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VOLEIBOL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alexandre Olsemann 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Voleibol é um esporte muito popular e com grande representatividade no 
Brasil. No decorrer desta aula, vamos entender melhor sobre suas 
características e sua importância. 
Compreendendo que as seleções brasileiras, masculina e feminina, têm 
uma força considerável no cenário mundial e que o vôlei tem uma enorme 
visibilidade na mídia, atraindo um grande público participante, o profissional de 
educação física deve conhecer as características da modalidade para realizar o 
trabalho relevante e responsável que a modalidade merece. 
Figura 1 – Seleção brasileira: medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016 
 
Crédito: CP DC Press/Shutterstock. 
A prática do esporte tem um papel essencial na vida das pessoas, 
desenvolvendo hábitos saudáveis e habilidades indispensáveis na formação 
integral dos seres humanos. 
TEMA 1 – CONCEPÇÕES E MANIFESTAÇÕES DO ESPORTE 
Quando pensamos em esportes, o que vem à mente são competições e 
partidas transmitidas pela televisão, porém eles são muito maiores que isso. 
Esportes não se apresentam de uma única forma; são plurais e multifacetados. 
 
 
3 
Por exemplo, se refletirmos sobre o voleibol, a memória vai acessar a 
imagem de uma quadra, rede, árbitro e jogadores em um sistema de disputa 
regido pelas regras da federação internacional de voleibol, além de um quadro 
representativo do esporte de rendimento. Mas será que todos praticam voleibol 
da mesma forma? 
A resposta é “não”. Voleibol é praticado por crianças, adultos, idosos e 
pode ser desenvolvido de diferentes formas e com variados objetivos. Uma 
importante definição de “esporte” vem da Lei n. 9.615/1988, conhecida como “Lei 
Pelé”, que apresenta três dimensões: esporte de rendimento, de participação e 
educacional. 
O esporte de rendimento é o que estamos acostumados a ver na 
televisão, cujo foco é a competição, e os atletas são selecionados de acordo com 
suas habilidades, podendo receber salários e jogar de acordo com regras 
oficiais. Fazem parte do esporte de rendimento todas as categorias de base, 
equipes escolares, de clubes e outras. 
Já o esporte educacional tem relação direta com a necessidade de 
formação integral dos indivíduos. Além de uma iniciação esportiva e do 
consequente desenvolvimento das habilidades motoras, ocorre também o 
desenvolvimento das habilidades socioemocionais, cujo principal objetivo é a 
motivação dos alunos, e não somente a competição. 
Por fim, o esporte de participação tem relação direta com o bem-estar 
físico e social dos participantes, pensando no jogo de uma forma, digamos, mais 
simples, divertida, espontânea, em que as regras são definidas pelos próprios 
participantes, podendo ser ou não as regras oficiais. 
É muito importante que o profissional de educação física entenda e se 
sensibilize com todas as formas de manifestação do esporte, para que possa 
haver uma adequação do seu planejamento às necessidades e objetivos do 
público participante. 
TEMA 2 – HISTÓRICO DO VOLEIBOL 
Agora, um pouco de contextualização histórica: o voleibol foi criado em 
1895, em Holyoke, Massachusetts, por William G. Morgan, diretor de educação 
física da Young Men’s Christian Association (YMCA). 
O esporte foi criado para suprir necessidades da época: uma prática 
esportiva que pudesse ser disputada em lugares fechados durante o rigoroso 
 
 
4 
inverno americano e fosse menos agressivo que o basquete, que surgiu na 
mesma época. 
Apesar de existirem práticas mais antigas similares ao voleibol, a 
Federação Internacional de Vôlei (FIVB) credita à YMCA e a Morgan sua 
sistematização e disseminação. Inicialmente, o voleibol ficou restrito aos 
membros da YMCA, mas em 1915 passou a ser incluído nos protocolos de 
educação física das aulas curriculares dos EUA, e em 1916 a Associação Atlética 
Universitária Nacional publicou uma série de artigos com o intuito de estimular 
sua prática. 
Durante a Primeira Guerra Mundial, a YMCA fez uma demonstração do 
voleibol para as forças armadas norte-americanas, que consideraram o esporte 
apropriado para o cotidiano dos militares, pois não exigia nenhum material ou 
equipamentos específicos. Assim, tornou-se uma prática comum no exército e, 
durante a guerra, outros países também passaram a praticá-lo. 
Até 1930, o voleibol não possuía uma regulamentação ou 
institucionalização de regras, e os campeonatos eram organizados com regras 
próprias. Por exemplo, o número de jogadores poderia variar de um campeonato 
para outro, assim como o sistema de pontuação. Com o intuito de resolver esse 
problema, em 1946 foi criada a FIVB. Assim foi possível unificar as regras e 
organizar os primeiros campeonatos internacionais. O 1° campeonato mundial 
masculino foi realizado em 1949, e o feminino, em 1952. 
O trabalho da FIVB em divulgar e institucionalizar as regras foi 
consolidado com a inclusão do vôlei nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. 
TEMA 3 – EVOLUÇÃO DAS REGRAS 
O voleibol é uma modalidade em constante transformação, pois seu 
objetivo é manter-se atrativo e de fácil compreensão para o público, de modo a 
viabilizar transmissões em redes de televisão e atrair patrocinadores. Várias 
mudanças se deram ao longo das últimas décadas, desde o tempo de duração 
das partidas – antes era mais difícil prever sua duração – até a criação de novas 
posições, alterando a forma de jogar. 
Uma grande alteração foi a criação do líbero em 1998, uma posição 
especialista em defesa dentro do jogo, cuja função é defender, principalmente, 
as bolas atacadas ao chão, sendo criada com para deixar o jogo mais 
emocionante. 
 
 
5 
Figura 2 – Função de líbero na parte inferior da quadra 
 
Crédito: A_Lesik/Shutterstock. 
Já nos anos 2000, ocorreu outra grande mudança, dessa vez no sistema 
de pontuação, que passou a ser contada por meio de pontos corridos, e os sets 
passaram a ser de 25 pontos. 
Antes, era necessário que a equipe ganhasse a posse de bola para 
conseguir pontuar, ou seja, tinha que ganhar a vantagem para realizar o saque 
e então confirmar o ponto. Assim, existiam momentos na partida em que as 
equipes apenas trocavam a vantagem, sem pontuar, deixando as partidas 
monótonas. Esse sistema não permitia a previsão do tempo de uma partida, o 
que gerava um grande problema na transmissão dos jogos pela televisão. 
Na quadra de voleibol, existem as zonas de ataque e de defesa, onde os 
jogadores de defesa não podem realizar um ataque próximo à rede ou bloquear. 
Essas regras foram determinadas para evitar que todos os jogadores partissem 
para o ataque. 
Nas regras oficiais, as equipes são compostas por 12 jogadores, sendo 
impossível iniciar o jogo com menos de 6. Durante a partida, podem ocorrer até 
6 substituições. Para que uma equipe ganhe, é preciso vencer três sets. Caso 
ocorra um empate, o set de desempate será de 15 pontos e, para o fim do set, é 
necessária uma diferença mínima de dois pontos. 
 
 
6 
O rally é determinado pelo momento em que a bola entra em jogo, desde 
o saque até a bola estar fora de jogo, o que pode ocorrer de diferentes formas, 
como a bola tocar o chão da equipe ou tocar em um jogador e não retornar para 
a quadra. 
Outra questão importante é entender o significado dos gestos do árbitro, 
pois a maneira como ele gesticula pode indicar, por exemplo, autorização de um 
saque ou qual equipe venceu um rally. 
O voleibol é uma modalidade em que ocorrem muitas mudanças e 
alterações, e é preciso que o profissional de educação física esteja sempre 
atento a essas mudanças e mantenha-se atualizado. 
TEMA 4 – VOLEIBOL NO BRASIL 
Existem algumas versões de como o voleibol chegou ao Brasil. A mais 
aceita é que sua prática se iniciou na Associação Cristã de Moços (ACM) em 
São Paulo (SP), no ano de 1916. Sendo inicialmente praticada em clubes como 
o Fluminense, daelite carioca na época, o público praticante não se diferenciou 
dos EUA, sendo composto por pessoas da elite. 
Em 1944 foi realizado o primeiro Campeonato Brasileiro de Voleibol, 30 
anos após sua chegada ao país. Alguns anos depois, em 1954, foi criada a 
Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Com isso, ocorreu um grande 
aumento no número de participantes nas décadas de 1960 e 1970. 
Apesar de aumento da popularidade, o Brasil não conseguia grandes 
conquistas ou resultados relevantes no voleibol mundial. Se compararmos com 
o cenário atual, o que pode ter ocorrido para se tornar o que é nos dias de hoje? 
A mudança começou com a eleição de Carlos Arthur Nuzman para o 
comando da CBV, que criou um projeto de gestão da modalidade. Esse projeto 
contava com a inserção de propagandas no uniforme dos atletas e nos ginásios, 
além da venda de direitos televisivos para transmitir campeonatos. Isso deu um 
aspecto mais profissional para o voleibol no Brasil, pois a maioria dos atletas 
eram amadores e precisavam conciliar a dedicação ao esporte com outros 
empregos. 
 
 
7 
Figura 3 – Carlos Arthur Nuzman, então presidente do Comitê Olímpico 
Brasileiro – Olimpíadas de 2016, Maracanã 
 
Crédito: DC Press/ Shutterstock. 
Com mais visibilidade, as empresas passaram a enxergar o voleibol como 
um produto interessante para representar suas marcas, profissionalizando o 
esporte, e os atletas passaram a receber salários e todo o suporte técnico 
necessário. 
O resultado de toda essa mudança concretiza-se com expressivas 
conquistas internacionais da seleção, como a medalha de prata nos Jogos 
Olímpicos de 1984, em Los Angeles, e a primeira medalha de ouro nos Jogos 
Olímpicos de Barcelona, em 1992. 
TEMA 5 – CARACTERÍSTICAS DO PROFESSOR DE VOLEIBOL 
Desenvolver o trabalho de ensino-aprendizagem com uma modalidade 
como o voleibol, tão popular e com um número tão grande de participantes, pode 
ser um grande desafio, interessante e motivador. O professor precisa 
compreender uma série de características para que seu trabalho seja 
responsável e relevante. 
É essencial que o profissional de educação física, no trabalho com o 
voleibol, se identifique como educador. Independentemente de ser iniciação 
esportiva ou com atletas, ele é o responsável por contribuir com o 
desenvolvimento integral das pessoas do grupo sob sua orientação. 
 
 
8 
Para que o professor de educação física possa contribuir, ensinar e 
estimular os alunos, ele precisa dominar toda a parte técnica e tática da 
modalidade. Mas seu papel não é só esse: é necessário que o educador entenda 
o importante papel socializador do esporte. 
Durante a prática esportiva, os participantes aprendem, desenvolvem e 
assimilam regras de convivência, aprendem a trabalhar em equipe, a lidar com 
o outro. E o professor é responsável pelo grupo, conduzindo as atividades de 
modo a potencializar esse efeito de educação e socialização que o esporte 
representa. 
Existem três grandes áreas pelas quais o professor é responsável: 
 Desenvolvimento de personalidade: o professor é um exemplo para os 
alunos e consegue incitar valores; ele precisa apresentar uma boa 
postura, ética e respeito; 
 Desenvolvimento social: o professor precisa estar consciente de que 
praticar esporte não é a única atividade na vida dos alunos. Eles precisam 
estudar outras matérias e ter o convívio familiar. Muitas vezes é o 
professor que influencia a dedicação aos estudos por parte de seus 
alunos; 
 Desenvolvimento técnico e tático: são as habilidades motoras dos 
alunos, necessárias à prática do esporte, levando em consideração seu 
nível de capacidade, o que reforça que todos, mesmo atletas 
profissionais, têm muito a aprender. 
Vale enfatizar que o profissional de educação que atua com voleibol tem 
o poder de influenciar diferentes áreas da vida de um atleta e de um aluno. 
NA PRÁTICA 
Ao trabalharmos a modalidade voleibol, é importante contextualizarmos 
historicamente a modalidade: como, quando e em que momento histórico surgiu, 
assim como o que influenciou sua disseminação pelo mundo. Importante, 
também, comparar as regras iniciais e suas alterações ao longo do tempo e a 
passagem por transformações até chegar ao jogo como o conhecemos 
atualmente. 
 
 
9 
Para que você internalize esses conhecimentos, pesquise sobre a prática 
do vôlei desde seu surgimento até a atualidade – em livros, sites ou até mesmo 
por intermédio de pessoas com maior conhecimento. 
O reforço à internalização da teoria vem com a prática, na realização, por 
exemplo, de partidas com diferentes características, utilizando as regras antigas, 
e assim incentivando o interesse dos alunos sobre as diferentes maneiras de se 
praticar o voleibol, fazendo comparação com as regras atuais e usando e 
abusando da criatividade nessa divertida e importante prática esportiva. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, abordamos diferentes características do voleibol que 
influenciam no processo de ensino-aprendizagem. Uma dessas características 
é compreender que o esporte influencia diretamente na vida social de seus 
praticantes, dentro e fora de quadra. 
Estudamos sobre a origem do voleibol e toda sua evolução ao longo dos 
anos, falamos sobre a chegada do vôlei ao Brasil, e como a seleção brasileira 
ganhou tanto destaque no cenário internacional. 
Também, foi explanado sobre as características do esporte, apresentando 
as diferentes práticas do voleibol, desde os jogos com regras oficiais, até o 
esporte escolar, parte do ensino integral dos indivíduos e o jogo social de 
diversão e lazer. 
Por fim, entendemos quais as características que o professor deve 
apresentar para melhor transmitir seu conhecimento, não apenas conhecimentos 
técnicos e táticos, mas também no desenvolvimento integral dos alunos. 
 
 
 
10 
REFERÊNCIAS 
BIZZOCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. Barueri: 
Manole, 2004. 
BORSARI, J. R. Voleibol: aprendizagem e treinamento um desafio constante. 
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DF, 25 mar. 1998. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9615consol.htm>. Acesso em: 13 
nov. 2019. 
CAPARROZ, F. E. Entre a educação física na escola e a educação física da 
escola: a educação física como componente curricular. 2. ed. Campinas: 
Autores Associados, 2005. (Coleção Educação Física e Esportes). 
KUNZ, E. Transformação didática-pedagógica do esporte. 6. ed. Ijuí: Unijuí, 
2004. (Coleção Educação Física). 
MARCHI JÚNIOR, W. “Sacando” o voleibol: do amadorismo à 
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267 f. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, 
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001. 
MATTHLESEN, S. Q. Um estudo sobre o voleibol: em busca de elementos para 
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MERAZZOBA, C.; PIRES, G. L. Breve panorama histórico do voleibol: do seu 
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