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GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE - AULA 05

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AULA 5 
GESTÃO ESTRATÉGICA DA 
QUALIDADE
Prof. Guilherme Arruda Santos 
 
 
02 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, vamos continuar a estudar a aplicação da qualidade em 
projetos segundo o Guia PMBOK®. E como já foi destacado anteriormente, é 
importante analisar de maneira estratégica quais os principais fatores associados 
ao desenvolvimento de um projeto, contemplando entradas, técnicas e 
ferramentas, bem como saídas. 
Além disso, iremos trabalhar especificamente as saídas dos projetos, além 
de abordar a garantia da qualidade, a forma de controle da qualidade do projeto. 
No último tema, abordaremos de maneira ampla quais sãos os papéis da gestão 
estratégica da qualidade em relação ao consumidor final. 
É importante ter clareza de que um enfoque na gestão de projetos no 
âmbito da gestão estratégica da qualidade é importante, tendo em vista que 
atualmente a maioria das empresas utiliza essa importante metodologia na busca 
e no alcance dos seus resultados. 
CONTEXTUALIZANDO 
O mercado, desde a Revolução Industrial, está cada vez mais competitivo 
devido ao aumento da concorrência, seja por número de empresas ou pela 
globalização; porém, o período durante o qual as organizações permanecem 
ativas e no mercado está diminuindo. 
Assim, para que esse cenário de permanência se modifique, é 
imprescindível ter um diferencial, ou melhor, é indispensável que as empresas 
atendam de forma impecável aos desejos e às necessidades de consumo dos 
seus clientes, por meio de produtos adequados. 
A utilização do Guia PMBOK vai ao encontro desse anseio das 
organizações, que visam sempre a busca da melhoria contínua e da adoção 
padrões de excelência 
TEMA 1 – PLANEJANDO A QUALIDADE – SAÍDAS 
Como vimos na aula anterior, para um correto planejamento, é importante 
conhecer o escopo, as normas e as diretrizes às quais o projeto está sujeito. Na 
etapa de saída do projeto, obteremos um produto, resultado ou serviço gerado por 
meio dos processos. Sob esse aspecto, vamos elencar quais são os produtos 
 
 
03 
gerados durante a etapa do planejamento do projeto, mais especificamente no 
planejamento da qualidade conforme a Figura 1. 
Figura 1 – Esquema segundo o Guia PMBOK® 
 
Fonte: Guia PMBOK®, 2013. 
1.1 Plano de gerenciamento da qualidade 
O plano de gerenciamento da qualidade estabelece de forma geral o 
controle da qualidade, a garantia da qualidade, bem como todas as políticas do 
trabalho a ser realizado ou supervisionado pela equipe. Esse plano se baseia na 
premissa de que a qualidade de todas as atividades é somente alcançada por 
aqueles que têm a responsabilidade de executar o trabalho, sendo analisado 
pelos que têm a função de verificar a qualidade. É muito importante destacar que 
o plano de gerenciamento da qualidade é um plano auxiliar do conjunto para o 
gerenciamento do projeto. Este documento fornece as entradas necessárias para 
o plano geral do projeto, incluindo o controle da qualidade, a garantia da qualidade 
e também abordagens de melhoria contínua de processos para o projeto. 
O plano de gerenciamento da qualidade deve ser definido de acordo com 
os requisitos do projeto, podendo ser formal ou informal, altamente detalhado ou 
definido de formas gerais. A garantia de que as decisões sejam tomadas com 
informações precisas está diretamente ligada com a etapa de revisão do projeto, 
que ocorre durante o planejamento do mesmo, permitindo reduzir custos e atrasos 
no cronograma, geralmente causados pelo retrabalho. 
1.2 Plano de melhorias do processo 
Segundo o Guia PMBOK (2013), o plano de melhorias no processo é um 
plano auxiliar ou componente do plano de gerenciamento do projeto. A partir 
desse entendimento, as áreas a considerar incluem: 
 
 
04 
 Limites do processo  descrevem a finalidade do processo, seu início e 
fim, suas entradas e saídas, o responsável pelo processo e as partes 
interessadas. 
 Configuração do processo  fornece uma representação gráfica dos 
processos, com interfaces identificadas; é usada para facilitar a análise. 
 Métricas do processo  com os limites de controle, permite a análise da 
eficiência do processo. 
 Metas para melhoria do desempenho  orientam as atividades de 
melhorias no processo. 
Diante disso, o plano de melhorias no processo detalha as etapas de 
análise dos processos de gerenciamento de projetos e desenvolvimento de 
produtos para identificar as atividades que aumentam o seu valor. 
1.3 Métricas da qualidade 
Podemos definir métrica como um atributo mensurável de uma entidade. 
Caso esta entidade seja um projeto, uma métrica, por exemplo, poderia ser seu 
tamanho. O tamanho é um atributo do projeto, podendo ser medido. Se 
perguntarmos qual o tamanho determinado de um carro, seremos imediatamente 
compreendidos pela maioria das pessoas; outros, por sua vez, antes de 
responder, farão perguntas a respeito do detalhamento do tamanho do carro. Já 
a métrica da qualidade descreve os atributos do projeto ou do produto, explicando 
como o processo de controle irá realizar a medição do mesmo. As métricas da 
qualidade são usadas durante a etapa da garantia e controle da qualidade, 
permitindo medir o desempenho dentro do prazo, o controle do orçamento, a 
frequência dos defeitos e também a confiabilidade. 
1.4 Lista de verificação da qualidade 
Os chamados checklists são uma ferramenta estruturada, utilizada durante 
a verificação da execução de um conjunto de etapas; essa ferramenta é definida 
com base nos requisitos e nas práticas do projeto. 
Várias empresas já contam com listas padronizadas que garantem a 
consistência das tarefas realizadas com frequência. As listas de verificação são 
utilizadas durante o processo de controle da qualidade do produto ou serviço que 
está sendo executado. 
 
 
05 
1.5 Atualizações nos documentos do projeto 
Todos os documentos do projeto devem ser atualizados de acordo com as 
mudanças definidas durante a etapa de planejamento do projeto, e também 
durante a etapa de planejamento da qualidade. Um dos itens que devem ser 
atualizados é o registro das partes interessadas e a matriz de responsabilidades. 
Esses dois documentos são essenciais durante todo o projeto. 
TEMA 2 – GARANTINDO A QUALIDADE DO PROJETO 
Uma vez estabelecidas as diretrizes do plano de qualidade do projeto, é 
necessário garantir, monitorar e controlar sua execução. A garantia da qualidade 
refere-se a um programa de acompanhamento sistemático, permitindo a avaliação 
de um projeto ou produto, garantindo que o mesmo seja de alto padrão ou com os 
padrões estabelecidos anteriormente. O conceito de garantia da qualidade está 
associado também ao processo de auditoria dos requisitos da qualidade e dos 
resultados das medições de controle, visando a garantia da utilização dos padrões 
e definições operacionais apropriados. 
É importante ressaltar que a garantia da qualidade inclui o processo de 
melhoria contínua do processo, sendo um meio interativo de melhorar a qualidade 
de todos os processos. Como já abordado nas aulas anteriores, o processo de 
melhoria contínua visa reduzir o desperdício, bem como eliminar as atividades que 
não agregam valor, permitindo o aumento da eficiência e da eficácia. 
2.1 Auditoria da qualidade 
Uma das ferramentas utilizadas para garantir a melhoria dos sistemas de 
gestão da qualidade é a auditoria da qualidade. Esta por sua vez, tem como papel 
principal a ajuda no atingimento dos seus objetivos, contribuindo também para a 
execução das suas missões. É importante destacar que as auditorias da qualidade 
já foram detalhadas em aulas anteriores. 
A auditoria da qualidade pode ser conceituada como a avaliação de uma 
situação existente em comparação com um modelo determinado ou práticas 
geralmente aceitas, visando reduzir os desvios das determinações originais e, 
sempre que possível, eliminá-los. 
As normas ISO definem: 
 
 
06 
 Auditoria da qualidade uma forma de avaliação sistemática e 
independente que tem como objetivo determinar se os resultados e 
atividades da qualidade são compatíveis com grupos de ações planejadas 
e se estas são apropriadas para o alcance dos objetivos. 
 Auditoria da qualidade do processo  são uma análise e avaliação dos 
elementos do processo. Essa avaliação permite corrigir as condições 
aumentando a eficácia. 
 Auditoria da qualidade do produto  um julgamento baseado em valores 
objetivos da conformidade de um produto às características especificadas. 
Além disso, é importante observar que, para uma boa auditoria da 
qualidade, não basta que os auditores conheçam bem o Sistema de Gestão da 
Qualidade – SGQ. É necessário que conheçam bem a natureza do negócio. 
Portanto, um processo de auditoria deve ser planejado previamente, visando 
identificar os riscos-chave do negócio, aspectos regulamentadores e estatutários 
relacionados à conformidade, além de avaliar os processos definidos pela 
organização e conduzir uma análise crítica da documentação. 
Outro item importante que deve ser levado em conta é a aplicação 
sistemática de auditorias da qualidade colaborando com o ciclo de melhoria 
contínua da organização, conhecido como PDCA e já abordado por nós em aulas 
anteriores. 
2.2 Análise do processo 
A identificação da causa básica dos problemas encontrados nos processos 
deve ser realizada de acordo com uma sequência de procedimentos lógicos, 
seguindo etapas descritas no plano de melhorias no processo, visando a 
identificação das melhorias necessárias. 
Essa forma de análise permite identificar os problemas ocorridos, assim 
como as restrições encontradas. O Diagrama de Causa Efeito é uma ferramenta 
utilizada para identificar a causa-raiz de problemas de qualidade, e é também 
conhecido como Diagrama de Ishikawa (ou também como Diagrama de Espinha 
de Peixe), como mostra a Figura 2, que registra os possíveis problemas 
relacionados a uma empresa de ônibus. 
 
 
 
07 
Figura 2 – Exemplo: espinha de peixe – possíveis problemas em uma linha de ônibus 
 
O objetivo desta técnica é mapear os fatores que afetam um problema 
gerando um efeito negativo ou resultado desejado. O primeiro passo para a 
construção desse diagrama é mapear os problemas (efeitos) a analisar e 
perguntar quais são seus itens causadores. Para facilitar esse processo de 
identificação devemos utilizar ferramentas já abordadas na etapa do 
planejamento, como brainstorming ou dinâmica de grupo. As principais causas 
desses problemas são colocadas como uma espécie de espinha, como é possível 
observar no exemplo citado acima. Para facilitar o processo de identificação das 
causas, podemos utilizar os 6Ms, ou seja: materiais; métodos; máquinas; mão de 
obra; meios de medição e meio ambiente. 
2.3 Atualizações em ativos de processos organizacionais 
Após planejarmos, devemos também garantir a qualidade, assim como 
manter os padrões de qualidade atualizados. O programa de melhoria da 
qualidade deve adotar ações que aumentem a eficiência e/ou a eficácia das 
políticas dos processos e dos procedimentos da organização executora. 
Na etapa da qualidade, os elementos do plano de gerenciamento da 
qualidade devem ser atualizados, incluindo o plano de gerenciamento da 
qualidade bem como os documentos como relatórios de auditorias de qualidade, 
planos de treinamento e documentação dos processos. 
TEMA 3 – CONTROLANDO A QUALIDADE DO PROJETO 
Conforme citado anteriormente, o processo de controle da qualidade 
envolve o monitoramento contínuo dos resultados do projeto, buscando identificar 
e eliminar as causas dos resultados insatisfatórios, avaliando o desempenho e 
recomendando as mudanças necessárias. É importante ressaltar que o controle 
 
 
08 
da qualidade deve ser realizado durante todo o projeto. O controle da qualidade, 
em geral, é realizado por um departamento da qualidade, que tem como escopo 
identificar as causas da baixa qualidade do processo/produto, recomendando e 
executando as ações necessárias para a eliminação dos problemas encontrados. 
O monitoramento e o controle dos resultados do projeto podem ser feitos 
utilizando-se uma abordagem mais reativa, com foco na inspeção – ou, como 
também são chamadas, revisões do produto. Esse tipo de intervenção permite 
segregar o que não está conforme, mas não previne sua ocorrência. Já a 
abordagem de controle estatístico de processo (CEP) permite intervir no projeto e 
em suas várias saídas em tempo real. A principal ferramenta para o CEP é o 
gráfico de controle. 
3.1 Gráficos de controle 
Os gráficos de controle, já abordados anteriormente, visam monitorar os 
resultados de um processo ao longo do tempo, observando o que está sob 
controle ou fora de controle. Se o processo estiver sob controle, a variabilidade 
nos resultados deve-se apenas às causas comuns, estando dentro dos limites 
aceitáveis de variação típicos daquele processo. Caso o processo esteja fora dos 
limites, sua variabilidade é atípica e oriunda de causas especiais. 
As ferramentas apresentadas nesta aula para identificar as causas-raiz 
devem ser utilizadas para eliminar causas especiais de variação, tomando 
medidas corretivas para anular as causas e evitar que elas não voltem a ocorrer. 
Contudo, é importante observar que um processo sob controle pode ser 
melhorado, mas é preciso que haja uma intervenção em seus métodos e recursos, 
ou seja, uma reengenharia (breakthrough). Para tal, devemos seguir a trilogia da 
qualidade de Juran (já apresentada anteriormente) que trata de planejamento, 
controle e melhoria. 
3.2 Histograma 
Outra ferramenta importante é chamada de histograma, sendo uma das 
ferramentas básicas de qualidade. Ela é usada para resumir graficamente a 
distribuição e a variação de um conjunto de dados do processo. A distribuição de 
frequência apresenta quantas vezes cada valor diferente de um conjunto de dados 
ocorre. Essa ferramenta é composta por um gráfico de barras verticais, no qual 
cada coluna representa um atributo ou uma característica de um problema ou 
 
 
09 
situação. A altura de cada coluna representa a frequência relativa da 
característica. É possível apresentar as mesmas informações em uma tabela, no 
entanto, o formato de apresentação gráfica geralmente torna mais fácil a 
visualização da relação entre os problemas e as características. 
3.3 Inspeção 
A inspeção é o exame de um produto de trabalho para determinar a 
conformidade em relação aos padrões documentados. Este tipo de técnica tem 
como resultados medições que podem ser obtidas em qualquer nível, sendo 
chamadas também de revisões, revisões por pares, auditorias ou homologações. 
As inspeções de qualidade também são usadas para validar os reparos dos 
defeitos. 
Esse tipo de verificação é realizado após o produto ter sido totalmente 
processado, quando é classificado em duas categorias: aceito e rejeitado. Ela tem 
o objetivo de verificar a qualidade das partidas apresentadas de acordo com as 
especificações de fornecimento ou de recebimento, utilizando critérios de 
amostras já abordados anteriormente. 
TEMA 4 – O GERENTE E A EQUIPE DO PROJETO 
Antes de iniciarmos a abordagem sobre o papel do gerente e da equipe do 
projeto, é importante ressaltar em qual etapa este tópico se encontra e como ele 
interfere no processo produtivo de um projeto. Abaixo, como apresentado em 
aulas anteriores, podemos observar o Diagrama de Venn, referente à qualidade 
do projeto. Na área em laranja, abordamos os conceitos relacionados ao papel do 
Gerente do Projeto e sua equipe. 
Figura 3 – Diagrama de Venn 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
010 
A experiência prática e o conhecimento administrativo tornam o gerente de 
projetos um dos motivos principais para o sucesso dos projetos. É por esse motivo 
que o gerente de projetos é a pessoa central nesse desenvolvimento. Ele deverá 
identificar as funções eos trabalhos a serem executados durante a realização do 
projeto. É por esse motivo também que o gerente de projeto deve desempenhar 
papéis importantes dentro de uma organização, ocupando cargos de chefia, ou 
até mesmo de diretor geral da instituição. 
A principal precaução que o gerente de projetos deve tomar é providenciar 
para que a adequada atenção seja dada a todos os elementos constituintes do 
sistema do projeto. Muitos elementos do projeto podem ter pouco relacionamento 
direto com o sistema que está sendo trabalhado, porém, podem ser críticos para 
o seu sucesso. A maioria dos projetos envolve um número diferente de unidades 
organizacionais, sendo elas vinculadas a serviços ou suporte de capacitação, 
assim como também um grande número de pessoas que podem estar 
interessadas em vários aspectos do projeto. 
Além disso, o gerente de projetos deve se precaver: todos os elementos 
constituintes do sistema de projeto devem estar relacionados diretamente com o 
sistema trabalhado, sendo crítico em cada etapa do projeto. A responsabilidade 
do gerente representa suas obrigações em relação aos resultados, atividades ou 
padrão de conduta. Dessa forma, é possível afirmarmos que a sua 
responsabilidade é a de assegurar a realização do projeto dentro dos padrões de 
qualidade e desempenho. 
Como o gerente de projetos na maioria das vezes faz parte da alta direção 
da organização, ele deve estar engajado no processo de planejamento, garantia 
e controle da qualidade, criando uma cultura relacionada ao aumento de 
desempenho, eficácia e eficiência. 
Essa responsabilidade está diretamente associada às tarefas e atividades, 
e não necessariamente à missão fundamental do cargo de gerente de projetos, 
que em essência é assegurar que o projeto sob sua responsabilidade seja bem-
sucedido. O papel importante do gerente de projetos é o de assegurar que as 
ferramentas de qualidade definidas ao longo do processo de planejamento estão 
sendo aplicadas, bem como acompanhar o processo de garantia da qualidade, 
participando das auditorias, analisando relatórios e também promovendo o 
controle da qualidade em todas as etapas do projeto. 
 
 
 
011 
4.1 Equipe do projeto 
Além do gerente, todo projeto contempla uma equipe que planeja, executa 
e controla os processos relacionados ao projeto. Obviamente, em muitos projetos, 
dadas as necessidades apresentadas de recursos humanos, a disponibilidade 
nem sempre existe. Nesses casos, deve ser desencadeado um processo de 
seleção de recursos o mais cedo possível. 
Para realizarmos uma seleção adequada, devemos analisar dois fatores: 
natureza do cargo e competências profissionais. No caso da qualidade, os 
profissionais devem apresentar conhecimentos específicos, bem como entender 
a utilização de ferramentas e técnicas relacionadas à gestão da qualidade. 
É importante ressaltar que, embora as equipes se motivem a buscar 
resultados, elas não têm visibilidade dos objetivos e, portanto, a busca dos 
resultados torna-se ineficaz, gerando o descompasso entre as equipes, 
diminuindo a motivação e comprometendo a eficácia dos projetos. 
TEMA 5 – ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A QUALIDADE 
Já discutirmos em aulas anteriores as questões relacionadas à gestão 
estratégica da qualidade, porém, é importante ter claro que o conceito de 
qualidade está diretamente ligado à satisfação do cliente, ao controle de 
processos, à uniformização, à melhoria contínua, à obtenção de melhorias e aos 
benefícios no que se refere ao tempo e aos insumos. Nesse contexto, a Gestão 
da Qualidade é utilizada para desenvolver a melhoria do comportamento 
organizacional e, por consequência, desenvolver a vantagem competitiva nas 
empresas. 
Evidencia-se que, ao utilizar as ferramentas da qualidade, a empresa 
proporciona qualidade aos clientes, visto que os produtos atenderão às 
necessidades dos que deles se utilizarem. Todavia, é importante destacar que 
qualidade é sinônimo de falta de defeitos e adequação do uso. 
A gestão da qualidade tem como finalidade a uniformização dos processos, 
que deve acontecer por meio de planejamento, controle e aprimoramento, 
garantias da qualidade de produtos e serviços. Logo, verifica-se que as empresas 
precisam seguir um procedimento que vise a qualidade em todo o sistema de 
gestão, notando que todas as ações influenciam as tomadas de decisão e os 
 
 
012 
sistemas. Esse procedimento tem como consequência a obtenção e manutenção 
da qualidade de seus processos, produtos e serviços. 
É preciso ressaltar, ainda, que qualidade tem muitos significados, como já 
mencionado nas primeiras aulas. Esses significados se alteram conforme o 
contexto e, no caso das empresas, qualidade é sinônimo de conformidade aos 
requisitos dos clientes, atendimento das necessidades dos stakeholders e 
prevenção e gerenciamento de não conformidades, além da correção de possíveis 
problemas. 
Os processos de melhoria contínua da qualidade podem ser baseados no 
ciclo PDCA. Já os Sistemas de Gestão da Qualidade oportunizam benefícios às 
empresas. Entretanto, é importante destacar que existem muitas dificuldades na 
implementação da qualidade. 
Entre os benefícios da gestão da qualidade destacamos: 
 Melhoria nos processos, produtos e serviços. 
 Aumento da satisfação dos clientes. 
 Melhoria da imagem da empresa, abertura de novos mercados. 
 Maior vantagem competitiva diante da concorrência. 
Entre as dificuldades na gestão da qualidade elencamos: 
 Resistência à mudança. 
 Dificuldade no entendimento e aceitação de determinados preceitos da 
qualidade. 
 Falta de comprometimento da média gerência e baixo envolvimento da alta 
direção. 
 Aporte pequeno de capital para as atividades associadas à qualidade. 
As ferramentas da qualidade são empregadas com a finalidade de 
desenvolver, implementar, monitorar e melhorar a qualidade nas empresas. 
Nesse sentido, é lógico destacar que os programas e as ferramentas da qualidade 
são artefatos necessários para que os Sistemas de Gestão da Qualidade sejam 
eficientes e eficazes. 
Quando a empresa verifica a satisfação do cliente com a finalidade de 
melhorar a sua qualidade, no que se refere aos seus serviços e produtos, verifica-
se a utilização dos programas e das ferramentas da qualidade. Destacamos que, 
com esse exercício, a organização está promovendo a confiabilidade, o que, por 
 
 
013 
consequência, resulta em vantagens para a empresa em relação a instituições 
concorrentes. 
Antes de qualquer coisa, você precisa saber que o conceito de qualidade 
não é estático, porque ele se modifica de pessoa para pessoa, época para época. 
O que é importante para uma pessoa não é necessariamente importante para 
outra. Por exemplo, para um jovem, um celular tem de ter, na maioria das vezes, 
jogos instalados, mas, para um empresário, deve ter aplicativos para relatórios. 
Nesse sentido, a empresa deve atender às expectativas e encontrar as 
características mais aceitas pelo mercado em questão. 
Confira as cinco abordagens da qualidade que induzem um cliente ao 
consumo: 
 Transcendental; 
 Baseada no produto; 
 Baseada no usuário; 
 Baseada na produção; 
 Baseada no valor. 
Partindo do pressuposto anterior, verificamos que, para se manter no 
mercado competitivo, as empresas precisam de processos que visem a qualidade, 
não é mesmo? O primeiro passo é estabelecer os requisitos do produto, com base 
na procura dos indivíduos no mercado, devendo a empresa tratar a qualidade de 
forma estratégica. Assim, podemos concluir que a organização fará uma gestão 
em que todos os indivíduos pertencentes a ela estarão envolvidos com a finalidade 
de atingir a sobrevivência no mercado por meio de procedimentos e atividades 
que estejam pautados na qualidade. 
As atividades de planejamento, controle, garantia e melhoria podem ser 
visualizadas como subsistemas do Sistema de Gestão da Qualidade,unificando-
se com um único objetivo: a qualidade. Logo, esses subconjuntos visam assegurar 
que os processos atendam às necessidades e às expectativas dos indivíduos que 
utilizaram o produto. 
Agora, que tal verificarmos cada uma das atividades citadas? 
 Planejamento: é a base da Gestão da Qualidade, ou seja, é por meio dele 
que a organização alinha suas atividades e, principalmente, define seus 
objetivos. Logo, com a ajuda do planejamento é que se definem as metas 
a serem alcançadas, bem como modo de operação e recursos a utilizar. 
 
 
014 
 Controle: está intrinsecamente ligado ao cumprimento das metas 
estabelecidas no planejamento da qualidade, sendo imprescindível para 
adquirir e manter qualidade em um produto, processo ou serviço. Portanto, 
para controlar, é necessário verificar o produto, serviço ou processo na 
prática para depois compará-lo com o planejado; se houver divergência, 
deve-se eliminar as causas do problema. 
 Garantia: consiste no gerenciamento da qualidade perante o consumidor, 
ou seja, é nesse momento que a empresa deve fazer a auditoria do seu 
processo produtivo e as revisões. 
 Melhoria: tem como objetivo o aprimoramento das atividades e dos 
processos, buscando a satisfação constante do consumidor, visto que essa 
satisfação é atemporal e, por consequência, modifica-se de tempos em 
tempos. 
Esse conjunto de processos dá à qualidade uma visão estratégica na 
empresa. 
FINALIZANDO 
Chegamos ao fim da nossa quinta aula, e nela vimos novamente o conceito 
e a aplicação em projetos da Gestão Estratégica da Qualidade. Você ainda se 
lembra de como realmente ocorre a aplicação da qualidade em projetos? 
Especificamente, vimos as saídas de um projeto, o gerenciamento da 
qualidade do projeto e o controle da qualidade do projeto. Elencamos quais são 
os produtos gerados durante a etapa do planejamento do projeto, mais 
especificamente nas saídas do planejamento da qualidade. Destacamos o plano 
de gerenciamento da qualidade que estabelece, de forma geral, o controle da 
qualidade, a garantia da qualidade, bem como todas as políticas do trabalho a ser 
realizado ou supervisionado pela equipe. O plano de melhorias no processo 
detalha as etapas de análise dos processos de gerenciamento de projetos e 
desenvolvimento de produtos para identificar as atividades que aumentam o seu 
valor. 
Vimos também as métricas da qualidade, que são consideradas como um 
atributo mensurável de uma entidade, além de abordarmos os chamados 
checklists ou, como são conhecidos, as listas de verificação da qualidade, 
utilizadas durante a verificação da execução de um conjunto de etapas. 
 
 
015 
Além disso, abordamos a garantia da qualidade, que se refere a um 
programa de acompanhamento sistemático, permitindo a avaliação de um projeto 
ou produto, garantindo que o mesmo seja de alto padrão ou com os padrões 
estabelecidos anteriormente. 
Por fim, para o período que ocorre durante o gerenciamento da qualidade 
de um projeto, abordamos o controle da qualidade do projeto, que envolve o 
monitoramento contínuo dos resultados do projeto, buscando identificar e eliminar 
as causas dos resultados insatisfatórios, avaliando o desempenho e 
recomendando as mudanças necessárias. 
O último tema pode parecer não estar vinculado aos temas anteriores em 
alguns aspectos, mas é importante frisar que, além de definirmos as etapas da 
qualidade de um projeto, devemos sempre ter claro o conceito de qualidade, de 
sistema de gestão da qualidade e acima de tudo entendermos o mercado no qual 
estamos inseridos. 
 
 
 
 
016 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, M. M.; RABECHINI JR, R. Fundamentos em gestão de projetos: 
construindo competências para gerenciar projetos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
MENEZES, L. C. M. Gestão de projetos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
_____. NBR ISO 10006. Gerenciamento da qualidade – diretriz para a qualidade 
em gerenciamento de projetos, 2006. 
PALADINNI, E. P. Gestão estratégica da qualidade: princípios, métodos e 
processos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
_____. Gestão da qualidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A guide to the project 
management body of knowledge – PMBOK®. 5. ed. Project Management 
Institute, 2013.

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