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Exercicios-Mercantilismo

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CRISE DO FEUDALISMO
A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para a crise do sistema feudal:
- Crescimento Demográfico: o aumento considerável do número de pessoas foi um fator decisivo para que surgisse uma nova classe social interessada sobretudo, no comércio: a burguesia. A classe burguesa, formada por artesões, mercadores, banqueiros e donos de companhias de comércio, eram habitantes das antigas cidades medievais fortificadas, denominadas de burgos.
Com isso, o poder da nobreza, dos senhores feudais e do clero também entram em declínio. Diante desse sistema, ficou difícil suprir as diversas necessidade da população (alimentação, moradia, saúde, etc.) que praticamente duplicou nos séculos seguintes.
Essa explosão demográfica gerou uma população marginal, sem emprego e sem terras. A partir do século XV o renascimento urbano e comercial propiciou o aumento e a estabilidade da população.
 
- O renascimento comercial impulsionado, principalmente, pelas Cruzadas;
 
- O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades. Este fator desarticulou o sistema de trocas de mercadorias, característica principal do feudalismo;
 
- Desenvolvimento dos centros urbanos, provocando o êxodo rural (saída de pessoas da zona rural em direção às cidades). Muitos servos passaram a comprar sua liberdade ou fugir, atraídos por oportunidades de trabalho nos centros urbanos;
- Peste Negra: um dos fatores que assolaram a população na Idade Média, foi a epidemia da peste negra (ou peste bubônica), que matou milhões de pessoas a partir do século XIV, ou seja, cerca de um terço da população europeia.
Entre 1346 e 1353, a falta de higiene e de condições favoráveis de vida foram determinantes para que a peste atingisse grande parte da população. Assim, a diminuição da mão de obra caiu drasticamente, revelando um pouco da crise feudal que se iniciava.
A população vivia em condições precárias de habitação e higiene, o que fez com que o vírus da peste, que se alojava nas pulgas dos ratos, se proliferasse drasticamente.
Isso implicou principalmente, na maior opressão e exploração dos poucos servos que ainda trabalhavam nos feudos, o que deixou cada vez mais a população descontente, levando a diversas revoltas camponesas, das quais se destacam a Jacquerie (1358) e a Revolta Camponesa de 1381.
 
- As Cruzadas proporcionaram a volta do contato da Europa com o Oriente, quebrando o isolamento do sistema feudal;
 
- O surgimento da burguesia, nova classe social que dominava o comércio e que possuía alto poder econômico. Esta classe social foi, aos poucos, tirando o poder dos senhores feudais;
 
- Com o aumento dos impostos, proporcionados pelo desenvolvimento comercial, os reis passaram a contratar exércitos profissionais. Este fato desarticulou o sistema de vassalagem, típico do feudalismo;
 
- No final do século XV, o feudalismo encontrava-se desarticulado e enfraquecido. Os senhores feudais perderam poder econômico e político. Começava a surgir as bases de um novo sistema, o capitalismo.
Mercantilismo
O Mercantilismo foi o conjunto de ideias e práticas econômicas, adotadas e desenvolvidas na Europa durante a fase do capitalismo comercial. Começou a surgir na Baixa Idade Média (X a XV), época em que teve início o processo de formação das monarquias nacionais, mas foi somente na Idade Moderna (XV a XVIII) que ele se firmou como política econômica nacional e atingiu o seu desenvolvimento.
Ao passo que as monarquias europeias foram se firmando como Estados modernos, os reis, recebiam o apoio da burguesia comercial, que buscava a expansão do comércio para fora das fronteiras do país. Além disso, o Estado lhe concedia o monopólio das atividades mercantis e defendia o comércio nacional e colonial da interferência de grupos estrangeiros.
Embora as práticas e ideias não tenham sido aplicados de maneira homogênea, o mercantilismo apresentou alguns elementos comuns nas diferentes nações europeias:
· Controle estatal da economia – os reis com o apoio da burguesia mercantil foram assumindo o controle da economia nacional, visando fortalecer ainda mais o poder central e obter os recursos necessários para expandir o comércio. Dessa forma o controle estatal da economia tornou-se a base do mercantilismo;
· Balança comercial favorável – consistia na ideia de que a riqueza de uma nação estava associada a sua capacidade de exportar mais do que importar. Para que as exportações superassem sempre as importações (superávit), era necessário que o Estado se ocupasse com o aumento da produção e com a busca de mercados externos para a venda dos seus produtos;
· Monopólio – controladores da economia, os governos interessados numa rápida acumulação de capital, estabeleceram monopólio sobre as atividades mercantis e manufatureiras, tanto na metrópole como nas colônias. Donos do monopólio, o Estado o transferia para a burguesia metropolitana por pagamento em dinheiro. A burguesia favorecida pela concessão exclusiva comprava pelo preço mais baixo o que os colonos produziam e vendiam pelo preço mais alto tudo o que os colonos necessitavam. Dessa forma, a economia colonial funcionava como um complemento da economia da metrópole;
· Protecionismo – era realizado através de barreiras alfandegárias, com o aumento das tarifas, que elevava os preços dos produtos importados, e também através da proibição de se exportar matérias-primas que favorecessem o crescimento industrial do país concorrente;
· Metalismo – os mercantilistas defendiam a ideia de que a riqueza de um país era medida pela quantidade de ouro e prata que possuíssem. Na prática essa ideia provou não ser verdadeira.
Expansão Marítima
Usualmente, para compreendermos o advento das grandes navegações, fazemos uma associação entre o reavivamento comercial da Baixa Idade Média, a formação dos Estados Nacionais e a ascensão da burguesia para compreendermos tal experiência histórica. A primeira nação a reunir esse conjunto de características específicas foi Portugal, logo depois da Revolução de Avis.
Com essa revolução, ocorrida em 1385, Portugal promoveu uma associação entre sua nascente burguesia mercantil e o novo Estado Nacional ali consolidado. Desde o reino de Dom João I, Portugal sofreu uma uniformização tributária e monetária capaz de ampliar os negócios da burguesia e fortalecer economicamente a Coroa. Nessa época, as especiarias orientais eram de grande valia e procura no mercado Europeu. Desde o século XII, a entrada dos produtos orientais se dava pelo monopólio exercido pelos comerciantes italianos e árabes.
Visando superar a dependência para com esse dois atravessadores, Portugal promoveu esforços para criar uma rota que ligasse diretamente os comerciantes portugueses aos povos do Oriente. Dom Henrique (1394 – 1460), príncipe português, reuniu na cidade de Sagres vários navegantes, cartógrafos, marinheiros e cosmógrafos dispostos a desenvolver conhecimentos no campo marítimo. Objetivando contornar o continente africano, o século XV assistiu ao desenvolvimento da expansão marítima de Portugal: em 21 de Agosto de 1415 inicia a expansão conquistando Ceuta. No ano de 1435, um grupo de 2500 desembarcou nas Ilhas Canárias dando início à formação das primeiras colônias portuguesas.
Em seguida, os portugueses partiram ao Cabo do Bojador, no litoral africano, até então definido como um dos limites máximos do mundo conhecido. Em 1434, o navegador Gil Eanes ultrapassou o cabo abrindo portas para a conquista lusitana sob o litoral africano. Depois de formar novos entrepostos pela Costa Africana, um novo limite viria a ser superado. Em 1488, Bartolomeu Dias chegou ao Cabo da Boa Esperança definindo mais nitidamente a possibilidade de uma rota para o Oriente. Dez anos mais tarde, o navegador Vasco da Gama chegou à cidade indiana de Calicute e voltou a Portugal com uma embarcação cheia de especiarias.
· 
No meio tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha se envolveu no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica. O fim dachamada Guerra de Reconquista possibilitou a inserção dos espanhóis na corrida de expansão marítima. Atraídos pelo projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo, a Espanha decidiu financiar a expedição do explorador italiano, em 1492. De acordo com o plano de Colombo, seria possível alcançar o Oriente navegando pelo Ocidente. Com essa aventura marítima, a Coroa Espanhola descobriu o continente americano. A partir de então, a Espanha inaugurou uma nova área de exploração econômica.
Abrindo a rivalidade entre Portugal e Espanha, ambos os reinos buscaram assinar tratados definidores das regiões a serem dominadas por cada um deles. Em 1493, a Bula Intercoetera estabeleceu as terras a 100 léguas de Cabo Verde como região de posse portuguesa. No ano seguinte, Portugal solicitou o alargamento das fronteiras para 370 léguas de Cabo Verde. Essa revisão abriu uma discussão sobre a possibilidade de navegadores portugueses já conhecerem terras ao sul do continente americano.
Exercícios
1 A partir do século XI o sistema feudal da Europa ocidental vivenciou mudanças em sua estrutura social que geraram contradições e resultaram no fim deste tipo de organização de sociedade. Sobre os motivos que levaram à crise do sistema feudal é incorreto dizer que:
a) uma das causas da crise do sistema feudal foi a diminuição da população.
b) o crescimento da população determinou a busca por novas terras.
c) uma das causas foi o crescimento dos centros urbanos.
d) as condições de saneamento nos centros urbanos teve como consequências a disseminação de várias epidemias, sendo a mais devastadora a Peste Negra.
2 O desaparecimento da servidão feudal, na Europa Ocidental, na Baixa Idade Média, foi:
a) Iniciado com o aparecimento de um mercado urbano para a agricultura, que levou a troca da renda trabalho pela renda dinheiro e se intensificou com as revoltas camponesas.
b) Realizado violenta e inesperadamente durante a peste negra, quando os camponeses se aproveitaram da situação para se revoltar em massa contra os senhores.
c) Proporcionado pela ação conjugada de dois fatores externos ao âmbito dos camponeses, as guerras entre os próprios nobres e destes com as cidades.
Liderado pacificamente pela Igreja católica, protetora dos camponeses, e concluído com a ajuda dos reis, interessados em arruinar os poderes dos senhores feudais.
d) Determinado pelo fluxo de dinheiro que os senhores feudais recebiam das cidades em troca da liberdade dos camponeses, empregados no sistema de produção em domicílio.
3 “[...] o aumento demográfico, ocorrido do século XI ao XVI, permitiu a multiplicação da nobreza cada vez mais parasitária. Seus hábitos de consumo tornaram-se mais exigentes e maiores, o que determinava uma necessidade de renda cada vez mais elevada. Segue-se, pois, uma superexploração do trabalho dos servos, exigindo-se destes um maior tempo de trabalho [...]”.
O texto descreve uma das causas, na Europa, da:
a. formação do modo de produção asiático.
b. consolidação do despotismo esclarecido.
c. decadência do comércio que produziu a ruralização.
d. crise que levou à desintegração do feudalismo.
e. prosperidade que provocou o processo de industrialização.
4 Analise as afirmativas abaixo sobre a crise do feudalismo:
I - Os camponeses responderam ao aumento das obrigações impostas pelos senhores com uma onda de violentos protestos que ocorreu ao longo do século XIV. As chamadas jacqueries foram uma série de revoltas camponesas que se desenvolveram em diferentes pontos da Europa.
II - No século XIV, a peste negra espalhou-se pela Europa, causando uma grande onda de mortes que ceifou, aproximadamente, um terço da população do continente. No século XV, o contingente populacional europeu atingia a casa dos 35 milhões de habitantes.
III - A falta de mão de obra disponível decorrente da Peste Negra reforçou a rigidez anteriormente observada nas relações entre senhores e servos. Temendo perder os seus servos, os senhores feudais criaram novas obrigações para reforçar o vínculo dos camponeses com a terra.
Assinale as alternativas:
a. somente se as afirmativas I e II estiverem incorretas.
b. somente se as afirmativas I e III estiverem incorretas.
c. somente se as afirmativas II e III estiverem incorretas.
d. somente se todas as afirmativas estiverem corretas.
e. somente se todas as afirmativas estiverem incorretas.
5 A dissolução do feudalismo foi apressada, no final da Idade Média, por uma sucessão de acontecimentos que geraram a chamada “crise do século XIV”. Entre esses acontecimentos, é correto citar:
a. Epidemias, como a Peste Negra, originadas principalmente da falta de estruturas das cidades para suportar o aumento populacional e enfrentar o problema da fome.
b. Grande Fome, manifestada neste século, devido ao grande número de pragas que destruíram as plantações.
c. Guerra dos Cem Anos, envolvendo, de um lado, França e Espanha, e, de outro, Inglaterra e Portugal, e que gerou inúmeras mortes.
d. Revolta dos Camponeses; estes, sem ter o que comer, abandonaram os campos e causaram muitas mortes nas cidades.
e. Epidemias, como a Peste Bubônica, que matou cerca de 1/3 de toda a população da Europa.
6 A crise do sistema feudal acelerou-se no século XIV. Esta crise manifestou-se de várias maneiras. Assinale a alternativa incorreta.
 
a) Devido à forma de exploração utilizada durante toda a Idade Media houve esgotamento do solo e conseqüentemente a produção agrícola diminuiu.
b) A queda da produção agrícola teve como conseqüência imediata a subida dos preços.
c) Com a falta de produtos os mercados tendiam a fechar nas cidades e a fome atingiu também a população do campo.
d)  Neste período a peste negra assolava em toda a Europa causando a morte da população.
e) Com a diminuição da taxa de crescimento populacional os preços tenderam a baixar e os senhores feudais e nobres mantiveram seu padrão econômico.
7 O sistema mercantilista organizou a esfera das trocas econômicas do mundo ocidental no início da Idade Moderna, à época das monarquias absolutistas europeias. Uma das características do sistema mercantilista era o metalismo, que pode ser definido como:
a) os metais só tinham validade nas trocas comerciais entre as Metrópoles e suas Colônias.
b) os metais só tinham validade para nações com grande capacidade de navegação, como Espanha.
c) a riqueza de uma determinada nação era medida pelo acúmulo de metais preciosos que ela tinha em suas reservas.
d) a riqueza de uma determinada nação era determinada pela quantidade de metais preciosos que ela depositava nas bolsas de valores de outras nações.
8 A política econômica do Estado Absolutista, o Mercantilismo, reuniu práticas e doutrinas que, em suas diversas modalidades entre os séculos XVI e XVII, caracterizou-se por um (a):
a) liberalismo econômico como forma de manutenção da aliança política do Rei com os segmentos burgueses.
b) protecionismo alfandegário por meio de proibições das exportações que visava ao equilíbrio da balança comercial do Estado.
c) intervencionismo estatal nas atividades comerciais lucrativas que proibiu a concessão de monopólios a grupos privados.
d) expansão do poderio naval como garantia das comunicações marítimas entre as metrópoles e seus impérios coloniais.
e) restrição dos privilégios senhoriais relacionados à participação da nobreza no comércio ultramarino e nas companhias comerciais do Estado, tais como a Companhia das Índias Orientais e das Índias Ocidentais.
9 Na base do Mercantilismo estava um procedimento econômico que foi duramente criticado pelos fundadores do liberalismo, como Adam Smith, a saber: o protecionismo. É correto dizer que uma das determinações mais conhecidas do protecionismo era:
a) a fisiocracia
b) o pacto colonial ou exclusivo colonial
c) o desfavorecimento intencional da balança comercial
d) a desvalorização da moeda nacional
e) o despotismo esclarecido
10 Considere as seguintes afirmações a respeito do mercantilismo:
I - Por mercantilismo entende-se um conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas pelo Estado Absolutista.
II - O estímuloà expansão marítima e colonial e o estabelecimento de monopólios caracterizam as políticas mercantilistas.
III - Portugal, Espanha, França, Holanda e Inglaterra são países nos quais a política mercantilista alcançou grande desenvolvimento.
Quais estão corretas?
a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas II e III
e) I, II e III
11 O mercantilismo correspondeu a:
a) um conjunto de práticas e ideias econômicas baseadas em princípios protecionistas.
b) uma teoria econômica defensora das livres práticas comerciais entre os diversos países.
c) um movimento do século XVII que defendia a mercantilização dos escravos africanos.
d) uma doutrina econômica defensora da não intervenção do Estado na economia.
e) uma política econômica, especificamente ibérica, de defesa de seus interesses coloniais.
12 Mercantilismo é um termo que foi criado pelos economistas alemães da segunda metade do século XIX para denominar o conjunto de práticas econômicas dos Estados europeus nos séculos XVI e XVII. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO indica uma característica do mercantilismo.
a) Busca de uma balança comercial favorável, ou seja, a superação contábil das importações pelas exportações.
b) Intervencionismo do Estado nas práticas econômicas, através de políticas monopolistas e fiscais rígidas.
c) Crença em que a acumulação de metais preciosos era a principal forma de enriquecimento dos Estados.
d) Aplicação de capitais excedentes em outros países para aumentar a oferta de matérias-primas necessárias à industrialização.
e) Exploração de domínios localizados em outros continentes, com o objetivo de complementar a economia metropolitana.
13 No contexto do mercantilismo, o que significava o Exclusivo Colonial?
a) significava a determinação de que a metrópole não poderia intervir naquilo que era produzido na Colônia.
b) significava que as práticas comerciais só poderiam ser efetivamente exercidas nos domínios das Colônias.
c) significava que as práticas de exploração de matérias-primas não poderiam exceder os limites de uma pequena quantidade por semana.
d) significava a determinação de que aquilo que era produzido na Colônia só poderia atender ao consumo de quem nela vivia.
e) significava a determinação de que aquilo que era produzido na Colônia só poderia ser explorado pela metrópole que sobre ela tinha domínio.
14 “Da armada dependem as colônias, das colônias depende o comércio, do comércio, a capacidade de um Estado manter exércitos numerosos, aumentar a sua população e tornar possíveis as mais gloriosas e úteis empresas.”
Essa afirmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o caráter do
a) liberalismo.
b) feudalismo.
c) mercantilismo.
d) escravismo.
e) corporativismo.
15 O historiador francês Fernand Braudel, referindo-se ao Mercantilismo, afirma que este "reagrupa comodamente uma série de atos de atitudes, de projetos, de idéias, de experiências que marcam, entre o século XV e o século XVIII, a primeira afirmação do Estado Moderno em relação aos problemas concretos que ele tinha que enfrentar." Assinale a alternativa que expressa CORRETAMENTE uma característica do Mercantilismo.
a) Pacto colonial, permitindo o pleno desenvolvimento interno e a liberdade político-administrativa da Colônia.
b) Não-intervencionismo estatal.
c) Incentivo à manutenção de uma balança comercial favorável, importando mais que exportando.
d) Intervenção do Estado, que se efetivou sob forma de protecionismo e de regulamentação da atividade econômica.
e) Monopólio concedido pelo Estado, que permitia a qualquer companhia de comércio, sem autorização da metrópole, vender seus produtos na Colônia.
16 Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos quanto nas praças brasileiras.
17 A conexão que o reino português estabeleceu com reinos da costa atlântica do continente africano ao longo dos anos de expansão marítima possibilitou, entre outras coisas:
a) a criação de capitanias hereditárias na costa oeste africana.
b) o desenvolvimento da pecuária nas savanas africanas.
c) a intensiva prospecção de metais preciosos.
d) o desenvolvimento do tráfico negreiro transatlântico.
e) a montagem do sistema de engenhos de açúcar em Benin.
18 No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (…)" (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180).
O sistema de administração instituído por Portugal nas regiões que começou a ocupar logo nos anos iniciais de sua expansão marítima foi:
a) a capitania.
b) a Real Casa de Exploração.
c) a feitoria.
d) a intendência das Minas.
e) a intendência da África.
19 A expansão marítima e comercial empreendida pelos portugueses nos séculos XV e XVI está ligada:
a) aos interesses mercantis voltados para as "especiarias" do Oriente, responsáveis inclusive, pela não exploração do ouro e do marfim africanos encontrados ainda no século XV;
b) à tradição marítima lusitana, direcionada para o "mar Oceano" (Atlântico) em busca de ilhas fabulosas e grandes tesouros;
c) à existência de planos meticulosos traçados pelos sábios da Escola de Sagres, que previam poder alcançar o Oriente navegando para o Ocidente;
d) a diversas casualidades que, aliadas aos conhecimentos geográficos muçulmanos, permitiram avançar sempre para o Sul e assim, atingir as Índias;
e) ao caráter sistemático que assumiu a empresa mercantil, explorando o litoral africano, mas sempre em busca da "passagem" que levaria às Índias.
20 Foi fator relevante para o pioneirismo português na expansão marítima e comercial europeia dos séculos XV e XVI:
a) a precoce centralização política, somada à existência de um grupo mercantil interessado na expansão e à presença de técnicos e sábios, inclusive estrangeiros;
b) a posição geográfica de Portugal – na entrada do Mediterrâneo, voltado para o Atlântico e próximo do Norte da África –, sem a qual, todas as demais vantagens seriam nulas;
c) o poder da nobreza portuguesa, inibindo a influência retrógrada da Igreja Católica, que combatia os avanços científicos e tecnológicos como intervenções pecaminosas nos domínios de Deus;
d) a descentralização político-administrativa do Estado português, possibilitando a contribuição de cada setor público e social na organização estratégica da expansão marítima;
e) o interesse do clero português na expansão do cristianismo, que fez da Igreja Católica o principal financiador das conquistas, embora exigisse, em contrapartida, a presença constante da cruz.
21 "As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos estritamente mercantis. (...) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comérciose achava até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447." (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.)
Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima:
a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continente africano.
22 "Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes."
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica:
a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos "povos bárbaros".
c) O pioneirismo português  deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.
d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.
23 Após a morte do rei D. Fernando I em 1383, Portugal caiu em uma crise de sucessão que só foi resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de Avis), através da chamada “Revolução de Avis”, finalizada na batalha de Aljubarrota em 1385. A vitória de D. João I representou a consolidação da aliança da burguesia portuguesa junto ao poder real. Tal fato favoreceu:
a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu expulsa de Portugal.
b) o apoio da realeza portuguesa a empreendimentos que interessavam à burguesia, como a expansão marítima.
c) a oposição da realeza portuguesa a empreendimentos que não interessavam à burguesia, como a expansão marítima.
d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da Espanha e da Itália.
24 Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar:
a) a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e venezianos.
b) a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos.
c) a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico.
d) o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações.
e) o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos alimentos.
25 Luís Vaz de Camões, um dos maiores nomes do Renascimento Cultural português, imortalizou, em sua principal obra, a viagem de Vasco da Gama às Índias.
“Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Próteo são cortadas.”
(CAMÕES. Os Lusíadas. Verso 19)
Assinale a alternativa que apresenta corretamente elementos relativos à participação de Portugal na expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI.
a) O total apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei português, visando à expansão econômica e religiosa que a expansão marítima iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século XV; para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, trazia cargos e pensões; e, para a Igreja Católica, representava maior cristianização dos “povos bárbaros”.
c) O pioneirismo português se deveu mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.
d) A expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.
e) A burguesia, ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, conseguiu manter a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.

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