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Disciplina 02 - Psicologia da educação

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Psicologia da Educação | 
Palavra do Diretor 
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PÓS-GRADUAÇÃO EM 
GESTÃO EDUCACIONAL 
 
Disciplina 
Psicologia da Educação 
 
Professora: Bárbara Brunini 
Psicologia da Educação | 
Palavra do Diretor 
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Palavra do Diretor 
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1 Palavra do Diretor 
Prezado Acadêmico da Faculdade Focus! 
Aprender requer organização e disciplina. O 
estudo a distância pode ser ainda mais 
proveitoso que o presencial, desde que você 
se dedique, crie o hábito de estudo e 
mantenha uma rotina diária, com horário 
específico, em local silencioso e que garanta 
boa concentração. 
 
A liberdade de poder estudar onde e como 
quiser é, de fato, um diferencial para sair na 
frente e alcançar as suas metas. Não 
procrastine o seu sucesso, pois somente 
uma boa educação é a garantia de uma 
carreira bem-sucedida. As portas do 
mercado de trabalho estão cada vez mais 
seletivas, por isso, ter a oportunidade de se aperfeiçoar sem sair de casa é uma chance 
importante para poder alçar novos voos e vislumbrar novas posições na carreira. 
 
O modelo de ensino a distância é um recurso tecnológico que não elimina a interação. 
Muito pelo contrário. O curso possibilita a todo momento canais de comunicação com 
seus tutores estão à disposição para sanar qualquer dúvida. A sala de aula só passou 
do físico para o campo virtual. 
 
No entanto, é bom estar atento que nessa modalidade você é o protagonista, visto 
que é o aluno o principal responsável para ser seu guia na rotina de estudos. É você 
que vai definir quando e como vai estudar, por isso, assuma as rédeas e aja focado no 
seu objetivo. 
Desejo a você uma excelente jornada de aprendizagem! 
 
Ruy Wagner Astrath 
Diretor Geral da Faculdade Focus 
Psicologia da Educação | 
Coordenador do Curso 
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2 Coordenador do Curso 
Olá, acadêmicos da Faculdade Focus! 
Os cursos de pós-graduação da Faculdade Focus são resultado da união entre a 
solidez acadêmica de uma das melhores Faculdades privadas do Brasil e a experiência 
de profissionais do mercado que são referência nas suas áreas de atuação. 
 
Os cursos de especialização foram 
desenvolvidos a partir das principais 
tendências e temáticas da atualidade e do 
futuro, sendo que nosso modelo oferece 
alto padrão de ensino, corpo docente de 
grande relevância, plataforma intuitiva e 
materiais de apoio atrativos e diferenciados, 
aliados a um excelente custo-benefício. 
 
E mais, com a modalidade online inovadora, 
é uma excelente opção de desenvolvimento 
profissional e acadêmico, o que permite que 
aquele que não tenha tempo disponível 
possa estudar no horário e local de sua 
escolha, de forma 100% online. 
 
É uma ótima oportunidade de ensino online, em que os alunos terão aulas com 
profissionais que são referência nacional e professores renomados do meio 
acadêmico, somadas a uma experiência digital diferenciada e interação entre os 
alunos de todo o Brasil. 
 
 
Prof. Helton Kramer Lustoza 
Coordenador do Curso 
Psicologia da Educação | 
Coordenador do Curso 
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Sumário 
1 Palavra do Diretor ----------------------------------------------------------------------------------------- 3 
2 Coordenador do Curso------------------------------------------------------------------------------------ 4 
Sumário ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5 
Apresentação ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 6 
3 Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários ------------------------------------------ 7 
3.1 Sugestão de Referências Bibliográficas -------------------------------------------------------------------------- 10 
3.2 Sugestão De Sites Para Leituras Complementares ------------------------------------------------------------ 10 
4 Parte II: A educação e o desenvolvimento humano --------------------------------------------- 12 
4.1 Indicação de Referências Bibliográficas -------------------------------------------------------------------------- 16 
4.2 Indicação de Vídeos --------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 
5 Parte III: Desenvolvimento da aprendizagem ---------------------------------------------------- 17 
5.1 Indicação de Referências Bibliográficas -------------------------------------------------------------------------- 23 
5.2 Indicação de Vídeos --------------------------------------------------------------------------------------------------- 23 
6 Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação ------------------------------ 24 
6.1 Hierarquia das necessidades básicas de Maslow ------------------------------------------------------------- 25 
6.2 Indicações de Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------ 28 
6.3 Indicação de Vídeos --------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 
7 Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 5.1Novas 
demandas, novas condutas ---------------------------------------------------------------------------------- 29 
7.1 Indicações de Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------ 33 
7.2 Indicação de Vídeos --------------------------------------------------------------------------------------------------- 33 
 
 
Psicologia da Educação | 
Coordenador do Curso 
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Apresentação 
Olá, cara (o) pós-graduanda (o)! 
Optar por especializar-se, buscar capacitação profissional, ampliar conhecimentos, 
dialogar sobre as demandas do mundo contemporâneo exige de nós, profissionais 
implicados, persistência e determinação em múltiplos sentidos. Independentemente 
da formaçãoacadêmica, é certo o quanto o mercado de trabalho exige, cada vez mais, 
o domínio de certas habilidades e competências do profissional. 
 
Este módulo apresenta como objetivo apresentar a Psicologia da Educação como uma 
área de saber colaboradora dos processos de ensino e aprendizagem, bem como 
ferramenta para pensar, intervir e contribuir com as demandas das instituições 
escolares. 
 
Foi elencado como material referencial para os estudos deste material, dos slides 
apresentados e das atividades propostas, certo acervo bibliográfico composto por 
obras de teóricos primários, como também, aquelas que trazem em suas discussões, 
as demandas da sociedade atual, apresentando em seu escopo, perspectivas 
epistêmicas e metodológicas que servirão enquanto suporte para as reflexões do 
contudo proposto pelo módulo. 
 
No final do módulo, serão apresentadas algumas questões avaliativas do módulo 
conforme o indicado pelo programa da pós-graduação. 
 
Espero que o encontro seja repleto de diálogos, trocas de informações e 
conhecimentos. 
 
Sejam bem-vindas (os). 
Professora Bárbara Brunini 
 
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Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários 
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3 Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários 
• Introdução ao Estudo da Psicologia 
• Interfaces da Psicologia com a Educação 
• Teóricos da Psicologia da Educação 
A Psicologia é derivada de palavras gregas que significam "estudo da mente ou da 
alma", porém sabemos que, para qualquer estudo receber o status de ciência, 
necessita de um objeto concreto, passível de observação e comprovação científica, 
tanto a mente como a alma não são concretas. Sim, este é um conceito um tanto 
positivista, que agrega jogos de verdade e alimenta posturas questionadas sobre uma 
psicologia múltipla que constatamos nos tempos atuais, engajada com a diversidade 
de sujeitos, sociedades e modos de ser no mundo. Assim sendo, acreditamos que a 
Psicologia é comumente definida como a ciência que estuda o comportamento 
humano, suas manifestações e suas contínuas transformações na/com a sociedade. 
 
Conforme Bock (1999): 
“A ciência proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e técnicas bem raciocinadas 
para verificar seus princípios. Em consequência, os psicólogos geralmente confiam no método 
científico para as informações sobre o comportamento e os processos mentais. Perseguem 
objetivos científicos, tais como a descrição e a explicação. Usam procedimentos científicos, 
inclusive observação e experimentação sistemática, para reunir dados que podem ser 
observados publicamente. Tentam obedecer aos princípios científicos. Esforçam-se, por 
exemplo, por escudar seu trabalho contra suas distorções pessoais e conservar-se de espírito 
aberto”. 
 
A estudiosa Ana Mercês Bock (1999) defende o termo “Psicologias”, concordando com 
estes tantos interesses da ciência Psicologia, entre eles o desenvolvimento, as bases 
fisiológicas do comportamento, a educação e a aprendizagem, a percepção, a 
consciência, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a emoção, a 
inteligência, a personalidade, o ajustamento, o comportamento anormal, o tratamento 
do comportamento anormal, as influências sociais, a sociedade e os comportamentos 
sociais, etc. 
 
A aplicabilidade destes saberes é localizada na indústria, nos estabelecimentos 
Psicologia da Educação | 
Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários 
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escolares, na saúde em órgãos públicos e privados, nos esportes, na justiça aplicados 
em diferentes varas como: família, infância e juventude, penal, cível, também em 
hospitais, na polícia, em políticas públicas de assistência social, de educação e saúde, 
clínicas particulares, atuantes em pesquisas, no trânsito, em assuntos de consumo e 
em muitas outras áreas. 
 
É importante lembrar, o quão necessária é a presença do profissional da Psicologia 
inserido em equipes profissionais, formando o que mais nos interessa, e aquilo em 
que acreditamos para o resultado satisfatório de várias das atividades acima sugeridas, 
as redes de trabalho: “(...) conceito que nos permite compartilhar objetivos e 
procedimentos, obtendo as interações necessárias com outras instâncias institucionais 
e construindo, assim, vínculos horizontais de interdependência e 
complementaridade”.1 
 
O trabalho da Psicologia com as equipes de educação por exemplo, nos permite 
compartilhar responsabilidades e reivindicações por meio de objetivos e 
compromissos comuns, respeitando o bem-estar da criança e do adolescente e 
adotando os pressupostos de direitos à esta população, norteados pela Constituição 
e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, aumentando a capilaridade das ações, a 
troca de experiências entre os diferentes atores institucionais, potencializando 
conhecimentos e acolhendo a demanda dos estabelecimentos de ensino em suas 
singularidades geográficas, econômicas e culturais. 
 
O módulo presente pretende dialogar um pouco mais sobre esta interface da 
Psicologia com a Educação, apresentando a subárea do conhecimento dentro da 
psicologia que tem como função a produção de saberes relativos aos fenômenos 
psicológicos constituintes do processo de ensino/aprendizagem chamada 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO OU PSICOLOGIA EDUCACIONAL. 
 
Salienta-se que ao citar processos de ensino/aprendizagem devemos nos ater que os 
mesmos podem ocorrer em qualquer etapa do desenvolvimento humano, sendo 
 
1 Referência MEC: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/guiaescolar/guiaescolar_p085_086.pdf 
Psicologia da Educação | 
Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários 
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assim, todo sujeito, em toda idade pode aprender. Os instrumentos, mecanismos, 
táticas, estratégias educacionais, relações humanas, todos são processos que 
interessam à psicologia da educação, independentemente de onde acontecem, na 
educação infantil, no ensino médio, ensino superior, de jovens e adultos, na educação 
especial, contraturno, nas instituições penais, de longa permanência, nas escolas do 
campo, ribeirinhas, quilombolas, entre tantas na dimensão do território brasileiro. 
 
Os estabelecimentos educacionais são organizações onde os sujeitos, a família e a 
sociedades afunilam seus vínculos, são vetores na construção e manutenção da vida 
e local onde os aprendizados acontecem, não apenas os didáticos pedagógicos, mas 
aqueles referentes à cidadania, aos direitos humanos, aos contatos e descobertas das 
estruturas socioculturais-históricas de cada área geográfica, de cada realidade e cada 
compreensão de mundo. 
 
Entre os objetivos da Psicologia da Educação está acolher, ouvir e compreender os 
comportamentos de todos os atores e agentes do ambiente educacional, para então 
intervir neste espaço em resposta as suas demandas, as quais podem ser manifestas 
por meio das necessidades do próprio corpo docente, da equipe técnica, 
administrativa, dos alunos, pais ou mesmo da sociedade. E mais: 
• Compreender os estágios da aprendizagem 
• Refletir sobre as didáticas de ensino 
• Entender as diferenças entre as formas e tempos de aprender dos sujeitos 
• Negociar soluções para os conflitos em ambiente escolar 
• Fornecer orientação e aconselhamento 
• Contribuir com a elaboração de processos de avaliação 
• Incentivar a criatividade e autonomia nas relações educativas 
 
Estar no “entre” é a grande intensão da Psicologia da Educação, não objetivando 
invadir outras competências ou ciências, e sim com o intuito de “estar com”, somando 
saberes em prol do direito ao acesso à educação previsto na Constituição Federativa 
do Brasil (1988) em seu Artigo 205: 
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
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Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários 
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seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
 
Comprometida com o valor transformador de vidas e mundos que a educação possui, 
a Psicologia da Educação norteia seus estudos com alicerces fundamentados em 
teóricos que versam sobre a necessidade do processo educativo como ferramenta 
para o despertar da consciência humana e suas múltiplas competências. São vários os 
estudiosos que referenciam as intervenções psi na área educacional, entre eles, 
podemos citar, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Emília Ferreiro, Maria Montessori, Howard 
Gardner e Paulo Freire, eleito o patrono da educação no Brasil. Vale a pena estudar 
sobre cada um e comprovar a importância que tiveram para despertar a vontade de 
saber! 
“[...] na medida em que nos tornamos capazes de transformar o mundo, de dar nome às coisas, 
de perceber, de inteligir, de decidir, de escolher, de valorar, de, finalmente, eticizar o mundo, 
o nosso mover-nos nele e na história vem envolvendo necessariamente sonhos por cuja 
realização nos batemos. Daí então, que a nossa presença no mundo, implicando escolha e 
decisão, não seja uma presença neutra (FREIRE, 2000, p. 17). 
 
3.1 Sugestão de Referências Bibliográficas 
ARIES, P. História social da criança e da família. BEE, H. A criança em 
desenvolvimento. 
BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 
_______________ Psicologia e direitos humanos: práticas psicológicas: compromisso e 
comprometimentos. 
DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos 
humanos no Brasil. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: Cartas Pedagógicas e Outros Escritos. 
PAPALIA, D. E & OLDS, S. W. Desenvolvimento humano. 
 
3.2 Sugestão De Sites Para Leituras Complementares 
1. Inteligências múltiplas de Gardner 
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https://novaescola.org.br/conteudo/1462/howard-gardner-o-cientista-das-
inteligencias- multiplas 
 
2. Jean Piaget 
https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a- 
aprendizagem-no-microscopio 
 
3. Emília Ferreiro 
https://novaescola.org.br/conteudo/338/emilia-ferreiro-estudiosa-que-
revolucionou- alfabetizacao 
 
3.Lev Vygotsky 
https://novaescola.org.br/conteudo/7235/lev-vygotsky 
 
4.Maria Montessori 
https://novaescola.org.br/conteudo/459/medica-valorizou-aluno 
 
5.Paulo Freire 
https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/7235/lev-vygotsky
https://novaescola.org.br/conteudo/459/medica-valorizou-aluno
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Psicologia da Educação | 
Parte II: A educação e o desenvolvimento humano 
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4 Parte II: A educação e o desenvolvimento humano 
• O afeto nas relações humanas 
• Os agenciamentos do desenvolvimento humano 
• Educação e sociedade 
A afetividade é um composto fundamental das relações interpessoais que norteiam a 
vida na escola, e possui intima relação com a construção do conhecimento e 
desenvolvimento da inteligência emocional e da aprendizagem. 
 
O afeto se refere a qualquer espécie de sentimento ou emoção associada a ideias ou 
a complexos de ideias podendo ser entendidos como afetos positivos e negativos, 
depende da qualidade dos estímulos do ambiente para que satisfaçam as 
necessidades básicas do sujeito, de afeto, apego, desapego, segurança entre outros. 
 
A afetividade está presente em todo o desenvolvimento do sujeito em seus diferentes 
estágios, desde o momento do nascimento até sua finitude física — sendo que, entre 
esse período, estão a infância, a adolescência, a vida adulta e a velhice. Além disso, 
para cada uma dessas fases, existem padrões de comportamento característicos 
esperados, todavia, reforçamos, são padrões, já que sabemos da diversidade 
encontrada nestes devido a múltiplos fatores que interferem no desenvolvimento 
humano, tanto fatores internos como fatores externos. 
 
É fato que o ato de aprender não é um processo fácil e que um ambiente marcado 
pela afetividade, cercado de vivências prazerosas, de relações positivas, se torna mais 
propício para o aprendizado acontecer com sucesso. Porém, não ignoramos as 
mazelas vivenciadas pela educação brasileira, as distintas condições socioeconômicas 
que regem o país e a discrepância em relação a distribuição de renda o que torna 
grupos de sujeitos mais suscetíveis ao fracasso e abandono escolar, sendo este outro 
conjunto de fatores que prejudicam o desenvolvimento destes sujeitos. 
 
De acordo Paulo Freire, a opressão é um dos fatores que interferem negativamente 
no aprendizado, impondo obrigações ao aluno e coibindo o prazer e a motivação de 
aprender. Saber identificar tudo isso, com base nos princípios da Psicologia da 
Psicologia da Educação | 
Parte II: A educação e o desenvolvimento humano 
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Educação, é fundamental, já que dessa forma, o educador pode entender quais são os 
métodos mais adequados para auxiliar o desenvolvimento do aprendizado. 
 
A escola não é somente um espaço para desenvolver as funções intelectuais, o aspecto 
afetivo e social deve ser exercitado de modo significativo nesse ambiente. A Psicologia 
da Educação tem forte influência no desenvolvimento de habilidades que vão além 
do domínio linguístico, logico matemático ou de competências pedagógicas dos 
sujeitos. Professores orientados pelos preceitos da Psicologia Educacional também 
incentivam seus alunos a explorarem capacidades como: 
• autoconhecimento; 
• autoconfiança; 
• respeito à diversidade; 
• espírito de equipe; 
• compartilhamento; 
• autonomia; 
• cidadania; 
• política. 
 
A Psicologia da Educação também fornece respaldo ao educador para atrair a atenção 
do educando por meio de estratégias educativas criativas, é possível inspirar os alunos 
à vontade de aprender e, por que não, o interesse em ensinar, lembrando a intersecção 
do “processo de ensinar/aprender” existente nas relações escolares. 
 
O aluno não precisa entender os estudos como um processo desgastante, a partir do 
momento que reconhece a participação ativa em sua aprendizagem, desenvolve 
habilidades e passa a perceber sua relação com o a escolar e suas finalidades com 
outro olhar. Segundo Jean Piaget é impossível desvincular a afetividade da cognição, 
isso justifica como é interessante aprender algo novo quando achamos a pessoa 
inspiradora, geramos nesses encontros pedagógicos uma relação de afeto e 
admiração que nos mantem mais atentos e envolvidos com o novo assunto, mesmo 
na vida adulta. 
 
Para Vygotsky, é importância promover as interações sociais, já que, a partir delas, a 
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Parte II: A educação e o desenvolvimento humano 
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construção do conhecimento ocorre, considerando a importância da socialização e da 
afetividade no processo de construção do conhecimento e na construção do próprio 
sujeito e em suas ações. 
 
Citando o patrono da educação brasileira, Paulo Freire discute em seu livro “Pedagogia 
da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa” a importância dos gestos, 
palavras e gestos de respeito e de qualificação do professor com seu aluno e escreve: 
“Este saber, o da importância [dos] gestos que se multiplicam diariamente nas tramas 
do espaço escolar, é algo sobre o que teríamos que refletir seriamente”. O teórico 
ressalta a importância da compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do 
desejo, da insegurança a ser superada pela segurança, na formação do educador e 
durante todo processo de desenvolvimento humano. 
 
No desenvolvimento humano não existem momentos de ruptura radical, como já foi 
dito, a evolução é gradual e contínua,entretanto, existem alguns momentos em que 
as mudanças são maiores. Mesmo sendo contínua, os estudiosos no assunto 
procuram dividir o processo global em 05 fases: 
• vida pré-natal (da concepção ao nascimento) 
• infância (do nascimento até aproximadamente 10/12 anos) 
• adolescência (10/12 anos até aproximadamente 18 anos – OMS) 
• idade adulta (acima dos 18 anos- Constituição Brasileira) 
• velhice (acima dos 65 anos) 
 
A divisão das fases vai depender de critérios que se estabelecem para se concluir que 
alguém é adulto, porém a idade não pode ser considerada o único critério, por este 
motivo utiliza-se os acontecimentos do desenvolvimento descritos em etapas. Existem 
alguns princípios gerais que regem o desenvolvimento físico do indivíduo, e alguns 
deles merecem atenção especial, são eles: 
Princípio do desenvolvimento contínuo: 
Desenvolvimento é um processo contínuo e ordenado, a etapa que vem antes influência a 
posterior. O indivíduo se desenvolve segundo uma sequência regular. 
 
Psicologia da Educação | 
Parte II: A educação e o desenvolvimento humano 
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Princípio direcional: 
Desenvolvimento segue as sequências a) céfalo-caudal e b)próximo-distal. 
a) Desenvolvimento progride da cabeça para as extremidades. Ex: criança sustenta a 
cabeça, levanta o tronco, senta, anda. b)Do centro do corpo para a periferia. 
Ex: braço, depois as mãos, depois os dedos. 
 
Princípio da inter-relação progressiva: 
Que faz com que o organismo siga uma sequência ordenada, passando de estágios 
mais primitivos para outros mais avançados. O desenvolvimento progride de 
respostas gerais para respostas específicas. 
Ex: fala – balbucio / palavras simbólicas / pronúncia incorreta / fala correta. 
 
Princípio da unidade: 
Ser humano se desenvolve como um todo unificado. Reconhece que cada indivíduo 
tem seu ritmo. Ex: dentição tardia / queda tardia. 
 
Precisamos lembrar: as pessoas são múltiplas. Diferem quanto ao tamanho, religião, 
gênero, idade, raça, etnia, inteligência, cultura, educação. Diferem ainda quanto às 
características sociais, econômicas e morais. A individualidade é o resultado de 
características biológicas ou herdadas (hereditárias) e é ainda influenciada pelo meio 
ambiente onde vivem (adquiridas). Na realidade, o que faz uma pessoa ser aquilo que 
é resulta da combinação dos fatores herdados e do seu meio ambiente. 
 
A hereditariedade e o meio interagem continuamente, influenciando o 
desenvolvimento. A hereditariedade programa as potencialidades humanas das 
pessoas, o meio faz essas potencialidades se desenvolverem ou não, para mais ou 
para menos. Não é relevante a discussão a respeito se a hereditariedade ou o meio é 
mais significativo, pois ambos são absolutamente essenciais. 
 
Psicologia da Educação | 
Parte II: A educação e o desenvolvimento humano 
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4.1 Indicação de Referências Bibliográficas 
BEE, H. A criança em desenvolvimento. 
BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. FREIRE, P. 
Pedagogia do amor. 
PAPALIA, D. E & OLDS, S. W. Desenvolvimento humano. 
RAPPAPORT, C. R. & FIORI, W. R.& DAVIS, C. Psicologia do desenvolvimento: teorias 
do desenvolvimento, conceitos fundamentais. 
 
4.2 Indicação de Vídeos 
Viva la escuela moderna. https://www.rtve.es/alacarta/videos/panorama/panorama-
viva-escuela- moderna/714761/ 
Filme: Up, altas aventuras. Filme: Meu irmão urso. 
Filme: Divertidamente. Filme: A onda. 
Filme: Whiplash: em busca da perfeição. 
 
 
Psicologia da Educação | 
Parte III: Desenvolvimento da aprendizagem 
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5 Parte III: Desenvolvimento da aprendizagem 
• O que é aprendizagem? 
• Definições e conceitos 
• Teorias da aprendizagem 
 
VAMOS REFLETIR JUNTAS (OS)? 
• Por que estudar aprendizagem? 
• Toda forma animal aprende? 
• Como podemos conceituar e definir aprendizagem? 
• Quais os elementos para aprendizagem eficiente? 
• Quais os aspectos que modificam o comportamento? 
 
SIMMMM, toda forma animal aprende! De modos diferentes, através de estímulos e 
métodos diferentes, mas aprende. Porém, quanto mais evoluída a espécie, mas precisa 
da aprendizagem. 
 
Aprendizagem é mudança de comportamento, isto é, quando repetimos 
comportamentos já realizados anteriormente, não estamos aprendendo, só há 
aprendizagem na medida em que houver uma mudança no comportamento, a qual 
será resultante de novas experiências. Todavia, existem comportamentos que não são 
aprendidos, e sim que resultam da maturação ou crescimento do nosso organismo e, 
portanto, não constituem aprendizagem, Ex: respiração, digestão, salivação, etc. 
 
Outros fatores comprometem o desenvolvimento e, em consequência, a 
aprendizagem, são: 
• Fatores escolares: 
o Figura do professor: criação de vínculos, empatia, interesse do professor 
pelo aluno. 
o Relação entre os alunos: competição e comparação. 
o Métodos didáticos: presença e faltas. 
o Ambiente escolar. 
Psicologia da Educação | 
Parte III: Desenvolvimento da aprendizagem 
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• Fatores familiares: 
• Organização familiar: pais, padrastos, falecidos, distantes, ausentes. 
• Número de irmãos: atenção limitada ou ausente, muitos filhos ou filhos únicos, 
diferença de educação. 
• Tipos inadequados de educação: autoridade, educação desigual, falta ou 
excesso de amor. 
 
• Fatores individuais: 
• Maturidade do aluno: idade, ritmo pessoal, interesse e aptidões. 
• Problemas de origem nervosa: hiperatividade, cacoetes, tiques, insônia. 
• Problemas orgânicos: febre, doenças, fome, sede, sono, etc. 
• Deficiências físicas e ou mentais 
• Problemas afetivos emocionais. 
 
Fatores sociais: 
• Situações de risco e ou vulnerabilidade 
• (Habitação, alimentação, segurança, acesso saúde, renda) 
 
LEMBRANDO: O SER HUMANO é a espécie animal mais evoluído e, como tal, é a 
que possui o menor número de comportamentos inatos, físicos e invariáveis. Por isso 
é o homem o animal mais dependente da aprendizagem para sobreviver e é a 
capacidade de aprender que torna possível às gerações tirar proveito das experiências 
e descobertas das gerações anteriores, acrescentar sua própria contribuição e assim, 
promover o progresso. 
 
Ao estudar aprendizagem vamos nos deparar com um problema a questão de sua 
definição, pois, pela impossibilidade de observação direta é estudada e constatada 
indiretamente através de seus efeitos sobre o sujeito aprendiz. 
 
Para conceituá-la, é preciso referir-se as suas consequências sobre a conduta do 
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aprendiz e não só a conduta, temos que lembrar que a maturação, os 
comportamentos inatos, ou simples estados temporários do organismo como lesões, 
ingestão de drogas, fadiga, também alteram aspectos comportamentais e por isso não 
se faz satisfatório descrever aprendizagem como simplesmente uma mudança de 
comportamento. 
 
A maioria dos estudiosos estabelece dois critérios para ajudar a discriminar as 
mudanças de comportamentos promovidos pela aprendizagem, elas são: deverão ser 
relativamente duradouras e possuírem alguma experiência ou treino anterior. 
Defendem também que a realização do processo de aprendizagem depende de três 
elementos principais: 
1. Situação estimuladora: soma dos fatores que estimulam os órgãos do 
sentido da pessoa que aprende. Quando houver apenas um fator, recebe o 
nome de estímulo. 
2. Pessoa que aprende: indivíduo atingido pela situação estimuladora. Para a 
aprendizagem, são importantes os órgãos dos sentidos afetados pela 
situação estimuladora, o sistema nervoso central que interpreta esta situação 
e ordena a ação para que os músculos as executem. 
3. Resposta: ação resultante da estimulação e da atividade nervosos, uma vez 
aprendidos esses comportamentos também chamados de respostas,serão 
repetidos sempre que houver a situação estimuladora ou a necessidade do 
aprendiz em apresentá-la. 
 
Quando a questão é a eficiência dos processos de aprendizagem observamos que a 
importância da prontidão para aprender compreende três fatores básicos: a 
maturação orgânica, a experiência anterior e o grau de motivação. 
 
A maturação compreende aspectos de natureza física ligada ao desenvolvimento do 
organismo, não adianta querer ensinar alguma coisa a criança antes da hora 
apropriada. A experiência anterior relaciona-se com a experiência que a pessoa teve 
tanto com a matéria específica (sequência lógica da aprendizagem: adição antes de 
multiplicação), com a experiência geral da aprendizagem (práticas de estudo e 
concentração), como com as experiências afetivas, causadas com professores, ou 
figuras de autoridade no processo de aprendizagem. E o grau de motivação 
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Parte III: Desenvolvimento da aprendizagem 
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determinado por um conjunto de variáveis que podem favorecer ou prejudicar o 
processo de aprendizagem do sujeito e que já comentamos brevemente nos 
parágrafos acima. 
 
Cada sujeito compõe seu conjunto de motivações e relações com a aprendizagem, 
possuem seu tempo para que ela ocorra e recebem diferentes formas, intensidades e 
quantidades de estímulos para tais processos. Uns apreendem de modo mais rápido, 
outros podem apresentar maiores dificuldades, ou precisarem de mais tempo para 
sua aquisição, isso acontece porque cada um assimila o conteúdo de forma diferente, 
daí a necessidade de toda a equipe da educação conhecer e aplicar modos 
diferenciados de metodologias que facilitem o processo de ensino aprendizagem bem 
como as infinitas relações existentes nestes espaços educacionais. 
 
Ao longo da história, cientistas foram observando como as pessoas assimilam os 
conhecimentos de maneiras diferentes e, a partir dessa observação, algumas teorias 
foram sendo criadas. No entanto, existem práticas cotidianamente que favorecem a 
aplicabilidade de teorias mais requintadas, sendo usualmente encontradas em 
atividades corriqueiras do dia a dia escolar e que fortalecem os processos de ensino 
aprendizagem. Nosso intuito neste módulo não é discorrer sobre métodos 
pedagógicos, didáticos ou paradidáticos de ensino/aprendizagem, e sim, sobre como 
a Psicologia da Educação pode colaborar nestes tramites de aquisição do 
conhecimento. Por isso, optamos por apresentar os tipos básicos, em ordem crescente 
de complexidade, de alguns ensaios realizados no cotidiano escolar que colaboram 
para o processo de ensino aprendizagem: 
• Condicionamento simples; 
• Condicionamento operante ou instrumental; 
• Ensaio e erro; 
• Imitação; 
• Discernimento ou “insight”; 
• Raciocínio. 
 
Aprendizagem por Condicionamento Simples: 
• Também chamado de “condicionamento clássico”, “associação simples”, 
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“resposta condicionada”, ou “reflexo condicionado”; 
• Foi estudado pela primeira vez por Ivan Pavlov; 
• O reflexo salivar pode ser eliciado por outros estímulos (visuais, olfativos ou 
auditivos) originalmente neutros, que precediam ou acompanhavam o 
alimento; 
• Generalização da resposta condicionada (criança mordida por um cão – começa 
a temer todos os cães.) 
• Extinção: quando o estímulo condicionado for apresentado muitas vezes sem 
ser acompanhado do estímulo que provoca naturalmente a resposta. 
 
Aprendizagem por Condicionamento Operante ou Instrumental: 
• Estudado pela primeira vez por Skinner, psicólogo americano; 
• Skinner dedicou-se a este estudo, procurando provar que a emissão de 
operantes podia ser controlada e procurando determinar quais as variáveis que 
determinavam a frequência da emissão (Caixa de Skinner); 
• Adotou a palavra “reforço” para designar qualquer evento ou estímulo cuja a 
apresentação ou afastamento aumente a frequência ou probabilidade de um 
comportamento ou resposta; 
• O que caracteriza o condicionamento operante é que o reforço não ocorre 
simultaneamente ou precedendo a resposta, mas sim aparece depois dela; 
• A aprendizagem não se constitui numa substituição de estímulo, mas sim numa 
modificação da frequência da resposta; 
• Existem assim 2 tipos de reforço: 
o - Reforço Positivo: é aquele estímulo cuja a apresentação fortalece o 
comportamento; 
o - Reforço Negativo: é aquele estímulo cuja retirada fortalece a resposta; 
Aprendizagem por Ensaio e Erro: 
 
• Edward Lee Thorndike, psicólogo americano, foi quem primeiramente estudou 
este tipo de aprendizagem; 
• Ensaio e erro se caracteriza por uma eliminação gradual dos ensaios e tentativas 
que levam ao erro e à manutenção daqueles comportamentos que tiveram 
efeito desejado; 
• Lei do Efeito: um comportamento tem efeitos favoráveis, é mantido; caso 
contrário, eliminado; 
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• Lei do Exercício: a conexão entre estímulos e respostas é fortalecida pela 
repetição. A prática, ou exercício, permite que mais acertos e menos erros sejam 
cometidos como resultado de um comportamento qualquer. 
 
Aprendizagem por Imitação ou Observação: 
• Este tipo de aprendizagem foi estudado através de experimentos, 
principalmente por Bandura e Walters; 
• Muitas aprendizagens se dão por observação direta da conduta de outras 
pessoas – aprender pelo exemplo; 
• Fatores como a importância do modelo, seu status percebido, sua atratividade, 
etc., são significativos na aprendizagem por imitação, esta é seletiva; 
• É a maneira mais eficiente de se obter segurança, aceitação e prestígio, assim 
como adquirir habilidades motoras e sociais desejadas, do que tentativas 
variadas sujeitas a erro; 
• A aprendizagem por observação, não é, necessariamente, um processo 
intencional e nem se limita a situações particulares. As oportunidades são 
abundantes; 
• Nas situações de vida cotidiana, as tendências imitativas são recompensadas ou 
reforçadas. 
 
Aprendizagem por Discernimento ou Insight: 
• “Insight” ou discernimento é usado para designar uma mudança repentina no 
desempenho, proveniente da aprendizagem. 
• Seu desempenho salta de um baixo nível de adequação para uma solução 
completa ou quase completa do problema; 
• O “insight” é uma aprendizagem súbita (apesar de decorrentes de 
aprendizagens anteriores); 
• O que se aprende por discernimento é transferido para outras situações, sendo 
utilizado em uma diversidade de problemas semelhantes. 
 
Aprendizagem por Raciocínio: 
• É o tipo de aprendizagem mais complexa e abstrato, envolve todas as demais 
formas de aprendizagem e depende delas; 
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• É considerado um processo semelhante ao ensaio-e-erro, porém ensaiamos e 
erramos mentalmente, para só depois tentarmos resolver, efetivamente, os 
nossos problemas; 
• Inicia-se a partir da necessidade de resolução de um problema. Segue-se uma 
análise para determinar em que consiste exatamente a dificuldade, e formulam-
se hipóteses, possíveis sugestões para a solução; 
• As hipóteses são estudadas, verifica-se as implicações de cada uma delas. Uma 
delas parecerá a mais adequada, e então haverá a verificação desta hipótese, 
ou seja, a aplicação do procedimento escolhido para solucionar o problema. 
 
5.1 Indicação de Referências Bibliográficas 
RAPPAPORT, C. R. & FIORI, W. R.& DAVIS, C. Psicologia do desenvolvimento: 
teorias do desenvolvimento, conceitos fundamentais. PIAGET, J. Seis estudos de 
psicologia. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 
 
5.2 Indicação de Vídeos 
Vida Maria https://www.youtube.com/watch?v=Qwa7BmfQ4Rs THE WALL MOVIE – 
Pink Kloyd 
https://www.facebook.com/watch/?v=2313285578916212 
 
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Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação 
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6 Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação 
• Teoria Motivacional de Maslow 
• Categoria de Motivos 
• Processos motivacionais em educação 
 
A motivação é um fator fundamental da aprendizagem, sem ela não existe 
aprendizagem, entretanto, apesar de sua importância, nem sempre recebe a devida 
atenção do professor. Motivar significa predispor o indivíduo para certo 
comportamento desejável naquele momento. 
 
Os motivos possuem algumas funções importantes como: 
1. Ativar o organismo: 
Levando o indivíduo a uma atividade na tentativa de satisfazer necessidades, pois 
qualquer necessidade gera tensão onde ocorre um desequilíbrio, sendo onde o 
motivo mantém o organismo ativo até a saciação da necessidade. 
 
2. Dirigir o comportamento para um objetivo: 
Para aquele que seja adequado para satisfazer a necessidade pois ano basta que o 
organismo esteja ativo é preciso que sua ação esteja dirigida para um objetivo 
adequada. 
 
3. Selecionar e acentuar a resposta correta: 
Para que seja aprendida, mantida e provavelmente repetidas quando uma situação 
semelhante ocorrer. 
Muitas palavras são comumente usadas como sinônimo de motivo, embora 
signifiquem coisas diferentes. É o que acontece com as palavras incentivo e impulso. 
MOTIVO: pode ser definido como “uma condição interna relativamente duradoura 
que leva o indivíduo ou que o predispõe a persistir num comportamento orientado 
para um objetivo possibilitando a transformação ou permanência da situação”. 
INCENTIVO: é um objeto, condição externa para o qual o comportamento se dirige. 
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Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação 
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Pode-se distinguir entre incentivo positivo aquele na direção do qual o 
comportamento se dirige, como: alimento, dinheiro, sucesso. Incentivo negativo da 
qual o indivíduo procura afastar-se ou que é ativamente evitado como: ferimento, 
isolamento social. 
IMPULSO: é considerada a força que põe o organismo em movimento. É entendido 
como a consequência de uma necessidade. A fome, por exemplo, é um impulso 
consequência da necessidade de alimento, é a fonte de energia dos motivos de 
sobrevivência. 
Diferencia-se do motivo por que não dá direção definida ao comportamento, é apenas 
seu ativador. Quando se trata de motivos mais complexos, como o de realização, 
prestígio, etc., comumente se emprega o termo NECESSIDADE. 
 
6.1 Hierarquia das necessidades básicas de Maslow 
A famosa teoria da Hierarquia de necessidades de Maslow, proposta pelo psicólogo 
americano Abraham H. Maslow, baseia-se no conceito de que cada sujeito se esforça 
para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. É uma proposta que 
apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais 
baixo (primárias) devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto 
(secundárias). 
Segundo esta teoria, cada sujeito tem de realizar uma subida hierárquica de 
necessidades para atingir a sua plena autorrealização. Para alcançar uma nova etapa, 
a anterior deve estar satisfeita, isto acontece uma vez que, quando uma etapa está 
satisfeita ela deixa de ser o elemento motivador do comportamento do sujeito, 
fazendo com que outra necessidade tenha destaque como motivação. Para tanto, 
Maslow definiu uma série de cinco necessidades do ser dispostas em formato de 
pirâmide. 
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Fonte: 
https://www.google.com/search?q=hierarquia+das+necessidades+b%C3%A1sicas+(maslow)&rlz=1C1SAVO 
 
As necessidades fisiológicas são as primordiais, quando o organismo humano está 
dominado por uma determinada necessidade fisiológica, tende a mudar até sua 
filosofia de futuro. Quando são razoavelmente satisfeitas, aparece uma nova categoria 
de necessidades: necessidades de segurança. O adulto normal satisfaz com relativa 
facilidade esta necessidade e por isso não as apresenta tão claramente como 
motivadoras de seu comportamento. (emprego estável, coisas familiares, poupança, 
seguros de vida). 
 
Quando as duas estão razoavelmente satisfeitas, aparecem as necessidades de afeto 
e amor, necessitando do contato com os outros indivíduos e grupos, sendo a 
frustração ou insatisfação desta necessidade uma das causas mais comuns de 
desajustes e psicopatologias graves. 
 
Uma vez satisfeitas ou pelo menos parcialmente, a pessoa também sente necessidade 
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Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação 
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de avaliação estável e elevada de sua personalidade, ou seja, autoestima e estima dos 
outros. Quando está satisfeita provoca no indivíduo o sentimento de autoconfiança, 
capacidade de ser útil e necessário para os outros. 
 
A partir destas satisfações surge a necessidade mais elevada, a tendência a atualizar 
suas potencialidades com um sentido de plenitude do ser, o indivíduo tem que ser o 
que pode ser, este é o significado da necessidade superior de autorrealização. 
 
A sociedade e seus integrantes estão ao mesmo tempo, satisfeita e insatisfeita em 
suas necessidades básicas. O surgimento de uma nova necessidade não se dá de 
repente, trata-se de um processo espontâneo e gradativo a medida que as outras 
necessidades vão se satisfazendo. Salienta-se que a gratificação e a frustração de 
necessidades passam a ser elementos importantes na teoria da motivação, uma 
necessidade satisfeita não é mais um motivador, e um sujeito frustrado não pode ser 
considerado inteiramente desajustado, ao contrário, poderá estar mais motivado. 
 
Dentre muitos estudos e análises, Maslow ainda identificou duas necessidades 
adicionais à pirâmide de necessidades já criada anteriormente as quais identificavam 
que as pessoas que já possuíam todas as necessidades satisfeitas (pouquíssimas 
pessoas) e foram chamadas de cognitivas. 
 
Uma maneira útil de se estudar os motivos consiste em agrupá-los a partir de algum 
critério, algumas classificações apresentam os motivos em três categorias: 
• Motivos de sobrevivência: relacionados às necessidades fisiológicas. São 
cíclicos, episódicos e fornecem a recepção e interpretação de informações. 
Motivos de fome, sede, atividade, repouso, evitação do calor ou frio extremos, 
eliminação dos resíduos metabólicos. 
• Motivos sociais: relacionados com a interação com os outros indivíduos e 
grupos. São motivos reprodutivos, de afiliação e prestígio. Não são tão 
urgentes. O motivo sexo é essencial para a reprodução. Os motivos sociais 
variam entre as espécies, porque decorrem do tipo do relacionamento social do 
organismo. Entre outros, temos os de dominância, de submissão, de filiação a 
grupos, de deferência, de agressão, etc. 
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Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação 
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• Motivos do EU: relacionados com a competência ou o EU de cada um. 
Necessidade de realização e informação constante. Seriam os valores que levam 
um homem a fazer escolhas, a ter preferências estéticas e religiosas, a lutar de 
modo incomum, a ser herói, covarde ou santo, em suma, são os motivos que 
juntos formam a sua filosofia de vida. 
 
Os motivos não possuem limites claros, apresentam-se assim apenas para auxiliar na 
compreensão do processo motivacional humano e claro, influenciam em todo 
processo de aprendizagem. 
 
6.2 Indicações de Referências Bibliográficas 
BOM SUCESSO, Edina de Paula. Relações interpessoais e qualidade de vida no 
trabalho. 
DELL PRETTE, Almir. Psicologia das relações interpessoais: vivencias para o trabalho 
em grupo. 
MINUCUCCI, Agostinho. Relações Humanas: psicologia das relações interpessoais. 
WEIL, Pierre. Relações Humanasno Trabalho e na Família. 
 
6.3 Indicação de Vídeos 
Filme: Extraordinário 
Filme: A procura da felicidade 
Filme: Gênio Indomável 
Filme: A teoria de tudo Filme: Steve Jobs 
Filme: O discurso do Rei Filme: Prova de fogo 
Filme: Uma mente brilhante 
 
 
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Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 
5.1Novas demandas, novas condutas 
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7 Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da 
aprendizagem 5.1Novas demandas, novas condutas 
• Diversidade e inclusão 
 
Esta parte do módulo possibilita a contextualização da produção da diferença cultural, 
étnica, social, racial, sexual entre outras do sujeito contemporâneo no cenário 
brasileiro, enfatizando as políticas públicas de inclusão na educação brasileira. 
 
Possui como objetivo discussões que favoreçam apresentar a diferença como 
possíveis modos de existir humano, conhecer algumas das políticas públicas inclusivas 
e de atendimento as diversidades que fortalecem a atuação do profissional da 
educação e da psicologia junto aos órgãos de atendimento bem como das formas de 
atuação a esta população e conhecer os métodos de pesquisa e intervenção neste 
contexto. 
 
O percurso histórico de exclusão e segregação de pessoas ditas como diferentes do 
padrão normativo na história do Brasil, modelo que pode ser visto como 
discriminatório, racista e violento até os dias atuais, vem sendo discutido nas inúmeras 
grades acadêmicas e de pós-graduação na formação de profissionais envolvidos e 
comprometidos com um ensino para todos como prevê a Constituição Brasileira de 
1988. 
 
Avançamos com a ideia de educação em ambiente inclusivo, em tecnologias 
assistidas, ajudas técnicas, desenvolvimento de metodologias implicadas e 
comprometidas com a diferença que facilitam às pessoas um espaço com menores 
barreiras, sejam físicas, comunicacionais entre outras, no entanto, somos cientes de 
que, quando falamos sobre educação inclusiva, não estamos falando apenas da 
inclusão voltada à pessoa com deficiência, vamos além, falamos de outras intersecções 
como raça, gênero, etnia, origem geográfica, o desejo e a leitura de corpos ditos 
dissidentes . 
 
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Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 
5.1Novas demandas, novas condutas 
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Por Inclusão Escolar, entende-se o respeito às diferenças, compreensão da diversidade 
(heterogeneidade) e entendimento das necessidades diferentes dos diferentes 
estudantes e isso exige planejamento, conscientização, treinamento, habilidades e 
competências, exige formação e trabalho em rede. É preciso garantir nas escolas um 
ambiente atrativo, para o aluno, para o professor, como para a realização das 
atividades de todo corpo de profissionais, adequado às exigências de uma educação 
que responda ao seu ideal enquanto norteadora de cidadania e formação humana. 
 
Entende-se por escola inclusiva aquela com capacidade de receber todos os alunos 
desde o início da vida escolar, em qualquer território brasileiro (rural ou urbano), no 
ensino regular, sem exceção ou imposição, e que promova o ensino de qualidade 
respeitando os princípios diretivos do MEC tendo como proposta de ensino estar 
orientado a partir do paradigma da diversidade e dos princípios educacionais 
centrados nos alunos. 
 
Aqui está mais um cuidado a ser pontuado pela educação inclusiva: a fase do 
desenvolvimento que o sujeito aprendiz se encontra. A Educação de Jovens e Adultos 
(EJA) é a modalidade de ensino amparada por lei voltada para as pessoas que não 
tiveram acesso ao ensino regular na idade apropriada por inúmeros e/ ou singulares 
motivos. São pessoas com conhecimentos adquiridos pela experiência (tácitos) que a 
escola esqueceu e por vezes, ignorado em sua importância diante a vida destes 
sujeitos já que não deixam de ser formas de aquisição de conhecimentos. 
 
Quando refletimos sobre educação inclusiva é preciso levar estas discussões para toda 
a sociedade, fazer, cada vez mais, que as grades dos muros escolares estejam abertas 
às descobertas que não são apenas didáticas pedagógicas, mas principalmente, 
descobertas de outras formas de ser e estar no mundo, de convivência, respeito, 
solidariedade e valorização da diversidade, minimizando assim as desigualdades 
sociais e o consequente abismo entre questões de gênero, raça, classe, etnia, condição 
financeira, religião, entre tantos. 
 
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Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 
5.1Novas demandas, novas condutas 
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Em sua progressiva afirmação enquanto uma ciência e profissão, a Psicologia da 
Educação fomentou o desenvolvimento de novos métodos e técnicas interventivas 
que apontam para a necessidade de incluir todos os alunos em sala, independente de 
etnia, sexo, raça, credo ou condição física ou ainda intelectual como também afirmam 
as diretrizes curriculares da Educação Especial. Ou seja, devemos estar preparados 
para lidar com a diversidade, de maneira geral. 
 
Dessa forma, nossas reflexões destacam a importância do professor como mola 
propulsora no processo de inclusão, atuante com a equipe técnica e todo corpo de 
profissionais engajados já que é ele que irá organizar a sala de aula, guiará e orientará 
as atividades dos alunos durante o processo de aprendizagem para a aquisição de 
saberes e competências. Com isso a formação inicial e continuada deste profissional 
é importantíssima. 
 
Contudo, verificamos muitas vezes que essa formação profissional é falha, já que é 
ouvido nos discursos dos alguns destes profissionais, não apenas professores, mas 
também diretores, secretários, coordenadores, que não estão aptos a trabalhar com a 
inclusão na diversidade, e nesse contexto, constatamos a presença de certa formação 
fragmentada quando a proposta é responder efetivamente ao direito à educação para 
todos. 
 
A Psicologia da Educação revisita os tramites dos processos de ensino/aprendizagem 
como todas as relações nele envolvidas, revendo os modelos de inclusão e ainda 
acompanhado os relatos de discriminação e violação de direitos presentes nos 
ambientes educacionais os quais apresentam-se de diferentes formas, subjetivas, 
coletivas, culturais e até mesmo sociopolíticas. 
 
Ao terminar este módulo, o intuito foi provocar o pensamento para as próximas 
discussões, alimentar a curiosidade frente outras possibilidades, dar autonomia aos 
trajetos desejantes do compartilhamento não só de saberes, mas e, principalmente, 
de oportunidades e direitos de acesso integral à educação na sociedade brasileira. 
Encerramos referenciando a importância da formação e aperfeiçoamento profissional 
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Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 
5.1Novas demandas, novas condutas 
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como citado na Declaração de Salamanca (1994): 
“As Universidades possuem um papel majoritário no sentido de aconselhamento no processo 
de desenvolvimento da educação especial, em especial no que diz respeito à pesquisa, 
avaliação, preparação de formadores de professores e desenvolvimento de programas e 
materiais de treinamento” (SALAMANCA 1994, Art. 46). 
 
Esta citação recebe importância ainda maior quando é constatada tamanha 
desigualdade ao ser observadas as minorias oprimidas e reprimidas nos ambientes 
escolares, sujeitos estigmatizados culturalmente por um conjunto de atitudes e ações 
que reproduzem mecanismos de julgamento e negação da existência de pessoas 
diferentes em qualquer que seja o aspecto. 
 
Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil apresentam que: “a 
atitude de aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa estar 
presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem” (BRASIL,1998, p.41), 
não só no âmbito escolar, mas também em âmbito familiar e social. Portanto, os 
movimentos de educação inclusiva, buscam transformar suas concepções e práticas, 
de modo a atender a todos os alunos, sem discriminações de qualquer natureza. 
 
Para Gusmão (2000, p. 12), “o diferente e a diferença são partes da descoberta de um 
sentimento que, armado pelos símbolos da cultura, nos diz que nem tudo é o que eu 
sou e nem todos são como eu sou”. Os sujeitos têm diferentes origens e histórias de 
vida, portanto, não podemos negar essas diferenças que nos tornam seres humanos 
concretos, sujeitos sociais e históricos, em aprendizado contínuo, sujeitos de direitos. 
Ainda referenciando Gusmão (2000 p. 19), “a pluralidade cultural de grupos étnicos, 
sociais ou culturais necessita ser pensada como matéria-prima da aprendizagem, 
porém nunca como conteúdo de dias especiais, datas comemorativas ou momentos 
determinados em sala de aula”, nesse sentido, o desafio conferido às instituições 
escolares e todos seus colaboradores é facilitar o processo de aprendizagem baseado 
em valores humanos, éticos e afetivos, objetivando condutas contrárias à 
discriminação e à exclusão presentes nestes ambientes escolares onde se pretende a 
inclusão. 
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Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 
5.1Novas demandas, novas condutas 
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Defende-se que a melhor forma de inclusão e rompimento de preconceitos é através 
da educação, do repensar sobre o que significam os valores e direitos humanos? Quais 
direitos são estes, de que humanos falamos? E, finalmente, se todo humano, 
realmente, é o humano destes direitos? 
Fica o convite à reflexão. Grande abraço. 
 
7.1 Indicações de Referências Bibliográficas 
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação especial. Brasília: MEC/SEESP, 
1998. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de 
dezembro de 1996. 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre princípios, políticas e práticas na área das 
necessidades educativas especiais. 1994. 
GUSMÃO, Neusa M. M. Desafios da Diversidade na Escola. Revista Mediações, 
Londrina, v.5, n.2, p.9- 28, jul/dez, 2000. 
MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: histórias e políticas. 
SILVA, Isabel de Oliveira e. Profissionais da Educação Infantil: formação e construção 
de identidades. 
UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos: quadro de ação para 
responder às necessidades de educação básica. Lisboa: Ministério da Educação,1990. 
 
7.2 Indicação de Vídeos 
Filme: Preciosa 
Filme: I am San 
Filme: Lion 
Filme: Lilo & Stitch 
Filme: Kiriku e a Feiticeira 
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5.1Novas demandas, novas condutas 
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Filme: Zootopia 
 
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5.1Novas demandas, novas condutas 
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	1 Palavra do Diretor
	2 Coordenador do Curso
	Sumário
	Apresentação
	3 Parte I - Psicologia E Educação: Diálogos Necessários
	3.1 Sugestão de Referências Bibliográficas
	3.2 Sugestão De Sites Para Leituras Complementares
	4 Parte II: A educação e o desenvolvimento humano
	4.1 Indicação de Referências Bibliográficas
	4.2 Indicação de Vídeos
	5 Parte III: Desenvolvimento da aprendizagem
	5.1 Indicação de Referências Bibliográficas
	5.2 Indicação de Vídeos
	6 Parte IV: Processos motivacionais em Psicologia da Educação
	6.1 Hierarquia das necessidades básicas de Maslow
	6.2 Indicações de Referências Bibliográficas
	6.3 Indicação de Vídeos
	7 Parte V: Os novos desafios da Psicologia da educação e da aprendizagem 5.1Novas demandas, novas condutas
	7.1 Indicações de Referências Bibliográficas
	7.2 Indicação de Vídeos

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