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Ciclo estral

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CICLO ESTRAL DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 
 
CURITIBA 2002 
 
1) INTRODUÇÃO: 
1.1) CICLOS REPRODUTIVOS: 
O ciclo reprodutivo refere-se a vários fenômenos: puberdade e maturidade 
sexual, estação de monta, ciclo estral, atividade sexual pós-parto e idade. 
Estes componentes são regulados por fatores tais como ambiente, genética, 
fisiologia, hormônios, comportamento e psicológico. 
1.1.1) Puberdade: 
De um ponto de vista prático, um animal macho ou fêmea atinge a puberdade 
quando estiver capaz de liberar gametas e de manifestar umas seqüência 
completa de comportamento sexual. A puberdade é basicamente o resultado 
de um ajuste gradual entre atividade crescente gonadotrófica e a habilidade 
das gônadas em assumir simultaneamente a esteroidogênese e a 
gametogênese. 
Em condições de criações normais a puberdade ocorre com cerca de 3 a 4 
meses de idade em coelhas; 6 a 7 meses em ovinos, caprino e suínos; 12 
meses em bovinos e 15 a 18 meses em eqüinos. Porém o início da puberdade 
está mais intimamente relacionado ao peso do corpo do que à idade. Os níveis 
nutricionais controlam a idade na puberdade. Se o crescimento for acelerado 
pela superalimentação, o animal atinge a puberdade numa idade mais jovem. 
Por outro lado, se o crescimento for mais vagaroso devido à subalimentação a 
puberdade será retardada. 
A eficiência reprodutiva plena não é atingida em qualquer espécie durante o 
primeiro cio ou ejaculação. Há um período de "esterilidade adolescente". Este 
período é relativamente curto ( algumas semanas) nos animais domésticos. 
1.1.2) Ciclos estrais: 
Correspondem aos fenômenos rítmicos observados em todos os mamíferos ( 
exceto alguns primatas), nos quais há períodos regulares mas limitados de 
receptividade sexual, que ocorrem a intervalos característicos para cada 
espécie. Um intervalo de ciclo é definido como um período de tempo a partir do 
início de um período de receptividade sexual, até o seguinte ou como o 
intervalo entre sucessivas ovulações. 
Os processos periódicos que ocorrem nos órgãos reprodutores influenciam o 
organismo em geral e também influenciam o comportamento e o metabolismo. 
A duração e evolução do ciclo genital nos animais domésticos apresentam 
diferenças consideráveis. Para a fisiologia comparada, a divisão do ciclo genital 
nas seguintes fases mostrou ser eficaz: 
 
PROESTRO ( FASE DE MATURAÇÃO FOLICULAR): 
Neste fase ocorre no ovário a maturação de um ou mais folículos, sob a 
influência do FSH e do ICSH. Com o aumento da influência do ICSH formam-
se no epitélio folicular, quantidades crescentes de hormônios foliculares ( 
estrógenos), que finalmente desencadeiam o estro. Sob a influência dos 
estrógenos formados em maiores quantidade pelo epitélio folicular no final do 
proestro, ocorre um crescimento das glândulas uterinas e um aumento do 
diâmetro do útero ( fase proliferativa ), que é devida, principalmente, a um 
maior acúmulo de líquidos ( edematização ) na mucosa. 
 
ESTRO ( CIO ): 
A duração do cio e a época de ovulação diferem nas diferentes espécies de 
animais domésticos. 
A nível ovariano, o período de estro é caracterizado por elevada secreção de 
estrógenos dos folículos pré-ovulatórios. Os estrógenos estimulam o 
crescimento uterino por um mecanismo que envolve a interação do hormônio 
com receptores e o aumento de processos sintéticos dentro das células. Os 
estrógenos também estimulam a produção de prostaglandinas pelo útero. 
No fim do cio, ocorre a ovulação seguida pela formação do corpo lúteo e 
secreção de progesterona. 
Apesar da maturação folicular normal, os sintomas do cio às vezes são pouco 
desenvolvidos e, não raramente, passam despercebidos ( cio silencioso ) 
Nestes casos, a secreção vaginal mucosa é, freqüentemente, a única indicação 
de um cio ocorrido. Em outros casos, os sintomas do cio são muito acentuados, 
e duram por um período de tempo mais prolongado, principalmente quando 
não ocorre a ovulação e maiores quantidades de estrógenos nos folículos são 
absorvidas. Geralmente ela é provocada por folículos persistentes ou por cistos 
foliculares. 
 
METAESTRO ( FASE DO CORPO LÚTEO): 
Após a ovulação ocorre, na fossa de ovulação, a formação do corpo lúteo, que 
em 3- 4 dias desenvolve-se formando uma glândula hormonal funcionalmente 
capaz. O destino do corpo lúteo é determinado pela célula ovular. No caso de 
uma fecundação e do desenvolvimento do embrião, o corpo lúteo é mantido por 
um período de tempo mais longo, sendo importante para o impedimento de 
outras maturações ovulares. Quando não ocorre maturação, ele se atrofia. 
A progesterona formada pelo corpo lúteo tem as seguintes ações principais: 
a) a estimulação da secreção nas glândulas uterinas e a preparação do 
endométrio para a nutrição e implantação do embrião. ( fase secretória ).; 
b) a redução do tônus da musculatura uterina e a redução de sua resposta à 
ocitocina; 
c) o bloqueio de outra maturação ovular no ovário por meio de retro-ação sobre 
o hipotálamo e lobo anterior da hipófise; 
d) o estímulo da nutrição do embrião e 
e) o estímulo do desenvolvimento e a total maturação da glândula mamaria. 
 
DIESTRO: 
Quando não ocorre a fecundação, o corpo lúteo dos animais domésticos se 
atrofia a partir do 10o dia, aproximadamente a após a ovulação. 
Consequentemente à redução da síntese de progesterona, diminui a ação 
bloqueadora sobre o hipotálamo. Ocorre um aumento da formação de luliberina 
e da síntese de FSH, no que resulta uma nova maturação folicular. 
Na atrofia do corpo lúteo, a prostaglandina F 2a desempenha papel importante. 
Este hormônio participa consideravelmente na redução do suprimento 
sangüíneo para o ovário que contém o corpo lúteo, assim como na redução da 
síntese de progesterona. 
A duração do diestro varia nas diferentes espécies animais. Um importante 
regulador da evolução do ciclo genital é o corpo lúteo: assim que o teor de 
progesterona no sangue cai, são produzidas e liberadas em maior quantidade 
no lobo anterior da hipófise as gonadotrofinas que estimulam a maturação 
ovular. 
1.2 ) FATORES QUE INFLUENCIAM OS CICLOS REPRODUTIVOS: 
O sistema básico do controle da atividade ovariana inclui a liberação pulsátil de 
GnRH e gonadotropinas pelo hipotálamo e hipófise anterior, respectivamente. 
O sistema é mantido sob controle pelos esteróidesgonadais, estrogênio e 
testosterona. Fatores externos sobrepõem-se a esse sistema de controle, 
podendo modificar a atividade reprodutiva normal. As informações relativas a 
esses vários fatores são transmitidas através do SNC e modificadas no 
hipotálamo para eventualmente afetar a secreção de gonadotropinas pela 
hipófise anterior. 
Tais fatores externos são: 
FOTOPERÍODO: 
A luz é o mais potente fator ambiental que afeta os ciclos reprodutivos em 
reprodutores estacionais. A glândula pineal está envolvida na mediação das 
modificações que ocorrem no fotoperíodo. A informação luminosa é transmitida 
a partir das células da retina no olho, via nervo óptico, ao núcleo 
supraquiasmático, que está localizado no hipotálamo anterior. A resposta 
desse núcleo é transmitida, via núcleo paraventricular, ao gânglio cervical 
superior, através de fibras do sistema nervoso autônomo, e então, finalmente à 
glândula pineal ( epífise). O sinal emitido pela glândula pineal é o hormônio 
melatonina, que desempenha um papel crítico em modificar, 
subseqüentemente a atividade hipotalâmico-hipofisário- gonadal. A melatonina 
indica a duração do fotoperíodo, resultando em resposta do sistema 
reprodutivo, que varia de acordo com as espécies e a natureza particular de 
suas estratégias na estação de monta, podendo apresentar uma resposta 
positiva ( estimulação da atividade ovariana) ou uma resposta negativa ( 
supressão da resposta ovariana). 
Alterações no fotoperíodo por meios artificiais, são a maneira mais eficaz de 
manipular aqueles animais que são influenciados pelo fotoperíodo, 
especialmente sobre um animal individualmente. Nesse caso,para os animais 
que respondem ao aumento da luz com o restabelecimento da atividade 
ovariana, um regime de maior luminosidade cerca de 1 mês antes do início 
previsto do anestro deve resultar em atividade ovariana contínua. 
Para animais que iniciam a atividade ovariana cíclica em resposta ao 
decréscimo da luz, o problema da manipulação do fotoperíodo é difícil na 
ausência de alojamentos com luz controlada. 
TEMPERATURA: 
Desempenha um papel de muita pouca importância sobre os ciclos 
reprodutivos dos animais domésticos. Altas temperaturas afetam de maneira 
desfavorável os ciclos reprodutivos apenas sob condições extremas, incluindo 
exposição prolongada ao calor ( 24 horas diárias). Nessa situação, a 
mortalidade embrionária, principalmente antes da implantação, é o principal 
efeito observado, com os ciclos reprodutivos permanecendo normais. 
NUTRIÇÀO: 
A nutrição inadequada resulta em inatividade ovariana, sobretudo na vaca. Nas 
vacas leiteiras geneticamente selecionadas para alta produtividade, a 
capacidade de produzir até cerca de 45 litros de leite por dia é uma marca 
bastante significativa. é quase impossível para estas vacas consumir alimento 
suficiente durante a primeira parte do ciclo de lactação para manter seu peso 
corporal, e elas estão freqüentemente em balanço nutricional negativo até os 
100 dias após o parto. Como os animais devem ter um nível adequado de 
nutrição para iniciar a atividade ovariana, esta é suprimida até que um balanço 
energético positivo seja alcançado. Caso se deseje que uma vaca leiteira 
produza grandes quantidades de leite, deve-se fornecer nutrição adequada à 
produção leiteira. 
A nutrição inadequada pode afetar a atividade ovariana no período pós-parto. 
Uma prática de manejo que é muitas vezes usada para aumentar a eficiência 
produtiva é manter vacas de raça de corte num plano de regime nutricional 
limitado durante o inverno. Esta diretriz tem o propósito de forçar os animais ao 
uso da gordura que tenha sido produzida e armazenada durante a estação de 
pastoreio. Se as vacas de corte gestantes não retornarem a um balanço 
nutricional positivo por volta do último mês de gestação, o restabelecimento da 
ciclicidade ovariana, que normalmente ocorre entre os 45 e 60 dias após o 
parto, será retardado. Uma outra situação que pode afetar a atividade ovariana 
envolve as novilhas de corte gestantes. Esses animais freqüentemente 
necessitam de nutrientes extra no período pós-parto para que se restabeleça a 
atividade ovariana, porque têm necessidades alimentares para o crescimento 
bem como para a lactação. 
FEROMÔNIOS: 
As fêmeas são influenciadas pelos odores do macho. Por exemplo, a porca em 
estro assume postura de monta se exposta à urina de um varrão. 
"Efeito Whitten": envolve a sincronização dos ciclos estrais pela introdução de 
um macho em um grupo de fêmeas. A introdução de um macho provoca nas 
fêmeas o recomeço da ciclicidade ovariana de forma altamente sincronizada ( 
grande parte das fêmeas apresenta cio no terceiro dia após introdução do 
macho). O efeito do macho é desencadear a síntese e liberação de 
gonadotropina. 
"Efeito Bruce": envolve a manipulação da gestação por feromônios. Se uma 
fêmea de camundongo recém-acasalada é colocada em uma gaiola com um 
macho estranho, a gestação falha. Isso ocorre por causa do bloqueio da 
secreção de prolactina e, com a diminuição da secreção de prolactina, o CL 
regride e a gestação falha. 
SOM: 
Tem-se demonstrado que os sons do macho eliciam respostas 
comportamentais ( sexuais) na fêmea. 
VISÃO: 
Existem algumas espécies de aves em que a exibição feita pelo macho, que 
inclui a apresentação de plumagem colorida e movimentos característicos, 
influencia o comportamento reprodutivo na fêmea. Em primatas não-humanos, 
as fêmeas que estão sexualmente receptivas alertam o macho através de 
movimentos corporais específicos, assim como através de modificações na cor 
da pele associada à região perineal. A ausência de movimentos pela fêmea ( 
bovinos ou ovinos), quando o macho se aproxima, pode ser considerada como 
um indício de que a fêmea está receptiva. 
CONTATO FÍSICO: 
O contato físico de uma fêmea com um macho faz com que a fêmea fique 
imóvel, o chamado reflexo de rigidez. 
 
O CICLO ESTRAL NA VACA 
INTRODUÇÃO: 
Ciclo estral é o período de tempo a partir do início de um período de 
receptividade sexual até o seguinte, com o intervalo ovulatório. A duração do 
ciclo é de 21 dias podendo variar de 18 a 24 dias normalmente. Como regra 
geral, a duração do ciclo é mais constante entre cada indivíduo do que entre 
animais. 
Os períodos do ciclos se dividem em: 
 ESTRO: Período de receptividade sexual, a ovulação ocorre no final do 
estro. 
 METAESTRO: desenvolvimento inicial do corpo lúteo, duração de 
poucos dias. 
 DIESTRO: atividade do corpo lúteo maduro, inicia 4 dias após a 
ovulação e termina com a regressão do corpo lúteo. 
 PROESTRO: regressão do corpo lúteo até o estro seguinte. 
Desenvolvimento rápido do folículo, que leva à ovulação e receptividade 
sexual. 
O período de estro corresponde a modificações comportamentais e os demais 
correspondem a modificações ovarianas. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM OS CICLOS REPRODUTIVOS: 
FOTOPERÍODO: 
Afeta ciclos reprodutivos estacionais. A importância de incremento luminoso 
para a reprodução do gado é considerável, ou seja, na presença da luz a 
concepção é melhor. 
TEMPERATURA: 
Influência muito pequena. 
NUTRIÇÃO: 
Grande influência sobre vacas de corte e vacas leiteiras. 
FEROMÔNIOS: 
Substâncias químicas que permitem a comunicação entre animais de mesma 
espécie. Odores que emanam da secreção vaginal = metil -p- benzoato. O 
androgênio derivado da androstenona contribui para o odor do macho e é 
conhecido como a "marca do varrão". 
SOM: 
Emitido pelo macho para atrair a fêmea. 
VISÃO: 
Em bovinos a ausência de movimento da fêmea quando o macho está se 
aproximando pode ser um indicativo de que a fêmea está receptiva. 
CONTATO FÍSICO: 
O contato do macho com a fêmea pode fazer com que ela fique subitamente 
imóvel. 
 
CICLO ESTRAL: 
A duração do ciclo estral na vaca é de 21 dias, sendo que ciclos de 18 a 24 
dias são considerados normais. Como regra geral a duração do ciclo é mais 
constante entre cada indivíduo do que entre animais. 
O período de estro é menor que nos demais animais, sendo de 18 horas nas 
vacas da espécie Bostaurus. Uma das importantes raças tropicais de bovino de 
corte é a Brahman (Bosindicus). Estes animais têm períodos de estro mais 
curtos, com uma faixa notificada de 2 a 14 horas. É uma regra geral que ter 
mais animais em estro ao mesmo tempo tende a aumentar a duração do estro 
de cada animal. 
O ponto principal do ciclo estral é o estro, ou seja, quando a fêmea aceita o 
macho. A terneira nasce com seus órgãos reprodutores formados mas não 
totalmente funcionais. Estes vão sofrendo sua maturação pela ação dos 
hormônios hipofisários e ao redor dos 9 meses se inicia a atividade sexual. A 
precocidade ou não da puberdade depende a alimentação, raça e outros 
fatores. O ciclo estral não se interrompe durante a gestação, durante alguma 
anormalidade e continua acontecendo em vacas de idade avançada. O cio de 
período relativamente curto do gado bovino é vantajoso, já que a probabilidade 
da fecundação através de inseminação artificial aumenta com a redução da 
duração do cio. Consequentemente, o sucesso da fecundação nos bovinos de 
70 a 80%. 
As variações cíclicas no ovário, útero e vagina estão sincronizadas com as 
secreções cíclicas de gonadotrofinas e hormônios ovarianos. 
O FSH estimula o crescimento dos folículos ovarianos, sendo que um ou dois 
podem se tornar folículos maduros e permanecer sobre a superfície dos 
ovários. Com isso os ovários produzem estrógenos, que fazem com que a vaca 
apresente sintomas de estro. O inicio do cio se caracteriza por inquietação e 
mugido. Na ausência do touro, as vacas podem ter o estrodetectado pela sua 
atividade homossexual. Vacas que ficam em posição para serem montadas por 
outras vacas estão em estro ("cio de posicionamento"). Sintomas secundários 
que podem ser úteis na identificação do estro são: entumescimento da vulva, 
inchaço e umidecimento, contrastando com seu aspecto seco e rugoso de 
outros momentos e presencia-se um corrimento de muco claro e aquoso antes 
e durante o estro. Esses filamentos podem conter sangue 50 a 60 horas antes 
ou 35 a 45 horas depois do estro. No período entre estros o muco presente na 
cérvix e na vagina é denso e pegajoso e em vez de sair pela vulva este forma 
um tampão cervical que impede a penetração de bactérias e outros agentes 
nocivos. Se houver concepção esse tempão permanece por toda a gestação. 
Próximo e durante o estro todo o trato reprodutor e suas secreções contém 
maior quantidade de água. 
Aproximadamente 25 a 35 horas do começo do cio se rompe o folículo e se 
libera o óvulo, que se encontra com o espermatozóide no oviduto e é 
fecundado. 
O LH contribui para o desprendimento do óvulo e começo do crescimento do 
tecido luteínico para a formação do corpo lúteo. O corpo lúteo produz 
progesterona, que inibe a maturação de novos folículos e prepara o útero para 
receber e nutrir o óvulo fertilizado. Se a concepção não ocorrer o corpo lúteo 
regride passados 17 a 19 dias e o FSH estimula o crescimento de novos 
folículos. Em 2 ou 3 dias o estrógeno determina um novo estro que se repete 
de 21 em 21 dias até que se efetue a concepção. 
O crescimento lento dos folículos se dá um dia antes do estro, uma explosão 
no crescimento folicular durante e depois do estro e a ruptura dos folículos 
depois do estro. 
No gado bovino durante o estro, foi determinada a maior secreção de tiroxina 
comparativamente com as outras fases do ciclo. 
O ciclo estral da vaca é regularmente periódico ao longo de sua vida 
reprodutiva, ou seja, esse animal é POLIÉSTRICO ESTACIONAL, ou seja, um 
ciclo estral termina num período de diestro que emerge como o proestro no 
ciclo estral seguinte. 
Em condições semi- selvagens os touros se encontram na manada o ano todo, 
porém a monta ocorre do final da primavera até o inicio do verão. 
O começo da atividade reprodutora se dá por ação dos hormônios hipofisários, 
que têm sua liberação governada pelo hipotálamo. Esses hormônios 
gonadotróficos atuam impulsionando o funcionamento das gônadas. 
A hipófise também mantém o desenvolvimento do ciclo estral. Dados indicam 
que o útero pode apresentar um papel vital na regulação do ciclo estral. 
O hormônio ovárico estrogênico mais comum na vaca é o estradiol. A placenta 
da vaca produz grandes quantidades de estrógenos ainda que o nível de 
progesterona produzida na placenta seja baixo, pois o corpo lúteo deve se 
manter até o final da gestação. 
O primeiro estro corresponde à puberdade e é dividido em 3 fases: 
a-) maturação da glândula hipófise entre 3 e 6 meses de idade; 
b-) maturação dos ovários entre 6 e 12 meses de idade; 
c-) maturação do útero, que se completa até os 3 anos. 
Até o primeiro ano de idade a glândula hipófise cresce rápido e regularmente. A 
hipófise dos animais jovens responde satisfatoriamente aos estímulos 
hipotalâmicos que nela atuam. As modificações na secreção hormonal na 
puberdade se deve à maturação do hipotálamo. O aumento do peso do ovário 
a partir do sexto mês coincide com o crescimento folicular. Porém a ovulação e 
a formação do corpo lúteo só se evidenciam quando aparecem os primeiros 
sinais externos de iniciação sexual. 
O desenvolvimento da hipófise e de seus hormônios influencia o crescimento 
do organismo e o desenvolvimento do útero e de outras partes do trato 
reprodutor. 
De acordo com as citações acima descritas o ciclo estral se divide em proestro, 
estro, metaestro e diestro. O proestro caracteriza-se pela estimulação do 
crescimento folicular pelo FSH. O folículo em crescimento produz mais líquido 
folicular e estradiol. O estradiol determina um maior aporte sangüíneo e 
crescimento dos túbulos genitais. A vulva e o vestíbulo ficam congestos e há 
um aumento evidente na vascularização da mucosa uterina. O proestro dura de 
2 a 3 dias. 
Diferentemente dos outros animais a vaca não ovula antes que o estro cesse. 
Em menos de 1 dia o sistema nervoso da vaca começa a rejeitar o nível 
elevado de estradiol e esta não aceita mais o macho e observa-se um aumento 
na concentração de LH. 
O metaestro se caracteriza pelo súbito desaparecimento dos sinais do cio. Tem 
início o ovulação com o desprendimento do ovócito e a cavidade se reorganiza 
formando o corpo lúteo. A vulva começa a se enrugar, a dilatação da cérvix 
desaparece gradativamente e diminui a quantidade de muco. durante o 
metaestro o epitélio vaginal tem seu crescimento diminuído. 
No diestro - período final - o corpo lúteo se desenvolve totalmente e a 
progesterona age acentuadamente sobre a parede uterina. O endométrio fica 
enrugado e as glândulas e fibras musculares de útero se desenvolvem 
preparando-se para nutrir o embrião e formar a placenta. Se houver concepção 
o corpo lúteo persiste até o fim da gestação. Se o óvulo não for fecundado o 
corpo lúteo permanece por aproximadamente 19 dias e depois regride. O 
proestro e o declínio do corpo lúteo são concomitantes e após isso inicia-se 
outro ciclo estral. 
 
MODIFICAÇÕES HORMONAIS: 
O conhecimento dos níveis dos hormônios gonadotróficos e esteróides nos 
líquidos orgânicos da vaca, especialmente no sangue circulante, é importante 
para compreender o controle endócrino do ciclo. 
Os níveis de FSH na hipófise são maiores 3 dias antes do estro, diminuindo 
rapidamente e alcançando níveis mínimos no dia do estro. Ao mesmo tempo 
que se dá a liberação de FSH no sangue aumentam marcadamente os níveis 
de estrógenos no sangue e urina, alcançando um máximo no dia do estro. 
O nível de LH no sangue se eleva rapidamente e alcança seu máximo 
imediatamente antes da ovulação. Essa onda de LH é um estímulo para a 
ovulação. 
As determinações quantitativas são altamente variáveis no sangue circulante 
da vaca. Conforme o corpo lúteo aumenta após a ovulação o conteúdo de 
progesterona sofre um incremento, alcançando um máximo 10 dias após o 
estro e permanece alto por aproximadamente 5 dias, depois declinam 
rapidamente o peso do corpo lúteo e os níveis de progesterona das vacas 
gestantes. 
O tempo de ovulação é determinado no momento da ovulação por métodos 
como o sacrifício das vacas durante ou depois do estro examinando os ovários 
ou localizando o óvulo no trato reprodutor, determinando a fertilidade de uma 
monta antes, durante e depois do estro e palpando os ovários periodicamente 
durante e depois do estro. Sendo assim, a média do tempo de ovulação é de 
25 a 30 horas após o começo do estro. A ovulação pode atrasar mediante a 
administração da atropina, que bloqueia os impulsos nervosos parassimpáticos 
no começo do estro. 
O tempo que transcorre do parto até o seguinte cio (intervalo pospartum) varia 
de 30 a 72 dias em vacas leiteiras e de 46 a 204 dias em vacas para corte. 
Porém, essa diferença não se deve apenas às particularidades do gado de leite 
e corte, mas sim, às condições de manejo, meio ambiente, nutrição e lactação. 
Esse intervalo é diretamente afetado pelas estações do ano, ou seja, mais 
longo no inverno e mais curto no verão. As vacas leiteiras de alta produção têm 
o intervalo pospartum prolongado. 
Por meio da utilização de progesterona ou dos getágenos sintéticos pode-se 
proceder, em gado bovino, a um bloqueio do ciclo genital, não ocorrendo o cio. 
Após cessar o uso de gestágeno, o cio se instala em poucos dias devido ao 
rápido aumento da secreção de FSH e ICSH. Desta maneira pode-se proceder 
a sincronização do cio. 
 
Ciclo Reprodutivo em Ovelhas e Cabras 
ANATOMIA 
A forma dos órgãos genitais varia consideravelmente com a idade e atividade 
fisiológica, por isso, na descrição desses órgãos, será considerado um animaladulto não gestante. 
OVÁRIO e TUBA UTERINA 
Os ovários se localizam na parte mais caudal do abdome, com isso os cornos 
uterinos são tracionados para trás, em direção aos ovários. 
O ovário é uma estrutura firme e irregular, de formato ovóide e possui 
aproximadamente 1,5cm. Une-se à parede do abdome antes da entrada 
pélvica e une-se ao trato reprodutor por inclusão ao ligamento largo. O ovário 
se relaciona com a parte ventral do ílio, no nível da bifurcação do útero. 
Os folículos e o corpo lúteo se projetam de qualquer parte da superfície, 
considerando que pode se projetar mais de um devido ao fato de existirem 
gestações gemelares e múltiplas. 
A tuba uterina é longa, segue um trajeto muito tortuoso, por isso seu início e fim 
estão situados muito próximos um do outro. Não há demarcação entre a tuba 
uterina e o corno uterino. O infundíbulo possui paredes delgadas e localiza-se 
lateralmente ao ovário. A parte subsequente e mais estreita da tuba uterina 
serpenteia no interior da parede lateral do ovário até atingir a extremidade do 
corno uterino e divide-se em ampola e istmo. 
ÚTERO 
O corpo uterino é formado pela fusão incompleta das partes caudais dos 
cornos; estes possuem uma trajetória tortuosa e medem aproximadamente 10 
a 12 cm. O corpo verdadeiro é bastante curto, mede aproximadamente 2 cm de 
comprimento, seu limite caudal é com a cérvix, que mede aproximadamente 4 
cm de comprimento e se projeta caudalmente para o interior da vagina, que 
então é envolvida por fórnix. 
A espessura e a cor do endométrio varia com a fase do ciclo. A superfície 
possui pregas. A principal característica do endométrio de ruminantes é a 
presença de carúnculas que são os locais de sustentação das membranas 
fetais durante a gestação. Na ovelha e na cabra as superfícies livres das 
carúnculas são côncavas. 
A mucosa do corpo uterino é lisa e caminha para a cérvix através da constrição 
do orifício uterino interno. O lúmem da cérvix é fechado pela superposição de 
projeções irregulares da superfície, remanescentes de três anéis circulares que 
obstruem a passagem em animais jovens. A mucosa da cérvix produz uma 
secreção mucosa no estro. 
VAGINA 
A vagina apresenta o lúmem normalmente fechado. Mede aproximadamente 8 
cm e sua porção ventral contém numerosos folículos linfáticos. É um órgão que 
possui grande capacidade de expansão. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O CICLO 
Existe o controle do eixo hipotálamo-hipófise com liberação das gonadotrofinas 
(GnRH) que regulam a atividade ovariana. No entanto, há fatores externos que 
se sobrepõem a este sistema modificando a atividade reprodutiva normal. 
Podemos citar como exemplo o fotoperíodo, a temperatura, a nutrição, o som e 
os fatores sociais, como o ferormônio. As informações relativas a esses fatores 
são transmitidas através do SNC e modificadas pelo hipotálamo, sendo 
transferido para a hipófise e influenciando a secreção de gonadotropinas. 
FOTOPERÍODO 
É o fator ambiental que mais afeta os animais que possuem ciclo estacional, 
como cabras e ovelhas. 
A glândula pineal está envolvida na mediação das modificações que ocorrem 
no fotoperíodo. Esta glândula emite um sinal que é o hormônio melatonina que 
modifica a atividade hipotálamo-hipófise-gônadas. A melatonina indica a 
duração do fotoperíodo. 
Nas ovelhas e cabras a atividade ovariana cessa com o aumento de luz. 
Além da diferença existente entre as espécies em relação ao fotoperíodo, 
existem também diferenças entre as raças. Há raças mais resistentes, que 
demoram mais tempo para apresentarem o estro do que outras. Por exemplo, a 
raça Rambouillet começa o ciclo em julho, enquanto que a FinnishLandrace 
começa apenas em setembro. 
Também é possível manipular o fotoperíodo desses animais de modo artificial, 
como, por exemplo, realizar uma exposição à luz que aumente sua intensidade 
subitamente e após um certo período de tempo diminui repentinamente. 
Em ovelhas tem-se usado implante de melatonina para antecipar a estação de 
monta, assim como para aumentar a taxa ovulatória. 
FEROMÔNIOS 
São substâncias químicas que permitem a comunicação entre os animais da 
mesma espécie. 
Os machos são atraídos pelas fêmeas por causa dos odores que elas emanam 
das secreções vaginais. 
Quando é introduzido um carneiro reprodutor em um lote de fêmeas entre o 
anestro e o estro é possível se adiantar o início da estação de monta ou se 
sincronizar o estro quando as fêmeas estiverem ciclando. 
TEMPERATURA 
Temperaturas elevadas, mais do que as habituais no verão adiantam a estação 
de monta dos ovinos. 
 
O CICLO ESTRAL 
PROESTRO ESTRO 
Fase folicular, Fase folicular,desenvolvimento folicular receptividade 
sexual,subsequente à regressão o hormônio liberado é lútea. O hormônio 
liberado é o LH, que tem um pico é o FSH, tendo produção de repentino, 
formação do estrogênio. Os níveis de corpo lúteo e ovulação. Progesterona são 
bem baixos. 
 
DIESTRO METAESTRO 
Fase lútea, Fase lútea, maturação do corpo lúteo desenvolvimento inicial do 
não receptivo, quantidade corpo lúteo, mínima de hormônios, liberação de 
progesterona. Começa síntese de FSH. 
ANESTRO 
Não ocorre ciclo. PRENHEZ 
PROESTRO 
Os hormônios FSH e LH, folículo estimulante e luteinizante, respectivamente, 
são produzidos pela hipófise anterior e são importantes para os processos 
reprodutivos da fêmea. 
O FSH promove o crescimento dos folículos, enquanto que o LH é importante 
para o processo ovulatório e a luteinização da granulosa que resulta na 
formação do corpo lúteo. 
A liberação destes hormônios é controlada pelo hormônio liberador de 
gonadotrofinas GnRH. A liberação pulsátil do GnRH é essencial para a 
manutenção e secreção de LH e FSH pela hipófise anterior. 
Durante o estro tem-se a secreção máxima de estrogênio pelo folículo e 
durante o metaestro tem a secreção de progesterona pelo corpo lúteo. 
O estrogênio tem como função promover o crescimento das glândulas uterinas, 
levando a um aumento do diâmetro do útero e a edemaciação de mucosa. 
A progesterona tem como função preparar o útero para nidação e nutrição; 
reduz o tônus da musculatura uterina, impedindo a resposta à ocitocina; 
bloqueia outra maturação ovular; estimula o desenvolvimento da glândula 
mamaria. 
A prostaglandina PGF2a é sintetizada e liberada de forma pulsátil 
aproximadamente 14 dias após a ovulação pelo útero, sendo que este precisa 
ter sido exposto ao estrogênio e à progesterona. A PGF2a tem como função 
fazer regredir o corpo lúteo. 
A fase folicular que corresponde ao proestro e estro está relacionada ao 
amadurecimento do folículo influenciado pelo FSH. 
A fase lútea que ocorre no metaestro tem como função a formação do corpo 
lúteo, e no caso de prenhez, este é mantido com o objetivo de produzir e 
secretar a progesterona. 
 
CICLO ESTRAL DA OVELHA E CABRA 
PUBERDADE 
O primeiro ciclo estral ocorre entre os 5 e 7 meses nas cabras e entre os 6 e 9 
meses nas ovelhas, porém nem sempre esse ciclo vem acompanhado de 
ovulação, isso porque o primeiro corpo lúteo prepara o animal para um estro 
perfeito e funcional no segundo ciclo estral, quando então o animal irá ovular 
normalmente e aceitar o macho. 
CICLO 
As cabras e ovelhas são poliestrais estacionais, isso quer dizer, apresentam 
sucessivos ciclos ao longo de um período de tempo denominado estação 
reprodutiva que dura cerca de 6 a 7 meses. 
Em regiões temperadas ou polares, que possuem ritmo de luz definido, a cada 
6 meses a estação reprodutiva coincide com os dias curtos do ano; então elas 
se reproduzem ao longo do outono e inverno, enquanto que apresentam 
anestro estacional na primavera e verão, quando os dias são longos. Além da 
influência pela luz, também interfere no ciclo reprodutivo destes animais a 
temperatura e a introdução de machos no início da estação reprodutiva. Estes 
fatores podem adiantar ou atrasar o início ou fim da estação reprodutiva. 
A reprodução do tipo estacional em fêmeasanestrais de dias longos se associa 
à influência do eixo hipotálamo-hipófise-pineal e à freqüência e amplitude das 
secreções episódicas de LH. 
As cabras apresentam uma estação reprodutiva mais extensa que as ovelhas, 
e dependendo das condições de manejo, são capazes de parir ao longo de 
todo ano, se bem que algumas raças possuem uma época de anestro que se 
estende pela primavera e verão. 
Fases: 
Proestro – fase de maturação folicular 
No ovário ocorre a maturação de um ou mais folículos, sob a influência de 
FSH. No epitélio folicular aparecem quantidades crescentes de hormônios 
foliculares - estrógenos que então desencadeiam o estro; os níveis de 
estrógenos crescentes suprem os níveis de progesterona em declínio. No final 
do proestro ocorre o crescimento das glândulas uterinas e um aumento do 
diâmetro do útero, devido a um maior acúmulo de líquidos na mucosa. 
O FSH apresenta um pico pré-ovulatório de aproximadamente 7 horas, o 
segundo pico, que dura 26 horas, aparece um ou dois dias após o primeiro. Os 
picos de FSH se sucedem cada duas horas durante as fases folicular e 
luteínica. 
Esta fase dura de 2 a 3 dias. 
Estro – cio 
Este é o momento que a fêmea está receptiva ao macho. 
O hormônio que mais está presente é o LH; ocorre em pulsos episódicos 
recorrentes a cada 2 horas e meia durante a fase luteínica, aumentando a 
freqüência na fase folicular. Esses pulsos ocorrem a cada hora até produzir um 
pico pré-ovulatório em conjunto com o FSH. 
O estrógeno tem total influência sobre os órgãos genitais, isso porque o folículo 
atinge a maturação e atinge o pico de secreção de estrógeno. 
Na ovelha o cio aparece em intervalos de 17 dias (varia de 14 a 19 dias) e os 
sintomas do cio são pouco acentuados e por esse motivo muitos passam 
desapercebidos. 
A ovulação é conseqüência da secreção de LH e ocorre no final do estro, 
sendo que este dura de 24 a 36 horas. 
Amadurecem de 1 a 7 folículos. 
Na cabra o cio aparece em intervalos de 21 dias (varia de 18 a 22 dias) e os 
sintomas são bem acentuados. Os animais ficam impacientes, apresentam um 
balido que chama a atenção; as cabras têm o reflexo de permissão do bode. 
A ovulação ocorre imediatamente no final do estro, e este dura 26 a 42 horas. 
Amadurecem de 1 a 7 folículos. 
Metaestro – fase de corpo lúteo 
Após a ovulação, ocorre na fossa de ovulação a formação do corpo lúteo. 
Os níveis de estrógeno estão baixos, porém a progesterona começa a ser 
sintetizada pelo corpo lúteo uns 3 ou 4 dias após a ovulação. A partir desse 
momento o corpo lúteo pode seguir dois caminhos: se o folículo foi fecundado, 
viverá um pouco mais que 15 dias, pois sua função será a de impedir a 
maturação de outros folículos, mas se não houver fecundação, após 14 ou 15 
dias ele irá se atrofiar. 
Diestro – fase de produção máxima do corpo lúteo 
É nessa fase que é decidido o futuro do corpo lúteo; enquanto isso ele mantém 
sua secreção máxima de progesterona. 
Considerando que não houve fecundação, o corpo lúteo irá atrofiar e haverá 
uma redução da síntese de progesterona, com isso diminui a ação de feedback 
negativo no hipotálamo com um aumento da síntese de FSH, o que resultará 
conseqüentemente numa nova maturação folicular. 
Nas ovelhas e cabras, a duração do corpo lúteo é de aproximadamente 6 dias. 
Quando ocorre a atrofia do corpo lúteo, a prostaglandina PGF2a , que é 
formada a partir do 13o dia do ciclo , desempenha um papel muito importante 
no ciclo, pois ela participa da redução do suprimento sangüíneo para o ovário 
que contém o corpo lúteo. Com esse suprimento, não há mais circulação de 
progesterona e há a possibilidade de haver maturação de um novo folículo. 
Anestro – quiescência 
O ovário se mantém quiescente. O corpo lúteo termina sua involução e o 
desenvolvimento folicular interrompe. 
Quando o macho é introduzido na fase de anestro, ele irá causar um 
sincronismo na indução do estro na maioria das fêmeas presentes. 
Ao se introduzir o macho num plantel enquanto as fêmeas estiverem ciclando, 
haverá um sincronismo nos ciclos em ocorrência. 
Eventos que levam à primeira ovulação de cordeiras na puberdade ou em 
ovelhas adultas na estação sexual: 
 
Ciclo Reprodutivo em Porcas 
ANATOMIA 
OVÁRIO e TUBA UTERINA 
Os ovários são bastante móveis; têm cerca de 5 cm de comprimento e são 
irregulares, com muitos folículos e corpos lúteos projetando-se para fora. São 
suspensos entre os intestinos pelos mesovários. Com o avanço da prenhez, os 
ovários descem com os cornos até se tornarem inacessíveis à palpação retal. 
A tuba uterina tem aproximadamente 20 cm de comprimento e começa na 
bolsa ovárica, em um grande orifício voltado para o ovário. Segue sobre o 
mesosalpinge e une-se ao corno uterino. 
ÚTERO 
O corpo uterino é curto. Os cornos prolongam-se anteriormente por alguns 
centímetros, dando a impressão de que o corpo uterino é mais longo do que 
realmente é. O músculo circular mais profundo na junção do corpo com os 
cornos forma um esfíncter complexo que funciona de tal modo que, quando a 
entrada de um dos cornos se fecha, a outra se abre. Este mecanismo é muito 
eficiente no momento da parição, pois impede que ambos os cornos se 
contraiam ao mesmo tempo e evita conseqüentemente a colisão dos fetos. 
Os cornos uterinos são realmente grandes, na fêmea não grávida eles atingem 
até 1 m, no auge da prenhez pode atingir até o dobro, pois em cada corno 
podem ser acomodados até 11 fetos. 
Os cornos não grávidos e os ovários são tão móveis que é impossível 
determinar a sua localização exata na cavidade abdominal. 
A cérvix é distinta das demais espécies por seu comprimento (pode atingir até 
25 cm) e pela presença de fileiras de saliências de mucosas que se projetam 
na luz que ocluem o canal. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O CICLO 
FOTOPERÍODO 
Existem evidências que sugerem que a facilidade do reestabelecimento da 
ciclicidade ovariana em porcas após a lactação depende da iluminação. Em um 
estudo realizado na Noruega, 95% das porcas recomeçaram o ciclo 10 dias 
após o desmame. 
FERORMONIO 
A porca em estro assume postura de monta, membros posteriores esticados ou 
reflexo de rigidez, se exposta à urina do macho. 
SOM 
Se as porcas em estro forem expostas ao som dos machos, a maioria delas 
responde a esse estímulo com o reflexo de rigidez. 
NUTRIÇÃO 
Manejo intensivo atrasa a puberdade. 
 
CICLO ESTRAL DA PORCA 
PUBERDADE 
A porca atinge a puberdade com aproximadamente 6 a 7 meses de vida. A 
primeira ovulação é acompanhada por receptividade sexual. 
CICLO 
As porcas são poliestrais, isso quer dizer que seus ciclos se sucedem 
regularmente ao longo de todo o ano, com intervalos de aproximadamente 21 
dias (entre 18 e 23 dias) . 
A alteração física mais evidente nesses animais no estro é o enrigecimento da 
vulva que adquire uma aparência edemaciada até o ponto que a fenda vulvar 
tende a ficar aberta. As fêmeas no estro apresentam o reflexo de rigidez na 
presença do macho, elas ficam paradas esperando ser montadas; as fêmeas 
apresentam também alterações comportamentais como inquietação, redução 
do apetite e tom de grunhido mais baixo que o normal. 
Quando se faz uma pressão sobre o lombo e o animal permanece parado, isso 
também demonstra que ele está no cio. 
Fases: 
Proestro - fase de maturação folicular 
Os níveis de FSH são elevados e o primeiro pico coincide com o de LH. 
Esta fase dura de 2 a 3 dias. 
Estro – cio 
Ainda percebe-se a presença de FSH e seu segundo pico é percebido 2 ou 3 
dias após o início do estro e seu pico é maior que o primeiro. 
O estro aparece em intervalos de 21 dias e os sinais são reflexo de rigidez, 
inquietação, redução de apetite e grunhido mais baixo. 
A ovulação ocorre aproximadamente de 24 a 35 horas após o início dos 
sintomas externos do cio e continua até que os sinais cessem. 
O cio dura geralmente 2 a 3 dias. 
Amadurecem em média de 8 a 30 folículos; em animais maisjovens 
amadurecem menos folículos do que em animais adultos. 
Metaestro – fase do corpo lúteo 
O corpo hemorrágico, após 6 a 8 dias se torna uma massa compacta: o corpo 
lúteo; este mantém a integridade celular além de sua função secretora. 
Diestro – fase de produção máxima de corpo lúteo 
Entre os dias 12 a 16 do ciclo, considerando que não houve fecundação, a 
prostaglandina PGF2a tem um incremento de sua concentração, o que acarreta 
a luteólise. 
Esta fase dura em média 5 a 6 dias. 
A porca apresenta o primeiro cio após o parto entre 6 a 8 dias após o 
desmame. 
 
SINCRONIZAÇÃO DO CIO 
O uso concomitante de progesterona semi-sintética com um agente luteolítico, 
ou prostaglandinas é realizado para prevenir qualquer ação do corpo lúteo, 
principalmente em vacas, porcas e ovelhas. 
O objetivo é tratar um grupo de animais e causar um bloqueio do ciclo genital 
para que não ocorra cio e depois suspender o tratamento simultaneamente, 
provocando uma ovulaçao sincronizada em todos os animais do grupo devido 
ao rápido aumento de secreção de LH e FSH. 
A sincronização do cio possibilita a uniformização de idade do recém-nascido e 
uma programação de manejo e uso das instalações. 
 
LUTEÓLISE 
Tanto o embrião como o feto, de ovelhas e porcas, produzem proteínas 
esteróides e prostaglandinas, capazes de inibir a produção de PGF2a no útero. 
O endométrio das ovelhas cíclicas libera, de uma maneira pulsátil PGF2a entre 
os dias 14 e 17 do ciclo, que induzem a luteólises. 
Mecanismos de luteólise ocorrem da seguinte maneira: os estrógenos 
foliculares estimulam a produção endometrial de fosfolipase A, de modo que 
libera alguns pulsos de PGF2a , desde os dias 13 e 14 do ciclo das ovelhas, 
estes pulsos estimulam a liberação, no corpo lúteo, de ocitocina que, nos dias 
14 e 16, atua através do receptor endometrial, aumentando a liberação de 
pulsos de PGF2a no útero, e assim se iniciará, logo, um novo estro nos dias 16 
ou 17.

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