origem 
ovócitos primários cuja divisão fica interrompida na prófase I.
Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação.
Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina 
basal – Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial.
Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se 
dividem.
Células germinativas (2n)
Meiose II (só se completa se ocorre fecundação)
Período 
germinativo
Período de 
crescimento
Período de 
maturação
Ovogônias (2n)2n
Mitose
Ovogônias (2n)2n 2n
Crescimento 
sem divisão 
celular
Ovócito I (2n)
Meiose I
2n
Ovócito II (n 
cromossomos 
duplicados)
n
Primeiro glóbulo polar (n 
cromossomos duplicados)n
n n glóbulos polares (n)n nÓvulo (n)
Histologia e Embriologia
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO
Desenvolvimento folicular
Hormônios do ciclo
Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo 
hipotálamo e hipófise (SNC).
O hipotálamo produz o hormônio estimulante da 
gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a 
produzir os hormônios gonadotrópicos:
• LH – hormônio luteinizante.
• FSH – hormônio folículo estimulante.
Ações do FSH – hormônio folículo estimulante
Estimula o crescimento dos ovários.
Atua estimulando as células da granulosa dos folículos, induzindo:
• Maturação dos folículos.
• Produção de estrógenos.
Ação do LH – hormônio luteinizante
Atua induzindo a ovocitação – liberação 
do ovócito do folículo.
Estimula a formação do corpo lúteo –
produção de progesterona.
FSH LH
Controle da produção de LH e FSH.
Os hormônios LH e FSH são produzidos pela 
hipófise, que está localizada no SNC. Está ligada ao 
hipotálamo.
O hipotálamo juntamente com a hipófise forma o 
eixo de controle de várias funções corporais.
O hipotálamo controla a produção dos hormônios 
da hipófise através dos hormônios estimulantes.
O GnRH é o hormônio estimulante de 
gonadotropina produzido pelo hipotálamo.
GnRH
Crescimento folicular
A partir da puberdade, a cada ciclo, um 
grupo de folículos primordiais começa o 
processo de crescimento folicular que é 
estimulado pelo FSH.
O ovócito cresce em volume e número de 
organelas e as células foliculares e 
fibroblastos que o circundam também 
crescem.
Folículo primário unilaminar – as células 
foliculares se dividem formando uma 
camada de células cuboides.
Crescimento folicular
As células foliculares continuam proliferando 
formando várias camadas – células da granulosa –
folículo multilaminar.
Zona pelúcida – camada espessa composta de várias 
glicoproteínas.
Crescimento folicular
As células da granulosa continuam a aumentar em 
número. Começa a ocorrer um acúmulo de líquido 
folicular entre essas células formando um espaço 
entre as células – antro folicular.
O líquido folicular é rico em progesterona, estrogênio 
e andrógenos.
Crescimento folicular
As células ao redor da camada granulosa são 
influenciadas pelo LH e dão origem às células da 
TECA.
As células da TECA interna produzem 
androstenediona que é transportada para as 
células da granulosa que possuem a enzima 
aromatase.
A aromatase, presente nas células granulosas, 
converte a androstenediona em estrógeno.
Crescimento folicular
As células da granulosa formam o cúmulos oophorus – apoio para o ovócito e a corona radiata –
envolve o ovócito.
Essas estruturas são ovocitadas juntamente com o ovócito.
Crescimento folicular
Quando um dos folículos recrutados alcança o 
estágio de folículo de Graaf os outros folículos 
em crescimento entram em atresia.
O ovócito e as células granulosas morrem e 
são fagocitadas.
Fibroblastos invadem a área e produzem 
colágeno.
Ovocitação
É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante.
Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. 
A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), 
porém é interrompida na segunda divisão na fase de metáfase II.
As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e 
formamo corpo Lúteo.
O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona
Corpo Lúteo
Produz progesterona e estrógenos.
Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou 
albicans. Sofre fagocitose.
Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH 
começa.
Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica 
humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez.
O ciclo ovariano pode se resumir:
• Crescimento do ovócito;
• Desenvolvimento dos folículos (primordiais, primário, multilaminar, pré-antral e maduro 
– Graaf);
• Degeneração de folículos (atresia folicular) ou ovulação – ruptura do folículo e liberação 
do ovócito;
• Formação do corpo lúteo – regiões remanescentes do folículo rompido;
• Degeneração de corpo lúteo (quando não ocorre a fertilização).
Ciclo Menstrual
Ocorre durante o período reprodutivo, a partir da puberdade até a menopausa.
Processo cíclico decorrente da secreção alternada dos hormônios: LH, FSH, estrogênio e
progesterona.
O primeiro dia de menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo – são consequência dos eventos
ovarianos.
Quando ocorre o recrutamento dos folículos primordiais para a maturação.
Esses eventos produzem modificações estruturais cíclicas no útero.
Ciclo Menstrual - fases
O Endométrio está dividido em camada basal e funcional.
• Fase proliferativa ou folicular ou estrogênica: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos 
ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos 
que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura).
• Fase secretória ou luteal: Inicia-se após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada 
pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento 
de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm).
• Fase menstrual: Se não houver implantação o corpo lúteo, entra em atresia e deixa de produzir 
progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias 
que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região.
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino
Com o fim do corpo lúteo, o suporte hormonal para o endométrio declina. As alterações vasculares 
ocorridas no endométrio resultam de inflamação ou de hipóxia e isquemia local, com consequente 
liberação de citocinas, morte celular e extravasamento de sangue para dentro da cavidade uterina 
resultando em sangramento vaginal.
Acesse o site e veja maiores detalhes: 
http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/4456/menstruacao_normal_e_anormal.htm
Ciclo Menstrual
SDE0028 – Histologia e Embriologia
Aula 3: Gametogênese Masculina e Feminina
Gametogênese Masculina e Feminina
Gametogênese
É o processo de formação e desenvolvimento 
das células germinativas especializadas – os 
gametas (Moore, 2012, p.14).
O desenvolvimento embrionário se inicia 
quando um ovócito é fertilizado por um 
espermatozoide, formando uma célula –
ZIGOTO.
O Zigoto possui 46 cromossomos (2n) dispostos 
em 23 pares.
Formação de gametas masculinos 
(espermatozoides) e femininos (ovócitos ou 
oócitos).
Gametogênese Masculina e Feminina
Divisão celular: Mitose x meiose
A meiose envolve dois processos de divisão celular:
• A primeira divisão meiótica é classificada como reducional, pois envolve a redução pela 
metade, do número de cromossomos. (2n → n) Diploide para haploide.
• A segunda é equacional, isto é, mantém o número de cromossomos.
Mitose
Mitose
MEIOSE
MEIOSE
MEIOSE MITOSE
Célula em que ocorre Células da linha germinativa para formar gametas ou esporos Células somáticas
Nº de divisões 2 1
Nº de células-filhas 4 (haploides) 2 (haploides ou diploides)
Relação do DNA Uma vez (na interfase que antecede o início do processo) Uma vez (na interfase que antecede o início do 
processo)
Quantidade de cromossomas das células-
filhas em relação à célula-mãe
Metade Igual
Quantidade de DNA das células-filhas em 
relação à célula-mãe (após replicação)
¼ da célula-mãe Metade
Qualidade dos cromossomos das células-
filhas
Diferente informação genética relativamente à célula-mãe, devido 
ao fenômeno crossing-over e à separação ao caso dos 
cromossomas homólogos na anáfase I.
A informação genética é idêntica à da célula-
mãe.
Emparelhamento de homólogos Ocorre (prófase I) Não ocorre
Divisão do centrômetro Ocorre (anáfase II) Ocorre (anáfase)
Diferenças na metáfase Ocorrem duas metáfases. Metáfase I: os cromossomas colocam-se 
aos pares na placa equatorial com os pontos de quiasma no centro 
e os centrômeros voltados para os polos. Metáfase II: Igual à 
metáfase
Metáfase: os centrômeros estão na placa 
equatorial e os braços dos cromatídios estão 
voltados para os polos
Gametogênese Masculina e Feminina
Divisão celular: Mitose x meiose
Gametogênese Masculina e Feminina
Importância da meiose
Possibilita a constância do número de 
cromossomos de geração a geração 
pela redução do número de diploide 
para haploide – gametas haploides.
Possibilita o arranjo ao acaso dos 
cromossomos materno e paterno.
Reposiciona os segmentos dos 
cromossomos através de 
cruzamentos dos segmentos 
cromossômicos – crossing-over.
Gametogênese Masculina
Espermatogênese
Sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em 
espermatozoides.
Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona –
intensa produção até a velhice.
Ocorre no interior dos túbulos seminíferos.
As células-tronco chamadas de espermatogônias são transformadas em espermatozoides.
Gametogênese Masculina
Espermatogênese
• Espermatogônias
• Espermatócito primário 
• Espermatócito 
secundário
• Espermátides
• Espermatozoides
Gametogênese Masculina
Espermatogênese
As espermatogônias ficam quiescentes até a puberdade quando são estimuladas a se 
proliferarem e crescerem. Dão origem aos espermatócitos primários (2n).
Os espermatócitos primários entram na primeira divisão meiótica dando origem aos 
espermatócitos secundários (n).
Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica e dão origem às 
espermátides (n).
Ao final, cada espermatogônia (2n) dará origem a 4 espermátides (n).
Gametogênese Masculina
Fases da gametogênese masculina
• Aumento das células germinativas por mitose;
• Crescimento das espermatogônias;
• Redução do material germinativo por meiose;
• Maturação estrutural e funcional.
Gametogênese Masculina
Espermiogênese
A série de transformações que as espermátides 
sofrem até adquirirem formato de 
espermatozoides:
A. Formação do acrossomo;
B. Condensação do núcleo;
C. Formação do colo, parte média e cauda;
D. Eliminação da maior parte do citoplasma.
Gametogênese Masculina
Os espermatozóides, após sua produção no 
testículo são transportados passivamente até o 
epidídimo.
Funções:
• Armazenamento dos espermatozoides;
• Reabsorção do fluido testicular e de 
espermatozoides “velhos”;
• Maturação dos espermatozoides: motilidade 
progressiva e aptidão para fertilizar o 
ovócito.
• Inserção de glicoproteínas na superfície 
celular e perda da gota citoplasmática. Gota citoplasmática distal – defeito do epidídimo
Gametogênese Masculina
Capacitação dos espermatozoides
Ocorre durante a passagem dos 
espermatozoides pelas secreções do trato 
reprodutor feminino (muco cervical e fluido 
folicular). 
Desprendimento da cobertura superficial de 
glicoproteínas secretadas no epidídimo e de 
proteínas oriundas do líquido seminal; 
Aumenta a motilidade e ativa as proteínas que 
o ligam à zona pelúcida do ovócito.
Gametogênese Masculina
Controle hormonal da espermatogênese
Ainda no embrião, já se inicia a produção de 
testosterona pelas células de Leydig e que é 
importantepara o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais primários e secundários.
Por volta da puberdade, ocorre a maturação das 
células hipofisárias e se inicia a produção dos 
hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise.
Gametogênese Masculina
Controle hormonal da espermatogênese
O hipotálamo inicia a produção do hormônio 
estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que vai 
estimular a hipófise a produzir os hormônios LH e 
FSH – hormônios gonadotrópicos.
LH – hormônio luteinizante
Estimula as células de Leydig a produzir mais 
testosterona.
FSH – hormônio folículo estimulante
O FSH e a testosterona ativam as células de 
Sertoli que, por sua ve,z estimulam as 
espermatogônias a iniciarem a espermatogênese.
LH
Gametogênese Feminina
Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino 
para as gônadas em desenvolvimento e se diferencial em ovogônias.
As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, 
algumas se diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais 
degeneram.
Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do 
estroma do ovário envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial.
A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e 
FSH e iniciam a maturação.
Gametogênese Feminina
Ovogênese Células germinativas (2n)
Meiose II (só se completa se ocorre fecundação)
Período 
germinativo
Período de 
crescimento
Período de 
maturação
Ovogônias (2n)2n
Mitose
Ovogônias (2n)2n 2n
Crescimento 
sem divisão 
celular
Ovócito I (2n)
Meiose I
2n
Ovócito II (n 
cromossomos 
duplicados)
n
Primeiro glóbulo polar (n 
cromossomos duplicados)n
n n glóbulos polares (n)n nÓvulo (n)
Gametogênese Feminina
Ovocitogênese
Processo que abrange a formação dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e 
termina depois do fim da maturação sexual (puberdade).
As células-tronco são as ovogônias que migraram do saco vitelino ainda no período embrionário 
e interrompem sua divisão celular na fase de prófase da meiose I.
Dentro de cada folículo primordial existe um ovócito primário.
No sétimo mês de desenvolvimento fetal, as ovogônias degeneram. A partir dessa fase não há 
mais formação de folículos.
Gametogênese Feminina
Ovocitogênese
Ao contrário do aparelho reprodutor masculino 
em que uma espermatogônia dará origem a 4 
espermatozoides, uma ovogônia dará origem a 
um ovócito.
O ovócito é uma célula grande – recebe uma 
grande quantidade de citoplasma.
Durante a formação do ovócito serão formados 
4 corpúsculos polares.
Gametogênese Feminina
Controle hormonal
Hipotálamo
Fatores liberadores de 
gonadotrofinas
Adenohipófise
Liberação de gonadotrofinas
FSH
Estimula os 
desenvolvimento dos 
folículos ovarianos
LH
Estimula a 
ovulação
Puberdade
Gametogênese Feminina
Ciclo hormonal feminino
No início, ocorrem pequenos pulsos de FSH e 
LH que recrutam um grupo de folículos 
primordiais – maturação.
À medida que esses folículos maturam iniciam 
a produção de estrogênio.
Um dos folículos matura primeiro provocando 
a atresia dos outros folículos.
O estrogênio provoca um surto de LH e FSH o 
que causa a ovocitação.
O LH, então, provoca a luteinização das células 
foliculares.
OBRIGADO

Mais conteúdos dessa disciplina