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DIREITOS HUMANOS
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO 
ESTADO E DIREITOS HUMANOS. 
AULA 02
RESPONSABILIDADE 
INTERNACIONAL DO ESTADO
➢CONCEITO
A responsabilidade internacional do Estado é o
instituto jurídico que visa responsabilizar uma
potência soberana pela prática de um ato
atentatório (ilícito) ao direito internacional
perpetrado contra os direitos ou a dignidade de
outro Estado, prevendo certa reparação a este
último pelos prejuízos e gravames que injustamente
sofreu.
* Relações Estatais
RESPONSABILIDADE 
INTERNACIONAL DO ESTADO
Os Estados são os principais obrigados para com o
Direito Internacional dos Direitos Humanos e, por
isso, podem (e devem!) ser responsabilizados por
sua violação. Seja na relação Estatal, seja na
relação com pessoas físicas.
➢Análise da responsabilidade dos Estados em violação
dos direitos dos particulares que estão sujeitos a sua
jurisdição.
FINALIDADES DA
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
PREVENTIVA
REPRESSIVA
Coerção psicológica aos Estados a fim de que
eles não deixem de cumprir com os seus
compromissos internacionais em matéria de
direitos humanos.
Atribuir ao indivíduo que sofreu um prejuízo,
uma justa e devida reparação, seja de ordem
pecuniária ou de outra natureza.
FINALIDADE SECUNDÁRIA: impor aos Estados limites de atuação no plano
externo, impedindo-lhes de agir de forma leviana ou de maneira que lhes
convém, visando a que não prejudiquem terceiros e não desequilibrem as
relações pacíficas entre os demais Estados.
CARACTERÍSTICAS DA
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
Funda-se primordialmente numa idéia de justiça, onde
os Estados estão vinculados a respeitar os direitos
humanos, de todas as pessoas que estão sujeitas a sua
jurisdição, tal qual o compromisso que firmaram em
cenário internacional.
CARACTERÍSTICAS DA
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
O instituto da responsabilidade internacional do Estado
visa sempre reparar um prejuízo causado, podendo tal
reparação ser:
▪ De forma pecuniária; ou
▪ Outra natureza (obrigação de fazer ou não fazer, por
exemplo).
*FINALIDADE DA REPARAÇÃO: restituir as coisas ao
status quo.
CARACTERÍSTICAS DA
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
Prestação pecuniária: é a forma que mais comumente tem se
apresentado no quadro de uma demanda internacional envolvendo a
responsabilidade do Estado por violação de Direitos Humanos.
Obrigação de fazer, não fazer: as vezes as vítimas desejam apenas a
prática de um ato estatal que demonstre arrependimento pelo ocorrido (ex:
pedido formal de desculpas), exposição de uma verdade dos fatos, ou ainda
modificar o nome de um órgão público, por exemplo.
Com exceção do TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL, os demais tribunais
internacionais, notadamente os tribunais regionais de direitos humanos, não
tem competência criminal, senão apenas competência cível.
NATUREZA JURÍDICA DA
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
DUAS TEORIAS
Subjetivista: Depende da vontade (intenção) do Estado em praticar o
ilícito. É necessário que tenha agido com culpa (imprudência,
negligência ou imperícia).
Objetivista: Responsabilidade independente da vontade do Estado
em praticar o ilícito. Não há que se cogitar o elemento culpa, basta
demonstrar o nexo causal (violação da regra e prejuízo a pessoa).
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO 
ESTADO NO SISTEMA INTERAMERICANO
No sistema interamericano de direitos humanos compete à
Corte Interamericana processar e julgar um Estado-parte (na
Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969) por violação dos
direitos humanos de pessoa sujeita à sua jurisdição.
Independente da nacionalidade da vítima que sofreu a
violação de direitos humanos, bastando apenas que o
cidadão (a vítima) tenha sido violado em seus direitos no
âmbito da jurisdição de um Estado-parte na Convenção
Americana (que tenha aceitado a jurisdição contenciosa da Corte
Interamericana).
O sistema interamericano de direitos humanos conta com um
tribunal supranacional responsável pelo processo e julgamento de
Estados que violem suas obrigações internacionais previstas na
Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS. 
CONCEITO
Costuma-se normalmente dividir os direitos humanos em
“gerações” ou “categorias”, com fundamento no percurso histórico
que inspirou a sua criação.
De fato, no decorrer dos tempos, os direitos humanos foram
alterando suas características e atingindo cada vez mais pessoas
ou grupos de pessoas que em momento anterior não eram
destinatários de direitos. Houve, assim, mutação na proteção dos
direitos humanos com o passar do tempo, levando à teorização das
chamadas “gerações” ou “categorias” de direitos.
Alguns autores também se referem às dimensões de direitos
humanos, partindo da premissa de que a expressão gerações
poderia induzir à falsa ideia de que uma categoria de direitos
substitui a outra que lhe é anterior. Seja como for, o certo é que
em relação ao conteúdo desses direitos a doutrina não diverge, eis
que são praticamente idênticos.
INSPIRAÇÃO FRANCESA
A proposta de triangulação dos direitos humanos em
“gerações” é atribuída a Karel Vasak, que a apresentou em
conferência ministrada no Instituto Internacional de Direitos
Humanos (Estrasburgo) em 1979, inspirado no lema da
Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Assim, os direitos de liberdade seriam os da primeira geração;
os da igualdade, os de segunda geração; e os da fraternidade,
os de terceira geração. Destaque-se que Vasak não chegou a
se referir às demais gerações de direitos humanos hoje
conhecidas. Tal se deveu especialmente pelo fato de que
questões atinentes, ao acesso à informação e ao pluralismo
não apareciam, até aquele momento histórico, no centro dos
grandes debates doutrinários, muito menos jurisprudenciais,
o que só começou a ocorrer no final dos anos 1990;
TEORIA DAS GERAÇÕES DE DH
KAREL VASASKI
PRIMEIRA GERAÇÃO SEGUNDA GERAÇÃO TERCEIRA GERAÇÃO
LIBERDADE IGUALDADE FRATERNIDADE
DIREITOS CIVIS E 
POLÍTICOS
DIREITOS 
ECONÔMICOS, SOCIAL 
(ART. 6º, CF) E 
CULTURAL
DIREITOS DIFUSOS E 
COLETIVOS (interesse 
comum)
PRIMEIRA GERAÇÃO - LIBERDADE
• Século XVIII
• Impõe uma prestação NEGATIVA do Estado (ABSTENÇÃO).
• Direitos intocáveis do indivíduos
• Direitos Civis e Políticos;
• Trata-se dos direitos que têm por titular o indivíduo, sendo,
portanto, oponíveis ao Estado (são direitos de resistência ou de
oposição perante o Estado).
• Como exemplos, podem ser citados os direitos à vida, à
liberdade (de locomoção, reunião, associação, de consciência,
crença/religiosa, etc.), à igualdade, à propriedade, ao nome, à
nacionalidade, dentre tantos outros.
SEGUNDA GERAÇÃO - IGUALDADE
• Século XIX – XX
• Impõe ao Estado uma prestação POSITIVA;
• Direitos econômicos, sociais e culturais; 
• Direitos coletivos ou de coletividade;
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, DE 1988
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
TERCEIRA GERAÇÃO – FRATERNIDADE
(interesse comum / dignidade da pessoa humana)
• Também chamados de “nova dimensão”.
• Direito ao desenvolvimento, ao meio ambiente, a
comunicação e ao patrimônio comum da humanidade.
• Fortemente influenciados pela temática ambiental a partir
da década de 60. Alguns desses direitos ainda figuram
apenas na órbita constitucional (interna), outros já
constam em abrangência internacional como o “direito ao
meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado” –
tratados de direitos humanos.
• Documentos marcantes: Declaração Universal de Direitos
Humanos (1948) e CF/88 (art. 225).
OUTRAS TEORIAS DE DIREITOS 
HUMANOS
• Alguns doutrinadores citam até
outras gerações de direitos
humanos, mas na prática
contemplam as mesmas garantias.
CINCO GERAÇÕES DE 
DIREITOS HUMANOS – por Paulo Bonavides
AS GERAÇÕES DE DIREITO NA 
JURISPRUDÊNCIA
• No Brasil, destaque-se queo Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a
classificação tradicional das “gerações de direitos” em sua jurisprudência
constante.
• De fato, na ementa do julgamento da Medida Cautelar na ADI 3540/DF, entendeu
o STF que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é “um típico
direito de terceira geração (ou de novíssima dimensão), que assiste a
todo o gênero humano”, complementando que o adimplemento do dever de
proteger o meio ambiente “representa a garantia de que não se instaurarão,
no seio da coletividade, os graves conflitos intergeracionais marcados pelo
desrespeito ao dever de solidariedade, que a todos se impõe, na proteção desse
bem essencial de uso comum das pessoas em geral”
• Verifica-se, portanto, que o STF tem admitido, de forma reiterada, a
categorização dos direitos humanos em “gerações”, reconhecendo especialmente
a “terceira geração” desses direitos, relativa ao postulado da solidariedade.
STF, ADI 3540-MC/DF, Tribunal Pleno, Rel.
Min. Celso de Mello, j. 01.09.2005, DJ 03.02.2006.
CRÍTICAS AO SISTEMA GERACIONAL
• A jurisprudência e a doutrina majoritária defende e reconhece a
geração triangular dos Direitos Humanos.
• A divisão em “gerações” tem acarretados críticas severas porque
o conceito de “geração” induz a idéia de “sucessão”, quando na
verdade a história dos direitos humanos aponta para uma
“concomitância” do surgimento de vários contextos jurídicos
concernentes aos direitos humanos, à sua natureza jurídica e
necessidade de atuação ao longo das épocas.
DIREITOS HUMANOS
INTERNACIONALIZAÇÃO DOS 
DIREITOS HUMANOS. 
PRECEDENTES HISTÓRICOS
Os Direitos Humanos são hoje uma reação às barbáries cometidas
na segunda guerra mundial em 1945.
• Precedentes históricos:
a) Direito Humanitário: visa proteger , em caso de guerra, militares postos
fora de combate (feridos, doentes, náufragos, prisioneiros, etc), e população
civil em geral, devendo seus princípios ser aplicados quer às guerras civis ou
a quaisquer outros conflitos armados (internacionais ou não).
b) Liga das Nações: a finalidade era promover a cooperação, a paz e a
segurança internacionais, condenando agressões externas contra a
integridade territorial e a independência política dos seus membros.
c) Organização Internacional do Trabalho: Criada após a primeira Guerra
Mundial, com o objetivo de estabelecer critérios básicos de proteção ao
trabalhador, regulando sua condição no plano internacional, tendo em vista
assegurar padrões mais condizentes de dignidade e de bem-estar social.
PRECEDENTES HISTÓRICOS
• Com esses três precedentes, contribuíram para
implementar a idéia de que a proteção dos direitos
humanos deveria ultrapassar as barreiras estatais,
transcendendo os limites da soberania territorial dos
Estados para alcançarem matéria de ordem pública
internacional.
• A partir desse momento finalmente surge a concepção
de que o indivíduo não é apenas objeto, mas também
sujeito do direito internacional público, podendo
vindicar direitos nas instâncias internacionais de
proteção.
DIREITO INTERNACIONAL DOS 
DIREITOS HUMANOS
Pode-se dizer que é o DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS é o “direito pós
guerra”, nascido em decorrência dos horrores cometidos durante a segunda guerra
mundial, com a morte de mais de 11 milhões de pessoas (sendo 6 milhões de judeus).
Desde os horrores da Segunda Guerra Mundial, a comunidade internacional traçou, em
1945, a meta de ‘preservar as gerações vindouras dos flagelos da guerra’, que deveria ser
alcançada por meio de um sistema de segurança coletiva, através da ONU.
Assim, a partir do surgimento da Organização das Nações Unidas, em 1945, e da
consequente proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, o
Direito Internacional dos Direitos Humanos começa a dar ensejo à produção de inúmeros
tratados internacionais destinados a proteger os direitos básicos dos indivíduos; pouco
mais tarde, começam a aparecer tratados internacionais versando direitos humanos
específicos, como os das pessoas com deficiência, das crianças, dos idosos, das
populações indígenas e povos tradicionais etc.
O nascimento da ONU foi, portanto, o verdadeiro marco divisor do processo de
internacionalização dos direitos humanos
ESTRUTURA NORMATIVA
A estrutura normativa do sistema internacional de
proteção dos direitos humanos conforma-se em
instrumentos de caráter global e regional.
Os instrumentos de caráter global pertencem ao
sistema de proteção das Nações Unidas (ou sistema
“onusiano”);
os de caráter regional pertencem a um dos três
sistemas regionais hoje existentes: europeu,
interamericano ou africano.
SISTEMA GLOBAL
• Atuam de forma internacional
• ONU
- Pacto Internacional pelos direitos civis e políticos
- Pacto pelos direitos sociais, econômicos e culturais
- Luta contra discriminação raciais, de gênero, tortura, 
etc.
* Sistema Global ou Onusiano
• Soma de órgão mundiais (unicef, unesco, etc). 
SISTEMAS REGIONAIS
• Atuam de forma local, em algumas regiões do mundo.
• São três:
Sistema Europeu, Americano ou interamericano e
Africano de proteção aos Direitos Humanos.

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