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115
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Nesta terceira e última Unidade, vamos estudar o desenvolvimento na meia‑idade, também chamada 
de vida adulta média e tardia (40 a 65 anos). Da mesma forma, iremos abordar o envelhecimento 
humano, as características da pessoa idosa e os aspectos da morte como término do ciclo da vida.
7 O DESENVOLVIMENTO NA MEIA IDADE
O desenvolvimento na meia‑idade (40‑65 anos) pode ser ilustrado por um dito popular que diz: 
“Toda a pessoa na vida tem que plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho”; essa é a 
essência da generatividade, deixar sua marca no e para o mundo.
7.1 Desenvolvimento físico na meia‑idade (de 40 a 65 anos)
É uma fase que contempla alguns paradoxos. Geralmente, por um lado, poderá haver uma grande 
satisfação conjugal e profissional; mas, por outro lado, o declínio físico começa a ficar evidente.
Figura 29 – Mulher na meia‑idade
Disponível em: https://shre.ink/2cWL. Acesso em: 15 set. 2011.
Unidade III
116
Unidade III
Período de paradoxos
Plena satisfação conjugal e profissional 
(filhos crescidos, maior intimidade do casal, cargos de 
chefia, aposentadoria, melhores condições financeiras)
Declínio físico 
(menor resistência física, envelhecimento físico)
Papéis profissionais e familiares se afrouxam 
(maior opção de escolhas, não existe a responsabilidade 
de criação de filhos e netos)
Aquisição de novos papéis (sogro, sogra, avô, avó)
Há influência sobre a saída dos filhos (saída do lar, para 
o casamento, para o trabalho fora da cidade natal)
Nenhuma influência sobre o tempo certo da chegada 
dos netos ou sobre a incapacitação dos pais
Quanto à aparência física, os indivíduos tentam parecer mais jovens, embora a grande maioria 
aprenda a aceitar de maneira realista as mudanças que estão ocorrendo em si mesmos, como será 
discutido posteriormente junto com os aspectos psicossociais. 
Normalmente, as pessoas na meia‑idade apresentam boa forma física, cognitiva e emocional 
Papalia; Olds; Feldman, 2006). Evidentemente, a forma física e as condições de saúde dependerão da 
história pregressa do indivíduo. Nessa fase, quanto mais o indivíduo se cuidar do ponto de vista físico, 
mais se beneficiará.
O relógio biológico indica os primeiros sinais de envelhecimento: uso de óculos, cabelos brancos, 
pele com vincos, dificuldade em subir lances de escada (declínio da capacidade aeróbica), pessoas mais 
jovens o tratam como ”uma pessoa mais velha” (filhos adultos, colegas de trabalho jovens), a percepção 
da incapacidade dos pais leva a perceber a própria incapacidade futura. O relógio social indica a 
sensação de maior conhecimento e experiência, maior sensação de controle e escolha, há mais tempo e 
energia para outros papéis (esposo, esposa, avô, avó), para a aposentadoria.
 Observação
Um programa regular de exercícios físicos iniciado no começo da idade 
adulta pode ajudar a construir músculos e manter a força e a resistência na 
meia‑idade e na velhice.
Se, por um lado, muitos se sentem jovens e dispostos, o relógio biológico é implacável e o corpo 
começa a ficar mais lento. Quanto à aparência, os cabelos se tornam brancos e as rugas tendem a 
aumentar. Por volta dos 40 anos, também é muito frequente o aparecimento de pigmentações na pele 
e adiposidades.
A acuidade visual tende a diminuir de forma gradual e ininterrupta; há uma perda gradual de 
audição (55 anos); diminui a sensibilidade ao gosto e ao cheiro. Além destes, a força e a coordenação 
diminuem gradualmente; há perda de massa muscular, que é substituída por gordura; diminuição de 
habilidades motoras complexas que envolvam muitos estímulos, respostas e decisões, mas que não 
resultam necessariamente em pior desempenho porque o conhecimento baseado na experiência pode 
mais do que compensar as mudanças físicas (Papalia; Olds; Feldman, 2006; Bee, 1998).
117
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
 Observação
Presbiopia é a perda da capacidade acomodativa dos olhos, também 
chamada de vista cansada, que gera dificuldade para enxergar de perto. 
Normalmente surge a partir dos 40 anos. Pode ser corrigida por óculos ou 
lentes de contato. A presbiopia não é uma doença, é antes uma evolução 
natural da visão que diminui a capacidade de focagem em objetos ao 
perto. 40% da população mundial é présbita e esse número tende a crescer. 
Homens e mulheres são afetados – os primeiros sintomas são normalmente 
sentidos entre os 40 e os 50 anos. Ninguém pode escapar à presbiopia. 
Não pode ser prevenida, é um fenômeno natural. O importante é realizar 
regularmente exames visuais que poderão detectar também outras anomalias. 
A opção mais moderna para a compensação da presbiopia são as lentes 
progressivas que se adaptam às necessidades de cada olho em focagem 
precisa a qualquer distância [...] (Presbiopia, 2008).
Muitas pessoas com 50 anos optam por tarefas mais sedentárias e contemplativas em função de um 
decréscimo da capacidade física. Por exemplo, subir 20 andares é uma tarefa diferente para um jovem 
de 20 anos e para um adulto de 50 anos. Provavelmente, a maioria das pessoas com 50 anos, conseguirá 
subir as escadas de forma mais lenta e se cansará mais. Por outro lado, no que diz respeito ao trabalho, 
não há diferenças significativas.
A maioria dos adultos médios/tardios, quando goza de plena saúde, escolhe o melhor momento 
para se aposentar. No entanto, quando a saúde está fragilizada ou quando ocorre, entre outros, casos 
de alcoolismo, a pessoa sente mais intensamente o envelhecimento, restando‑lhe poucas escolhas e a 
maioria se aposenta mais cedo, muitas vezes com condições financeiras difíceis.
A atividade sexual pode diminuir um pouco entre 40 e 50 anos, provavelmente devido a causas não 
fisiológicas, como monotonia num relacionamento, preocupação com negócios, fadiga, entre outros. 
Por outro lado, algumas vezes os relacionamentos sexuais melhoram nesse período porque são desvinculados 
da capacidade reprodutiva e, portanto, livres do risco de gravidez (Papalia; Olds; Feldman, 2006).
A menopausa aparece como um evento marcante no desenvolvimento físico na meia‑idade. Ocorre 
tipicamente entre 45 e 55 anos. As pesquisas (Dan; Bernhard, 1989 apud Papalia; Olds; Feldman, 2006) 
revelam que a maioria das mulheres sente pouco ou nenhum desconforto na menopausa. Há maior 
probabilidade dos problemas psicológicos associados à menopausa serem causados principalmente pela 
visão negativa do envelhecimento por parte da sociedade.
Outro aspecto que pode ser vivenciado de modo diferente nessa fase é a gravidez. Após os 40 anos, 
é muito mais frequente a mulher sofrer um aumento da pressão arterial em comparação com uma 
mulher de 25 anos. No entanto, após o parto, os órgãos de ambas tendem a funcionar igualmente.
Já o climatério masculino tende a iniciar 10 anos mais tarde que do nas mulheres. Cerca de 5% 
dos homens sentem depressão, fadiga, menor impulso sexual, disfunções eréteis ocasionais e queixas 
118
Unidade III
físicas. As causas desses sintomas podem estar associadas a mudanças hormonais; causas psicológicas 
(adaptações às novas demandas como, por exemplo, a morte dos pais) e atitudes culturais em relação 
ao envelhecimento (Weg, 1989 apud Papalia; Olds; Feldman, 2006). 
A maior parte das pessoas de meia‑idade possui boa saúde, os casos de morte ocorrem, com 
maior frequência, em virtude de derrame, câncer e doenças cardíacas (Papalia; Olds; Feldman, 2006). 
A remoção cirúrgica do útero, a histerectomia, costuma ocorrer em larga escala, nas mulheres, por 
volta dos 60 anos. 
Resumidamente, em termos de mudanças físicas, essa fase se caracteriza por uma lenta deterioração 
das capacidades sensoriais, da saúde, vitalidade e força física. Porém, é preciso destacar que são 
grandes as diferenças individuais. Em função das alterações hormonais, ocorre um lento declínio da 
excitação sexual. 
7.2 Desenvolvimento cognitivo na meia‑idade (de 40 a 65 anos)
Pode‑se afirmar que a cognição na fase adulta supera a rigidez em direçãoà flexibilidade, ou seja, 
nessa fase as pessoas compreendem que determinadas coisas podem ser de uma forma, mas que, em 
seguida, isso pode se modificar. Compreendem também, que não existe uma única resposta certa, e as 
opiniões podem não ser tão válidas, sendo relativas a determinado momento ou circunstância. Logo, as 
questões podem ter uma causalidade múltipla e mais que uma solução.
É comum nesse período que as decisões e opiniões da maioria tenham um caráter mais pragmático, 
com vistas a uma solução mais prática e rápida. 
Cabe destacar que a aceitação dos paradoxos está presente nas consciências das pessoas 
dessa faixa etária e, nesse sentido, a questão da atitude e suas consequências ou desdobramentos 
também está clara.
Os adultos na meia‑idade são capazes de integrar a lógica com a intuição e a emoção, integram 
fatos e ideias, e integram novas informações com o que já sabem. Filtram pela sua experiência de vida e 
aprendizagem prévia. Assim, tendem a ser bons para solucionarem os problemas. 
Isso significa que, nesse momento da vida, o adulto de meia‑idade tem o incremento da sua 
inteligência cristalizada, da qual pode fazer uso, ela é a capacidade de lembrar e usar informações 
adquiridas durante uma vida inteira. 
A inteligência cristalizada é relacionada à educação e à experiência cultural. O conhecimento 
especializado é um exemplo desse tipo de inteligência.
Quando se pensa na questão cognição e gênero, uma pesquisa (Bee, 1996) com 30 estudantes de 
cada sexo indica que as mulheres fazem uso de um conhecimento subjetivo (intuição), ao passo que os 
homens lançam mão de métodos de procedimentos (sistemática e análise).
119
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Em síntese, a capacidade mental na fase adulta média pode atingir um nível excelente. 
Principalmente, as habilidades relativas à área de especialização e à solução de problemas práticos se 
encontram muito desenvolvidas.
A criatividade pode declinar, mas sua qualidade é melhor. Isso implica muitas vezes um grande sucesso na 
carreira, mas, por outro lado, pode ocorrer também um esgotamento ou mudança de carreira. É importante 
destacar que no aspecto neurológico é frequente o início da deterioração das respostas motoras complexas.
7.3 Desenvolvimento psicossocial na meia‑idade (de 40 a 65 anos)
A meia‑idade é para muitos um período do auge da competência, produtividade e controle. É um 
momento no qual o indivíduo desenvolveu um grande senso de autoconfiança e autoestima — no 
percurso da vida já checou várias vezes suas capacidades e sua resiliência — de tal forma, que sente que 
é capaz de lidar e enfrentar todas as circunstâncias e questões que aparecem. 
Alguns autores (Rosa, 1994), fazendo analogia com uma peça teatral, dizem que as pessoas na meia‑idade 
seriam os protagonistas, porque fazem parte da geração que está no comando. Ou, ainda, entendem que 
essa é uma “geração sanduíche” porque por um lado há os filhos, na maioria adolescentes, que ainda 
demandam cuidado e por outro há os pais envelhecendo, que também precisam de uma atenção especial.
Segundo Erikson (1974), essa é a fase da maturidade, na qual os adultos precisam estar ativamente 
envolvidos no ensino e na orientação da próxima geração, é a necessidade de sentir‑se útil, especialmente 
em relação às pessoas mais jovens. No entanto, essa necessidade de “sentir‑se útil”, que Erikson 
denominou de generatividade, não se restringe ao fato de se ter filhos para cuidar, pelo contrário, pois 
não basta ter filhos ou não é preciso tê‑los para alcançar essa capacidade, trata‑se de uma preocupação 
ampla pelos outros, um compromisso para além de si mesmo, com a família, o trabalho, a sociedade e as 
gerações futuras. Manifesta‑se na necessidade de ensinar ou guiar os mais jovens não só para ajudá‑los, 
mas também para formar a própria identidade.
A pessoa que orienta sente‑se necessária, tem o feedback daquilo que produziu e do que deve 
cuidar, e, assim, pode‑se dizer que o conceito de generatividade inclui o de produtividade e o 
de criatividade.
Figura 30 – Generatividade: preocupação em cuidar do outro
Disponível em: https://shre.ink/2cd9. Acesso em: 15 set. 2011.
120
Unidade III
Entretanto, quando as pessoas de meia‑idade fracassam na capacidade generativa, elas são tomadas 
pela estagnação, pelo tédio e pelo empobrecimento interpessoal. Essas pessoas podem sentir que 
“ficaram paradas na vida” e, então, passam a buscar compulsivamente uma pseudointimidade, mas, 
ainda assim, permanecem com o sentimento de “vazio”.
Portanto, a sétima crise psicossocial, proposta por Erikson, vivenciada pelos indivíduos nessa faixa 
etária é generatividade versus estagnação. 
A crise da meia‑idade é caracterizada por um “balanço de vida”, que é balizado em função da 
finitude da vida. Esse é o primeiro momento do ciclo vital em que o indivíduo se depara com a morte 
enquanto uma possibilidade real. Alguns amigos da mesma geração morrem; os sinais de envelhecimento 
são encarados de uma forma realista; algumas metas traçadas no projeto de vida não foram alcançadas 
e o indivíduo percebe que está na metade da sua vida. É possível mudar, retomar metas, mas existe um 
tempo e um limite.
Nesse processo é comum o indivíduo adotar uma postura mais introspectiva a fim de se autoavaliar. 
É frequente o questionamento do sistema de valores que regeu sua existência, os objetivos de trabalho, 
sociais e econômicos, o uso que fez do seu tempo livre, dedicação à família e amizades, entre outros.
A partir dessa análise, muitos indivíduos reconduzem suas vidas. Por exemplo, é o momento em 
que algumas pessoas optam por uma segunda carreira, ou voltam a estudar; mudam hábitos de saúde 
e autocuidado, como praticar esportes ou optar por um estilo de vida mais saudável; há muitos casais 
que se separam; outros desenvolvem uma busca espiritual, entre outras ações.
Alguns tentam recuperar a juventude envolvendo‑se afetivamente com pessoas mais jovens ou 
adotando comportamentos próprios de outros períodos de vida. Como, por exemplo, a mulher na 
meia‑idade começa a usar as mesmas roupas que sua filha adolescente ou o homem quer acompanhar 
o seu filho em uma trilha com esportes radicais ou, ainda, relaciona‑se com uma garota de 20 anos. 
Nas famílias com pais na meia‑idade e filhos na adolescência, é comum estabelecer‑se uma relação de 
inveja: os filhos detêm a juventude; os pais detêm o poder da vida adulta, muitas vezes, simbolizado 
pelo poder econômico.
No final desse período, pode ocorrer uma transformação na dinâmica familiar, conhecida como 
“ninho vazio”, que é o momento no qual os filhos saem da casa de seus pais e estes têm que se 
reorganizar frente à nova realidade. Alguns casais vivem essa fase como uma segunda lua de mel, agora 
livres dos encargos parentais; outros entram em crise pessoal e/ou conjugal, na maioria das vezes, 
porque o casal não se reconhece na conjugalidade, mantinham‑se juntos apenas enquanto um casal 
parental, quando essa função é esvaziada, não há outro ponto de intersecção.
 Lembrete
Assista ao filme Ninho vazio (título original El nido vacío). Estabeleça 
relação com os conteúdos até aqui estudados.
121
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
As amizades nessa fase são especialmente importantes, atuando como uma rede de apoio frente à 
grande sobrecarga de funções que recaem sobre os adultos na meia‑idade; no entanto, no geral, resta 
pouca energia para dedicar aos amigos.
O relacionamento com as respectivas famílias de origem, exceto em épocas de necessidade, tende a 
diminuir de importância durante a idade adulta. Nessa fase, algumas pessoas tornam‑se as cuidadoras 
dos pais, o que pode ser um fator de estresse no relacionamento com a família de origem e/ou com a 
família constituída, quando não há divisão nas tarefas.
Ainda nessa fase, algumas pessoas tornam‑se avós, esse é um evento importante na vida de uma 
pessoa, mas seu momento de ocorrência e significado varia. Um avô pode servir de professor, cuidador,modelo de papel e às vezes mediador entre as crianças e os pais. Essas diferentes atribuições podem 
representar um prazer ou um peso físico, emocional e financeiro.
7.4 A sexualidade na fase adulto‑intermediária
Um dos temores do adulto na fase intermediária é o câncer de próstata. Ele ocorre quando as 
células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle em direção a outras 
partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. O câncer de próstata pode causar dor, dificuldade 
em urinar, disfunção erétil e outros sintomas. Porém, a grande maioria dos casos evolui silenciosamente 
sem causar sintomas até que haja disseminação da doença. Pesquisas feitas em 2003, nos EUA, indicavam 
que esse tumor maligno, matava um homem a cada 14 minutos.
Por isso, é muito importante que sejam feitos exames regulares de toque retal e dosagem de 
antígeno prostático específico, em homens a partir dos 40 a 50 anos de idade, para detecção 
precoce da doença.
 Observação
Depois da cruzada a favor do câncer de mama, o Ministério da Saúde 
lançou a luta contra o câncer de próstata. 
Observa‑se nesse período entre os homens e as mulheres algumas modificações no aparelho 
reprodutor. Reações mais lentas e menos diferenciadas, bem como a menor probabilidade de reprodução, 
são muito comuns nessa fase.
A menopausa, originariamente biológica, ocorre em algum momento, entre os 42‑58 anos (em 
média aos 51 anos), datada em um ano após a última menstruação da mulher.
Marcado por vários sintomas biológicos e psicológicos, o climatério precede a menopausa, dura em 
torno de seis anos e a mulher já se ajusta a níveis menores de estrogênio. Quanto aos impactos de tais 
modificações, mais que os aspectos biológicos, as atitudes acabam por ser mais importantes.
122
Unidade III
Os sintomas da menopausa e as atitudes em relação à mesma dependem de caracterísiticas pessoais, 
fatores culturais e experiências passadas.
A terapia de reposição parece trazer benefícios à saúde da mulher após a menopausa e é um tema 
controverso, em virtude dos riscos que apresenta. Muitas mulheres, após a menopausa, ficam mais 
propensas a doenças cardíacas, câncer de mama e perda óssea, que leva a osteoporose.
Figura 31 – Casal na meia‑idade
Disponível em: https://shre.ink/2cd1. Acesso em: 15 set. 2011.
Com relação à expressão sexual, medida pela frequência das relações sexuais e dos orgasmos, nesse 
período, ela costuma declinar gradativamente, embora existam diferenças individuais, inclusive algumas 
pessoas param de forma completa, enquanto outras continuam diariamente.
 Lembrete
Entreviste algumas pessoas que têm entre 40 e 65 anos. Utilize a 
tabela 16‑2 que contém questões que investigam o comportamento 
generativo. A referida tabela se encontra em Papalia, Olds e Feldman 
(2006, p. 595). 
Nos homens, a estimulação sexual passa a ser mais demorada e as reações do orgasmo são menos 
intensas. Nas mulheres, é mais difícil medir a capacidade de ter orgasmos, porém estudos indicam que 
o erotismo e os orgasmos não apresentam alterações nesse período caso não haja outros problemas 
complicadores, físicos ou psíquicos.
Quanto aos casais, considerando que o sexo é o resultado de uma interação social, quando a relação é 
ativa e satisfatória, ela permanecerá da mesma forma caso não ocorra nenhum outro fator complicador, 
tais como: problemas emocionais, enfermidades físicas e medicamentos.
123
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Outro aspecto a ser considerado, com relação à diminuição da atividade sexual pode ser a monotonia 
do relacionamento, preocupação com negócios, fadiga, entre outros.
É oportuno destacar que a atividade sexual costuma promover o interesse e estímulo sexual, e vice 
e versa, ou seja, a sua ausência resulta em diminuição de interesse e estímulo.
 Saiba mais
Leia o texto Saúde e estilo de vida: a influência do estresse no capítulo 
15 da obra de Papalia, Olds e Feldman (2006) e analise a perspectiva do 
desenvolvimento humano na atualidade. Pesquise sobre a nova lei que 
garante a mamografia gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para 
mulheres com mais de 40 anos. Verifique os aspectos positivos e negativos 
da nova lei e confronte com as ideias sobre a saúde na fase adulto médio. 
Isso permitirá um aprofundamento nas questões até aqui estudadas. 
PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 
8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
8 ENVELHECIMENTO E MORTE
8.1 Desenvolvimento na velhice
Um dos maiores objetivos da gerontologia é o envelhecimento bem‑sucedido, ou seja, a meta é 
extrair mais da vida. Rosenthal comemorou seus 70 anos com um bar mitzvah – cerimônia do 13º ano 
judeu. Ele, que se aposentou aos 65 anos, afirmou que o fundamental na vida é “livrar‑se de tudo o que 
não é importante e gastar tempo com o que interessa”.
Figura 32 – Casal de pessoas idosas
Disponível em: https://shre.ink/2cdf. Acesso em: 15 set. 2011.
124
Unidade III
As mudanças demográficas no Brasil apresentam, hoje, o aumento do número proporcional e absoluto 
de pessoas idosas na população (aumento na expectativa de vida, decréscimo nas taxas de mortalidade 
e de fecundidade). O país terá de enfrentar problemas ligados ao envelhecimento da população em 
uma situação paradoxal, pois o ritmo inesperado do fenômeno não dará tempo para superar problemas 
típicos do subdesenvolvimento (Barreto, 1992).
A velhice pode ser dividida em três grupos:
• Pessoas idosas jovens (65 a 74 anos): ativos, cheios de vida e vigorosos.
• Pessoas idosas velhas (75 a 84 anos): maior tendência para fraqueza e enfermidades; podem 
ter dificuldade para desempenhar atividades da vida diária. 
• Pessoas idosas mais velhas (85 anos ou mais): as mesmas características anteriores de maneira 
mais acentuada. 
De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006), uma classificação da velhice mais significativa é pela 
idade funcional: 
•	 Envelhecimento primário: processo gradual e inevitável de deteriorização corporal que começa 
cedo na vida e continua ao longo dos anos.
•	 Envelhecimento secundário: é constituído pela consequência de doença, de abuso e de ausência 
de uso de medidas preventivas; alimentando‑se bem e mantendo‑se fisicamente em forma, é 
possível evitar os efeitos secundários do envelhecimento. 
Quanto à atitude social em relação à velhice, segundo Barreto (1992), é a de negar a velhice enquanto 
tal, valorizando‑se a pessoa que consegue disfarçá‑la física (“pessoas idosas bem conservadas”) e/ou 
psicologicamente (“pessoas idosas de espírito jovem”). Não há a valorização da velhice, “conserva‑se 
uma norma que estabelece que as pessoas idosas devam ser respeitadas, mas esse ‘objeto de respeito’ 
encontra‑se desaparecido, ‘disfarçado de jovem’, física, moral e psicologicamente.
 Observação
A sociedade contemporânea tende a idealizar a adolescência, a 
juventude e tudo o que é novo. Como consequência, rejeita as pessoas 
idosas e desvaloriza tudo o que considera velho. Por essa razão, elas correm 
risco de ser desvalorizadas pela sociedade e pela família, que é seu apoio 
afetivo essencial.
Cabe ressaltar, como a autora sinaliza, que essas atitudes sociais e esses preconceitos contra as 
pessoas idosas envolvem toda a sociedade, são incorporados sem crítica e aceitos pelas próprias pessoas 
nessa faixa etária.
125
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Estes dois pontos devem nortear os estudos sobre a velhice, o primeiro está relacionado ao 
aumento na expectativa de vida e consequentemente ao alargamento dessa fase no ciclo vital e 
o segundo está relacionado aos preconceitos e às representações que as próprias pessoas idosas 
nutrem sobre a velhice.
A velhice está sendo demarcada aqui como o indivíduo com idade superior a 65 anos. Embora seja 
importante lembrar que as idades são referências aproximadas. Há indivíduos com 70 anos que mantêm as 
questões de meia‑idade e outros que aos 60 anos apresentam as características de velhice.
8.2 Desenvolvimento físico na velhiceA maioria das pessoas na velhice é razoavelmente saudável principalmente se tem um estilo de vida 
que incorpore exercícios e boa nutrição. Entretanto, é comum apresentarem problemas crônicos, tais 
como: artrite, hipertensão, problemas cardíacos. 
A grande maioria também tem boa saúde mental. A depressão e muitos problemas, inclusive alguns 
tipos de demência, podem ser revertidos com tratamento adequado; outras, aquelas ocasionadas 
pelo mal de Alzheimer, mal de Parkinson ou derrames múltiplos, são irreversíveis (Papalia; Olds; 
Feldman, 2006).
 Lembrete
É muito recente a pesquisa científica sobre o processo de envelhecimento, 
assim como o desenvolvimento na medicina e na psicologia das especialidades 
em gerontologia (geriatria) e psicogerontologia (psicologia evolutiva da 
velhice).
Problemas visuais, combinados com coordenação e tempo de reação mais lenta, podem afetar certas 
habilidades. O treinamento pode melhorar a força muscular e o tempo de reação.
Muitas pessoas idosas são sexualmente ativas, embora o grau de tensão sexual e a frequência e 
a intensidade de experiência sexual geralmente sejam mais baixos do que para adultos mais jovens 
(Griffa; Moreno, 2001).
Outras mudanças físicas podem ocorrer, como a perda de pigmentação, textura e elasticidade da 
pele, os pelos tornam‑se mais finos e brancos, há a diminuição da estatura, rarefação dos ossos e 
tendência a dormir menos (Griffa; Moreno, 2001). 
As modificações corporais são mais notórias entre os 75 e 80 anos de idade. Essas mudanças podem 
provocar no indivíduo sentimentos de inferioridade frente a uma sociedade que nega a velhice e cultiva 
o corpo jovem.
126
Unidade III
Exemplo de aplicação
Pesquisem em livros ou bases de dados relevantes informações sobre como as pessoas em idade 
avançada estão vivendo e quais as tendências e os fatores que têm interferido no envelhecimento da 
população e no rápido crescimento da expectativa de vida.
Apesar de a maioria das pessoas idosas serem saudáveis e ativas, há um declínio da capacidade física 
e da saúde. Pode‑se afirmar que após 65 anos se inicia um declínio mais intenso da reserva orgânica, 
do sistema imunológico e da força muscular. Isso pode desencadear uma grande suscetibilidade às 
doenças crônicas, agudas, bem como ao câncer e a problemas cardíacos.
É importante destacar, no entanto, que os cuidados com a saúde e a qualidade da assistência médica 
podem interferir de forma a minorar essas ou outras doenças.
Outro aspecto a ser considerado diz respeito à necessidade de sono que tende a diminuir nas pessoas 
idosas, como também podem aparecer disfunções sexuais e, por outro lado, as habilidades linguísticas 
tendem a aumentar até a idade muito avançada. No entanto, o sistema nervoso tende a ficar mais lento, 
devido à perda de substância cerebral, e há também um aumento no tempo de processamento e de reação.
Dessa forma, como foi dito, é frequente que ocorram falhas na memória, embora isso esteja 
relacionado a vários fatores. Nesse sentido, a memória de longo alcance é mais durável, enquanto a 
operacional ou curta é a primeira a desacelerar. Em outras palavras, a demência é uma doença que pode 
aparecer na velhice, principalmente nas pessoas mais idosas. O Alzheimer, a depressão ou as drogas 
podem desencadear a demência.
Aloysius Alzheimer (1864‑1915), psiquiatra alemão, foi o primeiro a diagnosticar em 1906 
a doença do córtex cerebral, em sua homenagem denominada mal de Alzheimer – uma doença 
que causa demência nas pessoas com mais de 60 anos, é degenerativa, incurável, mas que possui 
tratamento; seus sintomas são perda da memória, confusão mental, irritabilidade e agressividade, 
alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória de longo prazo e o paciente começa a 
se desligar da realidade.
 Algumas teorias ou modelos do envelhecimento destacam os aspectos biológicos, segundo Griffa e 
Moreno (2001), são:
Teorias ou modelos de envelhecimento
Teoria genética: considera o ciclo vital determinado
Teoria da mutação somática: aponta a existência de um acúmulo gradual de células modificadas, 
que não funcionam mais normalmente
Teoria biológica: evidencia o acúmulo progressivo de elementos tóxicos em células e órgãos
Teoria imunológica: indica que os anticorpos perdem a capacidade de distinguir proteínas 
próprias e estranhas, atacando‑as
127
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Contudo, percebe‑se que mesmo que a inteligência e a memória sofram desgastes, a maioria das 
pessoas idosas encontra formas compensatórias, intensificando seus interesses, valores filosóficos ou 
estéticos, e o mais importante é manter a cognição funcionando. O papel da família é fundamental para 
que a pessoa idosa continue ativa e saudável.
8.3 Desenvolvimento cognitivo na velhice
Os estereótipos sociais sugerem que na velhice o indivíduo tem uma queda na função intelectual, na 
memória e na aprendizagem. Entretanto, segundo Gerrig e Zimbardo (2005), há poucas evidências para 
sustentar a ideia de que as capacidades cognitivas gerais declinem entre as pessoas idosas saudáveis. 
As pesquisas apontam (Gerrig; Zimbardo, 2005) que os adultos mais velhos que buscam altos níveis de 
estimulação ambiental tendem a manter altos níveis de capacidade cognitiva. Tudo indica que o desuso, 
e não o declínio, pode ser responsável pelas deficiências no desempenho intelectual.
Outra questão que se levanta diz respeito às diferenças qualitativas, e não quantitativas, inclusive 
em relação ao ato de pensar, entre a pessoa idosa e o jovem em seus desenvolvimentos e conquistas.
Figura 33 – Casal de avós com seus netos
Disponível em: https://shre.ink/2cvH. Acesso em: 15 set. 2011.
A aprendizagem requer mais tempo na velhice, o material precisa estar mais organizado e menos 
complexo do que no período anterior de desenvolvimento. Para aprender, a pessoa idosa precisa 
apresentar uma disposição interna para captar e reter.
128
Unidade III
 Lembrete
A pessoa idosa sente dificuldade para mudar de uma tarefa ou função 
para outra, como dirigir um carro, em que várias funções cognitivas e de 
percepção precisam ser acionadas ao mesmo tempo.
Na velhice a memória mais afetada pela perda é a memória secundária, aquela que recupera um 
dado vários minutos ou horas depois de ser apresentado às pessoas, e não a memória primária, a qual 
permite recordar um dado pouco depois de ter sido informado. 
Já a memória terciária é completamente preservada, que é a que conserva a informação do acontecido 
muitos anos antes. Por essa razão, a pessoa idosa é capaz de contar histórias do seu passado ricas em 
detalhes e não é capaz de responder se tomou o seu remédio pela manhã.
8.4 Desenvolvimento psicossocial na velhice
Tic‑tac. O tempo é implacável. Tic‑tac. A cada segundo que passa nos 
tornamos alguém diferente. Presente vira passado, futuro vira presente. 
Tic‑tac. Surgem problemas, surpresas, emoções, realidades, desejos e 
seguimos em frente, tomando decisões, trilhando caminhos, transformando 
e sendo transformados, muitas vezes sem perceber. Tic‑tac. Alguns 
amadurecem jovialmente, outros envelhecem imaturos. Tic‑tac. Fazemos 
planos, lutamos para colocá‑los em prática, comemoramos êxitos, desistimos 
de tudo, sofremos derrotas, juntamos os cacos, reconstruímos a partir do 
zero. Tic‑tac [...] (Branco, 2011).
Erikson (1974) se debruça sobre a personalidade, dentro de uma perspectiva psicossocial e propõe 
a velhice como a oitava crise. Nela, ou seja, no último estágio psicossocial, o indivíduo se depara com 
uma opção entre a integridade do ego e o desespero ou a desesperança e a partir dela avaliará a 
própria vida. 
É muito comum nessa etapa da vida que a maioria das pessoas examine, reflita e faça um último 
“balanço” sobre a própria vida. Se diante dessa análise o indivíduo sentir‑se satisfeito com a vida que 
viveu, estiver em paz consigo mesmo, ou seja, apresentar um sentimento de realização e satisfação, 
achando que lidou de maneira adequada com os acertos e errosda vida, pode‑se dizer que ele tem a 
integridade do ego e conquistou a virtude da sabedoria, aceitando o seu lugar e o seu passado.
Por outro lado, se o indivíduo se depara com um sentimento de frustração, aborrecido porque perdeu 
oportunidades e arrependido de erros que não pode corrigir, não há mais tempo para corrigi‑los, então 
há a desesperança. Os indivíduos ficam desgostosos consigo mesmos, ranzinzas, ficam amargos em 
relação ao que poderiam ter sido, criticam e são intolerantes com as novas gerações. 
129
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Segundo Erikson (1987), as pessoas idosas precisam fazer mais do que refletir sobre o passado. 
Elas precisam continuar ativas, participantes vitais, buscando desafios e estímulos no seu ambiente. 
É importante que se envolvam com as tarefas concernentes a avós, voltem a estudar e desenvolvam 
novas habilidades e interesses. O apoio da família é fundamental nesse sentido para que a pessoa idosa 
se sinta útil, feliz e amada.
A força básica, como afirmado anteriormente, associada a essa fase final do desenvolvimento é a 
sabedoria, que, derivada da integridade do ego, é expressada na preocupação desprendida com o todo 
da vida. Ela é transmitida às próximas gerações em uma integração de experiências que é mais bem 
descrita pela palavra “herança”.
Outro aspecto a ser destacado é que muitas pessoas idosas param de se preocupar com uma série 
de convenções sociais. Nessa etapa é possível permitir que a máscara social – quer dizer, os disfarces 
sucessivos que são adotados para garantir uma aceitação social – caiam aos poucos. Elas param 
de se preocupar com as repercussões do que “pensa, fala, sente e faz”, e muitas afirmam que isso é 
algo permitido nessa idade. Sentem‑se livres para escolher suas roupas e não se preocupam com as 
repercussões de suas falas em um determinado contexto. Há uma frase típica entre as pessoas idosas 
que explicita essa questão: “Minha idade me permite”.
Ocorre uma libertação da busca por conquistas, como a dos bens materiais e do status, desacelera‑se 
a corrida por ascensão e o ego preenche‑se com o que está próximo, no presente, sem urgências.
Instantes
Se eu pudesse viver novamente a minha vida [...]
Correria mais riscos, viajaria mais,
Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,
Nadaria mais rios [...]
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais os
Amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse
Outra vez a vida pela frente.
Mas eu tenho 85 anos e sei que estou morrendo (Borges, 2011).
Esse poema ilustra a postura mais contemplativa sobre o presente e também introduz o tema da 
morte. A mortalidade/imortalidade é o grande tema existencial da velhice. A angústia existencial frente 
à morte é muito forte, pois existe uma consciência mais vívida de que a morte é um acontecimento 
concreto e próximo. Entretanto, se o indivíduo estiver em paz consigo mesmo (integridade de ego), o 
medo diante da morte é atenuado. Do contrário, o indivíduo entra em desespero, pois constata que 
agora o tempo é curto para alcançar a integridade.
Segundo Brochsztain (1998), o ser humano pode tentar elaborar a angústia frente à morte por meio 
de vários mecanismos, entre os quais estariam a criação artística (cinema, literatura etc.) e a prática 
da religião.
130
Unidade III
Nesse momento a vida espiritual/religiosa torna‑se importante e, no Brasil, o sincretismo 
religioso é exacerbado. É comum uma pessoa idosa exercer diferentes práticas religiosas em um 
mesmo dia, como, por exemplo, de manhã ouve a missa católica pelo rádio, à tarde vai a um 
culto evangélico e à noite a um centro espírita. Com a perda de pessoas significativas, como 
cônjuges, familiares e amigos, alguns papéis sociais deixam de ser exercidos e muitas pessoas 
idosas recorrem à religião como forma de transcendência e encontram nela novas possibilidades 
de compreensão da vida, de esperança e alegria.
Os relacionamentos sociais são muito importantes para as pessoas idosas, embora a frequência do 
contato social decline na velhice. Em muitos casos, a sua rede social fica esgarçada, já que ocorrem 
muitas perdas e rupturas; alguns papéis sociais deixam de ser exercidos, como o profissional, e com isso 
o indivíduo perde as interações sociais decorrentes deste.
Por outro lado, estão cada vez mais claras as evidências de que está havendo uma transformação 
da representação preconceituosa da velhice, mediante a reinserção da pessoa idosa na sociedade, como 
pode ser observado no crescimento dos programas e setores voltados para essa idade.
Exemplo de aplicação
O Sesc tem um programa direcionado à terceira idade, que é renomado e reconhecido nacionalmente. 
Pesquise na mídia eletrônica essa e outras ações que atendam a terceira idade. Em seguida, analise os 
programas ou atividades, confrontando com as teorias ou modelos de envelhecimento abordados por 
Griffa e Moreno (2001). 
Griffa e Moreno (2001) descrevem algumas das principais teorias ou modelos do envelhecimento, 
destacando os aspectos psicossociais. 
A teoria personal‑espiritualista propõe que a pessoa idosa espera cada vez menos da vida e, 
portanto, intensifica sua sensação de transitoriedade, ficando cada vez menos impressionado com os 
acontecimentos, isto é, não os leva tanto a sério, em função da sabedoria recentemente adquirida. 
Alguns estudos indicam que a religiosidade e a espiritualidade se relacionam com a saúde, o bem‑estar 
e a diminuição de mortalidade.
A teoria do desapego nos informa que há uma diminuição do interesse por atividades e objetos, um 
abandono dos papéis. Nessa perspectiva, envelhecer bem é desapegar‑se das coisas ao seu redor. Ocorre, 
então, uma libertação da busca por conquistas, como bens materiais e status, desacelera‑se a corrida 
por ascensão e o ego preenche‑se com o que está próximo, no presente, sem urgências.
O modelo ou teoria da atividade relaciona o envelhecer bem a um envelhecer ativo. Já 
na teoria dos novos papéis a ênfase é a diminuição da atividade, com consequente busca por 
novos papéis, que no momento não são mais impostos, mas consideram as motivações pessoais e 
a capacidade física.
131
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
De acordo com o modelo da continuidade, o melhor envelhecimento é aquele em que a pessoa 
envelhece como viveu e a teoria da descontinuidade entende exatamente de forma contrária: as 
mudanças podem gerar novas formas de envelhecer bem. 
Cabe encerrar lembrando que muitas pessoas nessa fase ainda sofrem de forma intensa com 
preconceito e estigmas, fruto de uma sociedade que valoriza o novo. As singularidades da vivência 
dos mais velhos apontam a falência do projeto de vida que a ideologia defende, justifica e vende. 
Alguns autores afirmam que o preconceito contra a velhice é mais forte do que o preconceito racial, 
porque é incorporado sem crítica, envolve toda a sociedade e é aceito pelas próprias pessoas de idade. 
Muitas vezes, a velhice é temida, pois a pessoa idosa nos lembra de nossa própria fragilidade e da 
enfermidade de nossa existência. 
Finalmente, parece que envelhecer de modo criativo implica desenvolvimento de uma filosofia 
adequada de vida ao longo do processo evolutivo, tanto quanto a manutenção de uma identidade 
psicológica que permita ao indivíduo considerável autonomia funcional.
 Na velhice, contempla‑se a construção de uma vida.
8.5 Morte e desenvolvimento humano
Um Cavaleiro e seu Escudeiro voltam das Cruzadas. O país está assolado 
pela peste. Eles se encontram com a morte e o Cavaleiro faz um trato com 
ela: enquanto conseguir contê‑la numa partida de xadrez, sua vida será 
poupada. Na viagem pela terra natal, encontram artistas, fanáticos, ladrões, 
patifes, mas por toda parte a presença da morte, empenhada em ganhar 
o jogo por meios lícitos e ilícitos. No fim, todos, menos os artistas, são 
arrebanhados por ela (sinopse do filme O sétimo selo).
Figura 34 – O funeral de Atala (de Anne‑Louis Girodet de Roussy‑Trioson,1808)
Disponível em: https://shre.ink/2cv9.Acesso em: 15 set. 2011.
132
Unidade III
Desde os tempos remotos o homem se intriga com a morte e busca vencê‑la. A partir da consciência 
de sua mortalidade, de sua finitude, o homem tenta encontrar meios para conseguir a vida eterna, ou 
melhor, a juventude eterna. A imortalidade, por outro lado, também é alvo de heróis, artistas etc. 
Outras formas de lidar com a morte podem ser os mecanismos de defesa: negação, deslocamento, 
racionalização. E há pessoas que já estão mortas estando vivas, é a chamada morte em vida. 
Ao nascer, já se morre um pouco; quando, por exemplo, a mãe se afasta, a morte é concebida como 
ausência, perda, separação.
Para a criança, definir a morte é algo complexo, porque ao mesmo tempo em que ela percebe o não 
movimento, a possibilidade de reversão está presente. Tal fantasia também está no imaginário de outras 
pessoas, exemplo disso são os jovens ou adolescentes que tentam o suicídio acreditando poder morrer 
só um pouco.
 Observação
Somente entre 5 e 7 anos a criança entende que a morte é irreversível – 
que uma pessoa, animal ou flor não voltarão a viver –, percebem também que 
ela é universal.
À medida que a criança cresce, seus animais, alguns parentes e mesmo os amigos morrem; na 
televisão, a violência, o sangue e a morte são evidenciados e passa‑se a conviver com a ideia de que a 
morte só ocorre com o outro.
Outro fator presente na infância é o sentimento de culpa pela morte do outro, ao vincular seus 
desejos à morte de fato. Para muitos adultos, isso também acontece; mais no plano emocional do que 
no racional. Os adolescentes se sentem fortes e distantes da morte. Para eles, a morte dos amigos em 
acidentes, o uso indevido de drogas, entre outros, representam o fracasso, a fraqueza e a imperícia. No 
entanto, se nessa fase ela parece estar tão distante, eles a desafiam constantemente.
Exemplo de aplicação
No início da discussão sobre a morte, encontra‑se uma parte da sinopse do filme O sétimo selo, de 
Ingmar Bergman. Assista ao filme e, em seguida, relacione a trama aos conceitos abordados por Kovács 
(2002) sobre a morte.
Na fase adulta, alguns motivos de morte são os ataques cardíacos fulminantes e, na fase seguinte, 
no balanço de ganhos e perdas, emerge a possibilidade de “minha morte”, que neste momento pode 
engendrar a ressignificação da vida.
133
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Na terceira idade, com as perdas corporais, financeiras, separações etc., há que se fazer uma escolha: 
a ênfase será na vida ou na morte?
Segundo Kovács (2002), a morte numa perspectiva biológica é o fim da existência e não da matéria e, 
do ponto de vista da medicina, é a interrupção completa e definitiva das funções vitais. Algumas pessoas 
já viveram situações muito próximas da morte e relataram questões como: sensação de paz, experiência 
extracorpórea, encontros com seres‑iluminados. Muitas pessoas buscam na experiência religiosa uma 
forma de obter um conforto maior para lidar com a morte, vista como finitude.
8.6 O processo do luto
Quando este tópico de estudo é iniciado, as reações variam entre a repulsa e o humor, as “piadinhas” 
aparecem, entre elas: “Morte, credo! Vamos pular essa parte”; ou “A próxima aula será no cemitério?”. 
Tanto em uma reação como na outra evidencia‑se ansiedade diante da morte. É muito interessante 
notar a gama de sentimentos que esse tema provoca.
Figura 35 – O dia da morte (Le jour des morts, 1859, de William Adolphe Bouguereau)
Disponível em: https://shre.ink/2cvb. Acesso em: 15 set. 2011.
Aliás, essas reações não são inéditas, embora a morte seja a única garantia da existência, na história 
da humanidade (nos mitos, nas fábulas, lendas épicas) sempre aparecem o desejo e a busca do homem 
pela imortalidade. 
Paradoxalmente, a vida é permeada por muitas mortes – a morte de um ente, outras mortes em 
vida, como separações, doenças, situações limite, transição das diferentes fases do ciclo vital e eventos 
específicos, como viagens, casamento, nascimento de filho, mudança de emprego, entre outros.
134
Unidade III
Se por um lado a morte se associa com sentimentos como dor, tristeza, medo, perda, ruptura, por 
outro permite que a pessoa entre em contato com a sua potência, capacidade de amar, de se vincular 
e estar vivo. 
Além disso, pode ser também que a possibilidade de transformação e da morte façam emergir uma 
nova vida, como, por exemplo, ocorre na transição entre a infância e a adolescência. Como foi estudado, 
o adolescente tem que elaborar uma série de lutos, é um processo doloroso, mas dele emerge uma nova 
possibilidade de ser no mundo.
Outro aspecto interessante é que muitas vezes a maioria das pessoas descreve as mortes como 
inesperadas, porém não há certeza maior do que a da morte, o que pode levar à compreensão de que o 
“in” da palavra esperado, nesse caso, talvez não seja tão procedente.
O grande historiador francês Philippe Ariès, mencionado por Kovács (2002), descreveu várias 
representações da morte:
• morte domada;
• morte de si mesmo;
• vida no cadáver ou vida na morte;
• morte do outro;
• morte invertida.
A morte domada, em que há o lamento da vida, a busca do perdão dos companheiros e a absolvição 
sacramental. O medo com o que vem após a morte, inferno, castigo eterno, entre outros caracterizam 
a morte de si mesmo.
Com o avanço da medicina, emergem questões como os segredos da vida e da morte do cadáver, que 
providencia matéria‑prima para alguns remédios, fertiliza a terra e transmite vida, é a chamada vida no 
cadáver ou vida na morte.
A morte do outro representa a possibilidade de evasão, liberação, fuga para o além, mas também a 
ruptura insuportável e a separação; e, no mundo contemporâneo, temos a morte invertida, é a morte 
como fato que não deve ser percebido, é vergonhoso e representa o fracasso.
O luto é entendido como um processo que congrega uma série de reações diante de uma perda. 
Segundo Bowlby (1984), o processo de luto contempla quatro fases.
135
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
Etapas do luto
Fase de torpor ou aturdimento (choque)
Fase de saudade e busca da figura perdida
Fase de desorganização e desespero
Fase de alguma organização
Na primeira, o enlutado vive uma sensação de entorpecimento diante da notícia da perda, que pode 
ser acompanhada de tensão, raiva ou pânico. Chama‑se fase de choque.
Em seguida, pode ocorrer ao enlutado que tudo é uma ilusão ou um pesadelo. O enlutado fica à 
procura da figura perdida. A pessoa tem a “sensação” de que o morto pode voltar, ou de que “tudo não 
passou de um sonho”, porque há um anseio por reencontrar a pessoa morta, é a fase de saudade e busca 
da figura perdida. As características dessa fase são alarme, tensão e estado de vigília; movimentação 
inquieta; preocupação com pensamentos sobre a pessoa perdida; perda na aparência pessoal e em 
outros assuntos que normalmente ocupariam sua atenção.
Na fase de desorganização e desespero, o enlutado constata que a perda é definitiva, emerge o 
desespero de sobreviver sem a pessoa perdida. E, finalmente, a última fase: de alguma organização, 
a pessoa enlutada aceita a perda e se conscientiza da necessidade de reconstrução e continuidade de 
sua vida. Geralmente, há uma diminuição da depressão e da desesperança, um investimento afetivo na 
vida, e muitas vezes as pessoas precisam fazer adaptações, como, por exemplo, aprender ou desenvolver 
novas habilidades que antes eram exercidas pela pessoa que morreu.
Segundo Kovács (2002), durante o período de elaboração do luto podem ocorrer distúrbios 
alimentares ou de sono. Um número grande de enlutados apresenta quadros somáticos e doenças 
graves depois do luto. O tempo de luto é variável e em alguns casos podem durar anos, em outros, 
nunca termina.
De acordo com Bowlby (1979), um luto torna‑se patológico quando há dificuldade de expressar 
abertamente todos os sentimentos envolvidos na situação de perda e quando a pessoa manifesta as 
características do enlutamento de forma prolongadae severa.
Para o autor, os mecanismos de defesa envolvidos nos processos patológicos de luto são: fixação, 
repressão e cisão de ego. Na fixação e repressão, o enlutado permanece fixado ao objeto perdido, 
enquanto as emoções permanecem reprimidas. Na cisão do ego, uma parte da personalidade nega 
que o objeto esteja perdido e acredita que ainda há comunicação com ele ou que ele será em breve 
recuperado, enquanto a outra parte da personalidade sabe que o objeto está perdido.
Esses mecanismos de defesa também estão presentes no luto normal, e o que é patológico não são 
os mecanismos defensivos em si, mas sua intensidade e tendência a persistir.
136
Unidade III
Bowlby (1979) destaca alguns aspectos que interferem no processo de elaboração de luto: a 
identidade e o papel da pessoa morta; a idade e o sexo do enlutado; as causas e circunstâncias da 
perda; as circunstâncias sociais e psicológicas do enlutado, na época e após a perda; e a personalidade 
do enlutado.
Aspectos que interferem no processo de elaboração do luto
Identidade e papel da pessoa morta: por exemplo, a elaboração de 
um luto pela perda de uma avó que mora e era distante é diferente da 
elaboração da perda de uma mãe solícita e presente no dia a dia
Idade e sexo do enlutado: por exemplo, uma mãe de 70 anos que perde 
um filho de 40 anos pode ter mais dificuldade em elaborar o luto do que se 
a situação fosse ao contrário
As causas e circunstâncias da perda: as mortes repentinas são mais 
difíceis de serem elaboradas do que as mortes decorrentes de doenças 
graves, por exemplo
As circunstâncias sociais e psicológicas que afetam o enlutado, na 
época e após a perda: imagine, por exemplo, uma pessoa que tem que 
elaborar uma série de lutos sobrepostos como: um divórcio e todas as 
perdas associadas e ainda um luto pela morte de um ente querido
A personalidade do enlutado: com especial referência à sua capacidade 
de amar e responder a situações estressantes (há indivíduos que são mais 
resilientes do que outros)
Adaptado de: Bowlby (1979).
Denomina‑se luto antecipatório quando o processo de luto ocorre com a pessoa ainda viva, mas 
que por uma doença grave ou incapacitação parou de exercer papéis ou funções. Essas perdas já têm que 
ser elaboradas com a pessoa ainda viva. Nesses casos, é comum a morte ser vista como um alívio, mas 
também pode incitar sentimentos de culpa (Kovács, 2002). 
Dessa forma, os rituais e a religião podem favorecer a elaboração do luto.
8.7 O luto infantil
Quanto ao luto infantil, Kovács (2002) afirma que a criança sofre as influências do processo de 
luto dos adultos e também do nível de informação que ela recebe. Informações sonegadas e confusas, 
como dizer que a pessoa foi morar no céu ou que a fada veio buscar, atrapalham o processo de 
luto. Respostas que escamoteiam o caráter de permanência da morte, como, por exemplo, dizer que a 
pessoa foi viajar, acaba por não permitir que a elaboração da perda ocorra, porque a criança vai esperar 
a volta do morto. 
Outro aspecto a ser destacado é o fato de alguns pais esconderem os seus sentimentos para não 
entristecer a criança. Isso pode causar mais problemas, pois ela sente que também não deve manifestar 
seus sentimentos.
A criança passa pelas mesmas fases do luto que o adulto, conforme elucidado anteriormente:
137
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
• fase de torpor ou aturdimento;
• fase de saudade e busca da figura perdida;
• fase de desorganização e desespero;
• fase de alguma organização.
Esse processo é possível desde que ela esteja de posse dos esclarecimentos de que necessita e que 
devem ser fornecidos levando‑se em conta o seu nível cognitivo e sua capacidade de compreensão. 
A continência e o apoio são extremamente importantes.
De acordo com o período desenvolvimental, as crianças vão construindo diferentes representações 
de morte. Kovács (2002) descreve as principais percepções no curso do ciclo vital. Ele afirma que para o 
bebê a ausência do seu principal cuidador é vivida como morte, pois ele percebe‑se só e desamparado. 
À medida que a criança se desenvolve, entra em contato com outras situações de morte (como a 
morte de um animal doméstico, inseto ou mesmo uma pessoa) e avidamente tenta compreender o que 
se passa, criando hipóteses e bombardeando os adultos com perguntas. 
Para a autora, a criança até aproximadamente 6 anos percebe a morte como não movimento, 
cessação de algumas funções vitais, como alimentação, respiração, mas na sua concepção a morte é 
reversível. Devido ao seu pensamento mágico e onipotente pode achar que é responsável pela morte 
do outro e pode culpar‑se por isso, quando, por exemplo, brigou com alguém ou desejou‑lhe mal e a 
pessoa veio a falecer.
Já as crianças escolares buscam aspectos perceptivos, como a imobilidade, para definir a morte; 
nesse momento, ela já é percebida como irreversível.
Os adolescentes reconhecem a morte como um processo interno, implicando parada de atividades 
do corpo. Percebem‑na como universal. Frente à postura dos adolescentes de onipotência, força, 
impulso e desafio, a morte é vista como fracasso, derrota, incompetência e imperícia. Não há espaço 
para a morte. 
8.8 A morte na concepção dos adultos
De acordo com Kovács (2002), os adultos têm diferentes concepções sobre a morte no decorrer do 
seu desenvolvimento, conforme será discutido a seguir.
O adulto jovem despende muitas energias na construção dos seus principais papéis sociais e da 
consolidação da intimidade afetiva. Não há como pensar em morte em uma fase de realizações, como 
casar‑se, ter filhos etc. Assim, o espaço da morte na consciência ainda é muito distante nessa fase.
138
Unidade III
Na meia‑idade, a morte não se configura mais como algo que acontece somente aos outros, é a 
primeira vez no ciclo vital que o indivíduo se depara com a finitude da sua vida. A possibilidade da 
própria morte traz um novo significado para a vida: o limite está lá, para ser conhecido e admitido.
Na velhice é importante verificar onde é colocada a ênfase da existência: na vida ou na morte. Para 
a autora, o indivíduo pode se preparar para a morte vivendo intensamente, sem, contudo, negá‑la, mas 
conviver com ela em busca de seu significado. A morte como limite pode ajudar a crescer, mas a morte 
vivenciada como limite também é dor, perda, solidão e tristeza. 
8.9 A morte em vida 
Separações
A separação é uma experiência universal que todos conhecem e vivem desde a infância, mas nem 
por isso é uma vivência fácil. 
Na separação dos casais uma das maiores dificuldades é elaborar o divórcio emocional, ou seja, é 
preciso matar o outro dentro de si e aceitar que morreu dentro do outro. Envolve vários sentimentos 
ambivalentes, como amor e ódio. Além disso, há uma série de mortes presentes e lutos a serem elaborados, 
como alteração no padrão social e econômico, eventual mudança de residência, alteração na rede social, 
alteração de identidade, entre outros. 
Segundo Kovács (2002), alguns mecanismos de defesa podem ser acionados em caso de separação, 
tais como: agressividade (ódio, raiva, desvalorização), indiferença (pouco importa), fuga para adiante 
(mantendo várias atividades profissionais, de lazer ou sociais), estoicismo (conformação, resignação). 
O luto precisa ser elaborado no processo de separação, do contrário, o casal não consegue se 
separar de fato e, muitas vezes, passam a viver a morte em vida, já que ficam estagnados e não se 
reorganizam frente à nova situação. Muitas disputas judiciais, na área de família, são alicerçadas em 
lutos não resolvidos.
Doença
Uma doença pode propiciar o contato do indivíduo com a sua finitude, embora nem sempre 
corresponda com a realidade. A morte pode aparecer enquanto diminuição das funções, dificuldade 
para a realização de atividades ou interrupção de carreira (Kovács, 2002).
A morte social pode ser vivida a partir do afastamento dos amigos, que por não saberem conviver 
com uma determinada limitação se afastam.
A hospitalização,por si só, pode ser sentida como uma morte ligada ao afastamento da casa, da 
família e sentida como uma invasão de privacidade e solidão.
139
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
É importante destacar que a expressão de sentimentos, desidentificação e reinvestimento quando 
ocorrem num ambiente acolhedor, como a psicoterapia, pode contribuir grandemente com o processo 
de experiências com a morte.
Concluindo, a morte é constatada em cada fase de desenvolvimento. O ego tem que abdicar do poder 
da fase anterior para iniciar uma nova. Tem que haver a morte do antigo para não haver estagnação, 
paralisia ou rigidez.
 Saiba mais
Leia a seguir o trecho do rap Carruagem da morte, nele é possível 
perceber vários aspectos até aqui estudados sobre a morte. Neste trecho 
é possível identificar. Consulte a referência a seguir, que destaca a música 
Carruagem da morte. Nesse rap, é possível perceber vários aspectos até 
aqui estudados sobre a morte: algumas das fases do luto, como torpor 
ou aturdimento; saudade e busca da figura perdida; desorganização e 
desespero; fase de alguma organização. 
FACE da morte (Carruagem da morte ao vivo). 2017. 1 vídeo (6 min). 
Publicado por D.R.R. bandollero. Disponível em: https://shre.ink/2MJk. 
Acesso em: 15 set. 2011.
140
Unidade III
 Resumo
O desenvolvimento na meia‑idade, também chamada de vida adulta 
média e tardia (40 a 65 anos), contempla alguns paradoxos; por um lado, 
poderá haver uma grande satisfação conjugal e profissional, mas, por outro, 
o declínio físico começa a ficar evidente.
Normalmente as pessoas na meia‑idade apresentam boa forma física, 
cognitiva e emocional, e isso dependerá da história pregressa do indivíduo. 
O relógio biológico e o relógio social são sinalizadores disso.
Em relação ao desenvolvimento cognitivo, os adultos na meia‑idade 
são capazes de integrar a lógica com a intuição e a emoção, tendem a 
ser bons para solucionar os problemas. O indivíduo pode fazer uso de 
sua inteligência cristalizada, que é a capacidade de lembrar e usar 
informações adquiridas durante uma vida inteira; está relacionada à 
educação, à experiência cultural e ao conhecimento especializado.
Em relação ao desenvolvimento psicossocial, a meia‑idade é para muitos 
um período do auge da competência, produtividade e controle, momento 
no qual o indivíduo desenvolveu um grande senso de autoconfiança e 
autoestima, de tal forma que sente que é capaz de lidar e enfrentar todas 
as circunstâncias e questões que aparecem. 
A meia‑idade é a fase de maturidade na qual os adultos precisam 
estar ativamente envolvidos no ensino e na orientação da próxima 
geração, é a capacidade que Erikson denominou generatividade. 
Quando fracassam na capacidade generativa, são tomados pela 
estagnação, tédio e empobrecimento interpessoal, então passam a 
buscar compulsivamente uma pseudointimidade, mas ainda assim 
permanecem com o sentimento de “vazio”.
A crise da meia‑idade é caracterizada por um “balanço de vida”, que é 
balizado em função da finitude da vida, esse é o primeiro momento do ciclo 
vital em que o indivíduo se depara com a morte enquanto possibilidade 
real: amigos da mesma geração morrem, os sinais de envelhecimento são 
encarados de uma forma realística, algumas metas traçadas no projeto de 
vida não foram alcançadas, o indivíduo percebe que está na metade da sua 
vida; além disso, pode ocorrer uma transformação na dinâmica familiar, 
o “ninho vazio”.
141
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
As mudanças demográficas no Brasil apresentam, hoje, o aumento do 
número proporcional e absoluto de pessoas idosas na população. A velhice 
pode ser divida em três grupos: pessoas idosas jovens (65 a 74 anos), pessoas 
idosas velhas (75 a 84 anos), pessoas idosas mais velhas (85 anos ou mais). 
Outra classificação da velhice mais significativa é pela idade funcional: 
envelhecimento primário e envelhecimento secundário.
Dois pontos devem nortear os estudos sobre a velhice, o primeiro está 
relacionado ao aumento na expectativa de vida e consequentemente ao 
alargamento dessa fase no ciclo vital e o segundo está relacionado aos 
preconceitos e representações que as próprias pessoas idosas nutrem 
sobre a velhice.
A velhice é razoavelmente saudável, principalmente se houver um 
estilo de vida que incorpore exercícios e boa nutrição. Entretanto, 
é comum apresentarem problemas crônicos, tais como: perda de 
pigmentação, textura e elasticidade da pele, os pelos tornam‑se 
mais finos e brancos, há diminuição da estatura, rarefação dos ossos 
e tendência a dormir menos, problemas visuais, artrite, hipertensão, 
problemas cardíacos, depressão, demência (mal de Alzheimer, mal de 
Parkinson ou derrames múltiplos). 
A memória mais afetada pela perda na velhice é a memória 
secundária, aquela que recupera um dado vários minutos ou horas depois 
de ser apresentado à pessoa, e não a memória primária, que permite 
recordar um dado pouco depois de ter sido informado. Já a memória 
terciária é completamente preservada, que é a que conserva a informação 
do acontecido muitos anos antes. Por essa razão, a pessoa idosa é capaz 
de contar histórias do seu passado ricas em detalhes e não é capaz de 
responder se tomou o seu remédio pela manhã.
Na velhice a pessoa idosa examina, reflete e faz um último “balanço” 
sobre a própria vida. Se diante dessa análise sente‑se satisfeito com a vida 
que viveu, apresenta um sentimento de realização e satisfação, pode‑se 
dizer que ele tem a integridade de ego e conquistou a virtude da sabedoria, 
aceitando o seu lugar e o seu passado. Caso contrário, ele depara com um 
sentimento de frustração, fica aborrecido porque perdeu oportunidades 
e arrependido de erros que não pode corrigir, como não há mais tempo 
para corrigi‑los, então há a desesperança. Os indivíduos ficam desgostosos 
consigo mesmos, ranzinzas, amargos em relação ao que poderiam ter sido, 
criticam e são intolerantes com as novas gerações.
142
Unidade III
A morte é a interrupção da vida e pode ocorrer em qualquer momento 
do ciclo vital. O processo de luto congrega uma série de reações diante 
de uma perda ou morte e contempla quatro fases: fase de torpor ou 
aturdimento (choque); fase de saudade e busca da figura perdida; fase de 
desorganização e desespero; fase de alguma organização.
Há alguns aspectos que interferem no processo de elaboração de luto: 
a identidade e papel da pessoa morta; a idade e o sexo do enlutado; as 
causas e circunstâncias da perda; as circunstâncias sociais e psicológicas do 
enlutado, na época e após a perda; e a personalidade do enlutado.
A criança passa pelas mesmas fases do luto que o adulto. Os pais 
e educadores devem evitar respostas que escamoteiam o caráter de 
permanência da morte, bem como esconder seus sentimentos para não 
entristecer a criança, pois isso pode causar mais problemas, acaba por não 
permitir que a elaboração da perda ocorra.
143
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
 Exercícios
Questão 1. Leia a poesia e responda a questão:
Vida, dignidade e esperança
Seu moço, eu já fui bom nisso,
Fazia com perfeição,
Nunca media esforços,
Nem escolhia situação,
Queria vencer a batalha,
Queria ser campeão.
Quando era adolescente,
Quanta traquinagem eu fiz,
Ficava todo radiante,
Era um garoto feliz,
Fazia estripulia,
Mas estudava também.
Mais tarde veio a juventude
E com ela a vaidade
Rabisquei, pintei, bordei,
Fiz o que tinha vontade,
Lazer, labor e farra,
Namoro e muita amizade.
Depois veio a Idade Média:
Mulher, filhos e netos, 
Noras, genros e sogros.
Nunca mais eu fiquei quieto.
Comi do pão do diabo em alguns momentos da vida,
Mas fui um sujeito guerreiro em se tratanto de lida.
Na vida,
Fiz quase tudo,
Trabalho, lazer e festança.
Fiz com muita dignidade,
Fé, amor e confiança.
Queria alcançar o prêmio
Prêmio que pouca gente alcança,
Hoje, na terceira idade, 
Já estou aposentado
Mas nunca perdi a esperança (Silva, 2011).
144
Unidade III
Em relação aos estudos realizados por Erikson (1987)sobre a etapa do ciclo vital denominada de 
“envelhecimento”, identifica‑se no relato mencionado:
I – A manifestação de integração do ego.
II – A manifestação de desesperança.
III – A força básica associada a essa fase final do desenvolvimento é a sabedoria.
É verdadeiro o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) I e III, apenas.
C) III, apenas.
D) II, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das afirmativas 
I – Afirmativa correta.
Justificativa: e muito comum no período do envelhecimento que a maioria das pessoas examine, reflita 
e faça um último “balanço” sobre a própria vida. Se diante dessa análise o indivíduo sentir‑se satisfeito 
com a vida que viveu, estiver em paz consigo mesmo, ou seja, apresentar um sentimento de realização e 
satisfação, achando que lidou de maneira adequada com os acertos e erros da vida, pode‑se dizer que ele 
tem a integridade do ego e conquistou a virtude da sabedoria, aceitando o seu lugar e o seu passado.
II – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: por outro lado, se o indivíduo se depara com um sentimento de frustração, 
aborrecido porque perdeu oportunidades e arrependido de erros que não pode corrigir, não há 
mais tempo para corrigi‑los, então há a desesperança. Os indivíduos ficam desgostosos consigo 
mesmos, ranzinzas, ficam amargos em relação ao que poderiam ter sido, criticam e são intolerantes 
com as novas gerações.
III – Afirmativa correta. 
Justificativa: a força básica, associada a essa fase final do desenvolvimento é a sabedoria, que, 
derivada da integridade do ego, é expressa na preocupação desprendida com o todo da vida. Ela é 
transmitida às próximas gerações em uma integração de experiências, que é mais bem descrita pela 
145
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
palavra “herança”. Segundo Erikson (1987), as pessoas idosas precisam fazer mais do que refletir sobre 
o passado. Elas precisam continuar ativas, participantes, vitais, buscando desafios e estímulos no seu 
ambiente. É importante que se envolvam com as tarefas concernentes a avós, voltem a estudar e 
desenvolvam novas habilidades e novos interesses. O apoio da família é fundamental nesse sentido 
para que a pessoa idosa se sinta útil, feliz e amada.
Questão 2. Leia o fragmento de texto e responda a questão:
As representações mais comuns entre morte e desenvolvimento humano surgem a partir da mais 
tenra idade, quando a criança vivencia as primeiras ausências da mãe, ainda que por breves momentos. 
No entanto, à medida que se processa o desenvolvimento afetivo e emocional, ela tenta compreender 
o que se passa ao redor. Já na adolescência, segundo Kovács (2002), período em que vida e morte 
alcançam sua plenitude, o jovem, movido pelo ímpeto de aventura, torna‑se extremamente vulnerável 
à morte. A passagem para a vida adulta, porém, demanda um assentamento de toda essa impulsividade. 
É nesse momento, pois, que a morte lhe aparece como uma possibilidade pessoal, provocando a busca 
ou a preocupação de um significado para a vida.
Em relação ao luto infantil, Kovács (2002) afirma que a criança sofre as influências do processo de 
luto dos adultos e também do nível de informação que ela recebe. 
Sendo assim, pode‑se afirmar:
I – Informações sonegadas e confusas, como dizer que a pessoa foi morar no céu ou que a fada veio 
buscar, atrapalham o processo de elaboração do luto pela criança.
II – Os pais devem esconder seus sentimentos para não entristecer a criança, essa é a melhor forma 
de a criança esquecer o acontecido e viver de maneira lúdica a fase em que se encontra.
III – Assim como o adulto a criança passa pelas mesmas fases do luto.
É verdadeiro o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I e III.
Resposta correta: alternativa E.
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Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta. 
Justificativa: segundo Kovács, respostas que escamoteiam o caráter de permanência da morte, 
como, por exemplo, dizer que a pessoa foi viajar, acaba por não permitir que a elaboração da perda 
ocorra, porque a criança vai esperar a volta do morto e isso poderá perturbar a sua compreensão sobre 
a finitude da vida, gerando expectativas e ansiedade.
II – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: os pais não devem esconder seus sentimentos dos filhos, achando que fazendo isso 
estarão poupando a criança de sofrimento e entristecimento. À medida que a criança se desenvolve, 
entra em contato com outras situações de morte (como a morte de um animal doméstico, de um 
inseto ou mesmo de uma pessoa) e avidamente tenta compreender o que se passa, criando hipóteses e 
bombardeando os adultos com perguntas. A melhor forma é permitir que a criança fale sobre a pessoa 
falecida, tenha respostas às suas perguntas e dúvidas, isso irá permitir a elaboração do luto e maior 
estruturação interna.
III – Afirmativa correta. 
Justificativa: a criança passa pelas mesmas fases do luto que o adulto: fase de torpor ou 
aturdimento; fase de saudade e busca da figura perdida; fase de desorganização e desespero; fase de 
alguma organização. Esse processo é possível desde que ela esteja de posse dos esclarecimentos de que 
necessita e que devem ser fornecidos levando‑se em conta o seu nível cognitivo e sua capacidade de 
compreensão. A continência e o apoio são extremamente importantes. 
147
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