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PSICOTERAPIAS: ABORDAGEM PSICANALÍTICA (slide 0)
O QUE É PSICANÁLISE?
 “Quando eu estava tentando elaborar a mecânica quântica, a experiência deu-me a oportunidade de aprender um fato notável: que uma nova realidade científica não triunfa por convencer seus opositores, fazendo-os ver a luz, senão que, muito antes, porque eventualmente seus opositores morrem e surge uma nova geração que se acha familiarizada com aquela”. - Max Planck, In Bion, Seminários Clínicos. 
PLANCK: Físico alemão, pai da física quântica e um dos físicos mais importantes do século XX. Nobel de física. 
 Metáfora: Imagem de uma árvore com fortes raízes (representada por Freud), caule, ramos, folhas, flores e frutos. 
 “As sementes de Freud continuam germinando de forma bastante fértil, porém, especialmente no que tange à técnica psicanalítica”[...] (Zimerman, 2004, p.8) ocorreram muitas transformações. 
 “Na época que ele viveu a ciência, a ideologia, os valores culturais, a forma de pensar e enfrentar problemas de toda a ordem eram substancialmente diferentes das atuais” (Zimerman, 2004, p.8). 
Eu acrescento aqui a palavra tecnologia. 
 “Assim, não mais cabe uma total idolatria e cega fidelidade a Freud; outra coisa é aproveitar toda a essência do que ele nos legou, desde que conservemos o direito de contestar e inovar, sem cair nos extremos de rotular suas concepções originais como” (p.8) ‘coisa do passado’ (Zimerman, 2004). 
 “Na verdade a psicanálise consiste em uma rede de teorias, algumas vezes coerentes e complementares, outras rivais, entremeadas de querelas narcisistas de poder e prestígio, nem tanto no campo epistemológico, mas, sim, como uma rivalidade passional, adquirindo uma dimensão de fanatismo”. 
 “O que importa é que tudo o que sabemos de psicanálise – teoria ou técnica - vem da clínica e tudo o que ainda devemos aprender e transformar necessariamente virá da prática clínica. As teorias precisam ser confirmadas, ou infirmadas, na experiência clínica cotidiana e não em infindáveis acadêmicas discussões epistemológicas” 
“Existem hoje, com a ininterrupta evolução da ciência da psicanálise, diferenças consideráveis na aplicação da técnica psicanalítica, com mudanças radicais nos sucessivos paradigmas completamente válidos para uma determinada época”. 
 Exemplo: quantidade de silêncio do analista. 
 “Em relação às constantes declarações de que ‘a psicanálise está morta’, eu poderia seguir o exemplo de Mark Twain, que tendo lido num jornal o anúncio de sua morte, dirigiu ao diretor do mesmo um telegrama comunicando-lhe: 
 -“A notícia de minha morte está muito exagerada” - S. Freud, in Alain de Mijolla. 
 “O mundo vem sofrendo sucessivas, aceleradas, vertiginosas e profundas transformações em todas as áreas e dimensões, como o são as sociais, as econômicas, as culturais, as éticas, as espirituais, as psicológicas, além das científicas, entre outras, e, naturalmente, no rastro de todas essas, também a psicanálise vem sofrendo uma continuidade de crises e mudanças em sua trajetória de um pouco mais de um século de existência” 
MUNDO CONTEMPORÂNEO 
 VISÃO SISTÊMICA DO MUNDO (sistemas humanos em interação); 
 GLOBALIZAÇÃO (midiologia); 
 NOVOS PADRÕES ÉTICOS (bioética e psicoética); 
 A FAMÍLIA (novas configurações e papéis); 
 CRISE DE IDENTIDADE (identidade individual, grupal e social); 
 VALORES (ciência mais filosófica e filosofia científica); 
 CULTURA DO NARCISISMO (estética e sucesso pessoal); 
 PÓS-MODERNISMO (cultura da imagem substitui o pensar, ter substitui o ser, superposição de real e imaginário, mídias sociais, relações mais virtuais que pessoais, moderna farmacologia, etc) . 
PSICANÁLISE CONTEMPORÂNEA 
 “A essência da sabedoria da psicanálise não está neste ou naquele autor; está entre eles. 
 O maior mal da humanidade está no problema do mal-entendido da comunicação entre as pessoas”. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ZIMERMAN, D.E. Manual de técnica Psicanalítica: uma revisão. Porto Alegre: ArtMed, 2004. 
AS SETE ESCOLAS DE PSICANÁLISE (Zimerman) (slide 1)
Objetivos da aula/Questões
- Apresentar as sete escolas: nomenclatura, principais representantes e conceitos principais.
- Apontar os diferentes olhares e leituras de Freud que cada escola fez.
- Conceito de escola (Mezan)
Não somos apenas o que pensamos ser, somos mais; somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos: somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos os impulsos a que cedemos, sem querer. - Sigmund Freud
O conceito de escola (Mezan)
“Como poucas coisas são mais diferentes entre si do que o kleinismo e o lacanismo, surgia outra questão: que leitura cada tendência fazia de Freud, de modo a resultar em teorias tão divergentes? Era bem provável que as perguntas que cada um dirigia ao fundador não fossem as mesmas, e também provável que tais perguntas surgissem de práticas que, não eram coincidentes. Lendo os escritos de Kleine Lacan, dei-me conta de um fator a que chamei, em 1985, de“matrizclínica” (Mezan,2009,p.12).
Matrizes clínicas (Mezan)
“Os Kleinianos privilegiaram o “último ” Freud e os lacanianos e “primeiro Freud”. Em ambos, há o recurso a modalidades da experiência psicanalítica que ele pouco explorou: a análise infantil e a clínica das psicoses... E uma formidável elaboração conceitual, que desloca o centro de gravidade da teoria psicanalítica, para angústia e a posição depressiva de Klein, para a cadeia de significantes e a simbolização no caso de Lacan... Há história, ou seja, irrupção do novo e do inédito, ruptura e transformação” (Mezan,2009,p.29).
1. Metapsicologia: preservamadescobertabásicadeFreud–oinconsciente–eaideiafundamentaldoconflitopsíquico.
2. Teoria do desenvolvimento: mantém a essência da permanência do infantil no psiquismo adulto.
3. Funcionamento normal e patológico: categorias de estruturação de fensiva. Sintomas e define como compromisso entre forças psíquicas opostas.
4. Forma de condução do processo analítico e de reflexão sobre a clínica: processo e conceito de transferência, resistência, intervenções terapêuticas e interpretações.
A raiz freudiana (Mezan)
“Freud pensa e inventa a partir da clínica, da sua autoanálise e do clima cultural do seu tempo. A partir da clínica e da autoanálise: para elucidar tanto o enigma da histeria quanto seu próprio luto neurótico pela morte do pai, ele se debruça sobre a sexualidade e sobre os sonhos, e o rebote dessas investigações faz avançar seu pensamento. A partir do clima cultural: encontra modelos do que é a psique, do que é fazer ciência, do que são emoções e pensamentos, do que é a linguagem, na literatura européia e teorias científicas do século XIX: Darwin, os físicos, filosofia de Kant e do idealismo alemão, a psiquiatria, a neurologia, Charcot, a hipnose, Shakespeare, Sófocles, Goethe, Cervantes... É com esses instrumentos que forja seus conceitos” e vai além (Mezan, 2009, p. 30).
Quatro Matrizes Clínicas (Mezan)
 Mezan considera 4 matrizes clínicas geradas da raiz freudiana (ramos): Melanie Klein, Jacques Lacan, Psicologia do Ego (Hartmann, Kris e Loewestein) e os analistas britânicos da teoria das relações de objeto (Fairbairn e Winnicott). Questiona se Bion se encaixa totalmente em seus critérios.
As Sete Escolas De Psicanálise - David Zimerman
1. Freud
2. Melanie Klein
3. Anna Freud
4. Kohut 
5. Lacan
6. Winnicott 
7. Bion 
8. John Bowlby 
9. Sandor Ferenczi
1.FREUDIANA (Freud: 1856-1939)
●Karl Abraham (1877-1925) - Alemanha
√ Amigo pessoal de Freud. Foi o segundo analista de M. Klein e sua obra teve grande influência da teoria de Abraham. 
√ Escreveu sobre pacientes narcisistas “pseudo colaboradores”.
√ Livro: Teoria psicanalítica da libido – Sobre o caráter e o desenvolvimento da libido
●Sandor Ferenczi (1873-1933) - Hungria
 Sua obra vem encontrando ressonância na psicanálise vincular.
 Foi o primeiro analista de M. Klein.
√ Lançou sementes para a teoria das relações objetais e o conceito de introjeção.
√ 15 anos antes de Spitz afirmou que bebês recebidos com aspereza e falta de amor morremfácil.
√ Teoria do trauma da sedução real.
√ Destacou pela primeira vez a pessoa real do analista, como instrumento de cura.
√ Era contra critérios de analisabilidade.
√ Regressão permite ao analista complementar as primitivas falhas parentais.
●Anna Freud (1895-1982) – Áustria-Hungria.
√ Trabalhou como professora primária.
√ Escreveu “O ego e os mecanismos de defesa” (1936), obra que foi um avanço para a época, pois nela vai além das pulsões do ID, enaltecendo as funções do EGO, já que Freud não se aprofundou nesse tópico.
√ Foi uma das pioneiras na análise de crianças, com abordagem de natureza mais pedagógica.
Um dissidente da Psicanálise
● Carl G. Jung (1875-1961) – Suiça.
□ Obs: Não é mais considerado como psicanalista.
√ Contribuiu com os conceitos de inconsciente coletivo, individuação, teoria dos sonhos.
Um outro dissidente da Psicanálise
●Wilhelm Reich (1897-1957) Obs: Não é mais considerado como psicanalista.
 Contribuiu na década de 30 para a tese de que a análise deveria ir muito além de uma mera remoção de sintomas, deveria mudar a “armadura caracteriológica resistencial”.
2.RELAÇÕES OBJETAIS/MELANIE KLEIN – (1882-1960)
√ Se Freud descobriu a criança no adulto, Klein descobriu o bebê na criança.
√ Criou a técnica de psicanálise de crianças.
√ Ego rudimentar inato.
√ Pulsão de morte é inata.
√ Angústia de aniquilamento.
√ Negação onipotente, dissociação, identificação projetiva, introjeção e idealização.
√ Fantasias inconscientes comporiam a realidade psíquica.
√ Posições esquizoparanóide e depressiva.
√ Contribuiu para que fosse possível a análise de psicóticos.
√ Situou o complexo de Édipo e o superego em etapas mais precoces do desenvolvimento.
√ Inveja primária.
√ Mudança na prática clínica com as interpretações transferenciais
JOHN BOWLBY - 1907-1990 
Durante o ano de 1937, ele foi aceito como psicanalista na Sociedade Psicanalítica Britânica, sendo analisado por Joan Riviére, entre outros. Depois disso, ele seria treinado por Melanie Klein em psicanálise infantil e começaria a realizar a análise de crianças. Apesar do relacionamento com Klein, as perspectivas de ambos serão diferentes, com Bowlby dando maior importância aos fatores ambientais e parentais e ao relacionamento real com a mãe ou entre mãe e filho. Isso fez com que sua obra fosse rejeitada e criticada pela escola psicanalítica kleiniana, pois consideravam que ele negligenciava aspectos tão centrais a essa teoria como os processos inconsciente.
John Bowlby - Clínica Tavistock e OMS 
Após a guerra, ele aceitaria um cargo de diretor adjunto na Clínica Tavistock em 1950, podendo observar em primeira mão os efeitos da guerra na psique de seus pacientes. Nessa clínica, ele acabaria concordando e trabalhando com Ainsworth (que posteriormente expandirá sua teoria do apego e fará inúmeras contribuições a esse respeito). 
Naquele ano, Bowlby também começaria a ser consultado pela Organização Mundial da Saúde para aconselhar sobre a possível saúde mental das crianças que ficaram desabrigadas após a guerra. Essa contribuição ajudaria muito a criar ao longo do tempo a Carta dos Direitos da Criança .
3. PSICOLOGIA DO EGO 
● Heinz Hartmann, Kris, Loewenstein, Rappaport e Erik Erikson - foram os fundadores dessa escola nos EUA, inspirados nos trabalhos de Anna Freud. 
● H. Hartmann 
√ Valorização do estudo das funções mentais processadas pelo ego: afetos, memória, percepção, conhecimento, pensamento, ação motora, etc (Área do ego dessexualizada – Área do ego livre de conflitos – Autonomia primária do ego x região mental conflitos – Autonomia secundária do ego – neutralização das pulsões do ID). 
√ Diferencia ego e self: EGO = Instância psíquica encarregada das funções acima. SELF = Conjunto de representações que representam o sentimento de “si mesmo”. 
√ Principal tarefa do ego é uma adequada adaptação, o que difere de conformismo ou submissão. Soluções para demandas pulsionais e imposições da realidade.
Convergências e divergências nas teorias do narcisismo de Kohut e de Lacan
“Na psicologia do ego, o conflito é concebido como um conflito entre as áreas de autonomia do ego e as áreas defensivas que estão subordinadas às pulsões e estão a serviço da resistência. O desenvolvimento do ego é descrito a partir dos conflitos que ele pôde solucionar com o id, o superego e o mundo externo, de modo que se estabelece no psiquismo uma divisão entre as áreas de conflito e as áreas pacíficas do ego. Nesta abordagem, a afirmativa freudiana clássica “Onde estava o id, ali estará o ego” (Freud, 1932-33/1976:102) é interpretada em termos de “onde houver ego conflituoso, o ego autônomo deve adquirir controle progressivo” (Rudolph Lowenstein, 1971: 20 – tradução minha). Portanto, o objetivo da análise é alargar esta área livre de conflitos do ego, ou seja, aumentar o grau de autonomia egóica mediante um aumento da capacidade do ego para a neutralização das pulsões sexuais e agressivas que geram conflitos” (In: Coutinho, L., 1998).
● Kris 
√ “Regressão a serviço do ego”: possibilita o entendimento da criatividade artística. 
●Margareth Mahler 
√ Passos da evolução neurofisiológica da criança: autismo normal, simbiose normal, individuação/separação e constância objetal emocional. 
●Otto Kernberg 
√ Organizações narcisistas da personalidade e psicoterapia com pacientes borderline. 
●René Spitz 
√ Observação de bebês e suas fases de desenvolvimento neuropsicomotor.
4. ESCOLA DA PSICOLOGIA DO SELF/KOHUT (1913-1981)
√ Enfatiza a importância da introspecção e empatia, em detrimento da associação livre.
√ Os conceitos medulares de sua obra são: Self e narcisismo.
√ Substitui o “homem culpado” de Freud, por uma visão de “homem trágico” (tira ênfase dos conflitos do complexo de Édipo e as coloca nas falhas do self – objetos primitivos).
√ Conceito de Internalização transmutadora da figura do analista.
√ Narcisismo enquanto função estruturante, podendo desenvolver a empatia, sabedoria, humor, aceitação de finitude.
√ Self grandioso transforma-se em autoestima.
√ Imago parental idealizada transforma-se em valores ideais.
√ Transferências narcisistas em relação ao analista: fusional ou idealizada, gemelar e especular (necessita que o analista reconheça seu self grandioso, para através do olhar deste, sentir-se coeso e real).
√ Estado de frustração ótima x estado de fúria narcisista.
√ É uma referência para o trabalho de psicanálise de grupo.
5. J. LACAN /Escola Estruturalista (1901-1984) 
√ Escola Francesa de psicanálise: Joyce MacDougall, Laplanche, Lebovici, Pierre Fedida e André Green. 
√ Nasceu na França, em família de classe média. 
√ Aluno brilhante, destacou-se nas disciplinas de filosofia, teologia e latim. 
√ Médico psiquiatra, dedicou-se inicialmente ao estudo das paranóias. 
√ Integrou o movimento surrealista com Salvador Dali e Pablo Picasso. 
√ Afirma ser o único psicanalista a fazer um retorno à Freud. 
√ Dimensão estruturalista da psicanálise. 
√ Influências na filosofia de Levi-Strauss e Hegel.
√ Conceito de “Etapa do espelho” (6 aos 18 meses), divididas em 3 fases de 6 meses cada uma.
1ª etapa: Sensação de despedaçamento
2ª etapa: Narciso e Édipo → criança identifica-se com o desejo da mãe, ou seja, ela deseja ser o falo da mãe
3ª etapa: Metáfora do espelho → a criança assume a castração paterna → Figura paterna como representante da lei, que interdita a relação simbiótica entre mãe e filho.
A aceitação pela criança dessa castração, constitui a entrada no registro simbólico, ou seja, a entrada no triângulo edípico.
√ Para Lacan não existe um período pré-edípico claro, pois o pai está presente desde sempre pelo menos no psiquismo da mãe, conforme a representação que teve de seu pai.
√ Linguagem: tema mais importante de sua teoria → determina o sentido e gera as estruturas da mente. Afirma que o “inconsciente é estruturado como linguagem”, embora inicialmente não esteja constituído por palavras, mas por imagens. O psiquismo é constituído por uma cadeia de significantes. Signo: imagem acústica, que se constitui como significante epor um conceito, que constitui o significado.
√ Desejo: interação do registro imaginário com o simbólico. √ Funcionamento do psiquismo: imaginário, simbólico e real. √ Estruturas da personalidade (4): psicótica, obsessiva, histérica e perversa. √ Conceito de “Tempo Lógico” → conceito no qual é mais criticado dentre os psicanalistas
6. D. W. WINNICOTT (1897-1971) 
√ Nasceu na Inglaterra em um lar bem estruturado econômica e afetivamente. Desde cedo demonstrou inclinação pela música e dotes de criatividade artística. Destacou-se como atleta universitário. 
√ Formou-se médico pediatra e trabalhou na área por 40 anos, sendo muito bem sucedido. Interessou-se sempre pela relação de seus pacientes com suas mães. 
√ Fez supervisão com Melanie Klein durante alguns anos. Tinha grande interesse por pacientes psicóticos, borderlines e adolescentes com conduta antissocial.
√ Desenvolvimento emocional primitivo: Integração e personalização (o que não é sinônimo de desintegração, nem de dissociação). Estado de dependência absoluta → unidade psique-soma. Personalização: sentimento de que a pessoa habita seu próprio corpo. Adaptação à realidade: mãe tem a função de tirar a criança de um estado de subjetividade total e provê-la de elementos da realidade objetiva. Crueldade primitiva: agressividade primitiva que pode voltar-se contra a criança, por estar permeada da fantasia de ter danificado a mãe. Enfatiza aspectos construtivos da agressividade e da esperança de que a mãe a compreenda, a ame e sobreviva a seus ataques.
√ Não compartilha das concepções de instinto de morte inato, nem do conceito de posição esquizoparanóide Kleiniano. 
√ Fenômenos e objetos transicionais.
√ Técnica do “Jogo do rabisco” e “jogo da espátula”. 
√ Falhas ambientais precoces são repetitivas há um congelamento da situação de fracasso, o que pode ser reelaborado na situação analítica. 
√ Defende a possibilidade do analista trabalhar com o paciente o ódio na contratransferência (artigo 1947). 
√ Analista deve discriminar e distinguir o que o paciente expressa enquanto necessidade do ID e do EGO.
√ Define que na análise há um período de ‘hesitação’, conceito que se diferencia do conceito de ‘resistência’. 
√ Promove transformações na técnica psicanalítica (quanto à forma de lidar com a transferência e a interpretação), quando defende o uso do analista enquanto objeto transicional. 
√ Acentua o valor positivo da destrutividade. 
√ A não satisfação de uma necessidade pode provocar não o ódio, mas uma sensação de decepção ou frustração! 
√ Com pacientes muito regressivos (psicóticos, por exemplo) o analista deve desenvolver mais uma postura de holding, do que usar interpretações. 
√ Já que todo paciente apresenta algum grau de dependência cabe ao analista ajudá-lo a transitar por 3 fases: dependência absoluta, dependência relativa e a fase que vai rumo à independência.
7. W.R. BION (1897-1979) Psicanálise do Pensamento 
√ Nasceu na Índia, pois seu pai era fucionário do governo britânico e trabalhava lá e viveu lá até os 7 anos, quando foi sozinho estudar em Londres. Refere em sua obra as dificuldades que enfrentou no ambiente familiar e escolar. Ter morado na Índia deixou nele raízes místicas. 
√ Formou-se médico, obteve medalha de ouro em cirurgia. Especializou-se em psiquiatra, exercendo a profissão na Clínica Tavistock no exército inglês, onde se alistou voluntariamente. Ganhou uma importante medalha por atos de bravura. 
√ Teve intensa formação humanística, estudou história moderna em profundidade, licenciou-se em Letras com distinção, estudou filosofia, teologia, linguística (línguas grega e latina). Destacado atleta universitário, ganhou diversas medalhas de ouro.
√ Fez durante muitos anos análise didática com M. Klein. 
√ Em 1968 mudou-se a convite para Los Angeles. Fez visitas a Buenos Aires e esteve por 4 vezes no Brasil, convidado para reuniões científicas organizadas pela Sociedade Brasileira de Psicanálise. 
√ Sua obra pode ser dividida em 4 décadas diferentes: Anos 40 – Experimentos com grupos; Anos 50 – Pacientes Psicóticos e os distúrbios da linguagem, pensamento, conhecimento e comunicação; Anos 60 – Aprofundou estudos acima com sua produção mais rica. Período epistemológico; Anos 70 – Período Místico.
√ Considerado por Zimerman como o verdadeiro inovador das contemporâneas concepções de psicanálise. 
√ Define 6 elementos de psicanálise (que equivaleriam às notas musicais ou números de 0 à 9 na matemática): Permanente interação entre as posições esquizoparanóide (PS) e depressiva (D) de M. Klein; A identificação projetiva na relação continenteconteúdo; Vínculos de amor (L), ódio (H) e conhecimento (K e - K); A teoria das transformações; A relação entre idéia (I) e razão (R); O fenômeno da dor psíquica.
√ Defende que o psicanalista deve ter “amor pela verdade”. √ Existência em todos os indivíduos de uma parte psicótica da personalidade. √ Identificação projetiva como forma de comunicação primitiva. √ Teoria das transformações.
REFERENCIA
 ►MEZAN, R. O tronco e os ramos –Estudos da história da psicanálise. São Paulo: Blucher, 2009 (cap.2).
►ZIMERMAN, D. E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, técnica e clínica –Uma abordagem didática. Porto Alegre: Artmed, 1991 (cap.3).
A TEORIA DE MELANIE KLEIN (slide 3)
ESCOLA DAS RELAÇÕES OBJETAIS: MELANIE KLEIN (1882-1960)
√ Se Freud descobriu a criança no adulto, Klein descobriu o bebê na criança.
√ Criou a técnica de psicanálise de crianças.
√ Ego rudimentar inato.
√ Pulsão de morte é inata.
√ Angústia de aniquilamento.
√ Negação onipotente, dissociação, identificação projetiva, introjeção e idealização.
√ Fantasias inconscientes comporiam a realidade psíquica.
√ Posições esquizoparanóide e depressiva.
√ Contribuiu para que fosse possível a análise de psicóticos.
√ Situou o complexo de Édipo e o superego em etapas mais precoces do desenvolvimento.
√ Inveja primária.
√ Mudança na prática clínica com as interpretações transferenciais.
•Brincar (Klein) = Sonho (Freud) = Forma de elaboração das angústias e representação simbólica de ansiedades e fantasias. Expressão simbólica dos conflitos inconscientes.
•Quanto mais nova a criança = fantasias são mais onipotentes.
•Para Freud: Superego é herdeiro do Complexo de Édipo.
•Para Klein: Complexo de Édipo Primitivo é formador do desenvolvimento do superego e vice-versa.
•Superego é inato = Introjeção das figuras parentais.
FANTASIA: 
•Susan Isaacs: correlato mental dos impulsos. 
•Instinto x Fantasia: Idéias = Instinto = Fantasias primitivas originais (podem ser representadas como somáticas ou como fenômenos mentais). 
•Fantasias onipotentes: fantasia = experiência real (não há distinção entre fantasia e realidade). 
•Ego: é responsável pela formação das fantasias. 
•Desde o nascimento o bebê tem que lidar com a realidade, através de suas experiências de gratificação e frustração. 
•Fantasia é diferente de fuga da realidade  As fantasias alteram a percepção da realidade, assim como a realidade influencia na formação de fantasias. 
“Phantasias inconscientes são, para início de conversa, os correlatos subjetivos das pulsões. Mais precisamente falando, são os representantes psíquicos das pulsões; mas são, igualmente, os representantes psíquicos dos mecanismos do ego (não só os de defesa, mas também os constitutivos, como a introjeção), embora não se confundam com eles. Elas compõem a dimensão subjetiva de todos os processos psicofísicos e, nesta medida, se constituem no conteúdo básico da vida mental, do chamado mundo interno. Há sempre uma camada de phantasias inconscientes operando ao longo de qualquer atividade somática e psíquica dos seres humanos.
Em uma definição abrangente, diríamos que as phantasias inconscientes são os representantes psíquicos de impulsos, necessidades e seus estímulos internos (como a fome), sensações, sentimentos, afetos, tendências, desejos, processos corporais fisiológicos (como os de nutrição e excreção), mecanismos mentais, comportamentos, idéias, falas e intenções. Nada do que ocorre no corpo ena mente deixa de estar, de alguma forma, associado a esta atividade inconsciente e criativa de fantasiar, uma imaginação radical, no sentido de Castoriadis (1975), que dá sentido e valor afetivo a tudo que se faz e a tudo que nos acontece. A "criatividade original", tal como concebida por Winnicott, é uma herdeira direta da criatividade própria da phantasia inconsciente” (Figueiredo, 2006).
“Ao contrário das fantasias tais como concebidas por Freud em sua principal linha de pensamento (cf. Spillius, 2001), as phantasias inconscientes em Melanie Klein não dependem de representação, nem de recalcamento (como as fantasias de desejo), embora incorporem e possam incluir representações e recalcamentos. Ao ganhar caráter de representação, podem, por exemplo, receber o status de realidade e transformar-se em crenças, inconscientes ou conscientes (Britton, 1995). Nesta condição, também podem, sob o efeito do recalcamento, justamente quando este incide nas primeiras representações das phantasias inconscientes, com consequências inadmissíveis pelo ego, converter-se em sintomas neuróticos, bem como em inúmeras outras expressões físicas, comportamentais e psíquicas associadas ao caráter neurótico” (Figueiredo, 2006).
•Freud: “Com a introdução do princípio de realidade, uma espécie de atividade do pensamento foi expelida; foi mantida livre do teste de realidade e permaneceu subordinada ao princípio do prazer. Essa atividade é o fantasiar.” (In: Dois princípios do funcionamento mental)
•Pensamento = Teste de realidade  Surge quando se realiza o teste da fantasia na realidade.
POSIÇÕES KLEINIANAS
POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE <-> POSIÇÃO DEPRESSIVA.
►A posição depressiva tem início por volta dos 5/6 meses de vida, com a elaboração do Complexo de Édipo Primitivo.
•[OBS: <-> Noção aprimorada por Bion]
•O conceito de fantasia kleiniano implica um grau de organização do ego mais elevado do que em Freud.
• Para Klein, ao nascer já existe ego suficiente para experimentar ansiedade, utilizar mecanismos de defesa e formar relações de objeto primitivas na fantasia e na realidade. O ego primitivo é extremamente desorganizado, embora possua desde o começo uma tendência à integração. Ego desde o nascimento fica exposto ao conflito entre instinto de vida x instinto de morte. Projeção do instinto de morte = agressividade.
•Objeto bom/ideal (seio bom) x •Objeto Mau/persecutório (seio mau)
Objeto bom/ideal (seio bom)
•Dá vida (instinto de vida)
•Organiza o ego
•Nutrição (dorme, come...)
•Prazer em ser cuidado
•Idealização 
•Fantasia de total aniquilação dos perseguidores
•Negação onipotente do mal
•Objeto ideal: identificação projetiva visa evitar separação
•Projeção do mau: tenta livrar-se dele ou atacar o objeto
•Introjeção do bom: evitar separação/proteção da sensação de mal interno
Mecanismos de defesa:
•Projeção, introjeção, splitting, idealização, negação e identificação projetiva  quando falham surgem ansiedades.
•Medo de retaliação do objeto mau e de roubo das partes boas (ob. bom)
•Desintegração do ego: tentativa de afastar a ansiedade (divisão temporária/reversível: base da repressão  normal)
Objeto mau/persecutório (seio mau):
•Sentimento de privação
•Instinto de morte
•Desestruturação do ego
•Aniquilação do objeto ideal e do self (“eu”/ capacidade de se reconhecer a partir de seu próprio ponto de vista (Winnicott)/ noção de si mesmo)
•Ansiedade
•Mau é projetado = sentimento de ameaça externa
•Mau é introjetado (tentativa de controlá-lo = resulta em temores hipocondríacos)
•Objeto perseguidor: identificação projetiva visa obter controle sobre a fonte de perigo.
P.E.P.
•Cisão/splitting entre seio bom e seio mau (amor x ódio...)
•Relações parciais de objeto (partes do corpo bebê/mãe)
•Presença de uma inveja primária
•Tentativa de separar o máximo possível as vivências boas das más, como forma de preservar o objeto ideal e o ego, de evitar a ansiedade e a crença em um mundo externo e interno bom.
•Fantasias onipotentes
•Bebê sente-se como uma extensão da mãe/pai (figura parental combinada): não consegue se ver como indivíduo separado
•Preocupação só com sua própria sobrevivência e interesses, sem preocupar-se de forma real com o outro, pois ainda não há essa concepção de forma verdadeira (mesmo em adultos)
Psicopatologia da P.E.P.
•Perturbações ocorrem quando as experiências más predominam sobre as boas
•Pontos de fixação da psicose
•Aumento dos impulsos hostis e invejosos
•Identificação projetiva patológica  Conceito desenvolvido por Bion = partes projetadas se dividem em milhares de fragmentos e esses fragmentos são projetados no objeto, desintegrando-o também, ficando dividido em várias partes = Objetos bizarros (Bion)
•Realidade é sentida como perseguidora = ódio à realidade interna e externa = estilhaçamento do ego e de suas funções como tentativa de destruir as percepções (aparelho perceptivo) = Ataque aos vínculos (Bion): funções de sentir e pensar
•Aumento da inveja, o mesmo processo acima ocorre com o objeto ideal, que não pode ser tolerado  inveja do relacionamento e capacidade dos pais 
•Bebê esquizóide vivencia o mundo de forma diferente da criança normal = aparelho perceptual danificado, cercado de objetos hostis (bizarros) e danificados  pouca capacidade de estabelecer vínculos significativos e de integração egóica. Separa uma parte do ego ainda preservada para aprender, alimentar-se . 
•Idealização: projeta objeto ideal para preservá-lo. 
Posição Depressiva
•Relações de objeto totais (bom e mau fazem parte do mesmo objeto, que passa a ser visto como objetos/indivíduos separados, com identidades e direitos próprios)  ego total: percepções menos deformadas do objeto  desenvolvimento da maturação e da memória
•Reconhecimento da mãe e do pai
•Surge a preocupação com e pelo objeto  temor da perda do objeto bom e algumas tentativas de reparar o objeto quando se vê de alguma forma dirigindo impulsos agressivos em direção a ele  Mecanismo de reparação.
•Percepção de desamparo, de intensa dependência dos outros, ciúmes da relação da mãe com as outras pessoas  Se o objeto é independente de mim, ele pode deixar-me  Intensificação da necessidade de posse do objeto 
•Surge o sentimento de culpa ao se ver atacando o objeto bom 
•Diminui a sensação de ameaça interna (crença no bom objeto interno) e externa (crença em um ambiente continente para suas necessidades de cuidado)  aumenta a identificação com o objeto ideal. 
•Sentimento de ambivalência (bom e/ou mau...) passa a ser a principal fonte de ansiedade. 
•Percepção de amar e odiar o mesmo objeto. 
•Aumenta tolerância à agressividade e à frustração
•Aumento dos processos introjetivos
•Ego mais fortalecido e superego mais flexível
•Fantasias menos onipotentes  princípio de realidade. Cresce a possibilidade de testar a realidade (Coerência entre o que se diz e o que se faz  Os limites entre o amor e o ódio  meios reais de afetar/transformar a realidade externa)
•Objetos deixam de ser tão idealizados e/ou ameaçadores  princípio de realidade
•Consciência da própria realidade psíquica: diferenciação entre mundo interno e mundo externo, entre pensamento e ação, fantasia e realidade.
A posição depressiva nunca é plenamente elaborada, a ambivalência e a culpa permanecem e são intensificadas a cada situação de perda
•Luto e reparação  Perda e recuperação do objeto = Desenvolvimento maior do ego: maior sentimento de confiança, crença no amor e nas próprias potencialidades
•Repressão, inibição e deslocamentos são mais intensificados e diminuem o uso de mecanismos de splitting. Sublimação aumenta, diminuem impulsos destrutivos e instintuais
•Renúncia ao objeto instintivo e o aumento do uso de sublimação  desenvolve-se a capacidade de formação simbólica  luto pelo desmame  renúncia ao seio  símbolo: sempre o produto de uma perda = desenvolvimento da capacidade de pensar.
Mecanismos de defesa = Protegem ego = Etapas de desenvolvimento normal
•Identificação projetiva + Identificação introjetiva = forma mais primitiva de empatia e da capacidade de colocar-seno lugar do outro. Base para as formas mais primitivas de formações simbólicas
•Uso de splitting = origina a capacidade de discriminação entre o bom e o mau (certo e errado), assim como a capacidade de prestar atenção em algo e de suspender a emoção = juízo intelectual
•Ansiedade persecutória da P.E.P. desenvolve nossa capacidade de reagir a um perigo real
•Idealização da P.E.P. origina a crença na bondade do self e dos outros, boas relações de objeto, capacidade de apaixonar-se, de apreciar o belo e deformar ideais sociais e políticos.
•Processos de splitting, projeção e introjeção = ordenação de nossa capacidade perceptual e das emoções boas e más. Percepção e aceitação das diferenças
•Sofrimento e luto + reparação (objeto e self) = base para a criatividade e sublimação
Defesas maníacas
•Defesas maníacas (menor desenvolvimento egóico) e reparação (maior desenvolvimento egóico) = defesas contra os estados depressivos.
►Não são um fenômeno propriamente patológico. São importantes ao desenvolvimento, uma vez que a resolução da depressão pela reparação é um processo lento, o que faz com que o sofrimento só possa ser superado pelas defesas maníacas, que protegem o ego do desespero total. Quando o sofrimento e a ameaça diminuem as defesas maníacas podem dar lugar ao mecanismo de reparação.
•Quando seu uso se torna excessivo estabelecem círculos viciosos e formam pontos de fixação, que interferem negativamente no desenvolvimento futuro, passando a ser patológico
•Constituem defesas altamente organizadas (maior estado de organização egóica) contra a ansiedade depressiva, ambivalência e culpa, contra os sentimentos de dependência, que serão negados e invertidos. Funcionam como uma reedição da divisão (splitting) do objeto e do ego (tomada de conhecimento do mundo interno e de um objeto interno valorizado = experiência depressiva)
•Defesa contra o processo analítico (contra o conhecimento do mundo interno que pode gerar sofrimento psíquico)
•Forma de controle onipotente dos objetos e de ataque ao objeto inicial de amor e dependência.
►Alguma preocupação parcial com o objeto pode ser preservada, como uma forma do que se denomina ‘Reparação Maníaca’.
Tríade característica das defesas maníacas segundo M.Klein:
•Controle: negação da dependência e da ameaça de perda do objeto;
•Triunfo: negação dos sentimentos de valorização e de se importar com o objeto;
•Desprezo: negação da experiência de perda e culpa. Justifica novos ataques ao objeto.
Reparação
•Desejo de restaurar e recriar a mãe danificada pela fantasia onipotente (interna e externamente);
•Base da capacidade de manter o amor apesar das dificuldades;
•Base das atividades criativas (recriar a felicidade perdida e a harmonia com o mundo interno)
Complexo de Édipo Primitivo
•Tem início na posição depressiva quando a mãe é percebida como objeto total  há uma mudança da percepção do bebê com o mundo = pessoas são percebidas como indivíduos separados e em relação uns com os outros  bebê se dá conta do vínculo que existe entre seus pais  projeta neles seus próprios sentimentos libidinais e agressivos;
•Sentimentos no bebê de privação, ciúme e inveja: pais são percebidos como dando um ao outro as gratificações que o bebê deseja para si mesmo;
•O bebê reage com um aumento de seus sentimentos agressivos e de suas fantasias;
•Fantasia de pais unidos como uma figura assustadora (figura parental combinada), por não diferenciar ainda seu pai e sua mãe enquanto funções ou papéis (“cuidadores”);
•Bebê nega o relacionamento (sexual) entre os pais  defesa maníaca e eles são transformados na fantasia onipotente em figura parental combinadas  figura aterrorizadora  núcleo de pesadelos e delírios persecutórios das crianças;
•Ambos os pais são percebidos como portadores de órgãos sexuais diferenciados (mesmo que de forma rudimentar) e ambos são desejados e tratados como rivais, sendo o ataque predominante dirigido ao relacionamento entre os pais (escolha do objeto heterossexual e homossexual).