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por que, havendo duas vezes “an”, na palavra, na primeira sílaba deve haver nasalização, mas, na segunda, apenas fechamento. Bom, se você está curioso por essas questões, divirta-se procurando, principalmente nos livros que corrigem a expressão das pessoas comuns em situações comuns, negando-se a admitir formas de dizer diferentes em situações e pessoas diferentes, e em fartos exemplos da Internet, inclusive em comunidades do Orkut, “errando” e corrigindo. Nossa opinião sobre o erro não é muito diferente da dos linguistas, bem vista por John Lyons (1987). Façamos uma brincadeira, aliás, repetida por aí. Leia o que se segue, descontraidamente (foram retirados os acentos gráficos): Vjea que mtouis dos nssoos aolnus qsuae cmoem os lorvis egodixis plea eclosa, mas nao tem pezarr na luierta. Itso rudez a cecadidapae de ednteer as cisaos. Não sabemos se foi fácil, mas acreditamos que tenha sido possível. Depois você, se ainda não conhecia o jogo, descobre o que é mantido nas palavras, como se pode aumentar ou diminuir a dificuldade da decodificação. O que queremos é perguntar se ocorre erro na grafia das palavras, no jogo acima. Sim ou não? SIM: NÃO: Se você quer um emprego em empresa cujo chefe detesta linguagem formal e o perde por sofisticação, errou. Se fala conforme o registro mais popular possível ao pedir emprego a quem exige correção beirando o esnobismo, também erra. Se você diz tudo que é estigmatizado por aí para alguém que exige correção exatamente porque queria chocar, fazer que alguém se afaste, está certo. 42