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A Expansão Comercial e Marítima, o Mercantilismo e o Estado Absolutista Crise do sistema feudal Século XIV: declínio abrupto da população ◼ Muitas cidades e áreas rurais despovoadas ◼ Causa imediata: Peste Negra ◼ Crise econômica: Pressão crescente da população sobre os recursos naturais Redução da mão de obra para a nobreza: ◼ Maior pressão sobre os servos → Revoltas ◼ Aumento do poder de barganha dos trabalhadores 2 Crise do sistema feudal Redução dos preços dos alimentos básicos ◼ Redução da produção foi menor que a redução da população → ocupação de terras mais férteis ◼ Diversificação do consumo: Carne, peixe, vinho, cerveja, especiarias ◼ Manufaturados → favorecimento da atividade urbana (artesãos e comerciantes) 3 Impacto desigual da crise Crescimento das cidades ligadas ao comércio ou à produção de bens de luxo Comércio com o Oriente era deficitário ◼ Remessas de metal precioso ◼ Escassez de moeda na Europa Medidas para restringir a saída de metal Leis suntuárias ➔ Mostra a importância da demanda de bens de luxo 4 Recuperação Econômica e Populacional 1460: Retomada do crescimento populacional Alívio da crise monetária: descoberta de novas minas e novas técnicas de exploração Expansão entre 1000 e 1300: moldes tipicamente feudais Expansão a partir de meados do século XV: projeção para fora da Europa 5 A Cidade Medieval: Organização do Comércio e do Artesanato Cidades medievais – diferentes origens: 1) Antigas cidades do Império Romano 2) Atender a necessidades do próprio feudo 3) Reunião de comerciantes em torno das muralhas do castelo medieval Dois momentos: 1) Submissão à autoridade do senhor feudal Homens livres 2) Conquista da autonomia 6 Principais Cidades da Europa Jacques Le Goff – Ano de 1300 ◼ Uma cidade importante no Ocidente tinha entre 10.000 e 20.000 habitantes ◼ Palermo e Barcelona: 50.000 ◼ Londres, Gante, Gênova, Córdoba: 60.000 ◼ Bolonha: 60.000 a 70.000 habitantes ◼ Milão: 75.000 ◼ Florença e Veneza: 100.000 ◼ Paris: 200.000 ◼ [Hangzhou (1348): 432.000] 7 Cidades Medievais Grande diferença: 1) Cidades ligadas ao comércio local 2) Cidades ligadas ao grande comércio de exportação e importação e atividade industrial Veneza: ◼ Não foi afetada pelas invasões germânicas e islâmicas: cidadãos bizantinos ◼ Ano 900: comércio com Constantinopla mercadorias orientais Cidades da Costa Amalfitana: Amalfi, Salerno, Gaeta 8 Correntes de Comércio Norte da Europa: Vikings ◼ Rota comercial da Europa Ocidental até a Rússia e Oriente → Exploração pelos suecos Inglaterra, Escócia, Irlanda: dinamarqueses e noruegueses Século X: definidas as duas principais rotas marítimas para o renascimento comercial da Idade Média 9 Principais rotas comerciais no Mediterrâneo e Europa no final da Idade Média 10 Papel das Cruzadas Veneza, Pisa e Gênova ◼ Apoio às Cruzadas (desde a primeira) Transporte marítimo e financiamento ◼ Concessões comerciais nas áreas conquistadas, mantidas após a derrota dos Cruzados → Eliminação de intermediários ◼ “o resultado mais duradouro e essencial das Cruzadas foi ter dado às cidades italianas, e em menor grau, às da Provença e da Catalunha, o domínio do Mediterrâneo” (Pirenne) 11 Flandres Indústria de tecidos de lã Bruges: concentração do comércio com os mercadores escandinavos e alemães Comerciantes italianos: troca dos tecidos pelas mercadorias do Oriente ◼ Crescente integração do comércio do sul com o norte da Europa ◼ Feiras da Champanha 12 13 Feiras da Champanha 1100 a 1300: Seis feiras por ano: de janeiro a outubro, seis semanas cada ◼ Italianos: especiarias, açúcar, madeiras corantes, sedas ◼ Tecidos de lã de Flandres e norte da França ◼ Linhos da Champanha e Alemanha ◼ Couros da Espanha ◼ Peles, cereais, vinhos, cavalos ◼ Centro de atividade financeira 14 Liga Hanseática Século XIV Mercadores alemães (Colônia e Lübeck) ◼ Domínio idêntico ao das cidades italianas no sul Domínio das rotas abertas pelos vikings ◼ Peles, mel, madeira e centeio (Rússia), tecidos de Flandres 15 16 17 Jacques Le Goff – O dinheiro na Idade Média “A Idade Média, quando se trata de dinheiro, representa na longa duração da história uma fase de regressão. O dinheiro, nela, é menos importante, está menos presente do que no Império Romano, e sobretudo muito menos importante do que viria a ser a partir do século XVI, e particularmente do XVIII.” Dois grandes períodos: “...uma primeira Idade Média, digamos de Constantino a São Francisco de Assis, quer dizer, do século IV mais ou menos até o fim do século XII, quando o dinheiro recua, a moeda conhece um recesso, para depois começar um lento retorno. A distinção social predominante opõe então potentes e humiles, quer dizer, poderosos e fracos. Em seguida, do início do século XIII até o fim do século XV, é a dupla dives e pauper, ou seja, ricos e pobres, que se impõe”. 18 Cidades Medievais Como se organizava a atividade econômica e a administração? Não havia servidão Grande maioria se tornou autônoma ◼ Carta de franquia: compra ou força militar Artesanato e comércio → Corporações de ofício ou Guildas ◼ Mestres, companheiros e aprendizes ◼ Estabelecer o monopólio e regras 19 Cidades Medievais Cidades voltadas ao comércio local ◼ Pequenos donos de lojas e oficinas (mestres) ◼ Auxílio de companheiros e aprendizes ◼ Reduzida diferenciação social entre eles Cidades voltadas para o comércio de exportação ◼ Grandes comerciantes dominavam a produção Controle da oferta de matéria-prima e acesso aos mercados externos Pouca autonomia dos mestres Grande número de jornaleiros 20 Administração Municipal Pequenas cidades: governo das corporações ◼ Exclusão dos nobres e dos assalariados Política de defesa dos interesses das corporações – artesãos e comerciantes ◼ Evitar a concorrência entre eles e de concorrentes estrangeiros ◼ Aumentar a concorrência entre os camponeses vizinhos 21 Administração Municipal Grandes cidades comerciais Oligarquia: exclusão dos artesãos Domínio da rica burguesia comercial ◼ Contra os interesses dos artesãos ◼ “Revoluções democráticas” em várias cidades Ascensão e consolidação de um capital comercial e financeiro ligado às operações internacionais 22 Expansão Marítima, Comercial e Colonial Século XIV: Avanços na navegação ◼ Além do Estreito de Gibraltar ◼ Deslocamento do comércio intraeuropeu para o Atlântico ◼ Desenvolvimento de novos centros comerciais: Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda, França Rivalidade com os centros antigos: norte da Itália, Flandres, norte da Alemanha 23 Expansão Marítima, Comercial e Colonial Meados do século XV: Pressões para uma nova fase de expansão ◼ Visão tradicional: Busca de ouro Acesso às especiarias e produtos de luxo do Oriente ◼ Monopólio de Veneza e dos muçulmanos ◼ Tomada de Constantinopla (1453) Wallerstein: evitar um novo colapso ◼ Compensar a nobreza pela queda de sua renda ◼ Ocupar os trabalhadores (revoltas) 24 Expansão Marítima, Comercial e Colonial Necessidades de alimentos, matérias- primas e combustíveis foram mais importantes no longo prazo: ◼ Trigo: Europa Ocidental passa a importadora a partir do século XV ◼ Madeira: importação dos países bálticos Combustível Material de construção Indústria Naval 25 Pioneirismo de Portugal Ocupação das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde ◼ Busca de terras para produção de alimentos ◼ Produção de trigo, vinho, açúcar Norte da África, Costa Africana, Índia e Extremo Oriente ◼ Busca de ouro e especiarias ◼ Conquista de Ceuta (1415) ◼ Cabo Bojador (1434) 26 27 28 Fernando Pessoa – Genial!!! 29 Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a almanão é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Mapa mundi do Século XV 30 Anaximandro (610 – 546 a.C.) 31 Pomponius Mela (geógrafo romano) 43 d.C. 32 Pioneirismo de Portugal Três ordens de motivações: ◼ Nobres ◼ Comerciantes ◼ Monarquia Portuguesa Fatores favoráveis: ◼ Interesse maior dos nobres portugueses ◼ Experiência no comércio de longa distância e navegação ◼ Capitais de comerciantes italianos ◼ Precoce centralização da monarquia portuguesa 33 Pioneirismo de Portugal Viagem de Vasco da Gama (1498) ◼ Lucros monopolísticos: 6.000% Feitorias na Índia e na China Brasil: Ausência de produtos de alto valor para o comércio europeu ◼ Necessidade de constituição de sistemas produtivos ◼ Sistema de plantation 34 Concorrência de Outros Países Espanha: mais bem sucedida de início ◼ Tesouros acumulados por incas e astecas e exploração de minas ◼ Padrão distinto de exploração do português Agricultura de exportação em segundo plano Século XVII: ◼ Países Ibéricos foram superados por Holanda, Inglaterra e França 35 Declínio de Portugal e Espanha Portugal ◼ União Ibérica (1580-1640) ◼ Ocupação do Nordeste brasileiro ◼ Perda de grande parte de suas colônias no Oriente Espanha ◼ Derrota da “Invencível Armada” (1588) ◼ Perda de territórios nas Antilhas ◼ Ocupação inglesa e francesa na América do Norte 36 O Caso da Holanda Comércio medieval: Bruges Século XVI: Antuérpia ◼ Porto para atracação de navios de grande porte ◼ Maior praça comercial e financeira da Europa 1523-43: Domínio espanhol ◼ Relativa autonomia ◼ Felipe II (1556-1598): Tributos mais pesados e Inquisição ◼ Revolta: União de Utrecht (1579) 37 38 O Caso da Holanda Guerra prolongada: Reconhecimento da independência em 1609 ◼ Amsterdã assumiu a posição de Antuérpia Ascensão da Holanda como principal potência comercial e financeira do século XVII ◼ Declínio de Portugal e Espanha ◼ Contestação do domínio holandês por parte da França e Inglaterra 39 O Caso da Holanda Expansão holandesa: Cias de Comércio ◼ Companhia das Índias Orientais (1602) Monopólio do comércio com as Índias Tinha sua própria moeda, exército, construía cidades e fortalezas Índia, China, Japão, Rússia, Báltico, América ◼ Controle das especiarias do Oriente ◼ Café em Java ◼ Chá da China para a Europa ◼ Açúcar nas Antilhas 40 Inglaterra Principal rival da Holanda Grandes companhias de comércio ◼ Apoio decisivo da Coroa Elizabeth (1558-1603) ◼ Concessão de monopólios: Companhia dos Mercadores Aventureiros Companhia das Índias Orientais Companhia da Rússia Companhia do Báltico 41 O Mercantilismo Expansão comercial e marítima ◼ Importância decisiva do apoio do Estado ◼ Políticas econômicas favoráveis ➔ Mercantilismo Proposições diferenciadas, mas com alguns traços em comum Eli Hecksher: “uma fase na história da política econômica” ◼ Estado é o sujeito e o objeto dessa política 42 Mercantilismo - Heckscher Heckscher: analisa os fins e meios: Fins: Sistema Unificador e Sistema de Poder Mercantilismo como Sistema Unificador: ◼ Luta contra o Universalismo (Igreja Católica) Contrária à formação de unidades políticas autônomas Henrique VIII: Igreja Anglicana ◼ Luta contra o particularismo feudal Obstáculo à integração econômica Alfândegas, pedágios, sistemas de pesos e medidas, regimes monetários, regulamentações municipais 43 Mercantilismo - Heckscher Ainda em relação aos fins: Mercantilismo como sistema de poder: ◼ Interno: afirmação do poder do Estado diante dos seus súditos ◼ Externo: diante de outros Estados Ideologia mercantilista: concepção estática da riqueza → caráter bélico do período Riqueza do mundo era dada ◼ Recursos econômicos não podiam ser aumentados por qualquer ação dentro do país Aumento do poder de um Estado à custa de outro 44 Mercantilismo - Heckscher Resultado ➔ Guerra de conquista ◼ Agregar novos territórios e recursos ao Estado ◼ Ações necessárias: defesa terrestre, navegação, abastecimento de gêneros essenciais Definidos os fins (Unificação e Poder do Estado), quais os meios? ◼ Necessidade de recursos ◼ Sistema protecionista e sistema monetário Metalismo, balança comercial favorável, protecionismo (industrialismo) e colonialismo 45 Mercantilismo - Dobb Maurice Dobb: além do poder do Estado, mercantilismo atende a interesses privados Até que ponto a ideia bulhonista era a base do pensamento mercantilista de fato? ◼ Primeiros mercantilistas (século XVI) ◼ Autores posteriores: forma de justificar determinadas políticas a partir de uma noção sem contestação à época 46 Mercantilismo - Dobb ➔Questão de fato importante: Balança comercial favorável → Desejável por outras razões Interesses do comércio e da produção: ◼ Mercado interno muito limitado Comércio externo como forma de ampliar o mercado ◼ Melhoria nas relações de troca para o país superavitário Elevação dos preços internos Redução dos preços no país deficitário 47 48 Regulamentação Palavra-chave para a economia européia na Idade Moderna ◼ Grande diferença com os clássicos Mercantilistas ◼ Crença na regulamentação econômica Condição essencial para assegurar mercados Escola clássica ◼ Otimismo quanto à capacidade de crescimento do mercado com o progresso da indústria e da divisão do trabalho 49 Regulamentação Burguesia na fase de acumulação primitiva ◼ Influência política como condição essencial para seu progresso ◼ Sociedade baseada ainda no pequeno modo de produção ◼ Trabalho assalariado ainda na infância Produtividade baixa e número de trabalhadores por capitalista pequeno ◼ Concorrência → Lucro muito baixo “Difícil imaginar qualquer lucro substancial como ‘normalmente’ conseguido pelo investimento na produção” 50 Regulamentação Leis “naturais” da economia ainda não podem vigorar ◼ Não há maquinaria e crescimento constante do excedente ◼ Capitalismo adolescente não é capaz de se manter por si próprio Política econômica da acumulação primitiva ➔ Mercantilismo: fortalecer o poder do Estado e promover a acumulação de capital 51 Política colonialista Mercado para os produtos metropolitanos Emprego na Metrópole Fornecimento de matéria-prima Exclusivo metropolitano ◼ Lucros monopolistas/monopsonistas 52 Política colonialista Outras características: Utilização de trabalho compulsório ◼ Abundância de terras não apropriadas ◼ Lucros do tráfico de escravos Proibição de manufaturas nas colônias O Estado Absolutista Processo prolongado: ◼ Início no século XII e XIII e consolidação no século XV Luís XI, Henrique VII e Fernando de Aragão e Isabel Questão chave: financeira/criação de uma burocracia civil e militar para taxar Contextos diferentes: ◼ França, Inglaterra, Espanha, Portugal ◼ Itália e Alemanha / Holanda 53 54 O Estado Absolutista Exemplo maior: Luís XIV (1661-1715) ◼ Rei Sol, “O Estado sou eu” ◼ Colbertismo (Jean-Baptiste Colbert) Inglaterra: Tudor: Henrique VIII (1509-47) e Elizabeth (1558-1603) Espanha: Felipe II (1556-98) Questão polêmica: Estado Absolutista é feudal ou capitalista? ◼ Processo de transição entre o feudalismo e o capitalismo 55 56 57 58 O Estado Absolutista Visão tradicional: Aliança da burguesia com o monarca contra a nobreza ◼ Interesses mútuos Visão mais “moderna”: 1) Oposição entre nobreza feudal e burguesia comercial não era tão extrema Lucros da burguesia: vendas para a nobreza 2) Estados nacionais reduziam a autonomia das cidades 59 O Estado Absolutista Engels: Equilíbrio de forças entre a nobreza feudal e a burguesia ◼ Monarquias absolutas se situam acima dos interesses de classe ◼ Maior autonomia de decisões Anderson:Monarquia como Estado Feudal ◼ Estado absoluto como instrumento para a manutenção da ordem feudal Crise feudal do século XIV:revoltas e comutação Risco de perda de controle por parte da nobreza 60 O Estado Absolutista “Os Estados monárquicos da Renascença foram em primeiro lugar e antes de tudo instrumentos modernizados para a manutenção do domínio da nobreza sobre as massas rurais” (Perry Anderson) Estado absolutista como um Estado feudal “diferente” ◼ Absorção de poderes antes pertencentes à nobreza ◼ Liberação das terras das restrições da vassalagem feudal Propriedade plena da terra 61 O Estado Absolutista Qual a relação do Estado Absolutista com a burguesia? ◼ Interesses básicos das classes mercantis e manufatureiras emergentes foram mantidos Abolição das barreiras internas ao comércio Tarifas externas contra concorrentes Investimentos lucrativos ao capital usurário nas finanças públicas Empreendimentos coloniais e companhias de comércio 62 O Estado Absolutista Anderson: Estado Absolutista tinha um caráter feudal (garantindo a supremacia social da aristocracia e sua dominação sobre as massas) e, ao mesmo tempo, beneficiava a burguesia, da qual dependia financeiramente “O domínio do Estado absolutista era o da nobreza feudal, na época de transição para o capitalismo. O seu fim assinalaria a crise do poder de sua classe: o advento das revoluções burguesas e a emergência do Estado capitalista” 63 O Estado Absolutista Poulantzas: Estado Absolutista: Capitalista 1) Soberania do Estado Supressão dos privilégios feudais sobre a terra e sobre os homens a ela ligados Dominação pública sobre um espaço territorial/nacional sem as restrições feudais 2) Sistema jurídico com regras de direito público Substituição dos privilégios medievais Características de abstração, generalidade e formalidade do sistema jurídico moderno 64 O Estado Absolutista Poulantzas: Estado Absolutista: Capitalista 3) Exército Mercenário a serviço do poder central Infantaria tem o papel central 4) Burocracia Cargos públicos estão ligados à qualidade de seus titulares Exercício das funções públicas a serviço do Estado e não dos interesses econômicos e políticos dos seus titulares 65 O Estado Absolutista Poulantzas: Estado Capitalista ◼ Estado absolutista: Produzir relações de produção ainda inexistentes Liquidar as relações feudais ◼ Expropriação dos pequenos proprietários ◼ Apoio à industrialização ◼ Ataque ao poder senhorial ◼ Liquidação das barreiras comerciais no interior do país 66 O Estado Absolutista - Síntese 1) Tinha uma autonomia relativa 2) Centralizou o poder político em detrimento da aristocracia feudal ◼ Essencial para sufocar as revoltas camponesas 3) Beneficiou a burguesia ◼ Expansão do comércio e das finanças Ampliação das possibilidades de lucro 4) Agente ativo do processo de transição do feudalismo ao capitalismo 67 Slide 1: A Expansão Comercial e Marítima, o Mercantilismo e o Estado Absolutista Slide 2: Crise do sistema feudal Slide 3: Crise do sistema feudal Slide 4: Impacto desigual da crise Slide 5: Recuperação Econômica e Populacional Slide 6: A Cidade Medieval: Organização do Comércio e do Artesanato Slide 7: Principais Cidades da Europa Slide 8: Cidades Medievais Slide 9: Correntes de Comércio Slide 10: Principais rotas comerciais no Mediterrâneo e Europa no final da Idade Média Slide 11: Papel das Cruzadas Slide 12: Flandres Slide 13 Slide 14: Feiras da Champanha Slide 15: Liga Hanseática Slide 16 Slide 17 Slide 18: Jacques Le Goff – O dinheiro na Idade Média Slide 19: Cidades Medievais Slide 20: Cidades Medievais Slide 21: Administração Municipal Slide 22: Administração Municipal Slide 23: Expansão Marítima, Comercial e Colonial Slide 24: Expansão Marítima, Comercial e Colonial Slide 25: Expansão Marítima, Comercial e Colonial Slide 26: Pioneirismo de Portugal Slide 27 Slide 28 Slide 29: Fernando Pessoa – Genial!!! Slide 30: Mapa mundi do Século XV Slide 31: Anaximandro (610 – 546 a.C.) Slide 32: Pomponius Mela (geógrafo romano) 43 d.C. Slide 33: Pioneirismo de Portugal Slide 34: Pioneirismo de Portugal Slide 35: Concorrência de Outros Países Slide 36: Declínio de Portugal e Espanha Slide 37: O Caso da Holanda Slide 38 Slide 39: O Caso da Holanda Slide 40: O Caso da Holanda Slide 41: Inglaterra Slide 42: O Mercantilismo Slide 43: Mercantilismo - Heckscher Slide 44: Mercantilismo - Heckscher Slide 45: Mercantilismo - Heckscher Slide 46: Mercantilismo - Dobb Slide 47: Mercantilismo - Dobb Slide 48: Regulamentação Slide 49: Regulamentação Slide 50: Regulamentação Slide 51: Política colonialista Slide 52: Política colonialista Slide 53: O Estado Absolutista Slide 54 Slide 55: O Estado Absolutista Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59: O Estado Absolutista Slide 60: O Estado Absolutista Slide 61: O Estado Absolutista Slide 62: O Estado Absolutista Slide 63: O Estado Absolutista Slide 64: O Estado Absolutista Slide 65: O Estado Absolutista Slide 66: O Estado Absolutista Slide 67: O Estado Absolutista - Síntese