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MUSICALIZAÇÃO INFANTIL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Florinda Cerdeira Pimentel 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A educação musical na educação infantil e nos anos iniciais vem 
ganhando cada vez mais espaço no currículo escolar. Pais, educadores e 
demais especialistas da área concordam que o estudo dos sons por meio da 
exploração, do estímulo e da prática musical contribuem significativamente para 
o desenvolvimento do indivíduo desde o ventre materno. Esse desenvolvimento, 
quando estendido por toda a primeira infância, fase crucial em que as funções 
cerebrais de uma criança estão em plena formação, faz com que as vivências e 
experiências adquiridas se consolidem em aprendizagens que irão segui-la por 
toda a vida. 
TEMA 1 – LEGISLAÇÃO E CURRÍCULO NO ENSINO DE MÚSICA PARA A 
EDUCAÇÃO INFANTIL E OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
A música na educação básica seguiu por vários caminhos até chegar à 
realidade que se tem hoje. Na década de 1970, com a Lei n. 5.692, o ensino de 
arte era basicamente centrado nas artes visuais, dentro da disciplina 
denominada educação artística. Isso se tornou um obstáculo mais tarde, em 
1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), em que foi determinada a substituição da disciplina de educação artística 
pela de disciplina de artes. Na ocasião, o Ministério da Educação (MEC) também 
divulgou parâmetros para que essa nova realidade assumisse um caráter 
multidisciplinar, abrangendo as artes visuais, a música, a dança e o teatro. A 
questão é que grande parte dos educadores não apresentava formação 
específica nas demais áreas, que não a das artes visuais. 
Outro grande marco importante para a educação musical no Brasil foi a 
Lei n. 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que estabelece a 
obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de ensino básico, porém, não 
exclusivo, dentro ainda do contexto multidisciplinar. Apesar dessa situação não 
ser a ideal, devido à falta de profissionais especializados na área, pode-se 
considerar um grande avanço para os profissionais de música poder conquistar 
o espaço escolar. A grande preocupação a partir de agora seria como trabalhar 
a educação musical na escola básica se os profissionais de educação não têm 
formação profissional específica? 
 
 
3 
É muito comum as escolas oferecerem atividades musicais aos alunos 
como momentos de ludicidade e recreação, porém sem um objetivo musical 
específico. Não que estas atividades não tenham sua devida importância, mas 
fogem ao contexto de oferecer uma educação musical significativa. A música, 
nesse caso, acaba se tornando um instrumento coadjuvante na educação das 
crianças. Até então, o sistema educacional no país tinha a sua proposta 
pedagógica centralizada no professor como detentor do conhecimento. 
TEMA 2 – REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO 
INFANTIL (RCNEI) 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), de 
acordo com a determinação da LDB (Lei n. 9.394/96), apresenta por meio desse 
documento as ações e os parâmetros necessários que devem ser incorporados 
à educação infantil, que pela primeira vez na história do Brasil passa a ser 
considerada a primeira etapa da educação básica. 
No trabalho educativo junto às crianças na idade entre zero a seis anos, 
a prioridade é não somente os cuidados básicos e as brincadeiras, mas o 
desenvolvimento integral do ser humano, por meio de vivências e experiências. 
Para isso, o documento, que é fruto de um amplo debate entre educadores e 
demais profissionais de interesse, buscou superar a tradição assistencialista das 
creches para dar à educação infantil um caráter educativo e formador, 
trabalhando em parceria com educadores, família e comunidade. 
Parte da proposta do RCNEI se refere ao conhecimento de mundo. Para 
isso, conta com seis eixos de trabalho estabelecidos por diferentes linguagens, 
que são: movimento; música; artes visuais; linguagem oral e escrita; natureza e 
sociedade; e matemática. 
De acordo com a proposta do documento, o sistema educacional tinha 
como centro não mais o professor, mas o conteúdo. O conteúdo proposto deveria 
ser aplicado, independentemente da capacitação do profissional. 
 
 
 
4 
Figura 1 – Atividade pronta, característica das apostilas, em que o conteúdo 
proposto é mais importante do que a vivência espontânea 
 
Crédito: Florinda Cerdeira Pimentel. 
Figura 2 – Estrutura do referencial curricular nacional para a educação infantil – 
eixo conhecimento de mundo 
 
A música, então, é considerada uma linguagem capaz de expressar 
emoções e sentimentos, organizar ideias e assimilar conhecimentos. Ela faz 
parte da rotina e da cultura das pessoas, das tradições de um povo. Por isso, é 
 
 
5 
tão importante que faça parte da base educacional que acontece desde a 
primeira infância. 
Dentro dos eixos de trabalho apresentados pela RCNEI, a proposta de 
estudiosos e pesquisadores para o trabalho com música na educação infantil 
fundamenta-se no desenvolvimento de habilidades. Nesse caso, o educador se 
coloca no papel de mediador e oferece ao indivíduo a oportunidade de vivenciar 
situações em que possa refletir sobre os sons que o rodeia e as músicas que lhe 
são oferecidas, bem como explorar, questionar e compor. Portanto, a música 
como linguagem compreende, dentro dessa proposta, três características 
próprias que devem ser observadas: 
• Produção: quando a criança pode experimentar e imitar e, com isso, gerar 
o improviso, a interpretação e a composição. 
• Apreciação: percepção dos sons, do silêncio e das estruturas musicais, 
buscando desenvolver o prazer da escuta, da análise e da observação. 
• Reflexão: sobre questões musicais, produções e composições. 
O trabalho com a música na educação infantil, de acordo com o RCNEI, 
deve abranger, de maneira geral, todas as demais linguagens expressivas, como 
artes visuais, teatralidade, comunicação e dança, porém sem deixar de dar 
importância às questões relacionadas ao ensino da música propriamente dita. 
Para as crianças de zero a três anos de idade, de acordo com o 
documento, os sons complexos do balbucio dos bebês, as rodinhas de música, 
as canções de rotina, a exploração dos sons da natureza, de objetos das mais 
variadas fontes, instrumentos musicais, diferentes cores, formas e texturas 
devem fazer parte do dia a dia na educação infantil, para que possam 
desenvolver a capacidade de brincar com a música, ouvindo, imitando, 
diferenciando elementos sonoros, experimentando, improvisando e criando. 
Para as crianças maiores, de quatro a seis anos de idade, o RCNEI 
estabelece que os objetivos aplicados à fase anterior devam ser aprofundados. 
O objetivo é que as crianças sejam capazes de descobrir o mundo por meio de 
experiências sensoriais e vivências concretas, que as permitam fixarem 
conhecimentos musicais que as tornem capazes de expressar sensações e 
sentimentos por meio da música, pelas suas próprias composições e 
interpretações. Ainda conforme com o RCNEI, a música na educação infantil 
 
 
6 
auxilia no desenvolvimento da autoestima, do equilíbrio e da afetividade, bem 
como no autoconhecimento e na integração social. 
TEMA 3 – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC): EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
Figura 3 – Educação fundamentada na liberdade criativa do indivíduo 
 
Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que serve 
como norteador para as propostas pedagógicas em todas as escolas públicas e 
privadas de ensino infantil, fundamental e médio em todo o Brasil. 
Com a BNCC, o centro da educação deixa de ser o conteúdo e passa a 
ser o indivíduo. Na educação infantil, a criança passa a ser compreendida como 
um ser de direitos, tais como: 
• conviver; 
• brincar; 
• participar; 
• explorar; 
• expressar-se; 
• conhecer-se. 
Esses direitosfazem parte dos Eixos de Aprendizagem Estruturantes que 
garantem que o indivíduo tenha condições de aprender e se desenvolver. 
Considerando esses direitos, a BNCC estabelece cinco campos de experiências 
nos quais a música está inserida, permeando todas as áreas de aprendizagem 
 
 
7 
e experiência, proporcionando vivência, interação e sociabilidade por meio de 
sons, brincadeiras e canções. 
São estes os cinco campos de experiência descritos na BNCC: 
• O eu, o outro e o nós; 
• Corpo, gestos e movimentos; 
• Traços, sons, cores e formas; 
• Escuta, fala, pensamento e imaginação; 
• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. 
De acordo com o documento, cada um dos campos de experiência possui 
seus objetivos divididos por faixa etária, conforme o Quadro 1. 
Quadro 1 – Faixas etárias e objetivos dos campos de experiência 
Bebês (zero a um ano 
e seis meses) 
Crianças bem 
pequenas (um ano e 
sete meses a três anos 
e 11 meses) 
Crianças pequenas 
(quatro anos a cinco 
anos e 11 meses) 
Explorar sons 
produzidos com o 
próprio corpo e com 
objetos do ambiente. 
 
Criar sons com 
materiais, objetos e 
instrumentos musicais, 
para acompanhar 
diversos ritmos de 
música. 
Utilizar sons produzidos 
por materiais, objetos e 
instrumentos musicais 
durante brincadeiras de 
faz de conta, 
encenações, criações 
musicais, festas. 
Pela visão da BNCC, a criança na educação básica, a partir de seu 
nascimento, é um ser de direitos, potente, capaz de se desenvolver e aprender 
de maneira global por meio de vivências e experiências que devem ser 
proporcionadas ou não pelo seu mediador, que pode ser os próprios pais, os 
cuidadores e os educadores. Com essa visão, pode-se compreender que não 
deve existir uma educação em que o professor é o detentor do conhecimento e 
o aluno um mero receptor. 
Quando se fala em educação musical no ensino básico, a BNCC propõe 
vivências práticas e desafiadoras que devem ser mediadas durante toda a vida 
escolar, desde a educação infantil. Essas vivências devem despertar a 
curiosidade e o interesse, respeitando a faixa etária e a individualidade do ser, 
buscando proporcionar uma educação musical efetiva, duradoura e de 
qualidade. 
 
 
8 
TEMA 4 – PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNs): ARTE NO 
ENSINO FUNDAMENTAL I 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) elaborados pelo governo 
federal servem com norteadores para que os educadores das redes pública e 
privada possam normatizar alguns elementos fundamentais em cada disciplina, 
garantindo aos alunos o direito de usufruir de conhecimentos necessários para 
sua aprendizagem e desenvolvimento. Embora não sejam obrigatórios, os PCNs 
são como diretrizes para que os profissionais da educação possam adaptar os 
conteúdos e as ações de acordo com as particularidades de cada localidade. 
Para o ensino fundamental I, a música está inserida como linguagem na 
área de arte entre as artes visuais, dança e teatro. De acordo com o documento, 
o ensino das artes é de extrema importância para o desenvolvimento social do 
indivíduo, visto que o acesso a outras culturas possibilita o conhecimento de 
outras realidades e percepções de mundo, fazendo com que a criança passe a 
respeitar o eu e o outro. Além disso, proporcionar experiências culturais de 
diferentes formas desenvolve no aluno sua percepção, sensibilidade e 
imaginação, tanto nas suas próprias produções artísticas quanto na apreciação 
de formas de arte produzidas por outros. O documento também enfatiza que a 
arte está presente na sociedade em diversas profissões e o conhecimento das 
artes faz parte do desenvolvimento para o mercado de trabalho. É importante 
salientar que a arte sempre esteve presente na vida do ser humano, desde os 
tempos mais remotos, portanto deve sim fazer parte do cotidiano escolar. 
Sobre o ensino de música, os PCNs enfatizam a importância da 
diversidade cultural, acolhendo a ampla variedade musical proveniente das 
experiências já vividas pelos alunos e a oportunidade de escuta de toda a 
produção mundial atual vinda de todas as fontes, como rádio, TV, jogos e mídias 
sociais. É preciso abrir espaço para a experiência do aluno, é preciso ir ao 
encontro da bagagem cultural que o aluno traz, antes mesmo de propor algo 
novo. Segundo o documento, essa diversidade proporciona aos alunos a 
capacidade de se aprimorar musicalmente e, por meio dessa vasta construção 
cultural, avaliar-se e avaliar o outro. 
 
 
 
 
9 
A educação musical no ensino fundamental I, segundo os PCNs em arte, 
deve abranger: 
• Comunicação e expressão em música: interpretação, improvisação e 
composição. 
o Interpretações de músicas existentes vivenciando um processo de 
expressão individual ou grupal, dentro e fora da escola. 
o Arranjos, improvisações e composições dos próprios alunos baseadas 
nos elementos da linguagem musical, em atividades que valorizem 
seus processos pessoais, conexões com a sua própria localidade e 
suas identidades culturais. 
o Experimentação e criação de técnicas relativas à interpretação, à 
improvisação e à composição. 
o Experimentação, seleção e utilização de instrumentos, materiais 
sonoros, equipamentos e tecnologias disponíveis em arranjos, 
composições e improvisações. 
o Observação e análise das estratégias pessoais e dos colegas em 
atividades de produção. 
o Seleção e tomada de decisões, em produções individuais e/ou grupais, 
com relação às ideias musicais, letras, técnicas, sonoridades, texturas, 
dinâmicas, forma etc. 
o Utilização e elaboração de notações musicais em atividades de 
produção. 
o Percepção e identificação dos elementos da linguagem musical em 
atividades de produção, explicitando-os por meio da voz, do corpo, de 
materiais sonoros e de instrumentos disponíveis. 
o Utilização e criação de letras de canções, parlendas, raps etc., como 
portadoras de elementos da linguagem musical. 
o Utilização do sistema modal/tonal na prática do canto a uma ou mais 
vozes. 
o Utilização progressiva da notação tradicional da música relacionada à 
percepção da linguagem musical. 
o Brincadeiras, jogos, danças, atividades diversas de movimento e suas 
articulações com os elementos da linguagem musical. 
o Traduções simbólicas de realidades interiores e emocionais por meio 
da música. 
 
 
10 
• Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão 
da linguagem musical 
o Percepção e identificação dos elementos da linguagem musical 
(motivos, forma, estilos, gêneros, sonoridades, dinâmica, texturas etc.) 
em atividades de apreciação, explicitando-os por meio da voz, do 
corpo, de materiais sonoros disponíveis, de notações ou de 
representações diversas. 
o Identificação de instrumentos e materiais sonoros associados a ideias 
musicais de arranjos e composições. 
o Percepção das conexões entre as notações e a linguagem musical. 
o Observação e discussão de estratégias pessoais e dos colegas em 
atividades de apreciação. 
o Apreciação e reflexão sobre música da produção regional, nacional e 
internacional, considerando o ponto de vista da diversidade, 
valorizando as participações em apresentações ao vivo. 
o Discussão e levantamento de critérios sobre a possibilidade de 
determinadas produções sonoras serem música. 
o Discussão da adequação na utilização da linguagem musical em suas 
combinações com outras linguagens na apreciação de canções, trilhas 
sonoras, jingles, músicas para dança etc. 
o Discussão de características expressivas e da intencionalidade de 
compositores e intérpretes em atividades de apreciação musical. 
o Explicitação de reações sensoriais e emocionais em atividades de 
apreciação e associação dessas reações a aspectos da obra 
apreciada. 
• A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo. 
o Movimentos musicais e obras de diferentes épocas e culturas, 
associados a outraslinguagens artísticas no contexto histórico, social 
e geográfico, observados na sua diversidade. 
o Fontes de registro e preservação (partituras, discos etc.) e recursos de 
acesso e divulgação da música, disponíveis na classe, na escola, na 
comunidade e nos meios de comunicação (bibliotecas, midiatecas etc.). 
o Músicos como agentes sociais: vidas, épocas e produções. 
o Transformações de técnicas, instrumentos, equipamentos e tecnologia 
na história da música. 
 
 
11 
o A música e sua importância na sociedade e na vida dos indivíduos. 
o Os sons ambientais, naturais e outros, de diferentes épocas e lugares 
e sua influência na música e na vida das pessoas. 
o Músicas e apresentações musicais e artísticas das comunidades, 
regiões e país consideradas na diversidade cultural, em outras épocas 
e na contemporaneidade. 
o Pesquisa e frequência junto dos músicos e suas obras para 
reconhecimento e reflexão sobre a música presente no entorno. 
TEMA 5 – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC): ARTE NO 
ENSINO FUNDAMENTAL I 
De acordo com a BNCC, a arte no ensino fundamental está centrada no 
aprendizado das linguagens: artes visuais, música, dança e teatro. Esses 
saberes artísticos que se articulam por toda a fase escolar fazem com que o 
indivíduo tenha a oportunidade de vivenciar situações em que possa criar, se 
expressar e se desenvolver em vários aspectos sociais, cognitivos e motores, 
além de proporcionar a interação crítica e o respeito às diferentes culturas, 
costumes e línguas. 
Ainda conforme o documento, o ensino das artes não deve ser restrito à 
aquisição de fórmulas e técnicas, mas o indivíduo deve ser protagonista de sua 
própria criação, ou seja, é imprescindível que o educador seja o mediador de 
oportunidades para que a criança tenha a chance de experimentar, testar, 
brincar, elaborar, criar hipóteses e, finalmente, criar por si só. 
Para que as linguagens se articulem durante a aprendizagem das artes, 
o documento propõe seis dimensões do conhecimento, não para se aplicar de 
forma hierárquica, mas com o intuito de permear diversas áreas do 
desenvolvimento humano, promovendo uma aprendizagem global: 
• Criação: referente ao processo de criação, ao fazer artístico. 
• Crítica: referente às novas compreensões em relação ao espaço e ao 
mundo em que vive por meio do estudo e da pesquisa. 
• Estesia: o corpo em sua totalidade é o protagonista da experiência 
artística (emoção, percepção, intuição, intelecto e sensibilidade). 
• Expressão: é a capacidade de exteriorizar as sensações e manifestar a 
criatividade por meio do fazer artístico. 
 
 
12 
• Fruição: refere-se ao deleite, prazer ou estranhamento ao fazer parte de 
uma prática artística. 
• Reflexão: quando o indivíduo é capaz de construir argumentos sobre seus 
processos de criação, de fruição, crítica e estesia, sabe se expressar e, 
sobretudo, refletir sobre todo o processo artístico vivenciado. 
5.1 Música 
Assim como cada uma das linguagens das artes na BNCC, o ensino de 
música constitui unidades temáticas e estas estão organizadas de formas 
distintas em dois blocos no ensino fundamental (1º ao 5º ano e 6º ao 9º ano). 
Ao ingressar no ensino fundamental I, é importante que as quatro artes 
integradas favoreçam a criança com um aprendizado criativo e investigativo, por 
meio da expressividade e da ludicidade, e que seu desenvolvimento seja 
centrado em suas vivências, experiências e na cultura infantil. Com a música não 
deve ser diferente, uma vez que a vivência dos sons agrega um grande valor ao 
desenvolvimento cerebral de uma criança durante toda a sua fase escolar. 
5.1.1 Unidade temática – música 
Quadro 2 – Objetos de conhecimento e habilidades relacionadas 
Objetos de Conhecimento Habilidades 
Contexto e práticas 
Identificar e apreciar criticamente diversas 
formas e gêneros de expressão musical, 
reconhecendo e analisando os usos e as 
funções da música em diversos contextos de 
circulação, em especial, aqueles da vida 
cotidiana. 
Elementos da linguagem 
Perceber e explorar os elementos constitutivos 
da música (altura, intensidade, timbre, 
melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, 
brincadeiras, canções e práticas diversas de 
composição/criação, execução e apreciação 
musical. 
Materialidades 
Explorar fontes sonoras diversas, como as 
existentes no próprio corpo (palmas, voz, 
percussão corporal), na natureza e em objetos 
cotidianos, reconhecendo os elementos 
constitutivos da música e as características de 
instrumentos musicais variados. 
 
 
13 
Notação e registro 
musical 
Explorar diferentes formas de registro musical 
não convencional (representação gráfica de 
sons, partituras criativas etc.), bem como 
procedimentos e técnicas de registro em áudio 
e audiovisual, e reconhecer a notação musical 
convencional. 
Processos de criação 
Experimentar improvisações, composições e 
sonorização de histórias, entre outros, 
utilizando vozes, sons corporais e/ou 
instrumentos musicais convencionais ou não 
convencionais, de modo individual, coletivo e 
colaborativo. 
NA PRÁTICA 
Caro aluno, observamos durante esta aula que as leis que regem o ensino 
de música na educação básica passaram por diversas mudanças ao longo dos 
anos. Com essas informações, observa-se que mesmo a passos lentos é 
possível almejar alguns avanços. Portanto, cabe a cada um de nós, como 
educadores, assumir nosso papel para que cada vez mais a música ganhe um 
espaço significativo dentro do contexto educacional. 
Propomos, então, um desafio: relendo este conteúdo desde o início, 
observe que a música esteve presente dentro de um contexto interdisciplinar no 
ensino das artes, e que a cada novo documento que surgia, novos olhares para 
as artes, novas abordagens educacionais e, principalmente, a educação de 
maneira geral tinham com foco um elemento, dependendo da proposta 
pedagógica de determinado documento. 
Considerando essas informações, relacione os documentos citados aos 
elementos considerados prioridade em suas propostas pedagógicas: 
 
1. Educação básica até a RCNEI 
2. RCNEI 
3. BNCC 
( ) O aluno 
( ) O conteúdo 
( ) O professor
Confira a resposta na seção Gabarito, após as Referências. 
 
 
 
14 
FINALIZANDO 
O ensino de música nas escolas brasileiras passou por várias trajetórias 
na educação básica desde a década de 1970. Quando se trabalha na educação 
de crianças, tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental, é de 
extrema relevância que o educador tenha ciência dessas alternâncias para não 
apenas conhecer os avanços já alcançados pela música dentro do espaço 
escolar, mas também para que se possa continuar almejando conquistas cada 
vez maiores, uma vez que se tem conhecimento dos benefícios significativos e 
cientificamente comprovados que a música agregada ao processo de ensino-
aprendizagem traz para o desenvolvimento humano. 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: 
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofi
nal_site.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2020. 
_____. Ministério da Educação. Parâmetros Nacionais Curriculares (PCNs). 
Arte: Ensino Fundamental, 1997. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2020. 
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação 
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. 
Brasília, DF: MEC/SEF/Coedi, 1998. v. 1. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 5 abr. 
2020. 
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação 
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. 
Brasília, DF: MEC/SEF/Coedi, 1998. v. 2. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol2.pdf>. Acesso em: 5 abr.2020. 
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação 
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. 
Brasília, DF: MEC/SEF/Coedi, 1998. v. 3. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol3.pdf>. Acesso em: 5 abr. 
2020. 
KLEBER, M. Música nas escolas - Lei n. 11.769. ABEM – Associação Brasileira 
de Educação Musical, 2013. Disponível em: 
<http://www.abemeducacaomusical.com.br/artsg2.asp?id=20>. Acesso em: 8 
abr. 2020. 
 
 
16 
GABARITO 
A sequência correta é: 3, 2, 1. 
A BNCC centraliza sua proposta pedagógica no aluno, o RCNEI a 
centraliza no conteúdo, independentemente da formação específica do 
profissional. Antes do surgimento desses documentos, o professor era o centro 
detentor todo o conhecimento.

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