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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
2
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
miSSão
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
ViSão
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
bibliotEca multiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http: //br.f reepik.com
Noguchi, Liza Dantas.
Educação Ambiental / Liza Dantas Noguchi; Aloísio Andre dos Santos. – Serra: Multivix, 2018.
EditoRial
FaculdadE caPiXaba da SERRa • multiViX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2018 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor Executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Caro aluno, seja bem-vindo! Nesta disciplina, apresentaremos a você os conteúdos 
básicos de Educação Ambiental ou simplesmente EA. Passaremos pelo contexto his-
tórico destacando que, embora a Educação Ambiental tenha sido formalmente re-
conhecida na segunda metade do século XX, as questões relativas ao meio ambiente 
datam de períodos mais antigos. Veremos como a Educação Ambiental pode ser 
implementada nas escolas e entenderemos que é necessária a participação e en-
volvimento do professor de forma que os conceitos sobre a essa disciplina possam 
ser disseminados no ensino de uma forma natural. Veremos ainda como ensinar a 
Educação Ambiental em sala de aula de maneira formal. Ideias simples podem con-
tribuir para que a aula fique mais interativa e participativa e, ao mesmo tempo, criar 
a percepção no aluno da necessidade de contribuir para a melhoria da qualidade de 
vida e preservação do meio ambiente no qual vivemos. Estudaremos alguns aspec-
tos relevantes sobre a legislação brasileira relacionada ao ensino da Educação Am-
biental. Veremos que para garantir a disseminação desse assunto, o governo federal 
criou resoluções respaldadas pela Constituição Federal e, daí, abriu caminho para 
estabelecer diretrizes nacionais da Educação Ambiental. Identificaremos as princi-
pais dificuldades encontradas pelos professores no ensino da Educação Ambienta 
formal. Você estudará o significado de interdisciplinaridade e do ensino interdiscipli-
nar, também compreenderá a importância da educação não formal e ao ar livre para 
o aprendizado do aluno e do professor. Veremos alguns benefícios da educação não 
formal e como as escolas podem trabalhar esse conceito. Entenderemos ainda que 
existem algumas razões pelas quais as instituições de ensino devem investir na edu-
cação não formal, ou seja, fora da sala de aula, e uma delas é o fato de que a natureza 
é um recurso poderoso e os alunos podem brincar com atividades práticas. Por fim, 
compreenderemos a importância da sustentabilidade e do desenvolvimento susten-
tável como assuntos a serem explorados nas escolas, além disso, estudaremos os três 
pilares que sustentam esse conceito. Veremos ainda a relação da sustentabilidade 
com a Educação Ambiental, assim como o conteúdo pode ser abordado nas escolas. 
Entenderemos que a educação para o desenvolvimento sustentável requer mudan-
ças de longo alcance na forma como a educação é praticada na atualidade.
6
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicadano D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Ao final desta disciplina, esperamos que você:
• Explique o conceito de Educação Ambiental.
• Identifique o contexto histórico da Educação Ambiental no Brasil e no mundo.
• Explique o conceito de consciência ambiental.
• Explique como trabalhar a Educação Ambiental em sala de aula.
• Identifique problemas relacionados ao ensino da Educação Ambiental nas es-
colas.
• Explique o ensino da Educação Ambiental no Brasil.
• Explique a relação da Educação Ambiental e os currículos escolares.
• Identifique diretrizes curriculares da Educação Ambiental.
• Explique interdisciplinaridade.
• Identifique a interdisciplinaridade na Educação Ambiental.
• Explique educação não formal.
• Identifique razões para se trabalhar a Educação Ambiental não formal.
• Distinga métodos de implementação da educação não formal.
• Explique sustentabilidade.
• Distinga Educação Ambiental e sustentabilidade.
• Identifique abordagens pedagógicas da sustentabilidade em Educação Am-
biental.
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
 > FIGURA 1 - Educação Ambiental para crianças 14
 > FIGURA 2 - Educação Ambiental: processo educacional 17
 > FIGURA 3 - Educação Ambiental na prática 18
 > FIGURA 4 - Ambiente escolar 28
 > FIGURA 5 - Meio Ambiente 29
 > FIGURA 6 - 3Rs 30
 > FIGURA 7 - Vazamento de torneira: uso incorreto da água 31
 > FIGURA 8 - Ambiente de sala de aula – educação formal 32
 > FIGURA 9 - Escola sustentável: programa de reciclagem 36
 > FIGURA 10 - Representação de uma instrução interdisciplinar 57
 > FIGURA 11 - Arte da linguagem 58
 > FIGURA 12 - Poluição do ar 61
 > FIGURA 13 - Educador ambiental 62
 > FIGURA 14 - Educação ao ar livre 71
 > FIGURA 15 - Qualidade de aprendizado na aula ao ar livre 74
 > FIGURA 16 - Educação ao ar livre: melhora da consciência 
 > ambiental 76
 > FIGURA 17 - Educação ao ar livre: melhora da consciência 
 > ambiental 78
 > FIGURA 18 - Trabalho com a comunidade 79
 > FIGURA 19 - Sustentabilidade: harmonia 89
 > FIGURA 20 - Sustentabilidade Econômica 91
 > FIGURA 21 - Sustentabilidade Social 92
 > FIGURA 22 - Sustentabilidade Ambiental 94
liSta dE FiGuRaS
8
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
liSta dE tabElaS
 > QUADRO 1 - Educação Ambiental e informação ambiental 18
 > QUADRO 2 - Abordagens Pedagógicas 98
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
SumÁRio
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
1 a Educação ambiEntal 14
1.1 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 15
1.2 HISTÓRIA DO MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO 20
1.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL 23
concluSão 27
2 aboRdaGEnS da Educação ambiEntala 29
2.1 ENSINANDO EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA SALA DE AULA 33
2.2 A ESCOLA SUSTENTÁVEL 36
concluSão 41
3 o EnSino da Educação ambiEntal 43
3.2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS 49
3.1 O PAPEL DO PROFESSOR 51
concluSão 54
4 intRodução 56
4.1 INTERDISCIPLINARIDADE 56
4.1.1 O ENSINO INTERDISCIPLINAR 58
4.2 INTERDISCIPLINARIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 60
4.2.1 O DESAFIO DA INTERDISCIPLINARIDADE 64
4.2.2 ESTRATÉGIAS DE ENSINO INTERDISCIPLINAR 66
concluSão 69
10
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
5 intRodução 71
5.1 EDUCAÇÃO NÃO FORMAL 71
5.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AO AR LIVRE 76
5.3 BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORA DA SALA DE AULA 83
5.3.1 EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E TECNOLOGIA EDUCACIONAL 84
concluSão 87
6 SuStEntabilidadE 89
6.1 SUSTENTABILIDADE 89
6.1.1 OS TRÊS PILARES DA SUSTENTABILIDADE 91
6.1.1.1 SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA 92
6.1.2 SUSTENTABILIDADE SOCIAL 93
6.1.3 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 95
6.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 96
6.2.1 SUSTENTABILIDADE NO CURRÍCULO 98
concluSão 102
REFERÊnciaS 104
5UNIDADE
6UNIDADE
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
iconoGRaFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
12
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Explique o conceito de 
Educação Ambiental.
> Identifique o contexto 
histórico da Educação 
Ambiental no Brasil e 
no mundo.
UNIDADE 1
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
1 a Educação ambiEntal
A Educação Ambiental surgiu no contexto de uma crise ambiental reconhecida no 
final do século XX e foi estruturada em função da demanda que levou os seres huma-
nos a adotarem uma visão de mundo e uma prática social capazes de minimizar os 
impactos ambientais. Percebendo que a Educação Ambiental compreende um uni-
verso educacional multidimensional que gira em torno das relações entre indivíduo, 
sociedade, educação e natureza, foram demandadas mais informações implantadas 
em análises sucessivas e contribuições teóricas de crescente sofisticação, tornando 
essa prática educacional muito mais complexa do que se poderia imaginar.
Um momento inicial de busca de uma definição conceitual universal pode ser visto 
na trajetória histórica da Educação Ambiental brasileira, comum a todos os envolvi-
dos na práxis educacional, que, em um momento posterior, tende a ser abandonada 
pela consciência crescente. O achado de multiplicidade interna desse campo levou 
naturalmente a novos esforços para diferenciar esse universo de saberes, práticas e 
posicionamentos pedagógicos, epistemológicos e políticos que interpretaram as re-
lações entre educação, sociedade, ambiente construído e natural e sustentabilidade. 
Atualmente está claro que era impossível formular um conceito de Educação Am-
biental abrangente o suficiente para envolver todo o espectro do campo; mas tam-
bém está claro que essas diferentes propostas conceituais nada mais eram do que 
a busca pela hegemonia interpretativa e política desse universo socioeducativo. A 
multiplicidade de propostas conceituais revela essa diversidade interna, que na fase 
fundacional da Educação Ambiental ainda não pôde ser percebida (só foi entendida 
na fase de consolidação do campo), isto é, o alvo, já diferenciado nele, não mudou; as 
perspectivas e pontos de vista são os que foram alterados e refinados.
Desde cedo, a Educação Ambiental foi concebida como um conhecimento e prática 
fundamentalmente conservacionistas, ou seja, uma prática educativa que visava des-
pertar uma nova sensibilidade humana para com a natureza, desenvolvendo a lógica 
do “saber amar, amar preservar”, guiada por uma consciência “ecológica” e baseada 
na ciência ecológica.
14
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.1 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental (EA) é um campo de pesquisa cujo objetivo principal é le-
vantar conhecimento e conscientização, a fim de instalar um comportamento res-
ponsável frente ao meio ambiente. Programas de Educação Ambiental, como apre-
sentando pela figura 1, buscam proporcionar aos indivíduos pensamento crítico que 
possibilita uma participação ativa na tomada de decisões dos processos ambientais.
FIGURA 1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Uma vez que a ação das pessoas está no centro da EA, a abordagem de baixo para 
cima é crucial para o sucesso de sua implementação, ouseja, deve ser iniciada no 
nível operacional (quando tratamos de empresas) e no ensino infantil (quando trata-
mos das escolas). Nesse sentido, a teoria da Educação Ambiental dialoga muito bem 
com a abordagem educacional participativa/libertadora.
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
Segundo Sato e Carvalho:
Quando se aborda o campo da educação ambiental, podemos nos dar conta 
de que, apesar de sua preocupação comum com o meio ambiente e do re-
conhecimento do papel central da educação para a melhoria da relação com 
este último, os diferentes autores (pesquisadores, professores, pedagogos, ani-
madores, associações, organismos, etc.) adotam diferentes discursos sobre a 
EA e propõem diversas maneiras de conceber e de praticar a ação educativa 
neste campo (SATO; CARVALHO, 2008, p. 17). 
A Educação Ambiental é um processo que permite que os indivíduos conheçam as 
questões ambientais, se envolvam na solução de problemas e tomem medidas para 
melhorar o meio ambiente. Como resultado, esses indivíduos passam a compreender 
mais profundamente as questões ambientais e desenvolvem habilidades para tomar 
decisões responsáveis.
De acordo com a Lei n° 9.795/1999, Art. 1º, da Política Nacional de Educação Ambien-
tal:
Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o in-
divíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilida-
des, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, 
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua susten-
tabilidade (BRASIL, Lei nº 9.795/1999, Art. 1º).
Já de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, 
Art. 2°:
A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional 
da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter 
social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando 
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de 
prática social e de ética ambiental (BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação Ambiental, Art. 2°).
Nesse sentido, podemos dizer que a Educação Ambiental significa, em grande parte, 
educar as pessoas e criar consciência sobre a ciência ambiental e suas preocupações 
e ameaças, enquanto a ciência ambiental estuda nosso ambiente, seus componen-
tes, ameaças e preocupações, efeitos, medidas de prevenção e controle, etc., cientifi-
camente.
16
Educação ambiEntal
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Educação Ambiental é um estudo do meio ambiente (estudos 
ambientais). As perturbações ambientais podem ser eliminadas por 
meio da educação e da implementação das mudanças necessárias na 
sociedade. 
Ciência ambiental é um estudo de todas as eliminações do meio 
ambiente – como a água, o ar, o solo, etc. – que levam à poluição ou a 
danos ambientais. Ele permitirá que você conheça a base científica para 
estabelecer padrões para os quais a poluição pode ser minimizada da 
melhor forma possível, levando a um ambiente limpo, seguro e saudável.
A Educação Ambiental não defende um ponto de vista ou um curso de ação espe-
cífico; ela ensina as pessoas a pensarem, de maneira crítica, os vários lados de um 
problema. Ela também aprimora as habilidades de resolução de problemas e de 
tomada de decisões.
Alguns pesquisadores veem que a Educação Ambiental deve suas origens ao filósofo 
Jacques Rousseau (1712-1778), que achava que a educação deveria manter o foco no 
meio ambiente. Thomas Pritchard cunhou o termo “Educação Ambiental” em 1948, 
durante a conferência de Recursos Naturais. A Conferência das Nações Unidas sobre 
Ambiente Humano em Estocolmo, em 1972, empoderou a Educação Ambiental, en-
fatizando a importância de aprender sobre o meio ambiente e recomendando que 
essa disciplina fosse reconhecida, promovida e integrada na educação em todos os 
países. 
A Educação Ambiental não é nem defesa ambiental nem informação ambiental, ao 
contrário disso, é um campo variado e diversificado que se concentra no processo 
educacional, conforme mostra a figura 2, que deve permanecer neutro ao ensinar o 
pensamento crítico aos indivíduos e aprimorar suas próprias habilidades de resolu-
ção de problemas e tomada de decisões em uma abordagem participativa. 
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Educação ambiEntal
SUMÁRIO
FIGURA 2 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PROCESSO EDUCACIONAL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Nesse sentido, os componentes da Educação Ambiental são:
• conscientização e sensibilidade ao meio ambiente e desafios ambientais;
• conhecimento e compreensão do meio ambiente e desafios ambientais;
• atitudes de preocupação com o meio ambiente e motivação para melhorar 
ou manter a qualidade ambiental;
• habilidades para identificar e ajudar a resolver desafios ambientais;
• participação em atividades que levem à resolução de desafios ambientais.
Sendo assim, a Educação Ambiental é mais do que informações sobre o meio am-
biente, veja o quadro 1, que mostra as diferenças de conceitos.
18
Educação ambiEntal
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
QUADRO 1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INFORMAÇÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFORMAÇÃO AMBIENTAL
Aumenta a conscientização pública e o conheci-
mento das questões ambientais.
Fornece fatos ou opiniões sobre questões am-
bientais.
Ensina os indivíduos a pensarem criticamente. Não ensina necessariamente os indivíduos de pensamento crítico.
Aumenta as habilidades de resolução de proble-
mas e tomada de decisão dos indivíduos.
Não aumenta necessariamente as habilidades 
de resolução de problemas e de tomada de de-
cisão dos indivíduos.
Não defende um ponto de vista específico. Maio defende um ponto de vista particular.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
A EA pode ser ensinada formalmente em salas de aula. Também pode ocorrer em 
contextos informais de aprendizado por meio de ONGs, empresas, centros naturais e 
jardins botânicos (FIGURA 3). Além disso, a Educação Ambiental acontece em vários 
programas de educação não formal, como educação externa experimental, oficinas, 
programas de extensão, excursões e visitas técnicas.
FIGURA 3 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRÁTICA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018. 
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Educação ambiEntal
SUMÁRIO
O educador ambiental deve entregar a Educação Ambiental de maneira única, pois 
ela não se baseia apenas na ciência, mas também nos aspectos históricos, políticos e 
culturais, com a dimensão humana dos fatores socioeconômicos. Ela se baseia tam-
bém no desenvolvimento de conhecimentos sobre sistemas socioecológicos, como 
o manejo de plantas aquáticas.
A Educação Ambiental oferece oportunidades para desenvolver habilidades, incluin-
do habilidades para a resolução de problemas e investigação. Educadores ambientais 
qualificados devem trabalhar no campo, conduzir programas, envolver e colaborar 
com as comunidades locais e usar estratégias para vincular a consciência ambiental, 
a construção de habilidades e a ação responsável. 
É por meio da EA que os cidadãos, especialmente as crianças, podem testar vários 
aspectos de uma questão para tomar decisões informadas, baseadas na ciência, não 
tendenciosas e responsáveis. Ela promove ainda a compreensão individual da rela-
ção complexa e intricada entre os seres humanos e o meio ambiente, isto é, promo-
ve a percepção da necessidade de avançar gradualmente para o desenvolvimento 
sustentável e reconhece a importância de assumir responsabilidade pelas ações da 
sociedade e de cada indivíduo.O tema transcurricular ajuda os alunos a rastrearem 
e se conscientizarem da relação dinâmica das pessoas com o meio ambiente, obser-
vando diretamente os aspectos ecológicos, econômicos, científicos/técnicos, políticos 
e cívicos atuais, bem como aspectos do tempo (nossa relação com o futuro) e espaço 
(relações entre questões locais, regionais e globais), além das possibilidades ofere-
cidas por várias opções para resolver questões ambientais. Incentiva os indivíduos 
a participarem ativamente da proteção ambiental, modelando o meio ambiente e 
mudando seu estilo de vida e valores no interesse do desenvolvimento sustentável da 
civilização humana.
1.2 HISTÓRIA DO MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL NO MUNDO
No final da década de 1770, os filósofos Jean-Jacques Rousseau e Louis Agassiz afir-
maram que a educação devia se concentrar no meio ambiente e incentivar os alunos 
a aprenderem diretamente com a natureza. Já entrando no século XX, entre as déca-
das de 1920 e 1930, a ecologia começou a se desenvolver como um campo científico. 
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A educação para a conservação começou a surgir como resultado da Grande Depres-
são. Esse campo focou na formação científica e foi utilizado como uma ferramenta de 
gestão e planejamento para resolver problemas ambientais.
Entre as décadas de 1940 a 1950, o termo “Educação Ambiental” foi usado pela pri-
meira vez Thomas Pritchard, no seu estudo “Environmental education” em uma con-
ferência internacional em Fontainebleau, na França, em 1948, quando também foi 
fundada a International Union for the Protection of Nature (IUPN), ou União Interna-
cional para a Proteção da Natureza (UIPN). Em 1956, a IUPN foi renomeada como 
International Union for Conservation of Nature and Natural Resources, ou União In-
ternacional para Conservação da Natureza e Recursos Naturais. Atualmente essa or-
ganização é conhecida simplesmente como IUCN, ou a União Internacional para a 
Conservação da Natureza.
Em 1949, ocorreu a Conferência Científica das Nações Unidas sobre a Conservação 
e Utilização de Recursos, em Lake Success, em Nova York. Esta foi a primeira grande 
reunião da Organização das Nações Unidades (ONU) sobre problemas de recursos 
naturais. Já em 1961, o World Wildlife Fund (WWF), atualmente o Fundo Mundial 
para a Natureza, foi criado em Morges, na Suíça. Em 1966, surgiram as primeiras fo-
tos de “Spaceship Earth”: a US Lunar Orbiter tirou as primeiras fotografias da Terra da 
vizinhança da lua, revelando a natureza finita e frágil da biosfera. Como escreveu o 
físico Fritjof Capra, essas imagens tornaram-se um símbolo novo e poderoso para o 
movimento ecológico e podem ser o resultado mais significativo de todo o programa 
espacial.
Em 1968, o governo sueco colocou um item chamado “o ambiente humano” na 
agenda do Conselho Econômico e Social da ONU. Essa questão acabou por levar à 
Conferência de Estocolmo de 1972. Ainda em 1968, houve, em Paris, a Conferência 
da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(UNESCO), uma conferência intergovernamental de especialistas em bases científi-
cas para o uso racional e a conservação dos recursos da biosfera. Essa conferência foi 
um ponto de virada no surgimento de uma perspectiva ambiental na comunidade 
de organizações internacionais. 
Em 1970, nos Estados Unidos, 20 milhões de pessoas em todo o país participaram de 
manifestações pacíficas e ensinamentos no Dia da Terra (21 de abril); isso marcaria o 
nascimento do movimento ambientalista moderno naquele país. Já em 1971, o pro-
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SUMÁRIO
grama Homem e a Biosfera foi fundado pela UNESCO, tendo um papel importante 
na promoção da cooperação científica internacional em problemas ambientais. 
Em 1972, tivemos alguns acontecimentos importantes.
1. Modelo para sobrevivência: um manifesto assinado por 36 dos principais pensa-
dores britânicos, foi publicado no periódico The Ecologist, de Teddy Goldsmith. 
O “Plano de sobrevivência” alertava para o “colapso da sociedade e a interrup-
ção irreversível dos sistemas de suporte à vida neste planeta” e pedia por uma 
sociedade estável.
2. Os limites do crescimento: o Clube de Roma, um grupo de líderes e pensadores 
de 40 países, publicou um relatório escrito por Donella e Dennis Meadows. Com 
base em um projeto americano pioneiro de modelagem global computadori-
zada, argumentavam que, se as tendências atuais de população, alimentos, po-
luição e recursos continuarem, os limites para o crescimento no planeta serão 
atingidos nos próximos 100 anos. 
3. Conferência de Estocolmo: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Am-
biente Humano foi realizada em Estocolmo, na Suécia. Resultou na criação do 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Um fórum de 
meio ambiente simultâneo foi um passo importante no reconhecimento do pa-
pel fundamental de organizações não governamentais e abriu um precedente 
para futuras reuniões internacionais. 
Em 1977, a Conferência das Nações Unidas sobre a Água, realizada em Mar del Plata, 
Argentina, estabeleceu uma meta de fornecer água limpa e saneamento adequado 
para todos no mundo até 1990; isso se mostrou longe de ser realista, mas a reunião 
apontou a atenção para o papel central da água na saúde pública e no planejamen-
to ambiental. Já no ano de 1979, uma Conferência Mundial do Clima, em Genebra, 
patrocinada pela Organização Meteorológica Mundial, concluiu que o “efeito estufa” 
(aumento do acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera) exigiria uma ação inter-
nacional urgente. 
Em 1991, a IUCN, a UNEP e a WWF trataram “Cuidar da Terra: uma estratégia para 
vida sustentável” como uma continuação da Estratégia de Conservação Mundial lan-
çada em 1980. Essa estratégia estabeleceu 132 ações necessárias para aumentar o 
bem-estar humano e deter a destruição da capacidade da Terra de apoiar a vida. Já 
em 1992, acontece no Rio de Janeiro, Brasil, a maior reunião de chefes de estado de 
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todos os tempos. A “Cúpula da Terra” atua sobre convenções internacionais sobre mu-
dança climática global e diversidade biológica, princípios florestais, uma declaração 
fundamental chamada Declaração do Rio e um plano detalhado de ação chamado 
Agenda 21.
Em 1996, aconteceu a Segunda Conferência das Nações Unidas sobre Assentamen-
tos Humanos, chamada de Habitat II ou a “Cúpula da Cidade”, sendo realizada em 
Istambul, Turquia. Já em 1977, há o Protocolo de Kyoto, no Japão, em que delegados 
da terceira reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança do Cli-
ma da ONU adotaram um acordo histórico para reduzir as emissões globais de gases 
de efeito estufa. Já em Tessaloniki, no ano de 1997, durante a Conferência Interna-
cional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a 
Sustentabilidade, os temas colocados na Rio 92 foram reforçados. 
Dez anos após a Conferência do Rio, as Nações Unidas realizaram uma Cúpula Mun-
dial sobre Desenvolvimento Sustentável (WSSD) em Joanesburgo, África do Sul, para 
avaliar a situação global e o progresso na implementação de acordos internacionais 
adotados no Rio em 1992. 
Nas duas primeiras décadas dos anos 2000, houve a iniciativa das Nações Unidas de 
implementar a chamada “Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentá-
vel”. Nesse sentido, denota-se o reconhecimento da Educação Ambiental no enfren-
tamento da problemática socioambiental, uma vez que se reforça, em nível mundial, 
a sustentabilidade a partir da educação. Essa “Década da Educação para o Desenvol-vimento Sustentável” potencializou as políticas, os programas e as ações educacio-
nais já existentes, além de multiplicar as oportunidades inovadoras.
1.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL
No final da década de 1970, a ecologia política trouxe a contribuição das ciências 
humanas e sociais para o debate ecológico, até então guiado por uma abordagem 
biológica e despolitizada em relação aos problemas ambientais, que excluíam os as-
pectos políticos e sociais da análise. Incorporou aqueles elementos que os olhares 
disciplinares omitiram no debate, tais como modelos de desenvolvimento, conflitos 
de classe, padrões culturais e ideológicos, injunções políticas dominantes na socieda-
de e as relações entre Estado, sociedade e mercado. 
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SUMÁRIO
Não é possível delimitar com precisão o momento fundacional a partir do qual sur-
giu a percepção de correntes político-pedagógicas distintas na Educação Ambiental. 
Mas o debate sobre o tema revela que no início dos anos 1990 essa percepção co-
meçou a se manifestar em discursos manifestados nesse campo, em que a Educação 
Ambiental brasileira teria abandonado o perfil inicial predominantemente conserva-
cionista e reconhecido a dimensão social do meio ambiente. A partir de então, já não 
era possível referir-se genericamente à Educação Ambiental sem qualificá-la, ou seja, 
sem declarar a filiação a uma opção político-pedagógica que faz uma clara referência 
ao conhecimento e às práticas educativas realizadas. 
No Brasil, o debate sobre conceitos de Educação Ambiental emergiu nas redes de 
Educação Ambiental em 2003, no contexto de discussão da proposta formulada pelo 
físico Fritjof Capra, sugerindo que a alfabetização ecológica deveria ser adotada como 
política pública de educação pelo governo brasileiro.
Em 22 de abril de 1970, Blumstein desceu ao notoriamente sujo Rio 
Schuylkill e coletou uma amostra de água para uma exposição que 
destacava a poluição do ar e da água na Rittenhouse Square, na 
Filadélfia. Blumstein se lembra de ter ficado surpreso com o fato de 
que a água poluída poderia estar clara. Naquele primeiro Dia da Terra, 
a poluição era galopante e a alfabetização ambiental era limitada em 
nossa cultura de rápida urbanização, e os esforços para aumentar a 
conscientização encontraram resistência significativa.
Desde o primeiro Dia da Terra, recursos substanciais foram alocados 
em todo o mundo para a Educação Ambiental. Em parte, esta 
é orientada pelas metas e padrões internacionais de Educação 
Ambiental adotados pelas reuniões patrocinadas pela UNESCO e 
pela Declaração de Tbilissi, de 1977.
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Segundo Ruscheinsky:
Quanto mais se atrela a educação ambiental somente à dimensão ambiental, 
esta perderá abrangência e também a possibilidade de se qualificar como 
uma alternativa efetiva às relações desiguais de poder. Do ponto de vista da 
dialética, não há certeza de eficiência nos projetos de educação ambiental, 
pois não existem caminhos previamente dados ou um processo que possa 
garantir que por tal princípio, em tais circunstâncias, teremos eficácia nas ati-
vidades. De outro, convém prezar pelos princípios e pelas metodologias, mas 
não como algo predeterminado, e a dialética permite neste caso o discerni-
mento adequado e compreender as causas (SAITO et al., 2011, p. 126)
No Brasil, a Educação Ambiental é uma política de estado, sendo responsabilidade 
da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), que, em 2004, por meio do seu 
órgão gestor, realizou ampla consulta pública na construção participativa do Progra-
ma Nacional de Educação Ambiental (ProNEA). De acordo com Brasil (2018), “mais 
do que determinar diretrizes para as políticas públicas na área, o ProNEA é instru-
mento de participação social que congrega todos os segmentos sociais e esferas de 
governo na sua formulação, execução, monitoramento e avaliação”. 
Assim, o ProNEA busca atender aos seguintes componentes no que diz respeito às 
linhas de ação e estratégias para a formulação de políticas públicas de Educação Am-
biental: gestão e planejamento da Educação Ambiental no país; capacitação de edu-
cadores ambientais; comunicação para Educação Ambiental; inclusão da Educação 
Ambiental nas instituições de ensino; e monitoramento e avaliação de programas e 
projetos em Educação Ambiental. Além da política nacional, o Brasil busca aumentar 
o engajamento dos cidadãos na Educação Ambiental e na ação comunitária por meio 
de uma série de programas que apoiam estados e territórios no aumento do acesso a 
materiais de educação de qualidade e oportunidades de engajamento cívico.
Nesse sentido, podemos afirmar que a Educação Ambiental no Brasil foi estabelecida 
e regulamentada pela Lei nº 9.795/99 e pelo Decreto nº 4.281/2002. Em 1999, o Bra-
sil desenvolveu uma Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) coordenada 
pelo Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. O Art. 2º estabeleceu 
que a Educação Ambiental devia estar presente tanto na educação formal quanto na 
informal. O Art. 3 afirmava então que todos têm direito à Educação Ambiental. O tra-
balho futuro do governo brasileiro incluiu a criação de uma ferramenta on-line para 
compartilhamento de recursos, networking para profissionais de ensino, políticas pú-
blicas, ações e projetos e cursos de educação a distância. Além disso, eles procuraram 
iniciar um programa de treinamento de gerentes de implementação de programa 
nacional.
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SUMÁRIO
Segundo Brasil (2018):
O ProNEA propõe um constante exercício de transversalidade para internali-
zar, por meio de espaços de interlocução bilateral e múltipla, a Educação Am-
biental no conjunto do governo, nas entidades privadas e no terceiro setor; en-
fim, na sociedade como um todo. Estimula o diálogo interdisciplinar entre as 
políticas setoriais e a participação qualificada nas decisões sobre investimen-
tos, monitoramento e avaliação do impacto de tais políticas (BRASIL, 2018).
Veja mais alguns marcos importantes da Educação Ambiental no Brasil:
• 1999: aprovação da Lei n° 9.795/99, que dispõe sobre a Política Nacional de 
Educação Ambiental, com a criação da Coordenação-Geral de Educação Am-
biental (CGEA) no Ministério da Educação (MEC) e da Diretoria de Educação 
Ambiental (DEA) no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
• 2000: a Educação Ambiental integra o Plano Plurianual (2000-2003) pela se-
gunda vez, na dimensão de um Programa com a identificação de 0052 – Edu-
cação Ambiental – e institucionalmente vinculado ao Ministério do Meio Am-
biente.
• 2002: regulamentada a Lei n° 9.795/99 por meio do Decreto n° 4.281/2002. 
Essa lei define, entre outros, a composição e as competências do órgão gestor 
da PNEA lançando, assim, as bases para a sua execução. Essa regulamentação 
foi um passo importante para a realização das ações em Educação Ambien-
tal em âmbito federal. A sua primeira tarefa foi assinatura de um Termo de 
Cooperação Técnica para a realização conjunta da Conferência Infanto-Juvenil 
pelo Meio Ambiente.
• 2004: a EA ganha visibilidade perante o MEC, uma vez que passa a atuar de 
forma integrada às áreas de diversidade, educação escolar indígena e educa-
ção no campo. A Educação Ambiental, por meio do Ministério da Educação, 
objetiva atuar em todos os níveis de ensino formal, passando a fazer parte das 
Orientações Curriculares do Ensino Médio e dos módulos de educação a dis-
tância na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ainda nesse período, tem início 
um novo Plano Plurianual (PPA), o Programa 0052 foi reformulado passando e 
ser intitulado como Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis.• Em conjunto com outros países da América Latina e do Caribe, o Brasil as-
sumiu compromissos internacionais com a implementação do Programa La-
tino-Americano e Caribenho de Educação Ambiental (Placea10) e do Plano 
Andino-Amazônico de Comunicação e Educação Ambiental (Panacea), que 
incluem os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação dos países.
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, podemos concluir que a preocupação com a Educação Ambiental 
vem acontecendo por muitos anos, seja de maneira objetiva, por meio de estudos 
em sala de aula, denotados como formais, seja por meio de estudos informais, den-
tro da nossa própria casa. Percebemos que existem vários conceitos de Educação 
Ambiental com conotações diferentes, mas tratando do mesmo assunto, ou seja, a 
necessidade de levar principalmente as questões ambientais para a educação. Vimos 
que a formalização do termo Educação Ambiental veio por meio de uma conferência 
realizada em Paris, sendo essa uma conferência em que foi instituída a International 
Union for the Protection of Nature (IUPN), ou União Internacional para a Proteção da 
Natureza (UIPN), depois renomeada IUCN, ou a União Internacional para a Conserva-
ção da Natureza.
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Educação ambiEntal
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Explique o conceito de 
consciência ambiental.
> Explique como 
trabalhar a Educação 
Ambiental em sala de 
aula.
> Identifique problemas 
relacionados ao 
ensino da educação 
ambiental nas escolas.
UNIDADE 2
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2 aboRdaGEnS da 
Educação ambiEntala
Se olharmos para a definição de uma escola (FIG. 1), suponho que seria justo dizer que 
as escolas têm uma responsabilidade para com nossos futuros líderes, não apenas en-
siná-los a contar, soletrar, ler e escrever, mas também a consciência ambiental, pode-
mos reunir algumas ideias sobre como cultivar a consciência ambiental nas escolas.
FIGURA 4 - AMBIENTE ESCOLAR
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
conSciÊncia ambiEntal
O conceito de Consciência Ambiental é autoexplicativo: é sobre ou como podemos 
estar cientes do meio ambiente (FIG. 2). O ambiente refere-se a toda a flora e fauna, 
incluindo todas as áreas marinhas e selvagens. Sabemos principalmente que o pla-
neta Terra enfrenta um número crescente de desafios ambientais, incluindo:
• alterações climáticas;
• aquecimento global;
• escassez de água;
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SUMÁRIO
• secas;
• desmatamento;
• inundações;
• poluição.
FIGURA 5 - MEIO AMBIENTE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Estar ciente dessas questões e fazer mudanças benéficas no estilo de vida é o que 
significa a consciência ambiental. E, para aumentar o entendimento sobre questões 
ambientais, é vital entendermos que a conscientização ambiental deve fazer parte 
dos currículos escolares, e todas as escolas podem contribuir para que a consciência 
ambiental seja uma constante na vida dos seus alunos. 
Vejamos como podemos trabalhar essa consciência ambiental:
1. Ensine as crianças sobre os 3 Rs (Reduzir, Reciclar e Reutilizar) (FIG. 3). As crian-
ças devem entender a importância de não desperdiçar água (por exemplo, fe-
chando a torneira ao escovar os dentes); podem aprender a reciclar embala-
gens de papel e montar brinquedos educativos com materiais reciclados.
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FIGURA 6 - 3RS
RE
UTILIZAR
R
E
D
U
ZIR
 RE
CI
CL
A
R
 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
2. Organize dias de plantio de árvores na escola e explique às crianças porque as 
árvores são importantes para o meio ambiente. Fale sobre espécies em extin-
ção e sobre a necessidade de termos as árvores para que possamos ter um ar 
mais puro.
3. Incentive as crianças a desligarem todos os aparelhos e luzes quando não esti-
verem em uso. O consumo de energia de forma desordenada, além de impac-
tar nas questões financeiras, impacta no meio ambiente e contribui para busca 
de fontes de energia não sustentáveis.
4. Peça para que as crianças se certifiquem de que as torneiras foram fechadas 
corretamente depois de usá-las (FIG. 4); oriente-as sempre a usarem a água 
com moderação em todos os momentos da vida (banho, alimentação, higiene 
bucal entre outros). E, caso percebam algum vazamento nas torneiras, oriente-
-as a comunicarem aos pais ou professores.
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SUMÁRIO
FIGURA 7 - VAZAMENTO DE TORNEIRA: USO INCORRETO DA ÁGUA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
É mais provável que nos lembremos das coisas que as pessoas fizeram do que do 
que disseram. Embora ensinar as crianças sobre o que significa ser ambientalmente 
consciente seja importante, o impacto mais duradouro sobre elas ocorrerá quando 
você der o exemplo.
Exemplo
• Quando você vir algum lixo, pegue-o, mesmo que não seja seu. Você nunca 
sabe quem pode estar observando você neste momento. 
• Faça um sistema de reciclagem em sua sala de aula e mostre às crianças 
como usá-lo. 
As escolas devem incentivar as crianças a compartilhar seus conhecimentos am-
bientais com amigos e familiares. Uma boa ideia é deixar as crianças praticarem em 
casa; não adianta se elas usam a água com moderação na escola, mas deixam as 
torneiras pingando em casa. Essas etapas produzirão crianças mais bem informadas 
sobre questões ambientais.
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2.1 ENSINANDO EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA SALA 
DE AULA
A educação não formal oferece oportunidades para os alunos aprenderem fora do 
ambiente de sala de aula. Há ocasiões em que a aprendizagem não formal pode 
ocorrer durante o dia letivo, como quando programas ou lições não são padroniza-
dos, credenciados ou fazem parte do currículo escolar, mas, principalmente, a edu-
cação não formal é algo que acontece longe da sala de aula. Frequentemente, ve-
mos experiências de aprendizagem não formal em campos relacionados à ciência 
natural e física, incluindo ciência ambiental e estudos. Esses são programas impor-
tantes, com certeza, mas não podemos esquecer também do ensino de educação 
ambiental na sala de aula (FIG. 8).
FIGURA 8 - AMBIENTE DE SALA DE AULA – EDUCAÇÃO FORMAL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Como operamos sob um sistema de avaliação de alto risco e alto padrão, é impor-
tante considerar outras maneiras de ensinar sobre o meio ambiente. Encontrar 
oportunidades dentro da sala de aula pode às vezes ser difícil; os professores assu-
mem uma grande responsabilidade que pode produzir muito estresse em diferen-
tes pontos ao longo do ano acadêmico. No entanto, apresentaremos dois exemplos 
que têm como objetivo fornecer algumas ideias para difundir educação ambiental 
na sala de aula.
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Educação ambiEntal
SUMÁRIO
1. Uma ideia é a criação de um tronco ambiental, ou kit, preenchido com vários 
itens relevantes para o seu estilo de ensino, assunto (s) e objetivos. Esses tron-
cos/kits podem incluir: lâmpadas, conversas sobre conservação de energia e 
a ciência por trás dele; sementes de plantas locais conhecidas, para discutir 
como as plantas crescem e sua importância para animais humanose não hu-
manos; e uma amostra de minério de ferro, para explicar a sua importância 
para o desenvolvimento do pais e para demonstrar como a sua retirar de forma 
incorreta pode comprometer o meio ambiente. Um kit ambiental é útil porque 
traz atividades práticas para a sala de aula e proporciona aos alunos experiên-
cias memoráveis de aprendizado.
2. Outra ideia é o uso de multimídia. Embora a tecnologia, às vezes, seja mal re-
cebida pelos ambientalistas, com um bom raciocínio, ela também pode ser 
uma excelente ferramenta para ensinar sobre o meio ambiente. Por exemplo, 
existem muitos aplicativos móveis que podem ser úteis para os professores que 
têm a oportunidade de usar tablets na sala de aula. Aplicativos destinados a 
projetos ambientais encorajam os alunos a registrarem suas experiências com 
a vida selvagem, enquanto aprendem sobre as espécies que estão estudando. 
Usando dados climáticos, o Earth-Now, da NASA, por exemplo, apresenta uma 
visualização 3D da Terra, que contribui ainda mais sobre a importância de abor-
dar questões ambientais.
Para preparar os professores, no intuito de melhorar suas próprias práticas de ensi-
no, programas de desenvolvimento profissional adaptados para atender às neces-
sidades e interesses da escola também devem ser buscados. Isso é especialmente 
importante ao introduzir uma nova pedagogia na sala de aula, incluindo as duas 
ideias descritas acima. Sessões de desenvolvimento profissional que exigem tempo 
de workshop intensivo são essenciais para o sucesso do programa de treinamento. 
Essas oficinas devem permitir que os professores trabalhem juntos em grupos rele-
vantes e consultem os especialistas que fornecem o desenvolvimento profissional.
É evidente que as ideias apresentadas são limitantes em alguns aspectos, porque 
nem todas as escolas e distritos escolares têm os recursos para construir troncos/kits 
ambientais, comprar o suficiente ou quaisquer tablets ou pagar por programas de 
desenvolvimento profissional de qualidade. Isso evidencia a necessidade de sermos 
mais criativos na maneira como lidamos com o ensino de educação ambiental. 
A educação ambiental tem como objetivo educar o público sobre a natureza e as 
questões ambientais. Embora seja geralmente voltado para alunos do ensino funda-
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mental ou do ensino médio, alguns educadores ambientais trabalham com mem-
bros da comunidade. 
Um educador ambiental trabalha com escolas, reservas naturais, organizações sem 
fins lucrativos e outros grupos para aumentar a conscientização sobre questões am-
bientais e para que as pessoas saibam o que podem fazer para viver a sustentabilidade.
o que faz um educador ambiental?
Os educadores ambientais planejam atividades e programas para educar a próxi-
ma geração sobre questões ambientais. O planejamento de programas envolve o 
desenvolvimento de currículos, cronogramas e outras formas de logística. Envolve 
também a promoção e divulgação de programas. Por exemplo, os educadores am-
bientais podem criar páginas da Web, boletins informativos e folhetos promovendo 
programas e recursos. Eles também podem trabalhar atividades de captação de re-
cursos e orçamentos. Alguns precisam coletar e analisar dados para avaliar o sucesso 
do programa, apresentando resultados para a escola e para a sociedade.
Um educador ambiental entende materiais científicos altamente técnicos, muitas 
vezes multidisciplinares, como dados brutos e literatura científica. Usa fotos, apre-
sentações e materiais criados para ensinar as informações a indivíduos interessados, 
mas não técnicos. O objetivo não é apenas promover o conhecimento ambiental no 
público em geral e entre as partes interessadas, mas ajudar as partes interessadas a 
avaliar e investigar, a partir de uma perspectiva ambiental. Os educadores têm um 
conjunto de responsabilidades que variam significativamente dependendo do am-
biente ao qual está inserido: 
• Analisar e interpretar dados obtidos de revisões de literatura, pesquisas e 
descobertas de amostras, imagens e dados preditivos de modelo de com-
putador.
• Pesquisar, entrevistar e ensinar sobre as questões relativas ao meio ambiente.
• Explicar e ilustrar como o evento ou a tendência ambiental em questão po-
dem afetar a Terra e as populações humanas ou animais.
• Comunicar lições às partes interessadas sobre situações ambientais ou ten-
dências ambientais de acordo com o escopo do curso. Exemplos podem in-
cluir mudanças climáticas, proteção de bacias hidrográficas ou reciclagem 
e compostagem.
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SUMÁRIO
• Envolver membros do público e partes interessadas no material; desenvolver 
consciência ambiental.
• Desenvolver recursos baseados em currículos e fornecer suporte para outros 
educadores.
• Disseminar a informação por meio de materiais escrito.
• Facilitar as discussões entre diferentes interesses, a fim de enriquecer as 
ofertas de cursos com perspectivas interdisciplinares e compreensão.
• Desenvolver planos e programas com feedback.
• Extrair objetivos de aprendizado das partes interessadas e material.
• Criar e melhorar currículos escolares por meio do ensino da consciência am-
biental.
• Desenvolver temas e atividades para reforçar o aprendizado.
• Criar materiais didáticos.
• Coordenar o desenvolvimento profissional ambiental para os professores-
-colegas e o público.
• Gerenciar orçamentos e preparar propostas de financiamento.
• Criar materiais de avaliação, se necessário.
• Garantir que o currículo e a avaliação do curso sejam precisos
• Planejar, organizar e participar de campanhas de divulgação para envolver 
e desafiar o público.
• Estabelecer protocolos de grupo de trabalho eficientes e eficazes para um 
ambiente de trabalho positivo e desafiador.
2.2 A ESCOLA SUSTENTÁVEL
A educação foi reconhecida como um elemento essencial para gerar consciência e 
cultivar a compreensão sobre questões que prevalecem em nossa Terra na primeira 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de 
Janeiro, Brasil, em 1992.
À medida que olhamos para o cumprimento dos ambiciosos objetivos de Desenvol-
vimento Sustentável da ONU até 2030, o plano de ação para as pessoas, o planeta e a 
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prosperidade não pode ser alcançado sem reconhecer a importante conexão entre 
o desenvolvimento educacional e um ambiente de aprendizagem sustentável. Eles 
estão inexplicavelmente ligados à capacidade de transformar o conhecimento es-
sencial em ação consciente, para que os estudantes possam se tornar catalisadores 
da evolução futura.
É por isso que as escolas sustentáveis são importantes (FIG. 6). Precisamos dar aos 
alunos o programa educacional, o lugar físico e a cultura organizacional para in-
centivar o desenvolvimento de cidadãos globais ambientalmente conscientes. Os 
alunos passam a maior parte do dia em um prédio escolar durante seus anos mais 
importantes de desenvolvimento. Nesse momento de crescimento fundamental, as 
escolas devem ser um espaço para o pensamento criativo, uma fonte de inspiração e 
um ponto de partida para desenvolver um senso de consciência e responsabilidade. 
A jornada para esse objetivo começa com a educação dos alunos em um ambiente 
saudável e sustentável.
FIGURA 9 - ESCOLA SUSTENTÁVEL: PROGRAMA DE RECICLAGEM
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Escolas sustentáveis criam um ambiente onde professores e alunos podem cultivar 
uma cultura escolar positiva e progressiva. Os professores têm mais oportunidades 
de conceber oportunidades únicas de aprendizagem e os alunos beneficiam-seatravés de maior participação e produtividade e melhoram a resolução de proble-
mas e habilidades de pensamento crítico.
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SUMÁRIO
Uma escola sustentável é mais do que currículo, mais do que programação e mais 
do que tijolos e argamassa. É uma escola que apoia a sustentabilidade global em 
todos os sentidos, começa com o futuro em mente, projetando uma experiência de 
aprendizado para os alunos que os preparará para liderar o mundo em direção a um 
futuro mais saudável, mais limpo e mais sustentável. As escolas sustentáveis são a 
ferramenta de ensino que reúne a educação ambiental e o envolvimento da comu-
nidade. Essas atividades colaborativas inspiram todos os membros da comunida-
de escolar, o que cria uma cultura de aprendizado, crescimento e desenvolvimento 
contínuos. 
Muito tem sido escrito sobre o que deve ser a educação ambiental. Mas, o que acon-
tece quando alguns desses ditados são colocados em prática? Quais são as etapas da 
implementação da educação ambiental e quais limitações podem ser encontradas? 
Embora a literatura contenha muita especulação sobre a melhor maneira de inte-
grar a educação ambiental no sistema escolar, não temos muitos dados concretos 
de como a educação ambiental foi efetivamente implementada. Isso pode ser, em 
parte, porque muito pouco foi feito para integrar a educação ambiental nos sistemas 
escolares, particularmente. 
Os principais problemas que dificultavam o projeto de imersão ambiental são: (I) 
problemas conceituais sobre educação ambiental, (2) filosofia e objetivos escolares 
mal definidos, (3) dificuldades na coordenação do projeto entre esforços individuais 
e departamentos, e (4) um atrito entre a administração e a percepção do professor.
(1) Problemas conceituais
A compreensão dos professores sobre as questões ambientais pode ter como resul-
tado o fato de não conseguirem avaliar a solidez pedagógica de algumas de suas 
ideias ou vislumbrar as muitas maneiras pelas quais suas áreas de estudo poderiam 
estar relacionadas a uma estrutura ambiental. Essa situação existe se não há o trei-
namento e a assistência aos professores. Embora possa parecer óbvio que, para que 
os professores desenvolvam e implementem uma inovação, eles devam saber algo 
sobre isso, essa concepção acaba não sendo clara para os envolvidos no projeto, tal-
vez porque a educação ambiental ainda seja vista como algo que todos deveriam 
conhecer. Embora todos tenham a consciência da profundidade dos problemas rela-
cionados ao meio ambiente, a maior parte do conhecimento é proveniente da mídia.
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(2) Filosofia Escolar e objetivos
Ainda existe pouca articulação de uma filosofia escolar em relação à educação am-
biental e aos objetivos a serem alcançados. A escassez de metas e filosofia escritas 
e a falta de discussão entre os professores sobre o que isso pode significar, na práti-
ca, resultam em uma imprecisão na direção das escolas e objetivos conflitante, em 
vez de se complementarem com novas ideias. Em particular, os professores ficam 
confusos com a distinção entre educação ao ar livre e educação ambiental, há uma 
confusão de que a realização de aulas no exterior abrange suficientemente os ob-
jetivos da educação ambiental. A literatura afirma especificamente que a educação 
ambiental não pode ser suficientemente implementada com metas vagas, e que a 
participação do professor é um aspecto essencial para dar significado e implemen-
tar mudanças por meio da educação formal e não formal.
(3) coordenação do Projeto
A coordenação do projeto não pode ficar restrita a chefes de departamento e admi-
nistradores. Os professores precisam participar de fóruns para discutir iniciativas in-
terdepartamentais, além das discussões individuais para que possam contribuir na 
dosagem correta de conteúdos sobre Educação Ambiental, de forma a não tornar a 
sala de aula repetitiva e entediante.
(4) atrito entre Professor e administrador 
Professores e administradores não podem ter diferentes percepções do processo 
de implementação dos programas de Educação Ambiental, daí a necessidade de 
programa de comunicação na escola. Em particular, os professores percebem que 
têm pouco controle sobre o processo de implementação e como ele deveria ser de-
senvolvido na escola. Os administradores, por outro lado, têm dificuldade de decidir 
e encorajar os professores a expressar suas preocupações. No entanto, não podemos 
deixar de mencionar que diferentes percepções (realidades subjetivas) são uma par-
te natural do processo de mudança. Se nada for feito para trazer uma comunicação 
genuína, a mudança não ocorrerá.
A implementação de um projeto requer uma conscientização de como gerenciar 
mudanças. Em particular, diferentes percepções ou pontos de vista devem ser le-
vados em consideração, se as pessoas cooperarem. Proporcionar um fórum para a 
participação do professor e para a comunicação entre alunos, professores, chefes 
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SUMÁRIO
de departamentos, administradores e outros envolvidos no projeto estabelece uni-
dade de direção. Se bem administrada, a comunicação ajuda a arejar e neutralizar 
conflitos. Possíveis estratégias para implementar uma inovação incluem organizar 
uma equipe de desenvolvimento, planejar (definir o escopo e a sequência do pro-
jeto, reunir informações e materiais, definir uma linha do tempo etc.), desenvolver 
um programa de treinamento de professores e identificar e adquirir assistência e 
conhecimento especializado. 
Os fundamentos filosóficos de uma inovação devem ser entendidos para que ela 
seja implementada de maneira não superficial. Os professores precisam explorar 
os pressupostos e a filosofia por trás da educação ambiental e avaliá-la em termos 
de seus próprios valores, expectativas e padrões de ensino. Isso pode envolver uma 
apresentação do tipo workshop e discussão entre os professores. Antes que a edu-
cação ambiental seja integrada a um currículo, ela deve estar relacionada concei-
tualmente a um determinado assunto, de modo que seja apresentada de uma ma-
neira que faça sentido pedagogicamente. Para ajudar nesse processo, os conselhos 
escolares e os departamentos de educação devem desenvolver diretrizes para im-
plementar a educação ambiental nos currículos estabelecidos. Materiais para edu-
cação ambiental são desenvolvidos por organizações sem fins lucrativos, jurisdições 
governamentais, indústrias privadas, conselhos escolares e professores individuais e 
os conselhos escolares devem reunir recursos para desenvolver a prática nas escolas 
e implementar novas ideias no ensino.
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, podemos concluir que a Educação Ambiental é um processo com-
plexo, abrangendo não apenas eventos, mas uma forte abordagem subjacente à 
construção da sociedade como um todo. É um processo de aprendizagem que au-
menta o conhecimento e a conscientização das pessoas sobre o meio ambiente e os 
desafios associados, desenvolve as habilidades necessárias para enfrentar os desa-
fios e promove atitudes, motivações e compromissos para tomar decisões conscien-
tes e tomar decisões responsáveis. Vimos que podemos criar a consciência ambien-
tal por meio de ações simples, que podem ser feitas tanto nas escolas quanto em 
nossas casas. Entendemos também que a educação ambiental auxilia o aluno na 
formação escolar, ou seja, realizada dentro da sala de aula tem papel fundamental 
na conscientizaçãodos alunos e na preservação do meio ambiente. Por fim, tivemos 
a oportunidade ainda de conhecer alguns desafios enfrentados no que diz respeito 
ao ensino da educação ambiental nas escolas, o que torna a questão complexa e 
que exige um comprometimento de todos, escola, sociedade e governo.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Explique o ensino da 
Educação Ambiental 
no Brasil.
> Explique a relação da 
Educação Ambiental e 
os currículos escolares.
> Identifique diretrizes 
curriculares da 
Educação Ambiental.
UNIDADE 3
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3 o EnSino da Educação 
ambiEntal
Ensinar é o processo de atender às necessidades, experiências e sentimentos das 
pessoas e intervir para que elas aprendam coisas particulares e vão além do que é 
ensinado. Nos programas de formação de professores – e no desenvolvimento pro-
fissional contínuo –, dedica-se muito tempo ao “o quê” do ensino (que áreas deve-
mos cobrir, de que recursos precisamos e assim por diante). O “como” do ensino 
também ganha muito espaço, como estruturar uma lição, gerenciar aulas, avaliar a 
aprendizagem para aprender e assim por diante.
Na atualidade, as palavras “ensino” e “professor” são embrulhadas em escolas. Uma 
maneira de abordar a questão “O que é ensinar?” é olhar para o que os chamados 
“professores” fazem e depois extrair qualidades ou atividades-chaves que os dife-
renciam dos outros. O problema é que todos os tipos de coisas são agrupados em 
descrições de trabalho ou papéis que podem ter pouco a ver com o que podemos 
chamar de ensino sensato.
Em se tratando do ensino dos temas e assuntos relacionados ao meio ambiente e 
de forma a trazer uma uniformidade do ensino de Educação Ambiental no Brasil, o 
Ministério da Educação (MEC), por meio da Resolução n° 2, de 15 de junho de 2012, 
estabeleceu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Essa 
resolução está resguardada pela Constituição Federal de 1988, que no seu inciso VI 
do § 1º do artigo 225:
Determina que o Poder Público deve promover a Educação Ambiental em 
todos os níveis de ensino, pois “todos têm direito ao meio ambiente ecologi-
camente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia quali-
dade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defen-
dê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, no inciso X do artigo 2º, já estabelecia que a Educação Ambiental devia ser 
ministrada em todos os níveis de ensino, objetivando capacitá-la para a participação 
ativa na defesa do meio ambiente. Já a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, de 
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Educação ambiEntal
SUMÁRIO
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), previa que “na formação básica do 
cidadão seja assegurada a compreensão do ambiente natural e social; que os cur-
rículos do Ensino Fundamental e do Médio devem abranger o conhecimento do 
mundo físico e natural”.
Não obstante, a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, regulamentada pelo Decreto nº 
4.281, de 25 de junho de 2002, dispõe especificamente sobre a Educação Ambiental 
(EA) e instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), como “compo-
nente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de 
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo”.
Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica em todas 
as suas etapas e modalidades reconhecem a relevância e a obrigatoriedade da Edu-
cação Ambiental no ensino brasileiro.
De acordo com o Art. 1º da resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, os seguintes objeti-
vos devem ser observados no que se refere ao ensino da Educação Ambiental:
I - sistematizar os preceitos definidos na citada Lei, bem como os avanços que 
ocorreram na área para que contribuam com a formação humana de sujeitos 
concretos que vivem em determinado meio ambiente, contexto histórico e 
sociocultural, com suas condições físicas, emocionais, intelectuais, culturais;
II - estimular a reflexão crítica e propositiva da inserção da Educação Ambien-
tal na formulação, execução e avaliação dos projetos institucionais e pedagó-
gicos das instituições de ensino, para que a concepção de Educação Ambien-
tal como integrante do currículo supere a mera distribuição do tema pelos 
demais componentes;
III - orientar os cursos de formação de docentes para a Educação Básica;
IV - orientar os sistemas educativos dos diferentes entes federados 
O Art. 7º da mesma resolução, em conformidade com a Lei nº 9.795, de 1999, reafirma 
que a “Educação Ambiental é componente integrante, essencial e permanente da 
Educação Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, nos níveis e mo-
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dalidades da educação básica e da educação superior, devendo as instituições de 
ensino promovê-la integradamente nos seus projetos institucionais e pedagógicos”. 
Dessa forma, é papel das instituições prover o ensino em suas diferentes áreas e 
inserir a Educação Ambiental em seus currículos. Salienta-se ainda que o ensino da 
Educação Ambiental deve ser interdisciplinar, contínuo e permanente em todas as 
fases, etapas, níveis e modalidades, não devendo, como regra, ser implantado como 
disciplina ou componente curricular específico. Ou seja, segundo a lei, não basta ter 
uma única disciplina para tratar da Educação Ambiental que, dentro de cada assun-
to e área, pode ser discutida e ensinada por meio de exemplos e práticas educacio-
nais (estudo em campo, por exemplo).
Entretanto, apesar da Lei n° 9.795/99 indicar que a inclusão da Educação Ambiental 
no currículo escolar não deve ocorrer na forma de uma disciplina específica do currí-
culo, há autores que afirmam que, frente a todos os problemas ambientais aos quais 
passamos na atualidade (aquecimento global, desmatamento, escassez de água e 
outros recursos naturais), a Educação Ambiental deveria sim ser inserida na matriz 
curricular como disciplina, de forma a alcançar resultados mais eficazes no que tan-
ge à conscientização e cooperação de todos para um desenvolvimento sustentável. 
Nesse sentido, Bernardes e Prieto (2010) destacam que os principais argumentos 
usados para a introdução da Educação Ambiental como disciplina curricular são: 
- a transversalidade não funciona na prática, nem há garantias de que ela seja 
praticada nas escolas e instituições de ensino; 
- como uma disciplina, a Educação Ambiental ganharia espaço na grade cur-
ricular e com isso visibilidade e materiais didáticos específicos; 
- há diversos Educadores Ambientais, muitos formados em cursos de exten-
são e de especialização, mas que tem, muitas vezes como obrigação, que mi-
nistrar aulas de português, geografia, ciências e química para desenvolver 
atividades de Educação Ambiental nas escolas (BERNARDES; PRIETO, 2010, 
p. 178).
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SUMÁRIO
Para saber mais
O desenvolvimento sustentável é um conceito que apareceu pela primeira vez em 
1987 com a publicação do Relatório Brundtland, alertando para as consequências 
ambientais negativas do crescimento econômico e da globalização. Tentava-se en-
contrar possíveis soluções para os problemas causados pela industrialização e cres-
cimento populacional.
Sustentabilidadeambiental
No nível ambiental, a sustentabilidade impede que a natureza seja utilizada como 
fonte inesgotável de recursos e garante sua proteção e uso racional.
Aspectos, como conservação ambiental, investimento em energias renováveis , 
economia de água , apoio à mobilidade sustentável e inovação na construção e ar-
quitetura sustentáveis contribuem para alcançar essa sustentabilidade ambiental 
em várias frentes.
Sustentabilidade social
No nível social, a sustentabilidade pode fomentar o desenvolvimento de pessoas, 
comunidades e culturas para ajudar a alcançar uma qualidade de vida razoável, 
distribuindo saúde e educação em todo o mundo.
A luta pela igualdade de gênero, especialmente nos países em desenvolvimento, 
é outro aspecto que nos próximos anos formará a base da sustentabilidade social.
Sustentabilidade econômica
A sustentabilidade se concentra no crescimento econômico igualitário, que gera 
riqueza para todos sem prejudicar o meio ambiente.
O investimento e uma distribuição igualitária dos recursos econômicos fortalece-
rão os outros pilares da sustentabilidade para um desenvolvimento completo.
Não obstante a critica sobre a necessidade de tornar a Educação Ambiental uma 
disciplina obrigatória, o art. 16 da resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, destaca que 
a inserção dos conhecimentos concernentes à Educação Ambiental nos currículos 
da educação básica e da educação superior pode ocorrer:
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I - pela transversalidade, mediante temas relacionados com o meio ambiente 
e a sustentabilidade socioambiental;
II - como conteúdo dos componentes já constantes do currículo;
III - pela combinação de transversalidade e de tratamento nos componentes 
curriculares.
Segundo Aurélio (2005), transversalidade designa algo transversal, que “[...] passa, ou 
que está, de, através ou obliquamente [...], que atravessa perpendicularmente a su-
perfície de um órgão”. Deve ser vista como uma forma de se tratar temas que devem 
ser difundidos continuamente no ensino formal (Educação Ambiental), por meio 
de todas as disciplinas e níveis de ensino. Por tratarem de questões sociais, temas 
transversais têm natureza diferente das áreas convencionais e sua complexidade faz 
com que nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los, por isso 
a necessidade de inserção em todas as áreas. 
A Lei n° 9.795/99 deixa expresso no art. 10 que “a Educação Ambiental será desen-
volvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os 
níveis e modalidades do ensino formal”. Não obstante, percebemos um conjunto de 
iniciativas isoladas de vários segmentos da sociedade para implementar a Educação 
Ambiental nos diversos níveis escolares. Há uma precariedade e falta de recursos 
para a real implantação do ensino formal e informal e ainda a falta de comprometi-
mento do governo, escola e professores. Não podemos esquecer que a transversa-
lidade da Educação Ambiental não pode ser vista como óbice a uma abordagem 
mais minuciosa do tema. O que se percebe com a adoção da ênfase transversal é 
a preocupação com uma formação integrada e gradativa, que não se esgote numa 
única disciplina de nome “Educação Ambiental”, mas que se desenvolva e integre a 
ementa de todas disciplinas[...]” (PEREIRA; TERZI, 2009, p. 177).
mas o que é o ensino da Educação ambiental transversal
Significa incluir nos currículos a Educação Ambiental como um assunto indepen-
dente, de forma a melhorar a aprendizagem em disciplinas específicas, o que tam-
bém ajuda os alunos a desenvolverem suas novas competências. As atividades asso-
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SUMÁRIO
ciadas ao ensino transversal devem ser incorporadas nos currículos e devem ajudar 
o aluno no processo de aprendizagem. É necessário estabelecer a relação entre a 
atividade a ser desenvolvida e o resultado da aprendizagem a ser alcançado.
Exemplo
Em uma disciplina de geografia, quando o professor abordar conteúdo relacionado à 
água, a Educação Ambiental pode ser inserida como forma de criar a consciência no 
aluno sobre a preservação de nascentes, consumo adequado e combate ao desperdí-
cio. O professor pode ainda trabalhar o ensino não formal, promovendo visitas a nas-
centes preservadas e lagoas ou rios que estão sendo poluídos pela ação do homem.
O ensino da Educação Ambiental de forma transversal é reconhecido como funda-
mental na nossa sociedade baseada no conhecimento. É crucial para satisfazer as 
necessidades do mercado de trabalho e permitir a coesão social e a cidadania ativa, 
assegurando flexibilidade, adaptabilidade e motivação. Esse ensino transversal pode 
ser usado e desenvolvido em todas as áreas da vida. Embora a vida profissional e as 
autoridades educacionais reconheçam amplamente a importância crucial do ensi-
no transversal, mesmo em níveis educacionais mais altos, muita importância conti-
nua a ser dada à disciplina. 
Segundo Brasil (1997), a inclusão de questões sociais no currículo escolar não é uma 
preocupação inédita. Essas temáticas já têm sido discutidas e incorporadas às áreas 
ligadas às Ciências sociais e ciências naturais, chegando mesmo, em algumas pro-
postas, a constituir novas áreas, como no caso dos temas meio ambiente e saúde. 
Nesse sentido, Brasil (1997) destaca que por tratarem de questões sociais, os temas 
transversais:
Têm natureza diferente das áreas convencionais. Sua complexidade faz com 
que nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao 
contrário, a problemática dos temas transversais atravessa os diferentes 
campos do conhecimento. Por exemplo, a questão ambiental não é com-
preensível apenas a partir das contribuições da geografia. Necessita de co-
nhecimentos históricos, das ciências naturais, da sociologia, da demografia, 
da economia, entre outros. Por outro lado, nas várias áreas do currículo esco-
lar, existem, implícita ou explicitamente, ensinamentos a respeito dos temas 
transversais, isto é, todas educam em relação a questões sociais por meio de 
suas concepções e dos valores que veiculam. No mesmo exemplo, ainda que 
a programação desenvolvida não se refira diretamente à questão ambiental 
e a escola não tenha nenhum trabalho nesse sentido, geografia, história e 
ciências naturais sempre veiculam alguma concepção de ambiente e, nesse 
sentido, efetivam uma certa Educação Ambiental (BRASIL, 1997, p. X).
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Por não estar vinculada a um esquema curricular rígido, a Educação Ambiental é 
capaz de ampliar o conhecimento em uma variedade de dimensões, sempre com 
foco na sustentabilidade ambiental local e planetária, aprendendo com as culturas 
tradicionais, estudando a dimensão da ciência, oferecendo oportunidades de par-
ticipação ambiental políticas públicas e para a produção de conhecimento dentro 
da escola. O ensino da EA de forma transversal fornece aos alunos os conhecimen-
tos básicos, habilidades e qualidades necessárias para traduzir as competências em 
comportamento adequado para fins organizacionais. Por conseguinte, esse ensino 
integra-se com conhecimentos e competências disciplinares, permitindo aos indiví-
duos adquirir competências essenciais em toda a sua vida.
3.2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CURRÍCULOS DAS 
ESCOLAS
A inserção do tema Educação Ambiental nos currículos escolares veio acompanha-
da pelas preocupações do governo sobre a gestão ambiental e conservação do meio 
ambiente. A Política de Educação no Brasil mostra a ênfase na Educação Ambiental 
e o objetivo é possibilitar o uso racional, a gestão e a conservação do meio ambiente. 
Isto, no entanto, é um esforço teórico

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