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Uma válvula mitral normal garante que todo o sangue que chega ao ventrículo esquerdo seja drenado para a artéria aorta. Quando ocorre insuficiência mitral, parte desse sangue flui de volta para o átrio esquerdo através da abertura atrioventricular esquerda. O grau de regurgitação é determinado pelo diâmetro do orifício, pelas pressões atrial e ventricular esquerda, pela resistência do orifício de regurgitação e pela ejeção ventricular pela aorta. À medida que a regurgitação valvar piora, a capacidade de dilatação do átrio e a contratilidade do miocárdio ventricular diminuem, fator que determina a resistência do paciente à doença. À medida que a regurgitação valvar progride, mais sangue se move desnecessariamente para trás e lateralmente, reduzindo o fluxo direto nos átrios e ventrículos. Mecanismos compensatórios (sistema renina-angiotensina-aldosterona) e fator natriurético atrial atuam para aumentar o volume sanguíneo para manter as necessidades circulatórias do corpo. A regurgitação valvar eventualmente dilata o ventrículo e o átrio acometido dilata-se para acomodar o fluxo regurgitante e o volume sistólica. À medida que a câmara se expande, suas paredes sofrem hipertrofia excêntrica. Por conta disso que o átrio esquerdo aumenta de tamanho e massa, por sobrecarga de pressão e volume. Em exemplo, temos nosso paciente que se encontra com parede atrial com 2,37cm (valor de referência dentro do parâmetro normal: 1,6cm) e os mecanismos compensatórios agem para regular a pressão arterial. REFERÊNCIA: PERIN , Carla; FILADELPHO, André; Endocardiose Da Valva Mitral Em Cães. Publicação Científica Da Faculdade De Medicina Veterinária E Zootecnia De Garça/Famed Ano IV, Número 08, Janeiro de 2007.