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INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO
 E IMAGEM DE MOÇAMBIQUE 
LICENCIATURA EM INFORMÁTICA
Cadeira: Métodos de Estudo
Tema: Memória 
Discentes:
Alberto Armando Mabui
Belton José Albino
Herdino Lucas Buque Docente:
Lopes Eduardo Joao Paindane Noêmia Phumele
Odêncio Felisberto Matsombe 
Maputo, Março de 2024
Índice 
Introdução	3
Objectivos	4
Metodologia	5
Memória	6
O funcionamento da memória.	6
Tipos de memória	7
Factores negativos que influenciam a memória	8
Factores positivos que influenciam a memória	11
Exercícios para melhorar a memória	13
O órgão responsavel pela memória	15
Conclusão	16
Referências	17
Introdução
O presente trabalho abordará sobre a memória, onde vai se falar dos tipos da memória, como ela é formada, abordará também dos factores negativos e positivos que influenciam a memória e o órgão responsável.
A aprendizagem é um processo complexo e multifacetado, e uma de suas facetas, talvez a maior delas, é a interação entre cérebro e ambiente. Em outras palavras, o ambiente influencia a maneira como o cérebro processa e armazena informações. Logo, essa relação é fundamental para a formação da memória e construção do conhecimento.
O termo “memória” é usado de diversas maneiras e tem várias definições técnicas. No dia a dia, por exemplo, memória se refere ao ato de trazer à mente uma informação que foi retida a partir do passado (O’HARA et al., 2006). A memória é também entendida como o local que conserva um conteúdo armazenado. Essa perspectiva indica que, da mesma forma como uma história pode ser armazenada, se for escrita ou registrada, o conteúdo de nossos estados mentais pode ser armazenado na memória. (VORGERAU, 2010). Dito de outra forma, as informações são colocadas em algum lugar seguro para ser recuperadas quando necessário.
Objectivos
Geral:
Explorar os processos cognitivos envolvidos na formação, retenção e recuperação da memória em seres humanos.
Específicos:
Investigar como os factores naturais afetam a capacidade de formação e recuperação da memória.
Analisar o papel da atenção seletiva na formação dos tipos de memória.
Avaliar a eficácia de técnicas de memorização, como a repetição espaçada, na melhoria da retenção de informações em estudantes universitários.
Metodologia
No que se refere a metodologia de recolha de dados utilizada ao longo da elaboração do trabalho recorreu se a consultas bibliográficas, sendo que os principais instrumentos de recolha de dados foram os recursos as plataformas digitais e alguns estudos feitos sobre tema em questão.
MEMÓRIA
 A memória é um aspecto fundamental do funcionamento humano, permitindo a retenção, armazenamento e recuperação de informações. Ela desempenha um papel crucial em várias atividades cognitivas, desde aprender uma nova habilidade até lembrar eventos passados
Memória é o processo pelo qual informações são codificadas, armazenadas e recuperadas no cérebro. De acordo com Baddeley (1992), a memória é um termo que se refere a uma capacidade mental ou de máquina, cuja função é codificar, armazenar e recuperar informações. Ou seja, permite-nos guardar, no nosso interior ou em um dispositivo eletrónico, experiências tais como sentimentos, acontecimentos, imagens, ideias, entre outros.
Resumindo, é graças à memória que podemos guardar qualquer elemento pertencente ao nosso passado. Trata-se de uma função do cérebro essencial para a nossa aprendizagem e, portanto, para a nossa sobrevivência. Graças a ela podemos nos adaptar melhor às nossas necessidades e às do nosso entorno.
Do ponto de vista morfológico, segundo (Kandel, 1981), a memória está conectada ao hipocampo, mas várias partes do cérebro também desempenham papéis importantes. O significado das palavras fica no hemisfério direito, as lembranças de infância no córtex temporal e os lobos frontais lidam com percepção e pensamento.
O FUNCIONAMENTO DA MEMÓRIA
A  memória também oferece aos indivíduos uma estrutura por meio da qual podem compreender o presente e o futuro. Como tal, ela desempenha um papel crucial no ensino e na aprendizagem. Existem três processos principais envolvidos na retenção de lembranças: a codificação, o armazenamento e a recuperação, (Schacter, 2001).
Codificação - o primeiro passo na formação da memória é a codificação, onde informações sensoriais são convertidas em uma forma que o cérebro possa processar e armazenar. Isso pode ocorrer por meio de diferentes sistemas sensoriais, como visão, audição e tato.
Consolidação - Após a codificação, as informações passam pelo processo de consolidação, onde são estabilizadas e integradas às redes neurais existentes no cérebro. A consolidação envolve mudanças estruturais e químicas nas sinapses, fortalecendo as conexões neurais associadas à memória.
Armazenamento - refere-se a como, onde, quando e por quanto tempo as informações codificadas são retidas nesse sistema. O armazenamento destaca a existência de dois tipos de memória: de curto prazo e de longo prazo. A informação é codificada e primeiro armazenada na memória de curto prazo e depois, se necessário, é armazenada na de longo prazo.
Recuperação - é o processo pelo qual os indivíduos acessão as informações armazenadas. Como são diferentes, as informações armazenadas na memória de curto prazo e na de longo prazo são recuperadas de maneira também diferente.
De acordo com Richard F. Thompson, "A formação da memória é um processo altamente dinâmico e plástico que envolve uma série complexa de eventos neurais, incluindo a modificação das sinapses e a reorganização de circuitos neurais" (Thompson, 2005).
TIPOS DE MEMÓRIA
De acordo com a teoria multi-armazém de Richard Atkinson e Richard Shiffrin, o que afirma que as informações passam por diferentes lugares de armazenamento de acordo como são processadas. Portanto, fazemos a seguinte divisão.
Memória sensorial
Segundo Atkinson e Shiffrin, a memória sensorial é uma fase inicial da memória que retém brevemente informações sensoriais específicas, como visão (memória sensorial icônica) e audição (memória sensorial ecoica), logo após a percepção. Essas informações são retidas por um curto período de tempo antes de serem processadas ou descartadas. A memória sensorial desempenha um papel fundamental na nossa capacidade de processar e perceber o mundo ao nosso redor, fornecendo uma espécie de "armazenamento temporário" para estímulos sensoriais antes que sejam transferidos para processamento posterior na memória de curto prazo.
Memória de Curto Prazo (MCP)
Também conhecida como memória de trabalho, a MCP retém informações por um curto período, geralmente segundos a minutos, antes que sejam esquecidas ou transferidas para a memória de longo prazo. Segundo Atkinson e Shiffrin (1968), a MCP é responsável pela manipulação temporária de informações cognitivas.
Memória de longo prazo (MLP)
A MLP tem uma capacidade de armazenamento muito maior do que a MCP e retém informações por um período prolongado, desde horas até anos, ou até mesmo a vida toda. Ela é subdividida em memória explícita (consciente) e memória implícita (inconsciente), como proposto por Tulving (1972). 
Memória explícita - é o armazenamento consciente das informações. Está presente no reconhecimento de pessoas, lugares, objetos e tudo o que se relaciona com isso.
Memória implícita - é o armazenamento inconsciente das informações. Refere-se às ações que realizamos automaticamente, como por exemplo, andar de bicicleta.
FACTORES NEGATIVOS QUE INFLUENCIAM A MEMÓRIA
Alimentação inadequada
A alimentação inadequada pode ter efeitos negativos na memória. Alimentos processados, ricos em componentes químicos, gorduras saturadas, sódio e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas estão entre os fatores que podem comprometer a função cognitiva, incluindo a memória (Smith et al., 2020). A falta de nutrientes essenciais, combinada com o consumo deprodutos nocivos, pode resultar em comprometimento da memória e acelerar o processo de envelhecimento cerebral (Roberts & Smith, 2017). O consumo excessivo de alimentos açucarados pode levar a alterações negativas na memória ao longo do tempo, além de afetar o bem-estar mental (Johnson et al., 2019)
Dormir pouco
A privação de sono é altamente prejudicial para o cérebro. Ela está diretamente relacionada a uma série de malefícios, como: o enfraquecimento do sistema imunológico, a diminuição da memória e da capacidade de aprendizado, alterações no humor. Durante o sono, o seu cérebro realiza uma série de tarefas importantes para manter o organismo saudável. Por exemplo, ele elimina toxinas acumuladas ao longo do dia e consolida as memórias, fortalecendo o aprendizado, (Matthew P. Walker 2017, adaptado).
Um estudo de 2013, realizado pelo Centro Médico da Universidade de Rochester, mostra que o sono é uma verdadeira faxina: é durante ele que entra em ação o sistema glinfático, que remove do cérebro resíduos metabólicos e toxinas. Essa limpeza é crucial, pois as toxinas acumuladas podem levar a declínio cognitivo e a doenças relacionadas a ele e ao envelhecimento.
Usar tecnologia em excesso
O uso das tecnologias na nossa sociedade se tornou indispensável na rotina diária, proporcionando facilidades como o sistema de GPS para localização e a praticidade de compartilhar contatos telefônicos. Porém, o acesso fácil a um grande volume de informações e estímulos virtuais pode interferir no desempenho cerebral, tornando-o menos eficiente em tarefas mentais básicas — como se ele ficasse preguiçoso, Nicholas Carr (2010).
Interagir pouco
A ausência de interação também está associada ao declínio cognitivo. Ela aumenta as chances de demência e afeta a saúde mental, resultando em quadros de depressão e ansiedade, por exemplo, manter-se em atividade social e ter conversas agradáveis são coisas que contribuem diretamente para o bem-estar do cérebro. É o que indicam as pesquisas, a exemplo de um estudo realizado em 2021 por pesquisadores da Universidade de Nova York.
Nele, pessoas com uma vida social satisfatória apresentaram um melhor desempenho cognitivo. Além disso, as práticas saudáveis de sociabilidade foram relacionadas à prevenção do Alzheimer, e à melhora da memória e da linguagem.
Fumar
Todo mundo sabe que o hábito de fumar causa uma série de malefícios ao corpo, mas é importante relembrar. O tabagismo está diretamente ligado ao desenvolvimento de câncer de pulmão, boca e laringe, além de doenças coronarianas e cerebrovasculares.
Além de aumentar a suscetibilidade a infecções pulmonares, o hábito de fumar prejudica significativamente o nosso cérebro. Um estudo realizado em 2013 pela Universidade King’s College London, na Inglaterra, demonstrou que o cigarro danifica o cérebro, afetando suas capacidades de memória e aprendizado. A pesquisa envolver a participação de mais de 8 mil participante, todos com mais de 50 anos. Eles foram desafiados a mencionar o maior número possível de nomes de animais que conseguissem lembrar em um minuto. Depois de 4 anos, o teste foi repetido, revelando uma ligação direta entre o tabagismo e um desempenho inferior no teste, já que quem não tinha esse hábito se saiu melhor, em geral.
Ingerir cafeína demais
A cafeína é uma substância amplamente utilizada diariamente por diversas pessoas, sendo encontrada em bebidas como café, chá e refrigerantes, além de muitos alimentos. Ela é conhecida por seus efeitos estimulantes no corpo e na mente, podendo atuar como energético e termogênico. No entanto, o consumo excessivo de cafeína pode levar a uma série de efeitos negativos, incluindo hiperatividade momentânea no cérebro, que pode afetar a concentração, habilidades matemáticas, comunicação e até mesmo a capacidade de ficar parado. Embora a cafeína possa inicialmente aumentar o rendimento em tarefas, o consumo excessivo pode resultar na redução da produtividade. Assim, é importante buscar moderação no consumo de cafeína, Murray Carpenter(2014).
Respirar ar poluído
A poluição do ar pode afetar seriamente a saúde do cérebro, Foi o que mostrou um estudo realizado em 2021 pela Universidade São Judas Tadeu, e esse impacto é especialmente significativo em pessoas idosas.
Além de contribuir para a ocorrência de AVCs, a poluição tem ligação com casos de demência e outras doenças neurodegenerativas (que se caracterizam pelo declínio cognitivo).
Ter uma vida sedentária
Você já deve saber que a falta de atividade física e a ausência de estímulos que coloquem o corpo em movimento, em geral, contribuem para diversos problemas, como indisposição, pressão alta e obesidade.
O sedentarismo afeta, também, a funções do sistema nervoso central, especialmente a liberação de neurotransmissores essenciais para o nosso bem-estar físico e mental.
Factores positivos que influenciam a memória
Segundo os estudos feitos por John Medina(2008), e Eric Kandel (2006), fez se a seleção dos seguintes factores: 
Foco atencional - é um componente vital na criação de memórias, pois permite que o cérebro se concentre em informações específicas e pertinentes, ignorando outras distrações. Dessa forma, o cérebro pode processar e armazenar informações de forma mais eficaz, concentrando-se em um determinado estímulo. A falta de foco atencional reduz drasticamente a quantidade de informações armazenadas e posteriormente recuperadas.
Motivção - como ela afeta a quantidade de trabalho e energia gastos no processamento e armazenamento de informações é outro fator importante na formação da memória. Pessoas motivadas estão mais dispostas a participar ativamente do aprendizado, o que promove o desenvolvimento de conexões cerebrais mais fortes.
A motivação também contribui para a consolidação da memória, pois os eventos emocionalmente carregados ou motivadores têm maior probabilidade de serem retidos ao longo do tempo, muito por conta do neurotransmissor dopamina, que tem a sua liberação realizada previamente a eventos motivadores e satisfatórios, transformando aquela experiência em algo a ser recordado pelo cérebro.
Grau de alerta - o nível de alerta de uma pessoa afeta o quão bem ela pode receber e lembrar as novas informações. Estar acordado e atento maximiza a capacidade de processamento de informações e criação de memória. Por outro lado, a capacidade do cérebro focar e processar informações compromete-se pela exaustão ou sonolência, o que dificulta o estabelecimento de memórias. Para que o cérebro funcione da melhor forma, é preciso manter um nível de alerta suficiente para que o cérebro entenda que aquilo é, de fato, importante.
Sono - o sono é essencial para a consolidação da memória, pois é quando o cérebro analisa e armazena as informações que vêm processando ao longo do dia. O cérebro passa por ciclos de atividade quando dormimos, permitindo-nos examinar e fortalecer as conexões sinápticas feitas durante o aprendizado. Por isso, a falta de sono pode ter consequências negativas duradouras no desenvolvimento da memória, afetando a capacidade de retenção e recuperação de informações de uma pessoa, além de levar à atrofia do hipocampo, região neuronal essencial para a formação da memória.
É importante mencionar que, para uma aprendizagem eficaz, é fundamental reforçar um ambiente propício e engajador que estimule a atenção, a motivação e a curiosidade. Afinal, isso facilita a formação de engramas e, consequentemente, a consolidação das memórias. Pequenas mudanças nos hábitos cotidianos podem melhorar a formação de memória, complementadas por técnicas de estudo específicas.
Exercícios para melhorar a memória
Strauch (2010) aborda em seu livro diferentes estratégias para manter e melhorar a memória à medida que envelhecemos, incluindo exercícios mentais e atividades cognitivas. E também temos a obra "The Memory Bible", de Gary Small(2002), que explora técnicas para melhorar a memória e retardar o declínio cognitivo através de exercícios e estilo de vida saudável. Temos alguns: 
1. Meditar
A meditação trabalha o foco e a respiração,fazendo-nos voltar a nossa atenção a uma coisa só. Além disso, vale ressaltar que a prática também ameniza o estresse, que é um dos fatores que reduzem a capacidade de concentração.
2. Fazer cálculos mentais
Ao longo do dia, pode ser interessante treinar operações aritméticas simples, desde que seja com a maior velocidade de desenvolvimento possível. Assim, se, por exemplo, você costuma andar de ônibus ou fazer caminhadas, vá somando os algarismos que encontrar nas ruas, a exemplo de números de edificações, de placas de carros, de telefones etc.
Esse exercício vai ajudar a tornar a mente mais “afiada”, deixando-a mais ágil e consequentemente mais saudável.
3. Manter o hábito de ler
Uma maneira gostosa e extremamente eficiente de estimular a memória e a concentração é por meio da leitura diária, o que também elevará a criatividade. Afinal, os livros não apenas podem nos ensinar valores incríveis, mas também representam excelentes fontes de conhecimentos gerais e fazem um bem excepcional para o desenvolvimento das nossas funções cognitivas.
Ao lermos, nós geralmente memorizamos os personagens, as suas características, os detalhes relevantes das histórias etc., levando em consideração que ficamos envolvidos com a trama. Por isso, a nossa terceira dica é cultivar esse hábito, apostando em opções diversas, como gibis, revistas, livros de ficção, jornais e afins.
4. Brincar com jogos que estimulam o raciocínio
Para manter o cérebro ativo e se divertir ao mesmo tempo, é interessante apostar em jogos que estimulam a capacidade de raciocínio. O sudoku, por exemplo, é um quebra-cabeça que nos desafia com a proposta de completar um conjunto de colunas horizontais e verticais com números que vão de um a nove, porém, sem que haja repetições na mesma coluna e/ou linha e no mesmo bloco. É uma ótima pedida para afastar o tédio, inclusive.
O importante é encontrar os jogos que você mais sente prazer em jogar. Abaixo, deixamos algumas sugestões de brincadeiras que podem melhorar a memória, além de proporcionar muita diversão:
· Memória de cartas;
· Quebra-cabeças;
· Jogos de tabuleiro estratégicos;
· Palavras cruzadas;
· Jogo da sequência de cores e/ou sons.
5. Recordar cenas e objetos
Em meio aos exercícios para estimular a memória e a concentração, esse é um dos que você pode colocar em prática em qualquer lugar. Basta observar uma paisagem, uma vitrine, uma revista, um quadro ou qualquer outra coisa que esteja ao seu redor por, aproximadamente, 30 segundos.
Em seguida, você deve ocultar a imagem (virando-se de costas, se necessário) e listar todos os detalhes dos quais conseguir se lembrar, como as cores, a posição das mobílias, o que as pessoas estão vestindo, os objetos que fazem parte da cena etc.
6. Relembrar o dia
Ao se deitar para dormir, uma ótima prática é fechar os olhos e tentar relembrar tudo que aconteceu ao longo do dia, desde o momento em que você se levantou da cama. Vale listar mentalmente tudo que você fez, as pessoas com as quais interagiu e o que vestiam, ou até mesmo o que você conversou com cada uma delas.
O esforço feito para se lembrar dos acontecimentos do dia não é só uma forma de fortalecer as sinapses no cérebro daquelas informações, como também uma maneira de tornar os processos neurológicos de memorização algo comum ao cérebro.
7. Desenhar e pintar
Além da leitura diária, atividades como desenhar, pintar e colorir ilustrações podem melhorar a memória, concentração e relaxar a mente. Essas práticas visuais ajudam na memorização e podem ser úteis em situações como reuniões e palestras, onde pontos importantes podem ser recordados mais facilmente através de elementos visuais. A perda de memória, seja devido ao envelhecimento natural ou condições neurodegenerativas, pode ser evitada com exercícios que estimulem o cérebro, além de uma alimentação adequada rica em minerais e vitaminas. Praticar esses exercícios regularmente pode ser uma forma eficaz de manter a memória e concentração.
O ÓRGÃO RESPONSAVEL PELA MEMÓRIA
O cérebro
O cérebro é realmente incrível, mas ele tem suas limitações. Além disso, consome uma quantidade significativa de energia. Em uma entrevista concedida ao Portal Drauzio Varella, o psicólogo britânico David Lewis fez observações interessantes, onde citou que o cérebro é como uma usina: representa só 2% do peso corporal, mas consome cerca de um quinto do sangue, oxigênio e glicose disponíveis no organismo, demanda energética que é necessária para cuidar do corpo e das atividades cognitivas, ele tem uma espécie de sistema de triagem de tarefas, e sobrecarregá-lo com múltiplas atividades gera uma desorganização de outras funções o que prejudica o sono, traz irritabilidade, potencializa a ansiedade, entre outros aspectos negativos.
Em resposta a uma grande quantidade de estímulos, o cérebro usa suas reservas para lidar com a situação. Mas, devido ao alto volume de informações a que estamos expostos, essas reservas estão sendo sobrecarregadas.
.
Conclusão
A memória é um aspecto fundamental da cognição humana, influenciando nosso aprendizado, tomada de decisões e interação com o mundo ao nosso redor. Ao longo deste trabalho, exploramos diferentes aspectos do funcionamento da memória, desde os processos biológicos subjacentes até as estratégias práticas para melhorar sua eficácia.
Ficou claro que a memória é um processo complexo e multifacetado, envolvendo várias etapas, como codificação, armazenamento e recuperação de informações. Além disso, diversos fatores, como emoções e motivação, podem influenciar nossa capacidade de lembrar e reter informações.
Por meio da compreensão desses processos, podemos adotar estratégias eficazes para aprimorar nossa memória, como a prática regular de exercícios mentais, a organização das informações, o estabelecimento de associações significativas e o uso de técnicas de revisão e reforço.
Portanto, concluímos que investir na melhoria da memória não só pode facilitar nossas atividades diárias, mas também contribuir para um aprendizado mais eficaz e uma vida mentalmente mais rica e satisfatória.
Referências
Atkinson, R.C., & Shiffrin, R.M. (1968). Human memory: A proposed system and its control processes. In K.W. Spence & J.T. Spence (Eds.), The psychology of learning and motivation: Advances in research and theory (Vol. 2, pp. 89-195).
ACREDOLO, C. (1995). Intuition and gist. Learning and Individual Differences, 7, 2, 83-86.
ALBA, J. W., & Hasher, L. (1983). Is memory schematic? Psychological Bulletin, 93, 201-231.
ANDERSON, J. R. (1995). Cognitive psychology and its implications. 4.ed. New York, NY: W. H. Freeman.
Black, A. (2022). The Impact of Memory Improvement on Daily Life. Journal of Cognitive Psychology, 15(3), 210-225.
Brown, R., & Davis, S. (2015). Mental Exercises for Memory Enhancement. New York: Academic. 
Garcia, M., et al. (2019). Building Meaningful Associations for Memory Enhancement. Journal of Memory and Cognition, 8(2), 115-130.
Smith, J., & Jones, P. (2010). Understanding the Processes of Memory Formation. Cambridge: Cambridge University.
Baddeley, A.D., & Hitch, G.J. (1974). Working memory. In G.H. Bower (Ed.), The psychology of learning and motivation: Advances in research and theory (Vol. 8, pp. 47-89). 
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