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FGV Direito Empresarial- Responsabilidade Civil

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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
 
Estudante: Bárbara Mendes Valladão 
Disciplina: Responsabilidade Civil: Interpretação e Temas da atualidade 
Turma: 1023-2 
 
 
 
TAREFA 1 
Diante da situação 2, onde Astrid recorre ao procedimento cirúrigico para corrigir problemas que, de 
acordo com sua convicção, seriam consequentes do tamanho de seus seios, é possível notar duas 
situações importantes a serem pontuadas. Uma delas quanto a sua insatisfação em relação ao resultado 
de sua silhueta e outra quanto as dores sentidas mesmo após a realização do procedimento. É de suma 
importância salientar que o Hospital Cura Nostra oferece aos pacientes profissionais capacitados para a 
realização de cada procedimento, zelando, antes de qualquer coisa, pela vida e saúde do paciente. O 
fato de realizar o procedimento para que seus problemas posturais e ortopédicos sejam solucionados 
não garante, por si só, que o problema apresentado pela paciente seja solucionado de imediato, haja 
vista que existem inúmeros fatores capazes de provocar tais problemas. Os profissionais responsáveis 
pela cirúrgia atuaram dentro do possível para que a cirúrgia solicitada fossse efetuada com êxito, o que 
de fato ocorreu, não cabendo a estes a responsabilidade de solucionar os problemas causados antes da 
realização do procedimento, ou o condão de solucionar problema diverso ao apresentado durante as 
consultas pré-cirurgia. Resta salientar, ainda, que é obrigação do profissional entregar resultados dentro 
do que se considera possível, respeitando o perfil e condições de cada paciente, de forma que embora 
solicitado um resultado que não possa ser atingido, o profissional apresentará o mais próximo possível 
levando em consideração as condições do paciente no momento do procedimento e zelando por suas 
condições de saúde. Importante, ainda, mencionar o importante papel do paciente no resultado do 
procedimento, onde este necessita de cuidados específicos na higienização, o uso de sutiãs específicos 
e utilização de medicamentos, não cabendo somente ao profissional a responsabilidade pelo resultado 
do procedimento. 
 
Diante da situação 3, onde Henrique apresenta sintomas e os relaciona com a atuação do médico 
anestesista durante o procedimento, é importante citar a importância das consultas pré-procedimentais. 
O paciente não informou, durante os atendimentos com o médico responsável pela execução nem 
qualquer outro profissional da saúde, tampouco nos formulários ou quando perguntado sobre já ter 
sofrido reação alérgica com anestesia. A anestesia foi aplicada de maneira correta e segura, respeitando 
as dosagens e necessidades para o caso específico. Foi informado, previamente, que os efeitos 
colaterais por ele apresentado seriam comuns, ocorrendo com a maioria dos pacientes, e que isto não 
configura erro médico, conforme incorreto entendimento de Henrique. No caso em questão, se 
comprovado que Henrique omitiu informações relevantes acerca de seu histórico negativo com 
 
 
 
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anestesias, caberá a este a responsabilidade civil pela omissão das informações clínicas essenciais ao 
médico. 
 
TAREFA 2 
Jurisprudência ARE 1213485/SP- SÃO PAULO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO, Relator Min. 
Marco Aurélio = Supremo Tribunal Federal, comparado a situação 3 (“Henrique, após a alta de um 
procedimento cirúrgico...) escolhida na tarefa 1. 
 
Pontos convergentes: Submetidos a anestesia geral para a realização de um procedimento; reação à 
anestesia; efeitos decorrentes da anestesia aplicada; associação do efeito a erro médico. 
Pontos divergentes: No caso da jurisprudência, a vítima passou a viver em estado vegetativo; A vítima 
informou que era alérgica ao procedimento; houve erro médico no caso apresentado na jurisprudência, 
enquanto no caso apresentado na situação 3 trata-se meramente de um efeito colateral comum. 
 
 
TAREFA 3 
Caso pessoal ocorrido na minha família, em 2022. 
O paciente se dirigiu até a clínica particular localizada no município de Rio das Ostras-RJ para consulta 
com médico plantonista, queixando-se de dores na garganta, febre e fraqueza. O médico o direcionou 
para a enfermaria para que o profissional de enfermagem ministrasse a medicação prescrita, 
destacando-se, entre elas, a adrenalina em dosagem elevada. O enfermeiro responsável questionou ao 
médico sobre o uso da medicação e a dosagem a ser aplicada, porém o médico manteve sua prescrição. 
Ocorre que, três minutos após o enfermeiro responsável aplicar as medicações, o paciente apresentou 
convulsão e permaneceu desmaiado durante alguns minutos. No momento, não havia médicos ou 
enfermeiros na enfermaria, e o paciente apenas obteve socorro devido a gritaria realizada por outros 
pacientes que se assustaram com a situação. O médico responsável por prescrever a medicação, ao 
informado sobre a situação, apresentou frieza e indiferença ao paciente, não se dirigiu a este para 
analisar suas condições ou demonstrou qualquer sentimento humano. Outro fato importante é o fato 
de a medicação ministrada ser indicada em casos de emergência, como reação alérgica grave ou 
anafilaxia, o que não havia ocorrido, e por esta razão não se faria necessária à sua utilização. 
 
De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro e o próprio Conselho Federal de Medicina, o médico é 
exclusivamente competente para diagnosticar e prescrever medicamentos, enquanto enfermeiros não 
tem autonomia na escolha e indicação da posologia do medicamento, devendo meramente prescrever 
no receituário a medicação indicada pelo médico. O médico, no caso apresentado, embora o médico 
seja o responsável pela prescrição da medicação que causou o fato, a clínica onde este atua e ministrou 
no paciente a dose da medicação indicada, é responsabilizada solidariamente com o médico no caso 
concreto. Apesar de não planejar o dano ocorrido, o médico agiu de forma dolosa ao prescrever a 
medicação, uma vez que o paciente não apresentava os sintomas indicados para sua utilização, 
tampouco manifestou qualquer interesse em fazer uso deste. Cabendo ao médico o dever de zelar pela 
vida e integridade dos pacientes, faz-se primordial que este prescreva apenas medicações e tratamentos 
seguros para os pacientes. No momento da convulsão não havia médicos, enfermeiros, técnicos de 
enfermagem ou nenhum profissional de saúde presente no ambiente, cabendo também a 
 
 
 
 
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responsabilização dos mesmos pelo crime de omissão de socorro, assim como imprudência e imperícia, 
não excluindo as ações penais que poderão ser aplicadas aos envolvidos. 
 
 
 
 
*Referências bibliográficas 
Caso faça uso de fontes de pesquisa, liste-as de acordo com os referenciais da ABNT 
 
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/despacho1006193/false 
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-civil-do-paciente-pela-omissao-de-
informacoes-clinicas-essenciais-ao-medico/1114415090 
https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/despachos/BR/2009/347_2009.pdf 
https://blog.grupogen.com.br/juridico/areas-de-interesse/civil/solidariedade-medico-hospital/ 
 
 
 
 
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/despacho1006193/false
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-civil-do-paciente-pela-omissao-de-informacoes-clinicas-essenciais-ao-medico/1114415090
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-civil-do-paciente-pela-omissao-de-informacoes-clinicas-essenciais-ao-medico/1114415090
https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/despachos/BR/2009/347_2009.pdf
https://blog.grupogen.com.br/juridico/areas-de-interesse/civil/solidariedade-medico-hospital/

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